PAZ AMOR E VIDA NA TERRA
" De tanto ver triunfar as nulidades,
De tanto ver crescer as injustiças,
De tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus, o homem chega
a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
[Ruy Barbosa]
Texto foi assinado por representantes dos partidos PMDB, PSDB, PSD, PSB, DEM, PRB, PTB, SD, PTN, PSC, PPS, PV, Pros e PSL
Por: Estadão Conteúdo
19/04/2016 - 20h56min | Atualizada em 19/04/2016 - 20h58min
Presidente concedeu entrevista a veículos do exterior nesta terça-feira
Foto:
Roberto Stuckert Filho / Presidência da República / Presidência da República
Lideranças pró-impeachment divulgaram nota de repúdio às declarações feitas na manhã desta terça-feira pela presidente Dilma Rousseff a jornalistas estrangeiros no Palácio do Planalto.
Representantes
do PMDB, PSDB, PSD, PSB, DEM, PRB, PTB, SD, PTN, PSC, PPS, PV, Pros e
PSL, em nome de seus partidos, dizem na nota repudiar "de forma veemente
o triste espetáculo que a Nação assistiu, na manhã desta terça-feira,
encenado pela sra. presidente da República". Para os parlamentares,
Dilma "procurou desqualificar a soberana decisão da Câmara dos Deputados
do Brasil".
Oposição trabalha para obter os 54 votos já na admissibilidade do impeachment. Foto: Ana Volpe/Senado
São
necessários apenas 41 dos 81 votos para o Senado, por maioria simples,
aprovar a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff, mas a oposição acha que não haverá dificuldades de obter os
votos de ao menos dois terços (ou 54) dos senadores. Esse número de
votos corresponde ao mínimo necessário para cassar Dilma Rousseff em
definitivo, no dia do julgamento. Entre
46 e 50 senadores já se manifestam favoráveis à admissibilidade do
impeachment e, portanto, do afastamento imediato da presidente. O
líder Eunício Oliveira não tomou conhecimento da opinião de Romero
Jucá, o presidente: o PMDB presidirá a comissão do impeachment. Ao
bloco liderado pelo PSDB, segundo mais numeroso do Senado, caberá
indicar o relator da comissão. Será Antonio Anastasia (MG). Eunício
avalia que o relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG) será votado após
12 de maio. O PT tenta protelar a votação até o dia 17. 20 de abril de 2016 - DO R.DEMOCRATICA
O
ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga traçou um quadro dramático
da economia brasileira para o vice-presidente da República, Michel
Temer, em jantar ontem à noite, do qual participou o senador tucano
Aécio Neves. Armínio é o nome favorito de Temer para o Ministério da
Fazenda, caso o Senado aprove o impeachment da presidente Dilma
Rousseff. O ex-BC recusou o convite, mas se colocou a disposição do
peemedebista para ajudá-lo, sobretudo para abrir portas no mercado
internacional. Na
avaliação de Armínio, o Tesouro Nacional “está quebrado”, assim como a
maior parte dos estados. Ele orientou Temer a abrir os olhos em relação
aos bancos públicos, em especial em relação à Caixa Econômica Federal,
cuja situação “é mais do que preocupante”. Para o ex-presidente do BC,
Temer também terá que dedicar atenção especial à Petrobras, cuja
situação “é delicadíssima”. Armínio
está ajudando Temer a compor a equipe econômica de seu eventual
governo. Para a Fazenda, ele está indicando Murilo Portugal, hoje
presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban,) e Henrique
Meirelles, do grupo JBS e ex-presidente do BC. Para o comando da
autoridade monetária, os novos sugeridos são os de Ilan Goldfajn,
economista-chefe do Itaú Unibanco, de Luiz Fernando Figueiredo, da Mauá
Sekular, ambos ex-diretores do BC na gestão de Armínio, além de Mário
Mesquita, muito ligado a Meirelles, do qual foi subordinado, hoje sócio
do Banco Brasil Plural. Na
visão do ex-presidente do BC, se realmente assumir a Presidência da
República, Temer terá que dar um choque de credibilidade, anunciando um
governo austero, responsável fiscalmente e comprometido com a
estabilidade financeira. Se não fizer isso, estará fadado a repetir o
fracasso da gestão de Dilma, que resultou na maior recessão da história
do país. Em dois anos, o Produto Interno Bruto (PIB) poderá cair mais de
8%. 19/04/2016-DO R.DEMOCRATICA
Renan vela sem pressa. Caiado exige o enterro do cadáver. Veja resumão
Por: Felipe Moura Brasil
– PT, nem aí para o Brasil, atrasa processo de impeachment de Dilma
no Senado adiando indicação dos membros dos partidos para comissão.
