terça-feira, 31 de julho de 2018

Após entrevista no Roda Viva, Bolsonaro é recebido com fogos de artifício em Vitória/ES


JOICE E PAULO ENÉAS ANALISAM O DESSERVIÇO DO RODA VIVA NA “SABATINA” DE BOLSONARO. E Os Pingos Nos Is - 31/07/18




PT federal engole Renan e engasga com Eunício


Candidatos à reeleição, o governador cearense Camilo Santana, do PT, e o senador Eunício Oliveira, do “golpista” MDB, percorrem a campanha de 2018 de mãos dadas. Eunício enfiou partidos que gravitam em sua órbita dentro da coligação do governador, vitaminando-lhe o tempo de propaganda eleitoral. Camilo providenciou para que o PT se abstenha de lançar candidato a senador no Ceará, potencializando as chances de êxito do presidente do Senado.
O arranjo provocou um curto-circuito na cúpula do PT federal e no diretório da legenda no Ceará. Desencaparam-se os fios porque o acerto de Camilo com Eunício carbonizou a candidatura do senador petista José Pimentel. Ele planejava medir forças com Eunício. Mas foi desligado da tomada. Integrados à caravana do petista Camilo, os irmãos Ciro e Cid Gomes avalizaram a articulação que pavimenta o caminho de Eunício.
Pelas redes sociais, a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, informou que não há digitais de Lula no acerto com Eunício. Disse que o PT não irá apoiá-lo. Silenciou sobre o escanteamento do companheiro Pimentel, que até já se despediu da campanha por meio de nota. A movimentação faz do PT um partido ainda mais desconexo. Em Alagoas, o petismo engole sorridente o apoio de Renan Calheiros. No Ceará, engasga com Eunício Oliveira. Ambos votaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff.
Josias de Souza

Manifestantes em greve de fome por Lula são retirados da porta do STF Grupo tinha expectativa de ser recebido por Cármen Lúcia

Manifestantes são retirados do STF
Manifestantes são retirados do STF
Foto: Carolina Brígido
Um grupo de onze manifestantes pedindo a liberdade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi expulso, na tarde desta terça-feira (31), da frente do prédio principal do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Entre os manifestantes, seis informaram que estavam em greve de fome pela causa. Eles tinham a expectativa de serem recebidos pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, mas foram retirados à força pelos seguranças. Três pessoas rolaram da escada que dá acesso à porta do tribunal.
Os seguranças do STF, que contaram também com o reforço de integrantes da Polícia Federal e da Polícia Militar, explicaram ao grupo que não é permitido fazer protesto no local, por se tratar de um patrimônio público. Diante da resistência do grupo, os agentes não hesitaram em empurrar os manifestantes para longe da porta do STF. Na semana passada, um outro grupo jogou tinta vermelha no mármore do piso da fachada do tribunal, também em defesa da liberdade de Lula.

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O grupo tinha a intenção de ficar instalado na porta do STF durante toda a greve de fome, que seria encerrada apenas quando Lula obtiver um habeas corpus na Justiça. Como a equipe de segurança impediu o ato, os manifestantes informaram que voltarão para a porta do STF todos os dias. Entre os defensores de Lula estão integrantes de movimentos populares, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MTST).
"Somos trabalhadores em greve de fome para que o mundo saiba que o Brasil não pode mais passar fome. Nos pisotearam, como se a gente fosse bicho. No dia que eles estiverem desempregados, nos procurarão para não morrer de fome, mas talvez seja tarde. Eu tenho dó de vocês", disse Luiz Gonzaga, da Central de Movimentos Populares, um dos que aderiram à greve de fome. Na frente do STF, o grupo deu entrevista à imprensa para explicar o ato. O manifesto divulgado por eles informa que a intenção era denunciar uma série de injustiças sociais, como a fome, o abandono dos mais pobres, o aumento da violência e a situação precária da saúde pública. Depois de cerca de 40 minutos, o grupo foi conduzido pelos agentes de segurança até a Praça dos Três Poderes, onde outras pessoas manifestavam também pela liberdade de Lula, com bandeiras e faixas.

