segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Católicos pedem a bispo afastamento de padre "escandaloso"

Íntegra da carta entregue pessoalmente a dom Manuel Parrado Carral, bispo diocesano de São Miguel Paulista, SP.
São Paulo, 16 de novembro de 2016
Reverendíssimo Sr.
Dom Manuel Parrado Carral
DD. Bispo da Diocese de São Miguel Paulista
Nós, fiéis católicos, estamos perplexos com as atividades, pronunciamentos e posicionamentos escandalosos que ocorreram na Diocese de São Miguel Paulista, mais precisamente, nas paróquias de Santa Ana que, ao final da Santa Missa (Itaquera), permitiu-se que um drag queen subisse ao altar em nome da "comemoração ao dia internacional da drag queen"; em Nossa Senhora do Carmo. Tal ato foi promovido e incentivado pelo próprio pároco, o padre Paulo Sérgio Bezerra, no Santuário Nossa Senhora da Paz, e também pelo padre Dimas Martins Carvalho.
A seguir, destacaremos alguns dos fatos promovidos pelos sacerdotes que violam o Magistério da Santa Igreja e a Santa Fé Católica:
1) Ritual pagão-umbandista durante a Santa Missa, promovido pelos padres Paulo Sérgio Bezerra e Dimas Martins Carvalho.
2) Promoção do gayzismo e incentivo à militância LGBT aos fiéis da paróquia Nossa Senhora do Carmo. O padre Paulo Sérgio Bezerra permitira que os jovens levassem cartazes "anti-homofóbicos" para a Santa Missa; permitira ainda que um drag queen assumido distribua o Corpo de Cristo, e que realize a homilia, tudo ao som de Paula e Bebeto. Chama os defensores da família e os congressistas conservadores de "homofóbicos, retrógrados, velhacos e reacionários"; utiliza os jovens como massa de manobra para a promoção de sua agenda gay; modificou um folheto da Santa Missa com mensagens pró-gayzismo e com ataques diretos aos defensores da Santa Igreja e da Sã Doutrina - aparentemente, o panfleto fora desenvolvido por outro sacerdote da mesma diocese, o jesuíta Luís Lima -, portanto, utilizou a Santa Missa para promover diversas ideologias anti-cristãs, como o comunismo, a ideologia de gênero e a militância gay.
3) O referido pároco é adepto da Teologia da Libertação, do comunismo e do PT. Convocara o deputado Chico Alencar (Psol), Guilherme Boulos (líder do MTST) e a filósofa assumidamente ateia, abortista e petista, Marilena Chauí, para palestrarem durante a Santa Missa, discursou em meio à uma multidão no movimento "Fora Temer" e "Contra o Golpe" em São Paulo.
4) Além da própria promoção do "dia internacional da drag queen", os administradores da página oficial da Paróquia Sant'Ana de Itaquera, postaram a seguinte mensagem: "Em comemoração ao Dia Internacional da Drag Queen, nossa Paróquia recebeu nossa grande paroquiana Dindry Buck em celebração do novenário de nossa padroeira. Foi um momento de muita alegria para nossos paroquianos que amam e respeitam o trabalho que Dindry Buck faz em nossa Paróquia. Dindry falou sobre a importância de lembrar esse dia e a sua missão de levar a alegria para o mundo".
5) O padre Paulo Sérgio Bezerra permitiu que, Marilena Chauí, inimiga assumida da Igreja, da família e da fé, comungasse com as próprias mãos e recebesse uma homenagem ideológica em plena missa.
6) O padre Paulo Sérgio Bezerra tem conhecimento de suas atitudes, das induções ao erro e da violação à Tradição da Santa Igreja Católica, porém, não teme ser punido pelas autoridades eclesiásticas e nem mesmo, pelo próprio papa: "Sempre fui assim, mas, com esse papa, sinto mais tranquilidade de que não serei punido".
Não restam dúvidas de que este padre está a serviço da corrosão da Sã Doutrina Católica, da Santa Igreja. Além de induzir seus fiéis ao erro, propagar falsas doutrinas que contradizem a Sã Doutrina Católica e não temer represálias da hierarquia da Igreja Católica Apostólica Romana.
Nós, fieis católicos, pedimos encarecidamente que Vossa Revendíssima autoridade episcopal, bispo da Diocese de São Miguel Paulista, Dom Manuel Parrado Carral, que afaste os párocos e lideranças envolvidas nestas profanações da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Gratos pela fidelidade à sua missão como pastor da Igreja, no zelo da sã doutrina católica.
Daniel Guerreiro Cavalcante 
Prof. Hermes Rodrigues Nery
Coordenador do Movimento Legislação e Vida
Adriano Neiva"
Fonte: https://fratresinunum.com/DO DEMAIS

