sábado, 14 de janeiro de 2012

O recado de Alberto Goldman confirma que a Executiva do PSDB é controlada pelos partidários da rendição sem luta

No comentário de 1 minuto para o site de VEJA, registrei nesta sexta-feira que, pelo teor do “balanço crítico sobre o primeiro ano do governo Dilma Rousseff, o PSDB vai acabar inventando a oposição a favor. Só depois de gravado o programa recebi, por e-mail, o seguinte recado do ex-governador Alberto Goldman:
“O texto publicado no site do PSDB, diferente do texto que eu havia produzido, seria discutido na Executiva do Partido. Porém ela não teve conhecimento do texto proposto, portanto não o discutiu, muito menos o aprovou. Não consegui, até agora, saber quem o modificou, nem quem o colocou no site do Partido como texto aprovado. Observação importante: o texto foi coordenado e produzido por mim ( com uma equipe, é claro ) a pedido do próprio presidente Sergio Guerra”.
As informações reafirmam a seriedade e a coerência de Goldman. E mostram do que são capazes os oposicionistas mais governistas da história, que aprovaram arbitrariamente o “balanço crítico” sem paternidade definida. “Esse documento mostra para a sociedade que o PSDB segue cumprindo seu papel de oposição responsável”, recitou Sergio Guerra. “Responsável”, na novíngua tucana, quer dizer capitulacionista. O monumento à tibieza não inclui o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nem as expressões “mensalão”, “inflação”, “Lei de Responsabilidade Fiscal” ou “Plano Real”. Certas manifestações de covardia, decididamente, exigem muito mais coragem que atos de bravura em combate.
As omissões são tão desastrosas quanto a última frase do palavrório: “Mais uma herança maldita”, informa o fecho do capítulo que trata amavelmente da Copa da Roubalheira. Releiam: “mais uma”. Como se a inventada por Lula não fosse apenas outro embuste do farsante que, beneficiado pelo esplêndido legado de FHC, agora se beneficia (e com ele Dilma Rousseff) pela rendição sem luta dos poltrões que controlam a Executiva do PSDB.
AUGUSTO NUNES
REV VEJA

"Brasileiro não precisa de assistencialismo,brasileiro precisa de oportunidades"

Demóstenes acusa Aécio de armação no congresso
O líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), acusou os colegas Aécio Neves (PSDB-MG), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Francisco Dornelles (PP-RJ) de terem comandado a operação que impediu a votação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) garantindo os poderes de investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
De acordo com ele, a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mesmo que simbólica - uma vez que a PEC ainda precisaria ir ao plenário e à Câmara para nova apreciação - seria uma resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que através de uma liminar do ministro Marco Aurélio Mello limitou os poderes do Conselho.
“Isso é o Brasil. O Eunício Oliveira (PMDB-CE, presidente da CCJ) fez um compromisso e não cumpriu sua palavra. Soube que ministros do STF contra o CNJ ligaram. O Aécio, Renan e Dornelles pressionaram o Eunício, e ele retroagiu. Vivemos um dia de Câmara de vereadores”, disse.
Ao saber do encerramento da sessão da CCJ sem a votação da PEC do CNJ, a senadora Ana Amélia (PP-RS) protestou. Usando a palavra na sessão do plenário do Senado, disse que “o surgimento do Conselho foi um sopro de esperança para mostrar que o Judiciário não está livre de controle”.
O líder do PSDB Alvaro Dias (PR) fez coro, e disse que a votação da PEC nesta quarta-feira seria um importante recado à sociedade, dando conta que o Senado estaria trabalhando para fortalecer o CNJ.
MOVCC

Ongs: antro de vigaristas e assaltantes dos cofres públicos.


