por Tereza Cruvinel
“O estilo é o homem!”, dizia o
francês George Buffon lá pelos idos de 1707. As mulheres sempre tiveram
estilo, mas como não tinham poder, ficaram fora da frase.
Com seu estilo personalíssimo de ser e governar, a presidenta Dilma
colhe admiração e respeito mas também semeia mágoas, chegando a criar
agora uma fricção diplomática. Esta semana, a
embaixadora da Colômbia no Brasil, María Elvira Pombo Holguin, foi ao
Itamaraty protestar contra o tratamento que recebeu da presidenta em
Cartagena, durante a Cúpula das Américas: Dilma deu-lhe uma bronca na
frente de outras pessoas, pensando tratar-se de uma funcionária do
Governo brasileiro. A embaixadora, que já viveu bastante
tempo no Brasil, fala um português quase perfeito, o que facilitou a
confusão da presidenta. Antes de ser nomeada embaixadora ela ocupava o
cargo de diretora-geral do Escritório Comercial do Fundo de Promoção das
Exportações da Colômbia (Proexport) no Brasil e foi cônsul de seu país
em São Paulo.
No domingo, 15 de abril, Dilma informou
o anfitrião, o presidente da Colômbia Juan Manuel Santos, que pretendia
antecipar seu retorno ao Brasil pois, como não haveria declaração
conjunta no final, por falta de consenso sobre a inclusão de Cuba no
colegiado, sua presença não seria fundamental. Preferia
voltar mais cedo para reduzir o estresse, chegando ao Brasil ainda no
domingo, e não na madrugada de segunda-feira. Santos foi compreensivo
e desmarcaram o encontro bilateral que teriam depois da cúpula. Ele
mesmo informou a imprensa da alteração na agenda.
A seguir, Dilma pediu a seus auxiliares que preparassem o avião e
tomassem outras providências para a partida. Algumas envolviam o governo
colombiano, que também começou a se mobilizar para a mudança no plano
operacional. Em algum momento, a
embaixadora, que como é de praxe deslocara-se para seu pais, procurou a
presidenta brasileira e informou-a de que o avião estava pronto para a
decolagem. Neste momento Dilma se irritou, pois havia recebido
informação contraditória de outro funcionário.
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As broncas de Dilma em ministros e auxiliares já são conhecidas. Eles quase sempre engolem em seco.
Há alguns meses, entretanto, ela enfrentou uma forte reação do
governador do Ceará, Cid Gomes. Irritado com o tratamento que ela lhe
dispensava, quando discutiam questões do Nordeste, levantou-se e deixou a
reunião, dizendo que ela não falasse assim com um governador eleito
como ela. Coube ao governador de Pernambuco e colega de partido, Eduardo
Campos, colocar panos frios e trazer Cid de volta para a sala.
Este é o estilo. A mulher é o estilo.
Tereza Cruvinel foi Presidente da EBC, a TV do Lula
Fonte: Tema Livre
citado no Blog da União Nacional Republicana
COMENTO: Novamente, a "grande mídia" - que enviou
correspondentes internacionais para acompanhar o desempenho da
Presidente ante seus pares americanos - se faz de morto para ganhar
sapatos novos (ou verbas publicitárias novas). Para a autora do texto,
"cumpanhêra" palaciana, a falta de consideração e respeito da Presidente
é "estilo". Para mim, não passa de falta de macho, não no sentido
marital, sexual, sentimental, ou semelhante, mas falta de alguém cuja
auto estima e respeito próprio motive uma resposta à altura por ocasião
dos 'pitis' presidenciais. O glorioso Osório afirmou que "A farda não abafa o Cidadão ...". É que naquele tempo não havia sinecuras e mordomias que, hoje, não só abafam o cidadão como emasculam muita gente boa.
DO MUJAHDIN CUCARACHA