segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Guedes diz que mercado de crédito sofreu 'intervenções danosas' em governos anteriores

Ministro da Economia fez discurso na posse de novos presidentes de bancos públicos. Segundo ele, dirigentes deverão acabar com a 'falcatrua' nas instituições.

Por Alexandro Martello, Guilherme Mazui e Luiz Felipe Barbiéri, G1 — Brasília
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira (7) que o mercado de crédito no país foi "estatizado" e sofreu "intervenções danosas" de governos anteriores.
Ele deu as declarações durante cerimônia de posse, no Palácio do Planalto, dos novos presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - Joaquim Levy; Banco do Brasil - Rubem Novaes; e Caixa Econômica Federal - Pedro Guimarães.
"O dirigismo econômico corrompeu a política brasileira e travou o crescimento da economia", afirmou o ministro. "O mercado brasileiro de crédito também está estatizado e sofreu intervenções extremamente danosas para o país", completou.
Guedes apontou um “desvirtuamento das instituições públicas", em que, segundo ele, o crédito do Estado foi usado numa associação de “piratas privados, democratas corruptos e criaturas do pântano político”.
"A máquina de crédito do Estado sofreu desvirtuamento. Perderam-se os bancos públicos através de uma aliança perversa de piratas privados, democratas corruptos e algumas criaturas do pântano político", disse o ministro.
De acordo com Guedes, os novos presidentes dos bancos públicos vão assumir com a responsabilidade de acabar com a "falcatrua".
"Esses presidentes vão assumir sabendo disso, fazer a coisa funcionar direito, da forma certa. Acho que o time comunga dessa filosofia, que é a filosofia do presidente [Jair Bolsonaro], de fazer a coisa direito, de acabar com a falcatrua", declarou.

Projetos 'estranhos'

O ministro ainda fez críticas ao que chamou de financiamentos "estranhos" do BNDES. Para ele, houve erros em gestões anteriores quando o banco emprestou a juros baixos para as empresas mais ricas, conhecidas como "campeãs nacionais", ou investiu dinheiro em projetos de pouco retorno.
"Quando o BNDES recebe aumento de capital para fazer projetos econômicos estranhos em termos de retorno de capital, do ponto de vista político, de quem é o beneficiado do lado de lá, dando capital para as empresas 'campeãs nacionais', nós, economistas liberais, não gostamos disso”, afirmou o ministro.
Paulo Guedes fez discurso no Palácio do Planalto, em solenidade de posse de presidentes de bancos públicos — Foto: Alan Santos/PR
Paulo Guedes fez discurso no Palácio do Planalto, em solenidade de posse de presidentes de bancos públicos — Foto: Alan Santos/PR
Ele também disse que nas gestões anteriores houve um assalto à Caixa Econômica. De acordo com Guedes, as irregularidades cometidas nos bancos públicos se tornarão públicas quando a "caixa-preta" dessas instituições for analisada. O presidente Jair Bolsonaro, também presente à cerimônia, tem usado esse termo para designar o trabalho de mapear ilicitudes de gestões passadas.
“A Caixa também foi vítima de saques, fraudes e assaltos aos recursos públicos, como vai ficar óbvio logo à frente, à medida que, como diz o presidente, essas caixas-pretas forem examinadas", declarou Guedes.

Discurso de Bolsonaro

O presidente da República fez um discurso no fim da solenidade no Planalto. Ele disse que atos atos e contratos de bancos públicos que estavam em sigilo classificados como confidenciais vão se tornar públicos.
Essa foi a primeira fala pública do presidente depois do desencontro, na última sexta-feira (4), entre declarações de Bolsonaro e da equipe econômica.
No discurso desta segunda, o presidente elogiou o ministro da Economia, agradeceu a confiança que Paulo Guedes depositou nele e destacou que deu "total liberdade" para o subordinado montar a equipe econômica.
"Começamos a namorar, no bom sentido [com Paulo Guedes]. Eu fui me fortalecendo ao lado dele. Algo que parecia que não ia acontecer, por tradição da política brasileira, na verdade, ela se concretizou”, brincou o presidente, lembrando da aproximação com o atual