Juiz bloqueia imóveis de Adriana Ancelmo, mulher de Cabral

Ministério Público Federal aponta evidências de que a mulher de Cabral usou escritório para lavar dinheiro sujo destinado ao marido
Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo
O anel no valor de 800 mil reais dado por Cavendish à esposa de Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo
(Reprodução)
O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, determinou nesta segunda-feira o bloqueio de bens imóveis da mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, e do escritório de advocacia dela, o Ancelmo Advogados. O pedido dos bloqueios havia sido feito pelo Ministério Público Federal.
Segundo as investigações da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato que levou Cabral à cadeia, há evidências de que a ex-primeira dama recebeu dinheiro de operadores financeiros do ex-governador e teria usado seu escritório de advocacia para lavar dinheiro de propina destinado ao marido. Ela foi alvo de condução coercitiva na Calicute, que também cumpriu mandado de busca e apreensão no Ancelmo Advogados.
“Com o aprofundamento das investigações, foi identificada a participação mais efetiva da investigada Adriana Ancelmo na atividade da suposta organização criminosa. Motivo pelo qual, tornou-se medida necessária a decretação do bloqueio de seus bens imóveis, em especial no que diz respeito à aquisição de grande quantidade de joias de altíssimo valor, normalmente em dinheiro vivo, pela própria investigada ou por interpostas pessoas, nas principais joalherias do Rio de Janeiro”, escreveu Marcelo Bretas no despacho desta segunda-feira.
Os investigadores do MPF acreditam que Sérgio Cabral lavou parte dos 220 milhões de reais desviados de contratos públicos de sua administração com a compra de joias. O ex-governador era cliente assíduo de três das joalherias mais badaladas do Rio: H. Stern, Antônio Bernardo e Sara Joias.
A receita do Ancelmo Advogados, também afetado pela decisão de Bretas, chegou a 73,1 milhões de reais – um salto de 457% -, entre o início e o fim das duas gestões do peemedebista no estado, entre 2007 e 2014. O lucro declarado foi de 23,2 milhões de reais.
Contrataram o escritório de “Riqueza”, apelido pelo qual Cabral chama a esposa, concessionárias de serviços públicos. São os casos do Metrô Rio, que repassou 1,9 milhão de reais ao escritório, a CEG, que desembolsou 865.653 reais, a Oi/Telemar, que pagou 10,5 milhões de reais, e a Light, que fez pagamentos de 3,5 milhões de reais ao Ancelmo Advogados.
Na semana passada, Adriana Ancelmo e seu escritório já haviam sido alvos do bloqueio de 11 milhões de reais pelo Banco Central, a pedido do juiz federal Sergio Moro. 28 nov 2016 - DO R.DEMOCRATICA

Operação Lava Jato: Justiça Federal bloqueia bens da Odebrecht e OAS

A Justiça Federal em Curitiba determinou o bloqueio dos bens das empreiteiras Odebrecht e OAS, empresas investigadas na Operação Lava Jato. De acordo com a decisão, as construtoras deverão depositar mensalmente em juízo a quantia de 3% do faturamento, valor referente ao percentual de propina que teria sido cobrada em contratos da Petrobras.
O pedido de bloqueio foi solicitado pela Advocacia-Geral da União (AGU) para garantir o ressarcimento dos cofres públicos após decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou superfaturamento de R$ 2,1 bilhões nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
O bloqueio também atinge o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque. No caso dos acusados, veículos, obras de arte e outros bens móveis ficarão indisponíveis.
A Agência Brasil entrou em contato com as empreiteiras e aguarda retorno. DA EBC

Juízes protestarão na hora em que o STF julga Renan

Frederico Vasconcelos - Folha de São Paulo
POR FREDERICO VASCONCELOS

Magistrados e procuradores fazem manifestação no Supremo Tribunal Federal, na quinta-feira, contra projetos articulados no Congresso.

