Eleições municipais, mensalão e sucessão presidencial são os temas debatidos
Encontros ocorrem na sede da Presidência em SP e contam com a presença da cúpula do PT e de ministros
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
Distante das discussões partidárias desde que deixou a Casa Civil em
2011, o ex-ministro Antonio Palocci voltou a participar de reuniões da
cúpula do PT, ao lado de Lula e da presidente Dilma Rousseff.
Ele tem participado, nos últimos meses, de encontros para deliberar
sobre os rumos das eleições municipais, avaliar o impacto do julgamento
do mensalão e discutir o cenário eleitoral de 2014.
As reuniões reservadas ocorrem em São Paulo, na sede do Banco do Brasil,
onde fica o escritório da Presidência da República. Já houve quatro
encontros do gênero. Segundo a Folha apurou, Palocci esteve em todos.
Na semana passada, Lula e Dilma voltaram a reunir o grupo, dessa vez com
a presença de um não petista, o ex-ministro de Lula Franklin Martins
(Comunicação Social).
De Brasília, Dilma costuma levar aos encontros os ministros Aloizio
Mercadante (Educação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Gilberto
Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Marco Aurélio Garcia,
assessor especial. O presidente do PT, Rui Falcão, também participa.
Interlocutores de alguns dos atuais integrantes do grupo relatam que
Palocci é sempre discreto. Fala muito pouco. Há uma ordem expressa
nesses encontros: o conteúdo das conversas deve permanecer sob sigilo.
Nenhum dos presentes quis revelar o teor das discussões.
Sob Lula, essas reuniões costumavam ocorrer no Palácio da Alvorada.
QUEDA
Palocci deixou o posto mais importante do governo Dilma em junho de 2011, após a Folha
revelar que ele multiplicara por 20 seu patrimônio em quatro anos.
Parte dos ganhos veio em 2010, quando já coordenava a campanha de Dilma à
Presidência.
De lá para cá, evita ao máximo aparecer. Vez por outra, porém, é acionado por Lula.
Ex-ministro da Fazenda, ele mantém o status de petista com maior
trânsito no mundo empresarial. Costuma fazer a ponte quando o
ex-presidente precisa falar com alguns empresários. Internamente, é
visto como analista político pragmático.
Nesta campanha, manteve comunicação constante com o marqueteiro do
candidato petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Foi Palocci
quem, em 2006, trouxe João Santana para tocar a reeleição de Lula.
Segundos interlocutores de Dilma, ele se mantém afastado das discussões no governo justamente para não causar polêmica.
Até a conclusão desta edição, a Folha não havia localizado o ex-ministro.
DO UOL
PAZ AMOR E VIDA NA TERRA " De tanto ver triunfar as nulidades, De tanto ver crescer as injustiças, De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". [Ruy Barbosa]
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Uma noite memorável em Brasília!
Memorável a
noite de lançamento de “O País dos Petralhas II – O inimigo agora é o
mesmo”, em Brasília. Umas 400 pessoas passaram pela Livraria Saraiva do
Shopping Pátio Brasil. Publico algumas fotos feitas no celular.
Obrigado,
caras e caros de Brasília, pela inteligência, pela dedicação, pelo
afeto. Confesso que, depois, saí para jantar com alguns amigos queridos,
e a conversa varou madrugada adentro. De volta ao hotel, achei por bem
fazer ao menos este primeiro registro.
O shopping
fechou, e havia leitores à espera do autógrafo, depois de um bate-papo
muito divertido. Publicarei outras depois. Logo mais, estarei de volta à
rotina.
Reynaldo-BH: A Era da Mediocridade é a versão lulopetista dos anos de chumbo
Enfadonha
Esta é a definição que se aplica às notas raivosas que o PT comete com alguma frequência
Esta é a definição que se aplica às notas raivosas que o PT comete com alguma frequência
Por Augusto Nunes
REYNALDO ROCHA
Como um crime continuado, para ficar no terreno hoje tão bem conhecido pelo lulopetismo. Qual partido precisa constantemente dirigir-se ao país através das ditas notas oficiais? Não dispõe de tribunas legislativas ou não acredita nelas? Ou evita entrevistas por temer perguntas inconvenientes?
Não deixa de ser sintomático que um partido necessite, semana sim e outra também, emitir um amontoado de sandices na tentativa de justificar acusações, roubos, casos de corrupção e mentiras repetidas ao limite do nojo.
