terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Congresso reestreia a peça do Brasil alternativo


O Congresso reestreia nesta quarta-feira um espetáculo manjado. A coisa se passa numa nação alternativa. Fora do prédio de Niemeyer, há um Brasil em pânico. Dentro, há um país fictício. Fora, quando alguém fala em corrupção numa roda, é impossível mudar de assunto. Pode-se, no máximo, mudar de corrupto. Dentro, pulsa um país sem culpados nem inocentes. Um Brasil 100% feito de cúmplices. Uma nação onde nada aconteceu.
Os congressistas propuseram e aceitaram a tese segundo a qual nenhum deles deve nada. Muito menos explicações. Há os delatados, os investigados, os denunciados, os réus… E há a banda muda, que silencia diante da promiscuidade. É nesta ficção que nenhum roteirista de teatro assinaria, para não passar por inverossímil, que o Congresso reabre suas cortinas depois do recesso. Deputados e senadores tropeçam nos corredores com o maior escândalo de corrupção da história. Mas fingem que ele não está ali.
Nos últimos dois anos, uma Lava Jato inexplicada no meio do Salão Verde da Câmara e do Salão Azul do Senado se transformou em muitas coisas. Começou como um embaraço. Evoluiu para um hábito. De repente, à medida que aumentava o número de ecrencados, tornou-se parâmetro.
Há dois anos, os deputados elegeram Eduardo Cunha para presidir a Câmara. E os senadores reelegeram Renan Calheiros. O primeiro está preso. O segundo é réu numa ação penal e protagoniza 12 inquéritos.
Hoje, os favoritos ao comando das duas Casas do Legislativo são alvos da megadelação da Odebrecht. Mas isso não é assunto que mereça a perda de tempo de uma reflexão no Brasil alternativo que está novamente em cartaz no Congresso.
Fora das cuias de Niemeyer —a da Câmara virada para cima, a do Senado emborcada para baixo—, a democracia representativa está jurada de morte. Dentro, ela se comporta como se estivesse cheia de vida. DO J.DESOUZA

Se o Carnaval gera riqueza, por que tanta controvérsia?