Renan inquérito STF
A manifestação que a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas) programou para esta quinta-feira (1) na marquise do salão branco do Supremo Tribunal Federal será realizada no mesmo horário em que a Corte julgará denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros.
A pauta da sessão foi divulgada pelo STF em 5 de outubro último.
O primeiro item é o inquérito 2593, que tem como relator o ministro Edson Fachin. Em investigação iniciada há nove anos, a Procuradoria Geral da República acusa Renan de usar dinheiro de uma empreiteira para pagar a pensão de uma filha que teve fora do casamento com a jornalista Mônica Veloso.
Em nota, o presidente do Senado afirmou que foi ele quem “pediu oficialmente” a investigação e “é o maior interessado nesse julgamento”.
O presidente da AMB, João Ricardo Costa, divulgou nesta sexta-feira (25) uma carta a todos os associados convocando a magistratura e o Ministério Público para participarem do ato público contra projetos que estão sendo articulados no Congresso, como a anistia ao caixa 2 e a criminalização de juízes e procuradores, entre outros.
Eis a íntegra da carta:
***
Prezados (as) associados (as),
A situação que temos acompanhado no Congresso Nacional é extremamente grave. Um momento sem precedentes na história republicana brasileira, em que estamos vendo uma série de ações orquestradas que buscam cercear a atuação da magistratura e paralisar o Poder Judiciário.
Mais do que nunca, a magistratura nacional e os membros do Ministério Público precisam unir esforços para combater fortemente tais medidas. A AMB convoca toda a magistratura nacional para uma grande mobilização em protesto às retaliações promovidas pelo Legislativo. No próximo dia 1º de dezembro, quinta-feira, todas as entidades que compõem a Frentas (Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público) estarão reunidas para um importante ato no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, a partir das 14h. Nos estados, as associações regionais estarão também mobilizadas de acordo com as decisões de suas assembleias, com a possibilidade de paralisação de um dia sem prejuízo das medidas urgentes.
A “pauta especial” defendida pelo Parlamento, caso venha a ser aprovada, vai consolidar um modelo de Estado sem Judiciário, um sistema completamente desprovido das prerrogativas, de independência e autonomia. A começar pelo pacote de medidas contra a corrupção, observamos se avizinhar uma manobra que não é mais velada, mas feita sob todos os holofotes e defendida por grande parte da Câmara dos Deputados: transformar um projeto de iniciativa popular em um pacote pró-corrupção.
Medidas como a anistia ao caixa 2 e a criminalização de juízes e procuradores, que poderão ser incluídas no parecer por meio de emenda de plenário, que jamais teremos conhecimento antes da votação, pretendem absolver todos aqueles que sugaram o País e criminalizar os agentes públicos que têm a função constitucional de reprimir e punir os crimes de corrupção.
Não só a inclusão de crime de responsabilidade, típico de agentes políticos, vai ser imputado à magistratura, possibilitando que políticos julguem juízes em face de tipos penais extremamente subjetivos e abertos. Existe ainda a proposta da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que se articula fortemente para promover a criminalização dos juízes nos casos de violação das prerrogativas de advogados. Com isso, 1 milhão de advogados terão o poder de iniciar ação penal contra juízes, dando, ainda, às seccionais da OAB a iniciativa da ação penal. Em meio a esse caos, em nenhum momento vimos a OAB se manifestar contra a anistia ao caixa 2 ou em favor de medidas sérias para retomada do Brasil, o que é lamentável e demonstra uma postura que nega a história de lutas da entidade e induz a negociação da submissão dos juízes pela impunidade dos que saquearam o Estado.
No Senado Federal, se orquestra a urgência para aprovação do PLS da lei de abuso de autoridade, o que também torna a magistratura e o Ministério Público reféns diante da possibilidade de responsabilidade criminal de suas atuações, comprometendo a autonomia e a independência jurisdicional. Juntamente com a PEC 55/2016, a chamada PEC do Teto, também tramita no Senado a PEC 62/2015, que já conta com propostas de plenário para redução do teto constitucional para R$ 15 mil, sem contar o último atentado, a PEC 63/2016, do senador José Aníbal. Junto com isso, há ainda a Comissão Especial dos chamados supersalários, na qual visivelmente o alvo é o Poder Judiciário.
Não podemos permitir que setores do Congresso permaneçam pautados por ações que visam interromper as investigações, se debruçando sobre projetos com o objetivo de atender a interesses pessoais de uma parcela de parlamentares. Toda essa ofensiva demonstra o quanto, nesse momento de crise em que o Legislativo deveria ter como foco pautas relevantes para o Brasil como a discussão que propõe o fim do foro privilegiado, muitos priorizam formas de paralisar e amordaçar o Poder Judiciário, invalidando importantes operações de combate à corrupção e buscando caminhos para perpetuar os mesmos quadros e esquemas que saquearam o País.
É muito importante que consigamos reunir o maior número de magistrados neste ato para dar voz à magistratura nacional, com o apoio da sociedade. Esse é um momento único e decisivo para evitarmos o enfraquecimento da autonomia e das prerrogativas das carreiras do Judiciário. Os interesses que ora defendemos transbordam questões associativas. São questões fundamentais para o Brasil, para a República e para a democracia.
Somos magistrados e formamos a AMB.
Conto com todos vocês!
João Ricardo Costa
Presidente da AMB - J.TOMAZ