ENTREVISTA DE BOLSONARO À TV CULTURA ROMPEU O ÚLTIMO ANTEPARO QUE ESCONDIA A CRIMINOSA MANIPULAÇÃO DOS DONOS DO PODER

Terça-feira, julho 31, 2018

Todas as críticas e denúncias que tenho feito aqui no blog com relação à atuação dos jornalistas da grande mídia foram corroboradas na entrevista que o presidenciável Jair Bolsonaro concedeu ontem ao Programa Roda Viva, da TV Cultura (cultura???).
Como tenho revelado aqui no blog atuo como jornalista desde 1971. Há mais de uma década me transferi para a internet numa época em que ainda se afirmava que os jornais e a mídia impressa em geral sobreviveriam. O futuro chegou mais depressa do que imaginavam os dinossauros das redações.  Ainda assim, eles insistem, como aquele tal de Chico Caruso rabiscando em papel aquelas charges idiotas enquanto seus coleguinhas praticavam aquele festival de cinismo financiando com dinheiro público, ou seja, fruto do avassalador assalto aos bolsos dos contribuintes pelos ladravazes do erário.
Se a internet já havia feito um estrago danado na grande mídia as redes sociais atiraram a pá de cal sobre o que restava de pé. Pela primeira vez na história os leitores e telespectadores passaram de uma situação passiva para uma ação ativa desmistificando essa cambada psicopatas revelada na noite de ontem durante a entrevista com o presidenciável Jair Bolsonaro. Tanto é que pela primeira vez na história da estatal TV Cultura, aquele cabide de emprego dos comunistas, atingiu o topo dos Trends do Twitter e bateu o recorde de audiência. Não pela qualidade de seu jornalismo mas pela presença de Jair Bolsonaro.
Uma pesquisa do Instituto Paraná divulgada nesta terça-feira explica o desespero das empresas de mídia convencional que são batidas pelas redes sociais. Não é à toa que o Facebook fez um acordo com o Governo do Brasil para censurar perfis que se opõem a esse turbilhão de iniquidades, roubalheiras, mentiras e manipulações levadas a efeito establishment do qual são pontas de lança a grande mídia e seus jornalistas como tenho repetidamente denunciado aqui neste blog.
O que se viu nesta segunda-feira à noite na entrevista do presidenciável Jair Bolsonaro foi antes de tudo, pedagógico. Rompeu o último anteparo que escondia a indecência e a manipulação desesperada desse jornalismo chulé que desde de seu nascedouro é operador dos interesses do movimento comunista internacional hoje diluído na ideologia da diversidade bundalelê gestada pela ONU, União Européia e demais organismos multilaterais. Tudo isso forma o âmago idelógico do establishment.
No caso brasileiro há um componente essencial muito particular nessa pedagogia de esclarecimento político que, vamos dizer assim, universalizou a conscientização em sentido amplo. Trata-se da Operação Lava Jato que, como costumo afirmar, rasgou o diáfano véu da fantasia que encobria a desavergonhada e histórica gatunagem sobre o erário. Não sobrou nada. Essa gentalha de uma hora para outra se viu desnudada perante a opinião pública e hoje está reunida no tal "Centrão" liderado pelo PSDB, MDB e PT. Como moscas varejeiras esses predadores do Brasil pretendem detonar a carniça até os ossos.
Não contavam com a conscientização em massa e muito menos no inusitado aparecimento de um líder que galvaniza os mais diferentes setores da sociedade brasileira na derradeira tentativa de salvar a Nação.
Este líder é Jair Bolsonaro. Seu prestígio e sua força puderam ser constatados na entrevista que concedeu na noite desta segunda-feira para a TV Cultura. Se pretendiam destruí-lo deram um tiro n'água pavimentando seu caminho em direção ao Palácio do Planalto. DO A.AMORIM