E esse antro de corruptos ainda comete a desfaçatez de dizer que é não é governamental...
Culpa-se o poder público, merecidamente, por só trancar a porta depois que foi arrombada. Mas já é alguma coisa. Pois, não raro, aqueles que deveriam proteger o dinheiro do contribuinte, no governo e nas câmaras legislativas, às vezes fazem pior: numa espécie de convite à fraude, mantêm abertas, quando não escancaradas, as mesmas portas por onde entrou o pessoal da gazua. Tomara que os fatos futuros desmintam a avaliação pessimista, mas dificilmente ela poderia ser diferente quando se fica sabendo que, já não bastasse o Executivo federal prever no Orçamento deste ano repasses da ordem de R$ 2,4 bilhões a organizações não governamentais (ONGs), o Congresso, mediante emendas parlamentares, colocou nesse balaio outros R$ 967,3 milhões - ou 38 vezes mais do que em 2011. E isso depois de virem à tona, há poucos meses, os escândalos em série sobre o acumpliciamento de ministros de Estado e auxiliares diretos com ONGs de araque contratadas por meio de convênios para prestar serviços às respectivas pastas. O que fizeram de fato os seus controladores - vigaristas comuns ou membros da patota política de seus beneficiários - foi embolsar o dinheiro carimbado e tratar de conseguir novas boladas.
Dos seis titulares afastados do Planalto por acusações de corrupção ou enriquecimento ilícito (como no caso do primeiro a cair, Antonio Palocci, que ocupava a Casa Civil) três estavam atolados, entre outros lameiros, em acertos com essas impropriamente chamadas entidades sem fins lucrativos. Foi o caso dos ministros Orlando Silva, do Esporte, Pedro Novais, do Turismo, e Carlos Lupi, do Trabalho. Na realidade, a Controladoria-Geral da União (CGU) já identificou desvios de verbas por ONGs conveniadas com cinco Ministérios ao todo. Em outubro, a presidente Dilma Rousseff, de tranca em punho, mandou passar um pente-fino em todos os contratos do gênero, cujos pagamentos apenas poderiam ser retomados com o aval dos ministros e sua plena responsabilidade - e desde que as eventuais irregularidades tivessem sido sanadas. O prazo estabelecido para a devassa, que se destina a recuperar recursos malversados e separar o joio do trigo ongueiro, termina no fim deste mês. No entanto, para surpresa de ninguém, o governo ainda não aprontou a relação de entidades que deverão devolver dinheiro e entrarão na lista negra. Tampouco se sabe quantas e quais delas fizeram por merecer o desbloqueio dos repasses. (Continua).
DO B. DO ORLANDO TAMBOSI

2014 já era.