– Comissão irá analisar denúncia contra Dilma por crime de
responsabilidade e votação no plenário será entre 10 e 17/5 para
instauração do processo.
– Líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PT-PA), podia ter indicado
nomes nesta terça, mas pediu mais tempo, enquanto o Brasil sangra.
– Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) diz que PT tenta retardar o jogo no vestiário, com a torcida e o juiz já no campo. Pura covardia.
– Ronaldo Caiado (DEM-GO): “Essa regra de 48 horas para indicação de
membros e eleição de presidente só vale para comissões permanentes.”
– Caiado: “O próprio regimento diz que existe prevalência na regra da
comissão especial sobre a norma geral.” Mas prevalece a vontade de
Renan e PT.
– Caiado: “Não há motivo, nem norma que justifique o atraso do rito
do impeachment. O regimento é claro.” Mas o STF tinha de obscurecê-lo.
– Caiado: “O Senado tem o dever de dar celeridade ao impeachment pelo
bem do país que está sem comando.” PT vampiro se alimenta do sangue do
Brasil.
– Renan Calheiros lê toda a confusão existente entre acórdãos do STF e
regimento do Senado para justificar ter dado 48 horas a líderes para
indicações.
– Leitura feita por Renan só leva à conclusão de que ele poderia ter
decidido qualquer coisa, dependendo da interpretação política mais
conveniente.
– Gilmar Mendes ironizou redefinição do rito por Renan e Lewandowski: precisa roteiro “do momento que vai servir café, água ou coisas desse tipo?”
– Para Gilmar, usar mais que proposta de Celso de Mello adotada no
caso Collor “me parece… a não ser que vá se detalhar o momento de ir ao
banheiro”.
– Para o ministro Luiz Edson Fachin, as “balizas” do rito já foram
fixadas pelo STF no julgamento de dezembro de 2015. Lewandowski finge
que não.
– Renan: “Eu vou manter a imparcialidade que tenho tido até aqui.” É uma “imparcialidade” pró-Dilma.
– Ápice do dia: Renan, cobrado de agilidade por Caiado, ameaça chamar
Ricardo Lewandowski para substituí-lo na condução. Ameaça grave.
– Aécio: “Não vamos esticar corda agora. Sexta é o prazo final para
indicações.” Mas pede celeridade a partir de 2ª para votar impeachment
em 11/5.
– Renan concorda com Aécio: “Nós vamos marcar a sessão para eleição
[de presidente e relator da comissão] para a próxima 2ª.” É o mínimo.
– Caiado faz oposição muito mais incisiva que Aécio. Aécio deixa
Caiado fazer o confronto duro enquanto posa de conciliador. Problema é
que soa frouxo.
– Eunício Oliveira: “Eu, como líder do PMDB, encaminho na mesma forma
e concordo com Aécio para que antecipemos decisão que vai instalar
comissão.”
– Humberto Costa (PT-PE) elogia Renan Calheiros. É um alívio para o PT que não seja mais Eduardo Cunha na condução do processo.
– Humberto Costa (PT-PE) diz que não há uma mínima trégua para que o
governo possa trabalhar as políticas que quer implementar. Ainda bem.
– Humberto Costa (PT-PE) culpa oposição por desastre de Dilma como se
reação tivesse vindo antes da ação desastrosa. PT inverte Lei de
Newton.
– Randolfe Rodrigues (Rede-AP) elogia Renan. Rede do PT também está
feliz com condução do homem de 9 inquéritos na PGR. 100% de
legitimidade.
– Flexa Ribeiro (PSDB-PA) reclama da procrastinação do velório do
governo Dilma e propõe sessões também no fim de semana para completar as
10.
– Caiado: “O Brasil sem governo e o Senado posando como se nada
estivesse acontecendo.” E imita: “vamos dar tempo ao tempo, vamos
aguardar…”
– Caiado também cobra sessões no sábado e no domingo, e Renan o
bajula dizendo que sempre levará em consideração suas opiniões. Só
desconversa.
– Caiado: “Estão procrastinando situação de ‘cadáver insepulto’ desse
governo por 30 dias e o cidadão sofrendo na pele, desempregado, sem
perspectiva”.
– “Como um senador vai caminhar pelo seu estado no feriado de
Tiradentes e passear com sua família no fim de semana deixando país sem
governo?”
