segunda-feira, 14 de abril de 2014

André Vargas puxou a faca, e os petistas graúdos saíram correndo. Quem tem Vargas tem medo! Na mira, Padilha, Gleisi e Bernardo


André Vargas: ele agora faz ameaças nem tão veladas a "companheiros". Quer ficar no partido; julga ter moral compatível com a legenda. Como discordar?
André Vargas: ele agora faz ameaças nem tão veladas a “companheiros”. Quer ficar no partido; julga ter moral compatível com a legenda. Como discordar?
Afirmei aqui na sexta-feira que o deputado André Vargas (PT-PR) andou dizendo coisas desagradáveis a seus companheiros. Não aceita ser enxotado do partido e promete reagir. Pelo visto, o PT entendeu o recado. A disposição de puni-lo até com a expulsão se transformou numa comissão para ouvir os seus motivos.
Segundo reportagem de Daniel Pereira e Robson Bonin na VEJA desta semana, os primeiros, digamos, “ameaçados” por Vargas são Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde, que vai concorrer ao governo de São Paulo, pelo PT; a senadora Gleisi Hoffmann, que deve disputar o governo do Paraná pelo partido, e seu marido, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
Vargas estaria insinuando a “companheiros” que Paulo Bernardo é beneficiário de propinoduto da Petrobras e que seria intermediário de contratos entre o grupo Schahin, que costuma aparecer em escândalos petistas, e a estatal. O ministro teria recebido uma corretagem por isso, devidamente repassada ao “Beto”, que é como Vargas chama o doleiro Alberto Youssef.
Schahin? Lembram-se de Marcos Valério, o operador do mensalão petista? Em depoimento à Polícia Federal, ele afirmou que a construtora simulou no passado uma prestação de serviços para a Petrobras para arrumar dinheirodinheiro para os petistas comprarem o silêncio de um empresário que ameaçava envolver Lula e outros membros da cúpula do partido na morte de Celso Daniel.
As insinuações vão além. A senadora Gleisi e seu marido não gostariam ainda de ver expostas as suas relações com a Agência Heads Propaganda do Paraná. Seria, na expressão atribuída a Vargas, um “esquema deles”.
Bem, no governo Dilma, a Heads se tornou líder no recebimento de verbas da propaganda oficial. A ascensão foi tão espetacular que chamou a atenção do Tribunal de Contas da União, que decidiu apurar se há algo de errado. Todo mundo, evidentemente, nega tudo. Só uma coisa é inegável: até agora, Vargas não demonstra disposição de ir para o cadafalso em silêncio.
Sem saída
O chato para o petismo é que não há saída virtuosa para essa história. Leiam a reportagem de VEJA, que foi a Indaiatuba conhecer a Labogen, que, acreditem, no papel, pertence a um frentista chamado Esdra Ferreira. Também no papel, ele tem um sócio, o “autônomo” Leonardo Meirelles. Os dois já admitiram para a polícia que, de início, a Labogen era mesmo uma empresa de papel. Mas muito bem-sucedida, claro!!! Sem produzir um comprimido ou um supositório, faturou R$ 79 milhões entre agosto e novembro de 2010. Um portento!
Com a influência de Vargas, os técnicos do Ministério da Saúde, comandado por Padilha, foram vistoriar os equipamentos da Labogen para saber se esta estava apta a fazer a parceria com a gigante EMS e com o Laboratório da Marinha. Equipamentos??? Esdra, o frentista, contou à polícia: o maquinário era sucata comprada em cemitério de peças, revestida de alumínio, “para dar a aparência de novas”. Mesmo assim, a parceria ganhou um sinal verde. Leiam reportagem na edição desta semana.
Vargas, como está dito, puxou a faca. E os petistas tremeram. Mais um pouco, ele também vai virar “guerreiro, herói do povo brasileiro”.
Parece que tanto empenho em tentar impedir a CPI da Petrobras vai um pouco além da “questão política”, não é mesmo?
Por Reinaldo Azevedo

,Terror dos petistas é que nome de Palocci e de 47 políticos apareçam em documentos da Lava Jato


A Operação Lava Jato tem tudo para produzir novos estragos para figuras chaves do PT – algumas até que andam meio fora de cena
Por Jorge Serrão
Alerta Total
O medo agora é que, em meio a documentos e computadores apreendidos na Petrobras, surja o nome de Antônio Palocci Filho, ex-ministro da Fazenda de Lula e ex-chefe da Casa Civil de Dilma.
A cúpula petista já teme que, além do já queimado deputado federal André Vargas, as investigações da Polícia Federal também apontem ligações de negócios entre Palocci e o doleiro Alberto Youssef – que tinha como parceiro Paulo Roberto Costa – ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.