Não há a mínima chance da oposição vencer as eleições presidenciais em 2014. O que deveria ser um governo frágil do PT, com um poste substituindo um mito, não está ocorrendo. Acreditemos ou não em pesquisas, Dilma Rousseff está mais forte do que Lula. E forte onde o PT era fraco: a classe média.Tudo isso por falta de oposição. De oposição com projeto de país. De oposição consistente, sistemática, implacável. De oposição que marque as diferenças na prática, não apenas com dois ou três bradando da tribuna, enquanto os seus governadores alisam, afagam, acariciam em nome de verbas e de convênios.
A crise econômica que deveria ser brutal para o Brasil está atacando, em primeiro lugar, o primeiro mundo. Aqui estamos sendo salvos pelo agronegócio e pelos minérios tão desejados e consumidos pelos demais emergentes que também estão conseguindo vencer a recessão. Não há mérito nenhum do PT nisso tudo, muito antes pelo contrário. O Brasil é um país especial, abençoado, que consegue avançar apesar dos seus políticos, dos seus juízes, dos seus corruptos.
Tenho perguntado incessantemente nas redes sociais: que motivo a oposição está dando para que o eleitor prefira um governo de mudança e não um governo de continuidade em 2014? A resposta é o silêncio. Não aparece um único político ou crítico que faça um discurso diferente do que faziam em 2002. Que o PT roubou os programas sociais do PSDB. Que o PT privatizou mais do que o PSDB. Que o PT aproveitou as reformas estruturais que o PSDB implantou. Que a média de crescimento do PT é igual a do PSDB. O PSDB parece aquele menino chorão da pelada do campinho, a quem roubam a bola. O eleitor está muito distante deste tipo de discussão. Isto não enche urna. Isto não enche os olhos. Isto enche a paciência do eleitor que pensa que, no fundo, político é tudo igual. É ou não é o que ouvimos o tempo todo e o que todas as pesquisas dizem?
2014. Assim como Aécio Neves traiu José Serra em 2002 e 2010, passando por Geraldo Alckmin em 2006, o PSDB paulista vai trair o mineiro. O foco de Geraldo Ackmin será a reeleição em São Paulo e, por isso, está tão próximo de Dilma Rousseff. Escrevam: 2014 será o ano do voto Dilmin, assim como 2002 e 2006 foram do voto Lulécio. O Paraná, também tucano, tem dois ministros petistas. Vai com tudo em 2014 para tomar o estado. Em Santa Catarina, o estado mais fiel ao PSDB, vai estar com o PSD. No Rio Grande do Sul, o PSDB acabou, não existe mais. Foi varrido e o único nome com chance de vencer Tarso Genro, do PT, será, podem escrever também, a senadora Ana Amélia Lemos, do PP. O Sul, reduto eleitoral da oposição, vai dizer não a Aécio Neves. Ninguém trai impunemente na política e Aécio vai provar do próprio veneno.
Assim como Serra aposta no PSD, Aécio Neves bota as suas fichas no PSB. Ocorre que  para PSB e PSD o melhor é que os dois estejam unidos, já que os tucanos jamais desejarão menos do que a cabeça de chapa. Vejam o que está acontecendo agora com São Paulo. Ao que parece, o que está colocado para 2018, quando aí sim haverá chance concreta para um rodízio de poder, é uma candidatura de oposição ao PT que não tenha a liderança dos tucanos. Talvez uma chapa PSB-PSD. 
2014 tem Copa do Mundo e tem, ao que tudo indica, Dilma no primeiro turno. Uma Dilma que está levando o PT mais para o centro e comendo votos da classe média, segundo todas as pesquisas. Se não for Dilma, volta o Santo Lula. O que a oposição tem para oferecer ao eleitor que possa fazê-lo desejar mudança, em vez de continuidade? Qual é a proposta de país do PSDB? Qual estado governado pela sigla pode ser o contraponto ao governo federal? Como sempre, a pergunta ficará sem resposta, porque o PSDB não consegue nem mesmo definir um candidato para São Paulo, tem quatro, como é que vai ter um projeto de país?
Sim, o governo do PT é corrupto, é antidemocrático, é um atraso para o país. O ENEM é o caos, a saúde é uma catástrofe, nunca se roubou tanto na história deste país. Acontece que isto não chega na "presidenta".  Ela não sabia. Ela é a faxineira. Ela está blindada. Acontece que eles sabem conversar com o povo, usando o que existe de mais simples em termos de marketing. Não há nada de sofisticado em transformar 97.000 minhas casas, minhas vidas em 100.000, como Dilma fez para poder dizer, em 2014: eu fiz 100.000 casas para São Paulo.Eles fazem isso o tempo todo. Eles mentem o tempo todo. E o povo prefere acreditar nas mentiras do PT do que nas verdades da oposição. Por quê? Porque a oposição não dá um único motivo para o eleitor mudar de idéia. Por isso, 2014 está perdido. Já era. Que pelo menos nos livre de certa oposição e crie uma nova correlação de forças no Brasil. Para que a gente tenha esperanças para 2018.
Pessoal e intransferível:
Eu não tenho blog para agradar ninguém. Eu não bebo água na orelha do Serra e nem como pela mão do Kassab. Tampouco sou cargo de confiança do Alckmin ou uso o chapéu do Aécio Neves. Este blog é feito em horas de folga e exprime o pensamento de uma só pessoa.  Minha opinião sobre a cidade de São Paulo tem a ver com o Brasil. Não moro lá. Não voto lá. Não convivo com os problemas da cidade. O que defendo é que a aliança PSDB e PSD seja mantida, porque de outra forma a oposição vai perder a capital em 2012 e pode perder o estado em 2014.
Os candidatos do PSDB podem ter muitas qualidades, mas nao têm voto. Afif quase foi eleito senador. Tem muito mais votos que qualquer um dos tucanos que disputam a indicação, bastando botar a sua cara na mídia. Uma cara que Alckmin escondeu. Minha opinião é que Kassab tem direito de pleitear indicar o seu sucessor. Ele bancou o projeto de Serra. E Serra era o PSDB. Nenhum blog trabalhou tanto por Serra em 2010 do que este. Basta entrar no arquivo ao lado e contar quantos posts foram feitos, quantas brigas foram compradas, quanto contribuímos para que uma eleição virtualmente perdida fosse para segundo turno.
Sobre o DEM: o DEM sem voto vendeu o partido para Aécio Neves e, hoje, está sendo abandonado por ele. O DEM está sendo trocado pelo PSB. O DEM está correndo para o colo do PMDB. O DEM que ficou é o culpado do nascimento do PSD. Se a direção anterior não tivesse falsificado documentos internos e mantido os acordos, o PSD não existiria.
Portanto, não venham aqui tentar dar um único elogio para esta camarilha que explodiu a oposição. Aqui não terão vez. Serão sumariamente deletados. Da mesma forma que, no twitter, fui bloqueado pelo Onix Lorenzoni, Ronaldo Caiado e Antônio Carlos Magalhães Neto, a quem apenas questionei, sem jamais ofender. Que as vivandeiras do DEM ou do PSDB do Aécio arranjem outro porto, pois já tenho muito trabalho com os petistas. E vamos, os bons, continuar debatendo e discordando, sem ofender o blogueiro, os demais comentaristas e políticos que, pelo menos até agora, jamais traíram a oposição.
DO CELEAKS 

Sponholz: Os cãezinhos amestrados da Dilma.