– Suposto governo está com 6 ministérios vagos e outros 2 prestes a
vagar, incluindo a Casa Civil que aguarda julgamento do STF sobre posse
de Lula.
– Dilma acusa Temer de vender “terreno na Lua” mas libera na Terra R$
50,5 milhões de emendas a deputados do PR que votaram não a
impeachment.
– PT ainda quer cargo de presidente da comissão para controlar os
trabalhos e obrigar senadores a ouvirem Cardozo de novo. Nome disso é
tortura.
– PMDB exige controlar um posto-chave. PP quer Ana Amélia Lemos (RS)
para relatoria. PSDB tenta emplacar mineiro Antonio Anastasia na
presidência.
– Comissão será formada por 21 senadores titulares e 21 suplentes,
indicados de acordo com a proporção do tamanho dos blocos partidários. Titulares:
– PSDB, DEM e PV: Ronaldo Caiado (DEM-GO), Antonio Anastasia
(PSDB-MG), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e Cássio Cunha Lima
(PSDB-PB).
– PTB-PR-PSC-PRB-PTC: Wellington Fagundes (PR-MT) e Zezé Perrella (PTB-MG).
– PSB-PPS-PCdoB-Rede: Romário (PSB-RJ) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).
– PMDB: 5 vagas a definir.
– PT/PDT: 4 vagas.
– PP/PSD: 2 vagas.
– Mais 2 vagas compartilhadas a definir.
Segunda-feira será mais um dia de tumultos. Eu já separei a pipoca.
O Senado recebeu nesta terça-feira (19) as primeiras indicações nos
nomes para a comissão de 21 senadores que vai analisar o pedido de
impeachment da presidente Dilma Rousseff. A comissão deve começar o
trabalho na próxima segunda-feira (25). às 16h, segundo o presidente do
Senado, Renan Calheiros, disse na sessão desta tarde. Renan cedeu à
pressão da oposição para adiantar a criação do colegiado.
As indicações serão feitas por blocos partidários, que são os grupos formados por alianças entre os partidos no Senado.
Veja o número de vagas de cada bloco e os partidos que já indicaram integrantes:
PMDB – 5 vagas - ainda não indicou oficialmente os nomes
PSDB, DEM e PV – 4 vagas: Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO)
PT e PDT –
4 vagas -- ainda não indicou oficialmente. No entanto, o senador
Lindbergh Farias (PT-RJ ) disse que ele, José Pimentel (PT-CE) e Gleisi
Hoffmann (PT-PR) serão os indicados
PSB, PPS, PCdoB e Rede – 3 vagas: Romário (PSB-RJ) e Fernando Bezerra (PSB-PE) e Vanessa Grazziotin (PCdoB)
PP, PSD – 3 vagas - ainda não indicou oficialmente.
Além dos 21 titulares, a comissão conta também com 21 suplentes. Os nomes acima são dos membros titulares indicados.
Na sessão desta terça-feira o Senado faz a leitura da denúncia do
impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Em seguida, o presidente
do Senado, Renan Calheiros, solicitou que as lideranças enviem em até
48 horas a indicação dos 21 nomes que irão integrar a comissão especial.
A sessão de hoje foi aberta com questionamentos de senadores sobre os
prazos da comissão. "Se for necessário e para dirimir as dúvidas, vou
pedir a antecipação da transferência da presidência do Senado para o
presidente do Supremo Tribunal Federal [Ricardo Lewandowski]", respondeu
Renan.
Mais cedo, ficou acordado que em até 48 horas os blocos devem indicar
nomes para a comissão. No entanto, a oposição alega, citando o regimento
do Senado, que as indicações devem ser feitas ainda hoje. Por isso,
segundo Renan, a antecipação da transferência da presidência serviria
"para que essas dúvidas deixem de acontecer e para que não haja questões
de ordem sendo feitas a cada momento por motivação meramente política".
Prazos
A partir da instalação da comissão são eleitos seu presidente e relator e
a presidente Dilma é notificada do processo. A comissão tem o prazo de
dez dias úteis para dar seu parecer sobre se é possível a abertura de
processo de impeachment no Senado.
A Câmara dos Deputados aprovou o processo no último domingo (17), mas é
no Senado onde ocorre de fato o julgamento da presidente.
Depois de instalada, a comissão tem até 48 horas para eleger seu
presidente e relator e até 10 dias úteis para apresentar parecer sobre
se o processo de impeachment deve ou não ser admitido no Senado.