Post de Ricardo Bordin, no blog Por Um Brasil sem Populismo, levanta boas questões sobre o Carnaval, supostamente um acontecimento nacional. Como a festança não consegue se sustentar sobre as próprias perna
Em meio ao cenário de recessão que assola o Brasil desde que o “dique” que segurava a catástrofe financeira engendrada pelo PT em seus 13 anos de Planalto¹ (leia-se: logo após garantir a reeleição de Dilma), as prefeituras de mais de 70 cidades do Brasil já avisaram que não irão destinar dinheiro do pagador de impostos para a realização dos desfiles de carnaval. Não chega a parecer sandice: se eu estou passando por um período de vacas magras, natural é ficar um tempo sem frequentar festas, certo? A irresponsabilidade fiscal, ao fim e ao cabo, cobra seu preço, e supérfluos acabam entrando na lista de cortes a serem efetuados nas despesas.
Não foi bem assim, todavia, que reagiu determinada parcela de nossa população. Em meio aos muxoxos produzidos aqui e acolá, foi possível captar três principais motivos para o azedume. Vejamos, pois, se procede a choradeira:
1) A festa pagã mais tradicional do país gera empregos:
Segundo consta dos arrazoados, o dinheiro proveniente dos cofres públicos investido na folia de momo retorna na forma de oportunidades para os envolvidos com os preparativos e a produção do evento. De fato, não há como negar o que se vê.
São criadas vagas diretas no mercado de trabalho quando a administração local repassa dinheiro para as escolas e blocos, e estas, então, compram material para a confecção de fantasias e demais adereços, adquirem instrumentos musicais e promovem gastos afins. A “indústria do carnaval”, ademais, pode ter a capacidade de gerar empregos de forma indireta, estimulando os setores hoteleiro e alimentício, por exemplo, fomentados pelos gastos dos foliões.
Mas o perrengue reside no que não se vê. Se este mesmo prefeito direcionar estes recursos para Educação e Saúde (e eu duvido que alguém de mente sana discorde deste remanejamento), outras atividades econômicas relacionadas a estes setores, da mesma forma, serão impulsionadas e poderão, então, contratar mais pessoal. E se os cidadãos não poderão gastar seus caraminguás durante os dias de apresentações – fazendo o “dinheiro circular”, o sonho dos Keynesianos² (e pesadelo de quem fica pra ver o resultado), fique tranquilo: eles acharão alguma outra coisa para gastar. E possivelmente seja mais útil, sinceramente.
Ah, mas e se a festa atrai pessoas de outros rincões? Passemos, então, ao item 2.
2) Se há demanda, então deve haver interesse publicitário:
Carnavais como o do Rio de Janeiro dispensam comentários: são espetáculos que trazem turistas de todas as partes do globo, empilhando dólares e euros nas caixas registradoras dos empreendedores locais, desde o vendedor de chá na praia até o proprietário do Copacabana Palace.
Mas é de se indagar: se este show possui um potencial de marketing tão notável, como ele não consegue se auto-sustentar? Por que as agremiações precisam de subvenção do Estado? Um evento transmitido para diversos países não tem como captar recursos por conta própria?
A resposta, ao que parece, pode ser encontrada no regulamento da liga das escolas de samba do RJ – e que costuma ser emulado, em grande parte, por outras associações do gênero Brasil afora:
regulamento
Ora, se as escolas de samba são tolhidas por suas próprias entidades representativas da ferramenta mais eficiente que poderiam utilizar para obter recursos – isto é, o merchandising – fica fácil crer porque todo ano seus diretores precisam ir com o pires na mão mendigar para o prefeito e o governador.
Não que seja o caso de fazer um carro alegórico em forma de garrafa de Coca-Cola, ou a porta-bandeira tremular um símbolo do Mcdonalds, mas ostentar marcas, de forma discreta, poderia representar a independência dos desfiles de carnaval que rendem Ibope em relação ao governo.
Eu também não gosto muito de ver anúncios na camisa do meu time, mas eu entendo que é necessário para a subsistência dele. Só fica esquisito quando há anunciantes demais. É a diferença entre aquele carro antigo colorido (de tantas marcas) da equipe March de F-1, e a eternizada em nossa memória McLaren de Ayrton Sena ostentando o Malboro no aerofólio.
Ou seja, sequer estamos diante de um caso similar aos financiamentos da Lei Rouanet, nos quais são contemplados certos artistas que jamais sobreviveriam no livre mercado – e outros muito ricos –, pelo simples fato de que os consumidores, cuja vontade é soberana, não os elegeram para brilhar nas telas ou palcos. Ao contrário: os organizadores do carnaval são capazes de gerar muita receita, mas eles não conseguem canalizá-la para seus cofres porque se recusam a fazer propaganda. Aí só resta resmungar mesmo.
3) Se não houver dinheiro público envolvido, não haverá desfiles nem nosso “sagrado” carnaval: será?
Este argumento lembra-me do início do governo Temer: “se não houver Ministério da Cultura, não haverá cultura”, diziam os incautos e os argutos. Quer dizer que as pessoas ficarão trancafiadas em casa na última semana de fevereiro, se não rolar patrocínio estatal? Não haverá samba nos morros e nas periferias? Não sairão às ruas os blocos e muambas? Não se reunirão às pessoas nas praias, nos botecos e até mesmo em suas casas para fazer uma bagunça?
Além disso, se fazem questão de desfilar, que tal um financiamento coletivo (crowdfunding), como bem ensinou o pessoal do “Libera Que Eu Conservo”³?
Conclusão: não procede a lamúria, meritíssimo. Segue o baile – seja de carnaval ou não.
³http://rodrigoconstantino.com/artigos/bloco-de-carnaval-libera-que-eu-conservo-mostra-que-direita-cai-finalmente-no-samba DO O.TAMBOSI

Em reunião tensa, petistas enquadram Lindbergh e Gleisi

Transcorreu em altíssima temperatura uma reunião da bancada do PT do Senado, na casa de Jorge Viana, em Brasília.
Humberto Costa e Jorge Viana, defensores do apoio à candidatura de Eunício Oliveira à presidência da Casa, espinafraram Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann, ferrenhos críticos da possível aliança.
A dupla deixou claríssima a irritação com a postura de Gleisi e Lindbergh e os acusaram de incitarem a militância contra quem está favorável ao plano de o partido fechar com Eunício.
Costa e Viana disseram que, como se não bastassem os recorrentes episódios de ataques a políticos, agora seus correligionários (Gleisi e, principalmente, Lindbergh) passaram a agir como adversários, sobretudo na forma como vêm se posicionando.
Em dado momento, os presentes lembraram que ninguém levantou a palavra quando o PT negociou com o PMDB o fatiamento do processo de impeachment de Dilma Rousseff, justamente no dia em que ocorreu o que eles chamam de golpe, e, por isso, atirar pedras contra a eventual aliança com Eunício seria patético.

Pezão cairá se Alerj barrar empréstimo ao Rio, diz Picciani

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, levará à votação na próxima terça-feira o empréstimo do governo federal prometido ao estado e a proposta de privatização da Cedae.
Mas até as pedras portuguesas de Copacabana sabem que Luiz Fernando Pezão não tem maioria na Casa. Então, o que ocorrerá se os deputados não se sensibilizarem a com a dramática situação econômica do estado e votarem contra as medidas?
Picciani já não esconde sua avaliação. Para ele, nesse cenário, o governador cairá.
“Não dá nem para pensar nisso. Se o empréstimo não for aprovado, (o impeachment) será uma questão de meses, algo inevitável”. DO R.ONLINE

Confissões da Odebrecht: pânico em Salvador, capital da colonização escravocrata.