A Lava Jato mexe com grandes interesses políticos e econômicos, deixando o escândalo do Mensalão no chinelo. O doleiro Youssef já teria passado à Polícia Federal os nomes de pelo menos 47 parlamentares que costumavam utilizar seus serviços.
O grande temor é que apareçam detalhes sobre financiamentos milionários de empresas parceiras em negociatas para campanhas eleitorais. Como as investigações estão fora do controle do governo, tudo pode acontecer.
Informações comprometedoras tendem a vazar.
A operação abafa está em andamento, mas encontra dificuldades técnicas...

Apesar da Lava Jato, a Presidenta Dilma Rousseff se preocupa mesmo é com a repercussão negativa dos escândalos da Petrobras sobre sua governabilidade.
Nem Dilma, que anda mais nervosa que nunca, gritando com todos os assessores diretos, acredita que possa ser alvo de um impeachment.
Mas ela sabe que crescem as chances de, assim que sair da Presidência da República, ser processada por responsabilidade pelas decisões tomadas nos tempos em que presidiu o Conselho da Petrobras, no governo Lula.

Investidores já acionaram o Ministério Público Federal contra Dilma e Guido Mantega (atual presidente do Conselhão da Petrobras). Para piorar a situação, o procurador do Ministério Público Federal no Tribunal de Contas da União, Marinus Marsico, já fez uma representação ao TCU pedindo que se apurassem responsabilidades na diretoria-executiva e eventualmente nos conselhos da Petrobras: “Configurado o débito, tem-se o rol de responsáveis que são obrigados a devolver esses recursos. O tribunal também pode aplicar multas, que podem ser proporcionais ao débito ou decorrentes de atos de gestão temerários, ilegítimos, antieconômicos. O problema é que não é factível que se paguem as multas”.


Revelações Digitais? 
Além do que pode respingar da Operação Lava Jato, muitos outros problemas não faltam para serem investigados cuidadosamente na Petrobras.
As compras das refinarias Pasadena (Texas), Nansei (Japão) e San Lorenzo (Argentina).
Aluguel de plataformas superfaturadas, terceirizações e quarteirizações milionárias, absolutamente sem controle e que podem ser fontes de “mensalões”, superfaturamento nos contratos bilionários de obras que mal começam e nunca terminam, como a Refinaria Abreu e Lima (Pernambuco) e o complexo Petroquímico do RJ (em Itaboraí).

A BR Distribuidora sofrerá uma devassa por causa das ações sobre o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. Além dela, merecem apuração também outras bilionárias “caixas Pretas” que envolvem as finanças da empresa: Petrobras International Finance (PFICO) e Petrobras Global Finance B. V. (sediada em Rotterdam, na Holanda, que capta euros e dólares para a estatal).
Também precisa ser visto como ocorreram investimentos da Petrobras no fundo BB Millenium - operado em 2006 e 2007, com a ajuda de grandes bancos transnacionais e brasileiros. Sem falar de negócios com a Odebrecht (Brasken), White Martins (Gemini) e BGT Pactual (PetroÁfrica), entre outros. 
Todos esses fatos, alguns com investigação da Polícia Federal ou denúncia pelo Ministério Público Federal, já bastariam para a abertura de uma CPI exclusiva para a Petrobras.
Mas, se nenhuma CPI for aberta, nada se altera.
A Justiça, se acionada, tem a obrigação de impedir que dirigentes da empresa e seus conselheiros saiam impunes, no final das contas, que rendem grandes prejuízos à União (acionista majoritária) e aos investidores minoritários.

Vale repetir as palavras do procurador do Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU), Marinus Marsico, definindo bem a situação surreal da estatal de economia mista:
“A Petrobras está afundando. Há uma mistura de má gestão com o fato de ter se tornado um braço político do governo. Se a empresa não fosse pública, já tinha quebrado”.

Agora, o desafio é a energia para solucionar tantos problemas e tornar a Petrobras uma empresa com boa governança e lucrativa para os investidores e brasileiros que dela dependem.


Na mira da Justiça
 14 de abril de 2014
DO R.DEMOCRATICA
 

Atraso em ferrovia mostra Brasil 'enferrujado', diz 'New York Times'


Vídeo do 'New York Times' sobre a Transnordestina (Foto: Reprodução / Nytimes.com)