A tortura do canalhismo e do Ministério Público

terça-feira, 31 de julho de 2018

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Apenas por coincidência (que não existe), a imprensa e a burocracia estatal de esquerda voltaram a focar um desgastado tema que é requentado perto das eleições ou quando se deseja sacanear e desmoralizar os militares: a “tortura”. O Ministério Público em São Paulo reabriu ontem o Caso Vladimir Herzog – jornalista da TV Cultura morto nas dependências do DOI-Codi em São Paulo. Semana passada, a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge (a mesma que jogou contra a a impressão do voto na urna eletrônica), pediu a rediscussão da Lei de Anistia pelo Supremo Tribunal Federal...
Os fatos obrigam que se questione a atuação da instituição Ministério Público. O que leva o MP a processar ou não oferecer denúncia contra alguém? Por que alguns são poupados e outros são vítimas de uma jagunçagem estatal (uma verdadeira tortura psicológica)? Tem uma outra pergunta feita pelo auditor aposentado da Receita Federal, Luiz Otávio Borges, que merece uma resposta sincera: Por que o Ministério Público esconde da sociedade os inquéritos que “engaveta”? Por que os governos, parlamentos, tribunais e o MP têm medo do controle estatal exercido pela sociedade?
Luiz Otávio Borges insiste: “Por que o Ministério Público não responde a consultas  sobre engavetamentos? O auditor da Receita aposentado lança um desafio: “Faça um teste: use a Lei de Acesso à Informação e peça, a QUALQUER UNIDADE DO MP, a relação de processos (em andamento na UNIDADE DO MP) que estão sem movimentação há mais de 3 meses (ou mais de 6, ou 12, ou etc... meses). Prepare-se para a possibilidade de sofrer uma grande decepção”.
Luiz Otávio tem uma postura otimista: “Apesar de tudo, não perco a esperança. Acredito que aparecerão, no MP, Procuradores e Promotores decentes com coragem de conversar, EM REUNIÕES ABERTAS A INTERESSADOS, sobre propostas de Controle Social capazes de inviabilizar PREVENTIVAMENTE, nos Órgãos Públicos em que forem implantadas, os esquemas de corrupção”.
Eis um bom tema para debate nesta eleição. Acontece que a grande mídia idiotizada pela ideologia esquerdista não quer discutir algo tão relevante para a Democracia. O foco prioritário, agora, é esculachar Jair Bolsonaro – já que ele desponta como favorito a vencer a eleição presidencial (até com chances de vencer no primeiro turno). Luiz Otávio é um defensor da tese de que “sem controle social eficaz, continuaremos governador por bandidos”.
A mídia hegemônica no Brasil não se preocupa em combater os bandidos de verdade. Alguns setores do Ministério Público – excetuando a turma da Lava Jato e afins -, também... O Brasil precisa ser passado a limpo. Enquanto o cidadão não tiver mecanismos de controle direto sobre a máquina estatal, a Ditadura Capimunista do Crime continuará hegemônica. Vamos mudar, ou não?...   

Jair Bolsonaro segue na liderança com folga em nova pesquisa

Foto: Dida Sampaio/Estadão

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, tem 23,6% das intenções de voto, de acordo com nova sondagem do Instituto Paraná Pesquisas. Ele aparece isolado, seguido de longe por Marina Silva, com 14,4%.

Para a realização da consultado do Instituto Paraná Pesquisas foi utilizada uma amostra de 2.240 eleitores, sendo esta estratificada segundo sexo, faixa etária, escolaridade, nível econômico e posição geográfica.
O trabalho de levantamento de dados foi feito através de entrevistas pessoais com eleitores com 16 anos ou mais em 26 Estados e Distrito Federal e em 170 municípios brasileiros entre os dias 25 a 30 de julho de 2018, sendo auditadas simultaneamente à sua realização em 20,0% das entrevistas.
Geraldo Alckmin surge com 7,8%, atrás de Ciro Gomes, que tem 10,7% dos eleitores.
O poste de Lula, Fernando Haddad tem apenas 2,8%, atrás de Álvaro Dias, com 5%.