Novos presidentes

Guedes deu posse aos seguintes presidentes dos bancos públicos:
  • Joaquim Levy (BNDES): Engenheiro Naval com doutorado em Economia pela Universidade de Chicago, foi ministro da Fazenda na gestão Dilma Rousseff, e secretário do Tesouro no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Estava na diretoria do Banco Mundial antes de assumir o BNDES.
  • Pedro Guimarães (Caixa): PhD em Economia pela Universidade de Rochester, com tese sobre o processo de privatização no Brasil. Sócio-diretor do banco Brasil Plural, grupo financeiro fundado em 2009 que atua no mercado de capitais.
  • Rubem Novaes (Banco do Brasil): PhD em Economia pela Universidade de Chicago (Estados Unidos), foi diretor do BNDES, presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Os presidentes dos três bancos públicos assumem os cargos com a missão de auxiliar na recuperação dos cofres do governo. O orçamento de 2019 estabelece que o déficit nas contas públicas poderá chegar a R$ 139 bilhões, o equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

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Dicas urgentes para o Presidente Bolsonaro


segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
Ainda é muito cedo para afirmar que “o Governo Bolsonaro é o Governo Lula com sinal trocado”. Alguns articulistas do Grupo Globo tentam vender esta “tese” simplista e, por enquanto, falsa. Pior que isso é Lula “fazer a avaliação” de que “Jair Bolsonaro foi eleito para destruir o PT”. Não dá para levar a sério tamanho faketóide lançado pela Presidente petista, Gleisi Hoffmann.
Jair Bolsonaro tem muito mais o que fazer na Presidência. O PT não precisa ser destruído, simplesmente porque se autodestruiu. O Partido dos Trabalhadores foi arrasado pela irresponsabilidade, incompetência e ação criminosa de sua cúpula. Tem grande chance de ser extinto ou esvaziado até não servir para completamente nada. O ideólogo Tarso Genro já iniciou um movimento para criar um novo partido – derivado de várias dissidências de esquerda. Por isso, Lula tenta supervalorizar algo que não vale mais nada politicamente.
Voltando à “tese” dos globais, o desejo deles é que Bolsonaro cometa a insensatez estratégica de se transformar em um mero extremo ideológico do petismo. A petelândia pratica um comunismo envergonhado que deseja o poder para enriquecer sua cúpula. Até agora, não se encontrou nenhum indício, nem prova, de que Bolsonaro queira o poder para se transformar em um corrupto de categoria transnacional.
Os adversários e inimigos querem que Bolsonaro caia na armadilha ideológica – que transforma o debate político em uma discussão de botequim sobre preferências futebolísticas. Por isso, Bolsonaro não entrar no joguinho dos idiotas e canalhas. Seu compromisso e esforço precisam se concentrar na elaboração, até agora inédita, de um Projeto de Nação para o Brasil. Bolsonaro não pode ser tático. Precisa ser um líder de pensadores e formuladores estratégicos.
O Presidente só precisa se orientar melhor sobre o fenômeno da opinião pública e a administração da controvérsia no exercício do poder governamental. Deve tratar, com máxima sobriedade e seriedade, os temas polêmicos. Afinal, factóides oficiais, por mais bem intencionados que sejam, apenas desencadeiam e aceleram reações emocionais e movimentos de protestos radicais.
O Presidente também deve ler, ouvir e assimilar as reflexões de Estado-maior sobre posicionamentos de soberania. É assim que Bolsonaro precisa estar preparado para o indigesto jantar de 22 de janeiro, no Fórum Econômico Mundial de Davos. Bolsonaro irá discursar para 1.100 empresários, investidores e chefes de Estado que compõem a Oligarquia Financeira Transnacional que controla o mundo globalitário.
Sabedoria é o que se espera de Jair Bolsonaro. Que governe com honestidade e inteligência. O resto é conseqüência.... Por isso, não vale a pena perder tempo com arroubos da petelândia, nem com paixões direitistas exacerbadas e muito menos com manifestações idiotas da mídia amestrada pela romântica estupidez esquerdista.
Bem-administrar o Brasil é urgentíssimo e imprescindível! Hoje tem novidades nas posses dos presidentes da Caixa, Banco do Brasil e BNDES... Espera-se que sem idas e vindas no discurso oficial...

Releia o artigo de Domingo: Topa encarar os braços ocultos da corrupção?