Um mensaleiro na parede

Investigação secreta da Câmara dos Deputados, revelada em primeira mão por ISTOÉ, atesta a ilegalidade de contratos firmados pelo deputado João Paulo Cunha e deve comprometer as ambições políticas de um dos pivôs do caso do Mensalão 

Izabelle Torres e Pedro Marcondes de Moura


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FUTURO EM DÚVIDA
Pré-candidato à Prefeitura de Osasco em uma mega coligação com 22
legendas, o parlamentar petista pode ter seus planos frustrados pela Justiça
O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) transita pelos corredores do Congresso com uma desenvoltura que não revela o peso das acusações que ele carrega sobre os ombros. Prestigiado pelo PT, o parlamentar é homem das articulações e se acha em condições de traçar planos eleitorais ambiciosos. Conta até com o aval do ex-presidente Lula para realizar o antigo sonho de tornar-se prefeito de Osasco, seu berço político. A caminhada de João Paulo tem pela frente, porém, a sombra do processo do Mensalão, que será julgado este ano pelo Supremo Tribunal Federal. E isso não é pouco. Basta levar em conta o que conclui a própria Câmara dos Deputados, casa que abriga João Paulo. Segundo uma sindicância comandada por funcionários concursados da Câmara, há motivos concretos para que João Paulo figure como peça central do maior escândalo político dos últimos anos.
A sindicância interna da Câmara, à qual ISTOÉ teve acesso, atestou a ilegalidade do contrato assinado durante a gestão de João Paulo Cunha como presidente da Casa com a empresa SMP&B, do publicitário Marcos Valério. É exatamente essa acusação que arrasta Cunha para dentro do caso do Mensalão. Embora tenha sido concluída em dezembro de 2010, a investigação foi mantida em segredo e enviada com discrição à Procuradoria da República no início do ano passado. E até hoje não foi divulgada, contornando assim o desgaste de uma avaliação negativa de João Paulo feita por seus próprios pares. O sigilo em torno das conclusões da auditoria interna tem menos a ver com as consequências jurídicas e mais com o impacto político que a sindicância pode ter. O atestado de que houve ilegalidades nas negociações feitas pela Câmara com o pivô do Mensalão pode se tornar mais uma mancha na imagem do deputado.
As manobras políticas para ocultar investigações internas têm sido a regra na Câmara. Desde 2006, várias comissões destinadas a auditar as denúncias do Mensalão foram instaladas. Mas, estranhamente, todas acabaram extrapolando os prazos regimentais e, mesmo com fartos documentos e depoimentos, foram encerradas sem desfecho. Essa sindicância que mostra as irregularidades da gestão de João Paulo foi a única, entre uma dezena de apurações abertas, efetivamente concluída. Mesmo assim, como demorou demais para apontar um resultado, não poderá ser anexada ao processo que já tramita no STF porque forçaria uma nova fase de instrução. “As conclusões dessa sindicância servem para que conheçamos as irregularidades nos contratos. Caso o Ministério Público entenda que há alguma novidade ou fatos não incluídos no processo que já tramita, pode até entrar com uma nova ação. Por enquanto, creio que os efeitos são mais políticos do que jurídicos”, explica o ex-ministro do Supremo Carlos Velloso.
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CORRUPÇÃO
Apontado como o articulador do esquema do Mensalão, o publicitário Marcos Valério
firmou contratos suspeitos com o então presidente da Câmara, João Paulo Cunha
Mesmo sem compor o processo principal do Mensalão, a sindicância tem informações relevantes que podem representar, no mínimo, uma condenação moral ao ex-presidente da Câmara. Em 1.924 páginas e oito volumes, os técnicos listam falhas nos procedimentos de licitação que beneficiaram a SMP&B e afirmam que o procedimento adotado pela agência de Marcos Valério era ilegal. Com o aval de João Paulo Cunha, o publicitário contratava outras empresas, algumas de assessores do próprio petista. Elas executavam serviços para os quais Valério já fora pago com R$ 10 milhões. Na lista de subcontratados há uma dezena de empresas, inclusive institutos de pesquisa, como o Vox Populi, e assessorias políticas, como a Ideias, Fatos e Textos, entre outras.
Apesar de citar várias falhas nos processos de licitação da Câmara e nas subcontratações feitas pela SMP&B, a sindicância é cautelosa ao fazer acusações e evita atribuir responsabilidades. Um dos únicos citados como suspeito de conduta vedada é o servidor Márcio Araújo, então secretário de Comunicação de João Paulo Cunha. Araújo era também uma espécie de testa de ferro do parlamentar na comissão criada para licitar o contrato que deu a vitória à empresa de Marcos Valério. Ligado ao PT e fiel a Cunha, até então, por pouco Márcio Araújo não levou uma suspensão que mancharia sua ficha de funcionário público. A comissão pediu a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar sua responsabilidade durante as negociações envolvendo os contratos, mas a direção-geral da Câmara não acatou a recomendação da sindicância, alegando que os crimes cometidos pelo ex-secretário já haviam prescrito. “Não há nos autos elementos que determinem o dolo do servidor nas condutas observadas, apesar de existirem irregularidades na subcontratação das empresas”, diz a conclusão da sindicância. Nos bastidores, o entendimento é de que não seria justo punir um funcionário que teria apenas recebido ordens do presidente da Câmara para contratar a SMP&B. Márcio Araújo, por sua vez, alega que as falhas apontadas pela sindicância são “passíveis de ocorrer em qualquer organização”. Araújo diz até que as denúncias contra a gestão petista são fruto de uma perseguição do ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP).
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“As conclusões dessa sindicância servem para que
conheçamos as irregularidades nos contratos, mas
creio que os efeitos são mais políticos do que jurídicos”