Foto: Reprodução/Instituto Paraná Pesquisas

Bolsonaro contra quatro

A entrevista de Jair Bolsonaro “eclipsou” quatro outros presidenciáveis. Enquanto a sabatina do deputado do PSL no Roda Viva foi o tema mais comentado do Twitter mundial e explodiu em visualizações no YouTube, a estreia do Central das Eleições da Globonews com Álvaro Dias (Podemos) passou praticamente em branco.
Em São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo) debatiam no Fasano, a convite do Centro de Liderança Pública), com transmissão online no site da revista Infomoney. O final do debate coincidiu com o primeiro bloco do programa da TV Cultura, mas também passou batido nas redes sociais. / V.M. ESTADÃO BR18

Trump quer América grande, eu quero Brasil grande’


Ao ser perguntado no programa Roda Viva sobre quais seriam as semelhanças entre ele e o presidente americano, Donald Trump, que tanto admira, o presidenciável Jair Bolsonaro disse:
“Como o Trump quer a América grande, eu quero o Brasil grande; como ele acredita em Deus, eu acredito em Deus; como ele defende a família, eu defendo a família.” / José Fucs

Entrevista de Bolsonaro alcança a liderança no trending topics mundial do Twitter. Saiba o que ele disse.


Bolsonaro defendeu o uso de armas pela população, avisou que tratará a pau o MST, acabará com as quotas nas universidades, porá fim ao proselitismo ideológico nas escolas e abrirá as contas malcheirosas do BNDES. O candidato deixou claro que implementará uma economia liberal de verdade, privatizando e retirando a mão dura estatal sobre os negócios, restabelecerá o princípio de autoridade e o império da moralidade. 

A entrevista do deputado Jair Bolsonaro ao Roda Viva, ontem a noite, teve momentos que arrebanhou a primeira posição no trending topics mundial do Twitter.

O candidato do PSL enfrentou uma bancada de jornalistas dispostos a arrancar-lhe a pele, mas todos acabaram escalpelados.

Bolsonaro não se deixou encurralar, foi franco, duro, verdadeiro, e pelo menos em relação ao âncora Ricardo Lessa e aos jornalistas de Veja e O Globo, desmascarou-os com a revelação de que mentiam descaradamente.DO P.BRAGA

PGR sobre libertação de Dirceu: “Violação do devido processo legal e desrespeito à Constituição”

No recurso ao STF contra a libertação de José Dirceu, Raquel Dodge disse também que houve omissão quanto ao contraditório e ao respeito ao devido processo legal, uma vez que o Ministério Público não foi intimado para se manifestar.
“Na prática, o MPF foi surpreendido pela decisão, sem que tivesse tido qualquer oportunidade de defender sua posição, com violação do devido processo legal.”
Outro fator de obscuridade alegado pelo MPF é que a peça que sustentou a decisão – o acordão condenatório do TRF4 – sequer foi apresentado pela defesa para embasar o pedido.
“De acordo com o Código de Processo Civil e as Súmulas 634 e 635, do STF, pedido com pretensão cautelar para a concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário é cabível quando a admissibilidade já tenha sido analisada pelo tribunal de origem, o que não ocorreu no caso de José Dirceu. Além disso, também foi desrespeitada a Constituição Federal, que estabelece os casos em que o STF é competente para processar e julgar originariamente habeas corpus.”

PGR: libertação de Dirceu cria “senso de descrença no devido processo legal”

Em outro trecho do recurso – embargos de declaração com efeitos infringentes – contra a libertação de José Dirceu, a PGR alerta para as consequências do desrespeito a “ritos, regras e normas”.
“Ao se permitir que decretos prisionais de 1º e 2º graus sejam revistos diretamente por decisão da última instância do Poder Judiciário, como ocorreu neste caso, em especial no bojo das atuais ações penais de combate à macrocriminalidade, cria-se o senso de descrença no devido processo legal, além de se gerar a sensação de que, a qualquer momento, a sociedade pode ser surpreendida com decisões tomadas completamente fora do compasso procedimental previsto na ordem jurídica.”
Confira a íntegra do recurso AQUI.