O clã Odebrecht
José Casado observa, em texto publicado no Globo: é na Bahia que se espraiam os efeitos mais corrosivos das confissões da Odebrecht, homologadas ontem pela presidência do STF:
É na Bahia onde se espraiam os efeitos mais corrosivos das confissões da Odebrecht, validadas ontem pelo Supremo — consequência natural da identidade baiana construída há nove décadas pela família controladora do grupo.
Salvador, capital da colonização escravocrata, concentra ansiedade pública pelas revelações dos Odebrecht e seus executivos sobre corrupção. Prevalece a convicção de que devem se refletir em mudança de rumos da política e dos negócios no estado.
O clima é similar ao observado em Brasília. Com agravantes derivados da atenção pública aos ruídos de embates familiares, entre eles, os do patriarca Emílio, herdeiros e o filho Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba.
Repete-se no condomínio praiano de Interlagos, onde partilham a beira-mar o ex-diretor da Odebrecht em Brasília, Cláudio Melo Filho, o ex-ministro do governo Temer Geddel Vieira Lima e os publicitários das campanhas de Lula e Dilma, João Santana e Mônica Moura.
A relação Cláudio e Geddel, contou o executivo à Justiça, “era muito forte”, bem além da simples vizinhança: “Geddel recebia pagamentos qualificados, e fazia isso oferecendo contrapartidas claras.” Conversavam bastante — contaram-se 117 ligações num único ano. Geddel era “Babel” na planilha de pagamentos.
Vizinhos deles na praia, os publicitários João e Mônica também compartilhavam a folha Odebrecht. Receberam US$ 24 milhões nas campanhas de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014), confessou Vinícius Borin, responsável pelos repasses no Meinl Bank, em Antígua.
O casal foi recompensado com outros US$ 5 milhões por Eike Batista, preso no Rio. Eike pagou-os pela conta panamenha da Golden Rock, que também usou para repassar US$ 16,5 milhões ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral.
Nesse circuito sobressaem expoentes de uma elite republicana moldada em vícios típicos do Brasil colonial, descrito pelo poeta Boca do Inferno, o advogado Gregório de Matos, na Salvador onde tudo se permitia aos amigos do rei:
“Furte, coma, beba e tenha amiga,
Por que o nome d’El Rei dá para tudo
A todos que El-Rei trazem na barriga.”
Desde então, sob o manto do foro nobre, multiplicam-se histórias de impunidade. Nele pouparam-se, entre outros, fidalgos como Fernão Cabral, que lançou viva na fornalha de seu engenho uma escrava grávida do “gentio do Brasil”, conta o historiador Ronaldo Vainfas.
O resguardo em foro especial, atenuante na Justiça e na Igreja da Colônia, prossegue. Ano passado, Dilma aplicou-o a Lula, levando-o à Casa Civil, no lugar de Jaques Wagner.
Ex-governador da Bahia, Wagner seria “Polo” na folha da Odebrecht, com US$ 11 milhões recebidos. Do total, US$ 8 milhões sustentariam a eleição do sucessor, o governador Rui Costa, segundo Melo Filho. Em troca, “Polo” pagou à empresa uma fatura pendente de US$ 85 milhões, valor sete vezes maior.
Na sexta-feira 20 de janeiro, o governador Costa fez Wagner secretário de Desenvolvimento. No mesmo pacote nomeou o engenheiro Abal Magalhães para a Companhia de Desenvolvimento Urbano. Precisou demitir Magalhães 24 horas depois. Descobriu que ele militava em redes sociais qualificando Wagner como integrante de “quadrilha” do PT financiada pela Odebrecht. E repetia: “#lulanacadeia”, “#dilmanacadeia” . DO O.TAMBOSI

TRUMP DEMITE PROCURADORA-GERAL QUE SE RECUSOU A DEFENDER SUA ORDEM EXECUTIVA QUE RESTRINGE IMIGRAÇÃO.


Ferro na boneca: O presidente Trump demitiu a Procuradora-Geral Sally Yates, por "traição". Ela recusou-se a cumprir a ordem presidencial. 
O presidente Donald Trump demitiu a procuradora-geral Sally Yates, depois que ela se recusou a defender sua ordem executiva de restringir a imigração e os refugiados de seis países de alto risco no Oriente Médio. 
O secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, emitiu uma declaração dizendo que Sally Yates, nomeada pelo governo Obama, havia "traído o Departamento de Justiça" recusando-se a impor a ordem de Trump.
Sally Yates, a demitida.
"A Senhora Yates foi nomeada pela administração de Obama que é fraco nas fronteiras e muito fraco na imigração ilegal",  diz a Nota lida por Spicer.
Trump substituiu Yates por Dana Boente, a atual advogada dos EUA para o Distrito Leste da Virgínia, até que o senador Jeff Sessions, já designado por Trump, seja confirmado pelo Senado.
"É hora de levar a sério a proteção do nosso país", afirmou Spicer. "Chamar para uma análise mais rigorosa indivíduos que viajam de sete lugares perigosos não é extremo. É razoável e necessário proteger nosso país.” Do site Breitbart - Click here to read in English - DO A.AMORIM