O parecer da comissão deve em seguida ser votado pelo plenário do
Senado. Para que o processo seja aberto, é preciso o apoio da maioria
simples dos senadores, ou seja, a metade mais um dos parlamentares
presentes, desde que haja um mínimo de 41 senadores na sessão. Com a
presença dos 81 senadores, são necessários 41 votos para aprovar o
impeachment.
Apenas se o processo for aceito no Senado é que a presidente Dilma fica
afastada temporariamente de suas funções. Cabe aos senadores realizar o
julgamento sobre se as denúncias contra Dilma justificam o seu
impedimento do cargo.
Se condenada, a presidente tem o mandato cassado e fica proibida de
disputar cargos públicos por oito anos. Se for absolvida, a presidente
retoma o cargo.
No período do afastamento temporário assume o vice-presidente Michel Temer (PMDB).
(*Colaborou Bernardo Barbosa, de São Paulo)
Placar do Impeachment do Senado
Levantamento diário do jornal "O Estado de S. Paulo" mostra como os
senadores estão direcionando seus votos para o impedimento ou não da
presidente Dilma Rousseff.
Para ver o placar atualizado, acesse o endereço: http://zip.net/brs8JB (URL encurtada e segura). DO JTOMAZ
Dilma
Rousseff, na segunda-feira, mandou liberar 50,5 milhões de reais em
emendas parlamentares de deputados do PR que, no dia anterior, votaram
contra o impeachment. A lista foi obtida pelo Estadão: - José Rocha, da Bahia, ganhou 19 milhões de reais. - Vicentinho Júnior, do Tocantins, ganhou 4,5 milhões de reais. - Édio Lopes, de Roraima, ganhou 6 milhões de reais. - Wellington Roberto, da Paraíba, ganhou 12 milhões de reais. - João Carlos Bacelar, da Bahia, ganhou 6 milhões de reais. - Aelton Freitas, de Minas Gerais, ganhou 3 milhões de reais. Gasparzinho comprou o voto desses parlamentares. Espalhem seus nomes. 19.04.16 - DO ANTAGONISTA
Presidente
do Senado, onde chegou o processo de impeachment de Dilma, teria
recebido valores ilícitos por meio do lobista Jorge Luz, segundo
ex-diretor de Internacional da Petrobrás
Renan Calheiros. Foto: Ed Ferreira/Estadão.
Por Mateus Coutinho, Ricardo Brandt e Fausto Macedo Estadão
O
ex-diretor Internacional da Petrobrás e delator da Lava Jato Nestor
Cerveró disse em depoimento ao juiz Sérgio Moro nesta segunda-feira, 18,
que o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) recebeu propina de
US$ 6 milhões por meio do lobista Jorge Luz, apontado como um dos
operadores de propinas na Petrobrás, referentes a um contrato de
afretamento do navio-sonda Petrobrás 10.000. “(Jorge
Luz) foi o operador que pagou os US$ 6 milhões da propina da sonda
Petrobrás 10.000, foi o encarregado de pagar ao senador Renan
Calheiros”, disse o delator ao ser questionado pela defesa de Salim
Schahin sobre a atuação de Jorge Luz em relação às propinas recebidas
por Cerveró. A propina teria sido repassada na época da contratação do
navio-sonda, em 2006. Neste
momento da audiência, que envolveu acusações ainda sob investigação
contra uma autoridade com prerrogativa de foro, o juiz Sérgio Moro
interrompeu Cerveró e pediu para o delator comentar apenas o que tinha
pertinência com a ação penal na qual ele depôs nesta tarde. O ex-diretor
falou na ação em que é acusado de favorecer a Schahin na contratação
para a operação de um navio-sonda da Petrobrás como uma forma de quitar a
dívida do PT de R$ 12 milhões com o banco Schahin.
Renan
Calheiros é hoje o responsável por ditar o ritmo do processo de
impeachment da presidente Dilma Rousseff após a Câmara aprovar a
continuidade do procedimento. A acusação contra o senador na delação de
Cerveró foi revelada pelo Estado em dezembro do ano passado e
confirmada pelo delator nesta tarde em seu primeiro depoimento após
fechar um acordo de delação premiada.
COM A PALAVRA, O PRESIDENTE DO SENADO, RENAN CALHEIROS (PMDB-AL)
Por meio de sua assessoria de imprensa, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou as “as imputações”. Renan “reafirma que já prestou as declarações necessárias, mas está à disposição para quaisquer novos esclarecimentos”.18/04/2016 DO R.DEMOCRATICA