PGR diz que recurso de Dirceu se baseou em “elementos frágeis”

No recurso ao STF contra a libertação de José Dirceu, Raquel Dodge também atacou o mérito da reclamação do ex-ministro acatado pela Segunda Turma.
A avaliação da PGR é de que a peça, de apenas oito páginas, “possui elementos frágeis, como a argumentação de que o crime de corrupção passiva estaria prescrito”.
“O ex-ministro foi condenado pela prática de corrupção em cinco contratos. Nesse caso, a consumação do delito se deu entre 2009 e 2013, quando ocorreu o recebimento das vantagens indevidas, e não no momento da assinatura dos contratos, como sustentou a defesa.”
Ela diz ainda que não houve erro na dosimetria da pena quanto aos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva porque os delitos antecedentes à lavagem foram formação de cartel e fraude à licitação.

Bem alimentado, Lula terceirizou greve de fome


Seis militantes de movimentos sociais iniciam nesta terça-feira, em Brasília, uma greve de fome pela libertação de Lula. Comandante do ''exército do MST'', João Pedro Stédile declarou que o tempo de duração da greve será determinado pela ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal.
“Ela foi indicada para respeitar a Constituição”, disse Stédile, ao lado dos companheiros que prometem fechar a boca. “Tem dois recursos aguardando julgamento –uma ADC do PCdoB, que consulta se uma pessoa pode ser presa antes do julgamento de todos recursos; e um outro recurso da OAB, sobre validade da presunção de inocência até o julgamento da última instância. Basta colocar os recursos em plenário para acabar com a greve.”
Em português claro, deseja-se pressionar o Supremo para rever a regra que autorizou o encarceramento de condenados em segunda instância. A questão já foi apreciada pelos ministros da Suprema Corte quatro vezes desde 2016. Na votação mais recente, produziu-se um placar de 6 votos a 5 contra a concessão de um habeas corpus que impediria a prisão de Lula.
Ironicamente, os devotos do líder petista fazem por Lula um sacrifício que ele se abstém de fazer por si mesmo. Lula desenvolveu uma ojeriza por greves de fome. Em fevereiro de 2010, ainda na pele de presidente, o agora presidiário realizou uma viagem oficial a Cuba. Desembarcou em Havana no dia da morte do dissidente cubano Orlando Zapata Tamoyo, que ficara sem comer por 85 dias.
Instado a comentar a privação alimentar do preso político cubano, Lula declarou: “Lamento profundamente que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome. Eu, depois da minha experiência de greve de fome, pelo amor de Deus, ninguém que queira fazer protesto peça para eu fazer greve de fome que eu não farei mais.”
Na época, o repórter Elio Gaspari rememorou a “experiência” de Lula: “Em 1980, quando penou 31 dias de cadeia que ajudaram-no a embolsar pelo Bolsa Ditadura um capital capaz de gerar mais de R$ 1 milhão, Lula fez quatro dias de greve de fome. Apanhado escondendo guloseimas, reclamou: ‘Como esse cara é xiita! O que é que tem guardarmos duas balinhas, companheiro?’.”
Em março de 2010, já de volta ao Brasil, Lula adicionou ao comentário infeliz que fizera em Havana uma pitada de escárnio. Em defesa da soberania cubana, o então presidente petista comparou os presos políticos da ditadura dos irmãos Castro com os bandidos comuns esquecidos no interior do sistema carcerário de São Paulo.
Eis o que declarou Lula: “Eu penso que a greve de fome não pode ser utilizada como pretexto de direitos humanos para libertar pessoas. Imagina se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade. Temos que respeitar a determinação da Justiça e do governo cubano de deter as pessoas em função da legislação de Cuba, como quero que respeitem ao Brasil.”
Quer dizer: considerando-se os critérios de Lula, condenado a 12 anos e um mês de cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro, os militantes que se dispõem a deixar de inserir alimentos por sua libertação deveriam respeitar a “determinação da Justiça” brasileira. Sucede, porém, o oposto.
Bem alimentado, Lula patrocina o surgimento de mais uma excentricidade eleitoral. Depois da candidatura presidencial cenográfica de um ficha-suja, depois da campanha presidencial por correspondência, Lula conduz desde a cela especial de Curitiba um inusitado processo de terceirização de greve de fome.DO J.DESOUSA