sábado, 19 de março de 2011

Ministros de Dilma tiveram seu momento de "tirar os sapatos" para os americanos. E dentro do Brasil.

Indignados com a forte revista feita pela segurança da comitiva de Barack Obama, os ministros Guido Mantega (Fazenda), Edison Lobão (Minas e Energia), Aloizio Mercadante (Ciências e Tecnologia) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) não pensaram duas vezes: abandonaram o encontro da Cúpula Empresarial Brasil-Estados Unidos sem assistir o aguardado discurso do presidente dos EUA. 


Segundo fontes ouvidas pelo 'Estado', havia sido firmado um acordo com a Casa Branca para que os ministros não fossem revistados quando chegassem ao local da realização do encontro. Após o almoço oferecido no Itamaraty, os ministros seguiram para o centro de convenções onde era realizado o encontro empresarial. O acordo firmado com a Casa Branca foi ignorado pelos seguranças que estavam no local. 

O ministro Aloizio Mercadante reclamou muito, mas acabou passando pela revista junto com seus colegas de ministério. Mantega chegou a comentar que nem em viagens internacionais tinha passado por tal constrangimento. Quando chegaram ao auditório e viram que o presidente da seção americana do Conselho Empresarial Brasil-EUA, John Faraci, simplesmente subiu ao palco e começou a falar em inglês, o clima que já não estava bom entre os ministros piorou. 

Sem ter recebido aparelho de tradução simultânea, Mantega, Mercadante, Lobão e Pimentel simplesmente levantaram e foram embora. Lobão prometeu que iria ligar para seu colega do Itamaraty, Antonio Patriota, para reclamar da quebra do acordo firmado com a Casa Branca. A assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento afirmou que Pimentel não assistiu ao discurso de Obama porque teria sido chamado as pressas pela presidente Dilma Rousseff.  (Matéria do Estadão)
DO COTURNO NOTURNO

A covarde omissão do Brasil

OPINIÃO
Itamaraty recusa-se a defender o direito à vida na Líbia. A abstenção brasileira é “um desmentido às reiteradas afirmações da presidente Dilma Rousseff de que os direitos humanos estariam no centro de sua agenda de governo”
Charge: PETAR PISMESTROVIC, Kleine Zeitung (Austria)
Clóvis Rossi
Fontes: Folha de São Paulo

Foi covarde a atitude da diplomacia brasileira de abster-se na votação da zona de exclusão aérea na Líbia.

As explicações dadas depois pelo chanceler Antonio Patriota e por seu porta-voz, Tovar Nunes, tornaram ainda mais patética a covardia de não dizer nem sim nem não. Comecemos com um pouco de história sobre a posição brasileira: assenta-se na tese de que a força não é o melhor instrumento nas relações internacionais. Se fosse um debate acadêmico, eu aplaudiria de pé.

Mas, na vida real e na situação da Líbia neste momento, torna-se um argumento sem nexo.

O que está havendo na Líbia é o uso desmedido da força bruta por um tirano ensandecido que, de resto, a utiliza contra seu próprio povo faz 42 anos e que, em certa época, utilizou-a também contra terceiros (atentados contra um avião da PanAm sobre os céus da Escócia e contra uma discoteca de Berlim).

Qualquer pessoa dotada de um mínimo de senso comum saberia que um governante desse calibre só entende a linguagem da força.

No entanto, Patriota prefere fechar os olhos e os ouvidos e dizer que o Brasil não descarta "um esforço de diálogo com Gaddafi".

Além de completamente desconectada da realidade, a declaração é inconsistente com os votos do Brasil em sessões recentes de órgãos da ONU. Votou, no Conselho de Segurança, pela imposição de duras sanções ao governo líbio, descartando, portanto, "um esforço de diálogo". Votou também pela suspensão da Líbia do Conselho de Direitos Humanos da instituição, igualmente sem diálogo. Tovar Nunes explicou que o Brasil "não tem interesse em ação militar que redunde numa contrarreação que piore a situação dos cidadãos".

Ah, meu caro Tovar, a contrarreação já ocorreu por meio da ofensiva que Gaddafi empreendeu contra os rebeldes, bombardeando cidades que eles ocupavam, blindando Trípoli contra manifestações pacíficas (o que viola as liberdades públicas que o Brasil diz defender) e ameaçando uma caçada aos rebeldes casa a casa.

Fica ainda mais patética a posição brasileira diante do efeito prático imediato da decisão do Conselho de Segurança: o tirano anunciou um cessar-fogo. Não se pode confiar em ditadores, é verdade, mas fica a sensação de que o diálogo que o Brasil tanto diz defender só se tornou potencialmente viável a partir da ameaça de uso da força, a única linguagem que tiranos entendem.

Há ainda na abstenção brasileira um desmentido às reiteradas afirmações da presidente Dilma Rousseff de que os direitos humanos estariam no centro de sua agenda de governo. Ao contrário de intervenções militares anteriores (Iraque, Afeganistão, por exemplo), destinadas a caçar o tirano local de turno, a ação do Conselho de Segurança agora visa precisamente a preservar o mais básico direito humano, que é o direito à vida.

Não obstante, o Brasil de Dilma Rousseff omitiu-se covarde e vergonhosamente.

DO BLOG THE PASSIRA NEWS

Obama enquadra Cabral e Paes.


Clique na matéria acima de O Globo para ampliar e ler.

Comissão da Verdade ou Omissão da Verdade?

Não faltou o "C" na bandeirinha do blog, aí ao lado. Omissão da verdade é querer investigar apenas os desaparecidos e "torturados", sem passar a limpo os assassinatos, sequestros e assaltos cometidos pela esquerda. Os bancos roubados não tinham caixas e tesourarias operados por militares. Nos saguãos de aeroportos explodidos não havia nenhum general, mas passageiros comuns que foram despedaçados por bombas. Nas ruas onde os terroristas disparavam seus fuzis não circulavam apenas coronéis, havia até mesmo crianças tomando ônibus para as escolas. Esta gentalha matou civis e colocou cidadãos em risco de vida. Cometeram crimes hediondos. Querem Comissão da Verdade? Que venha, mas sem Omissão da Verdade. 

 

DO B. DO CEL