Carlos Velloso, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal
O atestado da sindicância de que houve ilegalidades no contrato é uma pedra no sapato de João Paulo Cunha, que até agora tem passado praticamente incólume pelas denúncias do Mensalão. Nas eleições de 2006 e 2010, reelegeu-se deputado com a maior votação do PT em São Paulo. Agora está em campanha para um cargo que ambiciona há tempos. Por três vezes consecutivas, Cunha foi derrotado nas eleições para a prefeitura da cidade – a quinta maior da Grande São Paulo. Na última disputa, em 1996, nem sequer passou para o segundo turno. O cenário atual, no entanto, é bem diferente. Sem precisar recorrer a prévias, o deputado federal já lançou a pré-candidatura com uma coligação que reúne 22 partidos, inclusive os opositores DEM e PPS.
Para o cientista político Alberto Carlos Almeida, do Instituto Análise, a explicação do sucesso de João Paulo Cunha está na força política que ele mobiliza. “É uma pessoa extremamente influente nas decisões dentro do partido. Tem uma máquina política gigante, sempre teve”, afirma. Cunha usa sua posição de destaque dentro do partido e a proximidade com o governo federal para turbinar sua candidatura. Prefeitos aliados e opositores locais da gestão Dilma costumam procurar o deputado para pedir a liberação de repasses e convênios. Cunha gosta de dizer que tem acesso irrestrito aos gabinetes ministeriais. Sua influência pode ser medida nos repasses da União para Osasco, que cresceram 10,6% após o também petista Emidio de Souza assumir a Prefeitura nas eleições de 2004. Entre 2006 e 2011, as transferências a Osasco somaram mais de R$ 1 bilhão, que foi aplicado em projetos e programas que serão bandeiras da campanha do petista. Com todo esse caminho pavimentado, a sindicância da Câmara pode virar um pesadelo para João Paulo Cunha e certamente servirá de munição para o PSDB, que planeja lançar o ex-prefeito dr. Celso Giglio. ISTOÉ procurou o deputado durante a semana passada, mas ele não retornou aos contatos. Toda vez que é questionado sobre sua participação no Mensalão, Cunha se diz inocente.
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FONTE: REV ISTOÉ

Senado fedemal infestado de ratos?!?!?

