PAZ AMOR E VIDA NA TERRA
" De tanto ver triunfar as nulidades,
De tanto ver crescer as injustiças,
De tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus, o homem chega
a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
[Ruy Barbosa]
Moro condenou ex-presidente pelo tríplex e havia o absolvido da segunda parte da acusação
Por Cleide Carvalho O Globo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Nelson Almeida / AFP / 20-7-17
SÃO
PAULO - O Ministério Público Federal (MPF) pediu aumento da pena do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na ação do tríplex do Guarujá,
de nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, e recorreu da absolvição no pagamento da armazenagem, pela
OAS, do acervo presidencial. No documento, apresentado nesta
segunda-feira ao juiz Sergio Moro, os procuradores argumentam que o
presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, pediu ao empresário Léo
Pinheiro que assumisse os gastos com o acervo do ex-presidente em 2010,
quando Lula ainda ocupava o cargo de presidente. "(...)
a assunção das despesas do ex-presidente Lula pelo Grupo OAS,
representado pelo executivo Léo Pinheiro, estava maculada, desde o
início, por interesses espúrios e foi praticada com clara intenção
criminosa, notadamente a corrupção passiva do ex-presidente Lula e a sua
atuação, em diversas frentes, em favor do grupo empresarial",
argumentaram os procuradores, acrescentando que houve tentativa de
ocultar a natureza da vantagem indevida ao constar no contrato feito com
a empresa Granero materiais de escritório e mobiliário corporativo. Os
procuradores voltaram a afirmar que o acervo é privado, e não público, e
que a destinação dos documentos e objetos é de responsabilidade do
ex-presidente quando ele opta por levar consigo o que ganhou durante o
mandato ou deixá-los aos cuidados da Secretaria de Documentação
Histórica do Presidente da República. "(...)
o grande volume do acervo documental privado de Lula era de
conhecimento tanto do ex-presidente, quanto de Paulo Okamotto, conforme
ressaltaram os próprios denunciados durante seus interrogatórios, e, não
obstante, Lula optou por levar consigo todo o seu conteúdo, tornando-se
responsável por sua armazenagem", afirmaram.31/07/2017 - DO R.DEMOCRATICA
Ibope fez a pesquisa às vésperas da decisão da Câmara sobre o
futuro da acusação contra Michel Temer, sob encomenda da Avaaz, uma rede
mundial de ativistas pela internet. O levantamento aponta que, para 73%
dos eleitores,o deputado que votar contra o prosseguimento não deve ser
reeleito.
Por Basília Rodrigues
O Ibope ligou para a casa de mil eleitores a partir dos 16 anos para
saber o que eles esperam dos deputados na sessão marcada para esta
quarta-feira. E 81% disseram o que o governo não quer nem ouvir: que o
processo seja aberto. A pesquisa foi encomendada pela Avaaz, uma rede de
ativistas que faz mobilização social pela internet em todo o mundo.
E a CBN teve acesso em primeira mão aos dados. Entre
os mais jovens, que tem de 16 a 24 anos, a vontade de tocar a
investigação para frente é de quase 90% dos entrevistados e 70% dos que
tem 55 anos ou mais também pensam assim. A pesquisa reflete a forte
expectativa da população sobre o que a Câmara vai decidir. Para 73% dos
eleitores consultados, o deputado que votar contra a abertura do
processo não merece ser reeleito em 2018.
Ou seja, assumir que é contra ou a favor de Temer vai ter impacto
direto no resultado das eleições no ano que vem. O representante da
Avaaz, Diego Cassais, observa que a pressão do eleitorado é para que a
decisão seja tomada logo enquanto Temer ainda é presidente.
"O que deu para perceber nessa pesquisa é que a população quer saber a
verdade sobre Michel Temer. A estratégia dos deputados de dizer que, no
dia 1º de janeiro de 2019, o presidente Temer vai poder responder como
um cidadão comum na verdade coloca o Brasil em um suspense. Já imaginou
chegar em 2019 e perceber que todas aquelas acusações de corrupção foram
verdades?", quetiona Diego.
O levantamento consiste em várias afirmações e as pessoas responderam se
concordam, discordam, não sabem ou não querem responder. A maioria
disse que vai respeitar a decisão da Câmara, mas sem esconder que vai
ficar indignada se os deputados derrubarem a denúncia.
E mais, 79% das pessoas consultadas concordaram com a avaliação de
que a denúncia é correta e o deputado que votar contra a abertura do
processo é cúmplice, isso mesmo, "cúmplice, da corrupção". O deputado a
favor da denúncia, Júlio Delgado, do PSB, afirmou que a pressão popular
pode ditar os rumos desse processo:
"O anúncio do aumento pegou muito mal para quem tinha discurso de
blindar o Temer. A brincadeira que surgiu de 'encha seu tanque e ajude
Temer a comprar um deputado'... Em Brasília, hoje, qualquer 24 horas é
um eternidade", explica o parlamentar.
Já Beto Mansur, do PRB, avalia que o parlamentar tem que ouvir a
população mas também votar por convicção própria, como ele: "Não é a
rede social que vai me mover. Eu já li o processo, a acusação, a defesa e
já formei minha opinião. Então, respeito a opinião dos outros, mas a
minha opinião já está formada".
A pesquisa do Ibope, encomendada pelo Avaaz, foi realizada entre
segunda e quarta-feira da semana passada. Os entrevistados foram
selecionados dentro dos municípios de maneira aleatória. A margem de
erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. DO G1