sábado, 18 de fevereiro de 2017

Fim do Foro Privilegiado é prioritário



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Crime Institucionalizado é a associação para fins delitivos entre criminosos de toda espécie e servidores públicos – sobretudo a elite deles, os políticos (profissionais). Não é à toa que cerca de 500 processos tramitam contra parlamentares no foro privilegiado do Supremo Tribunal Federal. São 357 inquéritos e 103 ações penais contra as “excelências”. Tudo indica que o número aumentará com as delações premiadas da Odebrecht e – tão temida quanto ela – da Queiroz Galvão (ainda em fase de “ameaça”).
Torna-se consistente a mobilização, entre ministros do STF, para restringir o alcance do famigerado foro privilegiado. O ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato, aproveitou uma recente palestra acadêmica para condenar tal benefício para políticos e autoridades. “Há muito tempo tenho subscrito uma visão crítica do foro privilegiado que é incompatível com o princípio republicano que está na base da constituição brasileira”.
Na mesma linha, Luis Roberto Barroso vai ao ponto: “É possível reduzir o problema representado pelo foro privilegiado mediante uma interpretação restritiva do seu sentido e alcance, com base no princípio republicano e no princípio da igualdade”. Barroso defende o óbvio ululante: deve-se restringir o foro privilegiado apenas para os crimes cometidos no cargo, e em razão do cargo.
O fim do foro privilegiado tem de ser objeto de uma Emenda Constitucional. Quem tem de dar a palavra final sobre o absurdo privilégio é o Congresso Nacional. O probleminha é que os deputados e senadores, logicamente, não querem cumprir o dever de legislar sobre um assunto que vai prejudicar a maioria de delinqüentes na Câmara, no Senado e nos ministérios federais.
Ou seja, se depender dos gerentes do “Crime Institucionalizado”, nada muda... Afinal, para os ladrões-canalhas é melhor ganhar tempo. Eles preferem um modelo em que o STF demora em média 565 dias para receber uma denúncia contra os privilegiados. Os excelentíssimos bandidos sabem que um juiz de primeira instância pode demorar apenas uma semana para fazer o mesmo. Assim, é melhor deixar tudo como está...
O fim do foro privilegiado tem de ser uma prioridade da cidadania brasileira. É fundamental aumentar a pressão, nas redes sociais, nas ruas e nos botequins (espaços de relevantíssimos debates). Temos de criar as condições para formar um “Tornado” contra os corruptos. A intensidade deste movimento produzirá a base social fundamental para a Intervenção Cívica Constitucional que o Brasil necessita. É imprescindível uma Repactuação Legal, porque as instituições brasileiras estão gravemente afetadas pelo Crime.
Por isso, taticamente, lutar pelo fim do foro privilegiado é uma bandeira capaz de gerar muitos outros benefícios. É a maneira de atingir, de imediato, a maioria de bandidos da zelite brasileira.
Como bem constatou o comandante do Exército, General Eduardo Villas-Bôas, em recente entrevista ao Valor Econômico, “somos um País que está à deriva”.
É a pressão direta do povo – e não um mero golpe militar – que vai resolver o problema. Por isso, a Intervenção Cívica Constitucional é a única saída. O resto é paliativo ou mero golpismo...

Fãs sumindo

Releia a segunda edição de sexta-fera: A Intervenção contra o Crime Institucionalizado

Em luto ou em luta?
Recusado


"Marajás 'mamam' nos Três Poderes do Brasil"



"Marajás" do serviço público recebem supersalários nos Três Poderes, "contornando" o teto constitucional. A malandragem consiste em não incluir na conta dos vencimentos o que chamam de "vantagens" e outros ganhos. Um desembargador de Sergipe recebeu R$ 326 mil em janeiro, enquanto no Tribunal de Justiça do Ceará 26 embolsaram salários superiores ao limite constitucional. Neste ano de 2017, só o governo federal gastará R$ 306,9 bilhões com pagamento de salários.
Meio bilhão ilegais
Somente as "vantagens" dos marajás do Poder Executivo federal somaram R$ 422,4 milhões no mês de dezembro.
Marajás afortunados
O governo federal ainda não divulgou os dados da folha de janeiro, mas em dezembro pagou supersalários a 17 afortunados servidores.
Professor marajá
O campeão do mês foi um professor da Universidade Federal de Juiz de Fora, que embolsou R$ 157 mil em dezembro, além do salário.
Constituição estapeada
O Legislativo tem seus próprios marajás. Somente na Câmara dos Deputados, 21 servidores recebem ilegalmente acima de R$33,7 mil.
Fonte: Claudio Humberto

Alexandre Garcia dá um tapa na cara do STF e compara com Justiça dos EUA