Durante o noticiario da noite na TV uma reportagem me chamou a atenção.
Uma funça do senado fedemal foi mordida por um rato. Dizem que o prédio está infestado deles e contrataram uma empresa de controle de pragas para fazer a higienização do local.
Mostraram alguns funcionários da empresa colocando veneno em bombas de espargir para começar a detetização.
Essa notícia tem duas inverdades.
A primeira, os ratos que habitam o senado são bípedes usam gravata, roem o dinheiro público, procriam com uma rapidez impressionante e atendem pela alcunha de excelência.
E em segundo lugar, veneno comum não acaba com essa praga. 
Para matar esse tipo de "rato" só na bala de calibre 12.
E para falar a verdade, ratos no senado é redundância.
E PHODA-SE!!!!
DO B. O MASCATE

JOAQUIM BARBOSA, o Mensalão e a Mentira tem Perna Curta

por Arthurius Maximus
O ministro Joaquim Barbosa é bem conhecido dos brasileiros. Elevado ao grau de celebridade ao humilhar publicamente o então presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, em uma das mais polêmicas audiências do tribunal. Sem papas na língua, Joaquim Barbosa disse a Mendes o que muitos brasileiros queriam dizer a respeito da arrogância e da magnânima atuação de Gilmar Mendes (sempre para o lado dos poderosos) envolvendo casos de corrupção. (Não lembra? Leia aqui)
Agora, o ministro volta às manchetes jogando mais uma vez no ventilador ao desmascarar o descarado complô que é ensaiado pelos ministros do STF (a maioria indicada pelo PT) para causar a prescrição dos crimes do Mensalão; transformando em uma enorme pizza mal cheirosa o processo que poderia ser um marco na moralização da política nacional e destruiria boa parte da cúpula petista, ao colocá-la atrás das grades.
Tudo começou com uma entrevista “em banho-maria” do Ricardo Lewandowski, revisor do caso. Nessa entrevista, Lewandowski deixou escapar que o processo cainhava para a prescrição porque não haveria tempo hábil para julgá-lo. Afinal de contas, o ministro Joaquim Barbosa havia tido uma série de problemas de saúde e atrasara a entrega do seu relatório sobre o caso.
Com a celeuma levantada pela imprensa, o presidente do STF – ministro Cezar Peluso – quis fazer “uma média” com a opinião pública e dar um ar de legitimidade ao complô que se anunciava. Mandou redigir um ofício instando Joaquim Barbosa a acelerar o processo e enviar os autos para análise dos seus colegas o mais rápido possível.
Malando… Cem anos de Lapa… E frequentador do Bar Luiz… O ministro Joaquim Barbosa sentiu que era preparado um cenário para culpá-lo pela prescrição do processo e tornar palatável para a opinião pública o desastre da impunidade dos canalhas mensaleiros. Como homem que honra seu posto e de coragem de sobra, Joaquim Barbosa pegou a “perna de anão” que lhe entregaram – embrulhada para presente – jogou-a para o alto e acertou em cheio o ventilador do STF.
Com uma declaração bombástica, desmascarou todo o esquema armado para levar o processo à prescrição e inocentar a corja que se apoderou do país. Disse: “Os autos, há mais de quatro anos, estão integralmente digitalizados e disponíveis eletronicamente na base de dados do Supremo Tribunal Federal, cuja senha de acesso é fornecida diretamente pelo secretário de Tecnologia da Informação, autoridade subordinada ao presidente da Corte, mediante simples requerimento".
Ou seja, mostrou com todas as palavras que os ministros ignoraram o processo até agora simplesmente por preguiça ou por pura vontade de deixá-lo prescrever, garantindo a absolvição do pessoal. Joaquim Barbosa ainda critica “na lata” a falácia de que está “atrasado” com o processo: "Com efeito, cuidava-se inicialmente de 40 acusados de alta qualificação sob os prismas social/econômico/político, defendidos pelos mais importantes criminalistas do país, alguns deles ostentando em seus currículos a condição de ex-ocupantes de cargos de altíssimo relevo na estrutura do Estado brasileiro, e com amplo acesso à alta direção dos meios de comunicação". Continua: “Estamos diante de uma ação de natureza penal de dimensões inéditas na História desta Corte".
Não satisfeito em desmascarar o claro acerto que há para que o processo prescreva, Barbosa ainda mostrou que “atrasados são os outros”. O processo do Mensalão tem 40 acusados, defendidos pelos mais caros advogados do país, todos ocupantes de cargos de grande poder no Estado Brasileiro. O processo tem mais de 49 mil páginas; 233 volumes e 495 apensos. Os réus indicaram mais de 650 testemunhas de todo Brasil e até do outros países. Mesmo diante de todo esse trabalho, o ministro Joaquim Barbosa manteve o trâmite normal de trabalho no STF e ainda julgou inúmeras causas nesse período. Enquanto isso, seus colegas, com ações envolvendo dois ou três acusados e que foram iniciadas na mesma época; ainda sequer foram concluídas.(*)
Mais uma vez, “matou a cobra e mostrou o pau”. Sem pudores e sem medo, Joaquim Barbosa expõe claramente quem está comprometido com os interesses dos corruptos e busca desculpas para justificar o injustificável.
Diante de tudo isso, pelo menos para mim, fica a ideia da quase certeza em relação à prescrição do caso. Nem é preciso lembrar que um dos ministros indicados por Lula, o ministro Dias Tófolli, foi colocado ali “sob medida” para esse processo. Pois, para quem não se lembra, ele foi advogado de defesa de José Dirceu.
Pelo menos, se tudo der errado, teremos visto a coragem e o desprendimento do ministro Joaquim Barbosa dar um tapa na cara dos que tentavam imputar-lhe a culpa pela prescrição. Se o processo acabar por prescrever e não condenar ninguém; o desfecho terá sido por vontade dos ministros, sendo necessário que eles arrumem outra desculpa esfarrapada para justificar a cara-de-pau.
É como minha velha mãe dizia: “Mentira tem perna curta”.
E você leitor, o que pensa disso?
********** 
(*) As declarações do ministro e os números referentes ao processo do Mensalão foram retirados daqui.
DO MUJAHDIN CUCARACHA 

