PAZ AMOR E VIDA NA TERRA " De tanto ver triunfar as nulidades, De tanto ver crescer as injustiças, De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". [Ruy Barbosa]
quinta-feira, 23 de março de 2017
Renan diz que jamais cometeu crime! Ai, ai, ai…
Brasília vive dias emocionantes. Nesta quarta-feira, Renan Calheiros escalou a tribuna do Senado para declarar que é uma inocente criatura. Estalando de pureza moral, o pajé do PMDB recomendou aos alagoanos e aos brasileiros que fiquem tranquilos, pois a turma da Lava Jato jamais conseguirá provar nada contra ele. Pela simples e boa razão de que nunca cometeu um mísero crime.
O pronunciamento de Renan está disponível acima. O vídeo tem 1 hora 5 minutos e 39 segundos de duração. Nele, o senador criticou a Polícia Federal por sua “histeria investigativa”, atacou a Procuradoria da República por seus “vazamentos”. Que são “estimulados” pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, declarou, ecoando crítica do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Renan bateu também na imprensa, que o ataca movida por “prejulgamentos preconceituosos.”
Todos são culpados de alguma coisa, exceto o orador. Réu numa ação penal e protagonista de uma dúzia de inquéritos, oito dos quais referentes à Lava Jato, Renan revela-se um típico político brasileiro. Grosso modo falando. Fazendo pose de vítima, o senador diz não haver contra ele “nenhum fiapo de prova”. Aos pouquinhos, vai se relevando um inocente de mostruário. Faz lembrar as virgens de Sodoma e Gomorra. DO J.DESOUZA
‘escândalo de virar o estômago’ - The Economist...
Revista britânica tratou de mais um escândalo brasileiro Por Ernesto Neves23 mar 2017, 15h22 - Atualizado em 23 mar 2017, 15h48
O texto diz ainda que a operação coloca em risco uma indústria responsável por exportar mais de 40 bilhões de dólares e que as empresas JBS e BRF terão suas imagens afetadas gravemente.
“Certamente, o episódio vai atrasar a entrada da JBS na bolsa de Nova York, uma transação que deveria atrair até 10,5 bilhões de reais, assim como a operação da BRF na Bolsa de Londres, onde eram esperados outros 4 bilhões de reais”, diz trecho da reportagem.
José Nêumanne: Sempre foi assim mesmo. E daí?
Acusar a polícia de idiotice não trará de volta compradores de nossa carne no exteriorPor Augusto Nunes 23 mar 2017, 07h02
Na sexta-feira, o Brasil recebeu a chocante notícia de que muitos frigoríficos nacionais – entre os quais, os maiores – protagonizavam um escândalo que atingia ao mesmo tempo o bolso e o estômago dos brasileiros: a maquiagem de carne podre com ácido ascórbico e a mistura de papelão e outros ingredientes indesejados nos embutidos nossos de cada dia. O País é o maior exportador mundial de carne. Et pour cause, a venda de alimentos contaminados com o beneplácito da fiscalização federal, além de nociva à saúde do consumidor interno, prejudica as receitas de exportação num momento de penúria causada pela maior crise econômica da História.
Numa reação inédita, o presidente Michel Temer, que até hoje não se dignou a visitar os presídios conflagrados no início do ano em Manaus, Boa Vista e Nísia Floresta, na Grande Natal, chefiou uma série de reuniões para anunciar medidas como compor uma força-tarefa para reforçar a fiscalização da pecuária. Além disso, o episódio provocou uma reação indignada do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que, em defesa de seus parceiros da agroindústria, condenou a investigação policial. Numa entrevista em que esquartejou a pobre língua portuguesa com uma sequência atroz de barbarismos inaceitáveis num aluno de grupo escolar, reclamou da ausência dos investigados na avaliação técnica da investigação. E classificou de “idiotice” insana a interpretação do uso de papelão na carne, atribuindo-o à embalagem e esquecendo-se de informar desde quando frigoríficos exportadores embalam carne com o dito material.
O presidente Michel Temer defendeu a Polícia Federal (PF), que, num desvario dos desesperados ante os efeitos maléficos da divulgação da investigação, foi comparada aos responsáveis por um dos maiores erros policiais, com cumplicidade dos meios de comunicação, da História: o caso da Escola Base, em São Paulo. Nenhum dos acusadores, contudo, se lembrou de apontar uma causa lógica para tamanha irresponsabilidade da PF.