Vídeo do 'New York Times' sobre a Transnordestina
(Foto: Reprodução / Nytimes.com)
O atraso na construção da ferrovia "Transnordstina" mostra que o Brasil está "enferrujado", diz reportagem publicada neste domingo (13) pelo jornal "New York Times". O jornal norte-americano divulgou em seu site uma página especial e um vídeo sobre o tema. Clique para ler e assistir (em inglês).
O atraso das obras foi tema de reportagens especiais recentes publicadas pelo G1. Quando as obras da ferrovia Transnordestina começaram, em 2006, a previsão era que fossem concluídas em 2010. A ferrovia deveria passar pelo Piauí, Ceará e Pernambuco.
O título do vídeo do "New York Times" "Brasil trilha caminho da expansão à ferrugem", uma ironia em relação às estruturas de ferro em trechos abandonados da obra. "A expansão econômica brasileira possibilitou grandes projetos de construção para empoderar seu interior pobre. Mas enquanto a economia esfria, muitos estão inacabados, deixando um legado de divisão e deslocamento", diz o jornal.
O "New York Times" coloca a obra em um contexto de declínio da economia do Brasil, e cita também problemas com a Copa do Mundo. "Os projetos da Copa são apenas parte de um problema maior nacional que lança uma cortina de fumaça sobre grandes ambições do Brasil: uma série de projetos luxuosos concebidos quando o crescimento econômico foi grande, que agora estão abandonados, paralisados ou descontroladamente acima do orçamento", diz matéria assinada pelo jornalista Simon Romero.
Atrasos na Transnordestina
No dia 18 de janeiros, o G1 mostrou que as obras da ferrovia Transnordestina no sertão do Piauí, que já consumiram R$ 1,075 bilhão, estão paralisadas e abandonadas desde setembro de 2013, quando o contrato entre a concessionária Transnordestina Logística S/A (TLSA) e a construtora Odebrecht foi rescindido.
Obras da Transordestina em Pernambuco (Foto: Editoria de Arte/G1)
Foram visitados trechos da ferrovia em obras nas cidades de Paulistana e Curral Novo do Piauí e não viu trabalhadores ou máquinas em ação. O nome da empreiteira contratada para o trabalho já não consta mais nas placas.
Uma série de entraves com desapropriações e alterações de projeto, além de questões ambientais, fizeram o prazo ser estendido para setembro de 2016, segundo o Ministério dos Transportes – totalizando dez anos de obra, em vez dos quatro iniciais.
Os adiamentos e a falta de informação fazem a população e empresários do Sertão de Pernambuco, por onde os trilhos vão passar, não saberem o que esperar do futuro.
O trecho cearense da ferrovia Transnordestina, de 527 km entre a cidade de Missão Velha e o Porto do Pecém, na Grande Fortaleza, só tem 4% das obras concluídas, segundo o Ministério dos Transportes, segundo reportagem do G1 no dia 14 de março deste ano.
Foi visitado o ponto onde terminam os 4 km de trilhos instalados a partir de Missão Velha e encontrou a obra parada. Não há máquinas ligadas ou homens trabalhando. Materiais como trilhos, dormentes e tubulações estão abandonados perto do fim da linha. A passagem feita para ligar a zona rural à cidade durante a execução dos serviços da ferrovia está destruída, deixando moradores sem acesso. Equipamentos da prefeitura tentam consertar o caminho danificado

Um ex-assessor é suspeito de pedofilia. Outra, de roubalheira. E a ex-ministra Gleisi tinha escolhido André Vargas — agora na mira da Polícia Federal — para chefiar sua campanha ao governo do Paraná. Ela não acerta uma?



A ex-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, candidata do PT ao governo do Paraná: está difícil fazer uma indicação de alguém que não tenha um problemaço com a Justiça (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)
A ex-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, candidata do PT ao governo do Paraná: está difícil fazer uma indicação de alguém que não tenha um problemaço com a Justiça (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)
Nota da coluna dominical do jornalista Carlos Brickmann, publicada em vários jornais
Dedo podre 
A ex-ministra Gleisi Hoffmann, candidata do PT ao governo do Paraná, não tem sido exatamente feliz em suas indicações.
Seu assessor mais próximo, favorito para coordenar a campanha, era Eduardo Gaievski, agora preso pela acusação de pedofilia.
A coordenadora da campanha na região de cidades importantes como Cianorte e Cascavel, Regina Dubay, PR, prefeita de Campo Mourão, é suspeita de comandar o esquema que obriga funcionários públicos comissionados a devolver parte dos salários para uma quadrilha que, segundo o Ministério Público, está “instalada no alto escalão”.
Um diretor da Secretaria Municipal da Saúde foi preso em flagrante após recolher o dinheirodinheiro dos funcionários. O delegado Elmano Ciriaco diz que haverá novas prisões, inclusive no alto escalão.
Em tempo: até há poucos dias, o coordenador da campanha de Gleisi, no lugar de Gaievski, era o deputado André Vargas – aquele do jatinho do doleiro.
Ainda tem mais…
A 10 novembro passado, Brickmann publicou nota aqui reproduzida em que, a certa altura, dizia:
“Há mais casos estranhos. Gleisi Hoffmann, quando senadora, nomeou Gláudio Renato de Lima, PT, para assistente parlamentar.
Quando virou ministra, seu sucessor, Sérgio Souza, PMDB, o recebeu como herança e o mantém até hoje no Senado – embora Gláudio tenha sido condenado em dois processos pela Justiça do Paraná, um por improbidade administrativa, outro por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e concussão.”
DO RICARDO SETTI-REV VEJA