PSDB do B.

Enquanto o PSDB de São Paulo insiste em tomar a cabeça-de-chapa do aliado PSD na eleição da capital, porque este no momento ainda não tem tempo de TV, em Minas Gerais os tucanos pensam diferente. Pela centésima vez, entregam a cabeça-de-chapa para o PSB e ainda por cima não querem a vice-prefeitura. Leiam, abaixo, matéria do Estado de Minas: 
O PSDB vai colocar mais lenha na fogueira da conturbada aliança que envolve ainda PSB e PT para a disputa da Prefeitura de Belo Horizonte. Em reunião marcada para o mês que vem, os tucanos vão apresentar à direção socialista um documento com cinco pontos que consideram primordiais para a reedição da chapa que elegeu Marcio Lacerda (PSB) há quatro anos. Entre eles, está a indicação de um vice de um quarto partido, excluindo a si mesmos e os petistas da composição formal da chapa. O objetivo é evitar novos embates como o enfrentado atualmente pelo prefeito, rompido com o vice Roberto Carvalho (PT), que defende a indicação de um nome do PT para enfrentá-lo nas urnas em outubro. “O ideal é que o vice não seja do PT nem do PSDB, para que haja maior independência na condução da aliança. Tem que ser alguém que acredite na aliança”, afirmou nessa sexta-feira o presidente estadual do PSDB, deputado federal Marcus Pestana. De acordo com o tucano, para que um petista seja indicado a vice, precisa ser alguém com capacidade de conversar com todos os setores e ajude o prefeito.Leia mais aqui.

Quem não quer?

Estas são as duas chapas que vão se enfrentar, ao que tudo indica, em São Paulo. A chapa Alckmin-Maluf indicando um candidato que vai usar a máquina estadual.  A chapa Kassab-Haddad usando as máquinas municipal e federal. Os tempos de TV se equivalem e haverá, com toda a certeza, uma polarização. Nem esquerda, nem direita, nem centro vão estar satisfeitos com estas duas composições. O eleitor vai estar em último lugar.
A chapa Kassab-Alckmin, com o melhor candidato, é a única que expressa a lógica da política paulistana, paulista e brasileira, é a única que não dá um nó na cabeça do eleitor. É imprescindível que esta aliança seja mantida para que a oposição tenha pelo menos uma tênue chance de enfrentar o PT em 2014. O que está pegando em São Paulo? O PSDB tem o governo do estado, com um vice do PSD. O PSD tem a prefeitura da capital e, por isso, quer indicar a cabeça-de-chapa nas eleições de 2012, mantendo o acordo: estado para o PSDB, capital para o PSD. A negociação é que, com esta aliança, o PSD estará ao lado do PSDB para a reeleição de Alckmin. O que o PSDB está fazendo? O PSDB quer acabar com José Serra, acabando com Gilberto Kassab. É Alckmin, com o apoio velado de Aécio, querendo enquadrar José Serra. Como o PSD ainda não tem tempo de televisão, o PSDB não quer ser vice na eleição municipal. É uma chantagem momentânea, que pode dar certo, mas que vai criar um fosso entre as duas legendas. Em resposta à chantagem momentânea, Kassab buscou uma aproximação oportunista com o PT. Olho por olho, dente por dente. Espertamente, Lula vai incentivar esta aproximação, pois ela fere o PSDB de morte em São Paulo e, por conseqüência, no Brasil. A pergunta que fica é: quem não quer esta aliança do PSD com o PSDB em São Paulo? A única coisa que todos os eleitores da oposição têm certeza é que ninguém quer o Kassab com o Haddad, assim como ninguém quer o Alckmin com o Maluf. As posições estão ficando cada vez mais radicalizadas ao ponto de que em pouco tempo não haverá mais condições de recompor a aliança vitoriosa que comanda o estado e a capital de São Paulo. Nestas horas é que se pergunta: onde está aquele fenômeno chamado Fernando Henrique Cardoso para manter o PSDB unido? Eu respondo: está lá no seu instituto, cuidando do seu legado, dando entrevistas espirituosas, pedalando e andando para estas miudezas da política do Brasil. 
DO CELEAKS