Nervoso e confuso, Temer adotou a desculpa usada pelos pecuaristas, que também participaram da reunião dele com a imprensa e 40 diplomatas das embaixadas de 27 países compradores: das 4.837 unidades sujeitas à inspeção federal, apenas 21 foram acusadas de irregularidades. “E dessas 21, seis exportaram nos últimos 60 dias.” Para provar sua convicção, o presidente convidou os presentes no encontro para comer carne de boi, postando em seu Twitter: “Todas as carnes servidas ao presidente Temer e embaixadores na churrascaria Steak Bull eram de origem brasileira”. Mas a Coluna do Estadão foi informada pelo gerente, Rodrigo Carvalho, que tinham corte europeu, uruguaio e australiano. Um papelão!
Vexames do tipo poderiam ser evitados se o governo tratasse o escândalo com a transparência sugerida pelo ministro Maggi, “rei da soja”, citado nas delações premiadas da Odebrecht e tido como responsável por metade da devastação ambiental brasileira entre 2003 e 2004, segundo o Greenpeace. Não será com truques de malandro campainha (que se anuncia antes de assaltar) que os governantes e pecuaristas brasileiros manterão seus mercados, invejados por outros grandes e poderosos produtores de carne. De Genebra, Jamil Chade relatou que, se o Brasil não retirar essas companhias da lista de exportação, a União Europeia vai bloquear a entrada dos produtos. E China, Hong Kong e Chile informaram oficialmente ao Ministério da Agricultura a suspensão de importação de nossa carne.
Não é desprezível a afirmação do delegado Maurício Moscardi Filho de que a propina que a PF diz ter sido paga a fiscais irrigava contas do PMDB e do PP. Esses partidos – antes aliados de Dilma e agora, de Temer – ocupam a pasta há 18 anos. Maggi trocou o PR pelo PP para assumi-la na atual gestão. E esse não é o primeiro dano provocado pelo loteamento do governo federal.
Não faltará quem lembre que se compram fiscais nestes trágicos trópicos desde o desembarque de Cabral em Porto Seguro. Já há também quem lembre que corrupção na política não é uma exclusividade brasileira, uma jabuticaba, como se usa correntemente. Pois sim! E não disse Otto Eduard Leopold von Bismarck-Schönhausen, duque de Lauenburg, unificador da Alemanha sob o punho da Prússia, morto antes da chegada do século 20, que “os cidadãos não dormiriam tranquilos se soubessem como são feitas as salsichas e as leis”? Pois então…
A sábia sentença vale como nunca no Brasil destes nossos idos de março, nos quais não faltam também trágicos avisos, como o que o general romano Júlio César ouviu, nas ruas de sua Roma, de um vidente anônimo sobre os punhais que o esperavam na escadaria do Senado. A não ser que a PF tenha cometido barbaridade similar à da Escola Base, em que um casal de educadores perdeu tudo pela acusação cruel de uma criança que viralizou na imprensa, a onda de lodo que se abateu sobre toda a República não terá poupado a galinha de ovos de ouro da economia nacional: nossa produtiva, próspera e moderna agroindústria. Se a polícia exagerou, o caso merece punição pesada.
Mas se a polícia contou, como parece lógico, a verdade, não dá para cair na lorota do empreiteiro Emílio Odebrecht, que desonrou a memória do pai, Norberto, que construiu e deu nome à maior empreiteira do Brasil, pretendendo conquistar o perdão para o filho, Marcelo, e seus comparsas. E, para tanto, adotou o mantra sórdido de Tavares, o canalha cínico encarnado por Chico Anysio: “Eu sou, mas quem não é?”. Ou seja, “não foi?”.
A Operação Carne Fraca, que deveria chamar-se Carne Podre ou Carniça, precisa abrir a caixa-preta onde se guardam mistérios como o milagre da multiplicação das picanhas, em que uma família de pequenos açougueiros de Anápolis hoje controla a empresa campeã na produção de proteína animal neste mundão todo.
LISTA FECHADA É UMA ABERRAÇÃO – IMPEDE ELEITOR DE ELEGER SEU CANDIDATO
“Pelo voto em lista fechada, o eleitor vota no partido, que define previamente os candidatos que serão eleitos em ordem de prioridade. Atualmente o eleitor vota diretamente no candidato. A votação na comissão será no próximo mês e no plenário a apreciação deve ocorrer em maio.
O discurso geral se sustenta na tese de que a lista fechada é o modelo mais barato e obriga a utilização dos recursos para toda a chapa e não apenas para um candidato. “A lista fechada é o mais recomendável para o momento”, afirmou o relator. O petista vai sugerir em seu relatório que o modelo vigore nas eleições de 2018, 2020 e 2022. Em 2026, a ideia é que se adote o sistema misto alemão – adaptado à realidade brasileira – com metade dos eleitos por distrito e outra metade por lista fechada.
O relatório do petista também vai estabelecer limite de um salário mínimo para doação de pessoa física e proibição do autofinanciamento. “É para que tenha isonomia e não tenha abuso de poder econômico dos candidatos ricos”, disse Cândido.” FONTE: ESTADÃO.