Só se encontra paralelo nas famigeradas “ordens do dia” das Forças Armadas na ditadura militar. Eram notas oficiais dirigidas pelos superiores hierárquicos ao chamado “público interno”, e lidas em quartéis com a tropa alinhada para a cerimônia.
Qual é a diferença entre aquilo e as notas do PT? Quase nenhuma. Até a linguagem empolada, imperial, retumbante e facciosa é praticamente a mesma. Horrível de se ler. Só deve ser bom para os iniciados, que já adivinham na primeira frase o que virá.
Já seria trágico se as coincidências terminassem por aqui. Mas nada no PT ─ quando se trata de ser ridículo ─ é do tamanho que aparenta. É preciso mais. A tragédia que é comédia.
Os argumentos são os de sempre. Só mudam as rotulações, os inimigos. Na essência, a alma autoritária reprisa as mesmas mentiras e ameaças.
“Soldados, irmãos em armas! Há quase meio século, atendendo ao pedido da esmagadora maioria dos brasileiros, nossas tropas saíam às ruas, aclamadas, para por fim à tentativa de traidores, marginais e sociopatas de instalar em nossa Pátria um regime marxista, totalitário, uma extensão lacaia da URSS.”(Ordem do Dia de um site de Oficiais da Reserva – 31/03/2012)
“Nosso desempenho nas eleições municipais ganha ainda maior significado, quando temos em conta que ele foi obtido em meio a uma intensa campanha, promovida pela oposição de direita e seus aliados na mídia, cujo objetivo explícito é criminalizar o PT. Não é a primeira, nem será a última vez, que os setores conservadores demonstram sua intolerância; sua falta de vocação democrática; sua hipocrisia, os dois pesos e medidas com que abordam temas como a liberdade de comunicação, o financiamento das campanhas eleitorais, o funcionamento do Judiciário; sua incapacidade de conviver com a organização independente da classe trabalhadora brasileira. Mas a voz do povo suplantou quem vaticinava a destruição do Partido dos Trabalhadores. O desempenho do PT no primeiro turno das eleições municipais brasileiras, assim como a vitória do Grande Polo Patriótico nas eleições presidenciais venezuelanas igualmente realizadas no dia 7 de outubro, confirmam a força da esquerda democrática, popular e socialista latinoamericana e caribenha.” (Nota do PT, do site oficial, Resolução do Diretório Nacional outubro/2012).
Até o estilo é o mesmo!
Antes, “soldados irmãos!”. Hoje, “companheiros”! Antes, “comunismo internacional.” Agora, “setores conservadores e de direita.” Na ditadura, “a salvação do Brasil das garras da URSS”. No lulopetismo, “a salvação do Brasil das práticas imperialistas dos USA.” Os militares; “exemplo dignificante dos USA.” Os petistas; “o exemplo maior da Venezuela e Cuba”.
SÃO TODAS frases retiradas de documentos oficiais!
A mentira e a ameaça estão presentes nestes documentos que a história só pode classificar como lixo.
Nos anos de chumbo, “ninguém segurava o Brasil”. Na Era da Mediocridade, “nunca antes neste país!”. Se antes as FFAA se diziam salvadoras do Brasil, o que o PT diz de si mesmo?
Por fim, a ditadura e o lulopetismo identificam sem meias palavras o mesmo inimigo: o Poder Judiciário. A quem ambos tentaram calar. Seja com baionetas ou com chantagens.
Em breve teremos mais um delírio do PT, exposto em outra nota ridícula. E ofensiva ao Brasil. Como todas as anteriores.
Abusando de distorções, elevando mentiras a fatos, criando golpes onde só se vê justiça, destilando ódio.
Nada de novo. O pensamento único é a forma exata dos que acreditam serem todos iguais.
É para este público específico que tais notas são paridas. A fórceps. Desnecessário. Lulopetistas não leem. Só repetem o que lhes ordenam.
Para o Brasil decente, resta conviver com este espetáculo indecente.
Suportaremos.
Afinal – ao contrário deles – defendemos o direito pleno de livre expressão. Sem controles sociais de qualquer espécie.
É melhor ter asneiras publicadas do que a censura que eles desejam.
DO R.DEMOCRATICA
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