O problema de São Paulo tem um B a mais do que PSD. Chama-se PSDB.

O PSDB não existe mais como partido político. O PSDB é um pedaço do Alckmin, um pedaço do Serra e um pedaço do Aécio. O pedaço do Alckmin é provinciano, sem dimensão nacional. O pedaço do Serra tem dimensão nacional, mas não tem máquina para sustentar. O pedaço de Aécio é o do fisiologismo, dos acordos espúrios, da política das miudezas. O problema de São Paulo, por exemplo, não é do PSD. Tem um B a mais. O problema é o próprio PSDB. O PSDB que manda não quer Kassab e o PSD. O PSDB que manda quer o Mauf e o Paulinho da Força Sindical, em vez do Kassab. Como eleições municipais não têm nada de ideologia, basta ver que DEM e PSDB estão unidos ao PT em mais de 1.000 municípios, pode dar PSD e PT juntos contra PSDB, PP e PDT. O que fede mais? Abaixo notícia da Folha de São Paulo.
Cresce a pressão sobre o ex-governador José Serra para que ele dispute a Prefeitura de São Paulo nas eleições de outubro. Antes contrários ao lançamento de sua candidatura, amigos de Serra insistem agora para que entre na corrida municipal. Um deles é o também tucano Alberto Goldman. Vice de Serra no governo do Estado até 2010, Goldman admite ter mudado de opinião. "No começo do ano passado, achava que ele deveria assumir a bandeira da oposição. Não foi possível. Mudei de opinião e acho que Serra deve se candidatar à prefeitura", afirmou. Goldman expôs seu ponto de vista a Serra na semana passada. Serra, de acordo com Goldman, reafirma que não é candidato.
A Folha apurou que, além dele, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e o ex-deputado Márcio Fortes (RJ) também procuraram Serra para sugerir que concorra, sob o argumento de que ninguém mais defenderá seu legado durante as eleições. Aloysio diz que Serra rechaça a hipótese. "Tenho meu ponto de vista. Mas Serra foi categórico. Se ele não quer ser candidato, como eu vou querer?", afirma. Aliados afirmam, no entanto, que ele está mais maleável à discussão sobre seu futuro político. Meses atrás, nem sequer conversaria sobre o assunto. Hoje, manifesta disposição de ouvi-los. 
Por motivos distintos, a candidatura de Serra conta com o apoio do governador Geraldo Alckmin (PSDB), do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para Alckmin, é a fórmula para deter uma ruptura com o PSD já nessas eleições. Para Aécio, um jeito de tirar Serra do páreo para a eleição presidencial. Uma derrota enterraria as pretensões eleitorais de Serra. Se vitorioso, não poderia deixar a prefeitura para concorrer ao Planalto. Em 2006, Serra deixou a prefeitura nas mãos de Gilberto Kassab (PSD) para concorrer ao governo de São Paulo. Quatro anos depois, disputou a Presidência. Atualmente, paga um preço alto pelo afastamento: o alto índice de rejeição na cidade. 
Apesar do risco de derrota, aliados de Serra avaliam que ele não sobreviverá politicamente caso espere, fora do cenário político, pela chance de disputar a Presidência. Na opinião de serristas, ele conservará musculatura política ainda que perca a disputa municipal. Só assim, poderá atuar como contraponto ao PT no Estado. A candidatura de Serra evitaria a deflagração de um embate interno no PSDB: as prévias. Tucanos e kassabistas avisam, no entanto, que não dá para esperar por uma decisão de Serra. Qualquer que seja, deve ser tomada até março. 
DO CELEAKS