OS TRAIDORES QUE DESEJAM ALTERAR O SISTEMA ELEITORAL SEM CONSULTAR A POPULAÇÃO, PLANEJAM APROVAR A LISTA FECHADA. ATÉ MAIO.
O POVO BRASILEIRO NÃO VAI PERMITIR ESSA ABERRAÇÃO. DO J.RORIZ
Falanges midiáticas, acadêmicas e pastorais.
Fracassado o
projeto criminoso de poder do PT, as falanges midiáticas, acadêmicas e
pastorais, sem reconhecer seus erros, como de costume, dedicam-se agora a
fustigar liberais e conservadores, sempre chamados de "fascistas".
Texto de Percival Puggina:
Os que
empurraram as esquerdas para suas vitórias e o Brasil para o fracasso
retomam as antigas práticas. Astutamente, tendo suas opiniões perdido
credibilidade nas questões internas, usam e abusam da cena internacional
para continuar ministrando "lições" à opinião pública.
Recordemos.
Durante décadas, formadores de opinião, "trabalhadores em educação" e
seguidores da Teologia da Libertação arrastaram o corpo social
brasileiro para a valeta esquerdista. Era uma força irresistível a
alavancar o PT para a condição de grande partido nacional, levar Lula à
presidência da República e arrastar o Brasil para o caos. Nos
microfones, as falanges midiáticas não poupavam sequer o público dos
programas futebolísticos. Nas salas de aula, tornos e marretas
ideológicas faziam cabeças em linha de produção. A CNBB e o clero dito
progressista esmeravam-se em documentos e campanhas cujo cunho religioso
se consumia em brevíssimas referências à Santíssima Virgem; tudo mais
era perdição eufemística da mensagem cristã a serviço de determinada
política. Certa feita, anos 90, designado pelo admirável arcebispo de
Porto Alegre, D. Cláudio Colling, participei dos eventos que compunham o
projeto da CNBB chamado "O Brasil que queremos". Nos bastidores de
todos os eventos e mesas de trabalho, os assuntos mais abordados pelas
pastorais presentes eram eleição vindoura e Lula-lá... A tudo
testemunhei porque, como peixe fora d'água, lá estava.
Assim,
ao longo de muitos anos, o povo brasileiro foi orientado pelos
corregedores da opinião pública a pensar com critérios esquerdistas,
estatistas, coletivistas. Toda a análise sociológica, histórica,
política e econômica era promovida com lentes marxistas. Quando, nos
anos 90, o Leste Europeu sacudia do próprio lombo sete décadas de
opressão, ferrugem e lixo comunista, o Brasil da teologia da libertação,
dos progressistas, dos movimentos sociais mantidos pelos inesgotáveis
fundos petistas estava ávido de importar tudo para cá.
O que
aconteceu após 13 anos do sucesso eleitoral de 2002 foi o inevitável
fracasso operacional e moral de 2014, quando já não podia mais ser
ocultado. E tudo fica bem resumido nestas estrofes narrativas e
proféticas de Miguezin de Princesa em "Nunca recebi propina":
Prometeu melhores dias
Para um bocado de gente,
Vivia quase montado
No pescoço do vivente,
Mas, na hora de comer,
Só comeu quem foi parente.
Agora no xilindró,
Com saudade do faisão,
Come pão com margarina
E almoça rubacão
E diz: - Esse povo ingrato
Inda beija meu retrato
Nessa próxima eleição!
O poder
petista, como tal, acabou. Junto com sua parceria, virou caso de
polícia. A conexão publicitária entre esquerda e progresso, a ninguém
mais convence. Com os foguetes queimados para levar o PT ao poder,
torrou-se o prestígio de seus apoiadores. Por isso, leitor, você não
ouve mais qualquer discurso esquerdista.
Que
fazem, então, as falanges midiáticas, acadêmicas e pastorais?
Reconhecidas as próprias limitações, dedicam-se a: 1) combater quem
esteja à sua direita no arco ideológico, jogando rótulos entre os quais
os de "ultradireita" e "fascista" são os mais recorrentes; 2) atacar
propostas que busquem desfazer os estragos promovidos por um quarto de
século de governos de esquerda; 3) investir contra conservadores e
liberais como sendo os vilões a serem evitados.
Observe,
então e por fim, o quanto se valem para isso do cenário internacional.
Ali está o campo de prova onde reiteram suas convicções e
"ensinamentos", sem que o passado os condene. Não, as falanges não se
penitenciam nem redimem. Apenas mudam de estratégia. Agora, pretendem
nos ensinar a compreender o mundo com seus olhos. DO O.TAMBOSI
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