sexta-feira, 20 de julho de 2018

Bolsonaro pode anunciar Janaína Paschoal como vice no domingo

Jair Bolsonaro disse a O Globo que Janaína Paschoal, um dos autores do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, está perto de ser anunciada como candidata a vice na sua chapa.
Os dois conversaram por telefone ontem, e a professora de direito da USP deve ir ao Rio amanhã para se reunir com o pré-candidato pela primeira vez.
Caso as negociações avancem, a parceria será anunciada oficialmente na manhã de domingo, na convenção nacional do PSL –Janaína é filiada ao mesmo partido de Bolsonaro.
“O meu sentimento é que ela está com vontade de ajudar a transformar o Brasil. Estamos ‘namorando’ por telefone. Ela deve vir ao Rio amanhã e, provavelmente, no domingo estará na convenção. Pode acontecer de anunciar lá. Vai ser a dupla Já-Já”, declarou o deputado.

Novo ministro do Trabalho demite ‘peladeiro’ e ‘171’

Caio Vieira de Mello, o novo ministro do Trabalho, demitiu hoje seis servidores de confiança apadrinhados pelos petebistas Roberto Jefferson e Jovair Arantes, informa Vinicius Sassine em O Globo.
Um dos demitidos foi Leonardo Oliveira, que era chefe de gabinete da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego e colega de pelada de Leonardo Arantes –sobrinho de Jovair e ex-secretário-executivo da pasta, preso na Operação Registro Espúrio.
Outro foi Tulio Pessoa de Oliveira, que era coordenador-geral de Recursos Logísticos e foi réu numa ação penal por estelionato. Como o caso envolvia quantias pequenas, ele fez acordo, com a obrigação de comparecer periodicamente à Justiça.
Os dois demitidos recebiam salário mensal de R$ 9.900.

Preferido pelo voto feminino, Bolsonaro atrai maior aprovação entre as mulheres


Bolsonaro tem bancada oculta e ‘guerrilha virtual’

Josias de Souza

Frustradas as tentativas de firmar alianças, Jair Bolsonaro se equipa para realizar uma campanha solo. Pra tentar se vacinar contra a pecha de sectário, compõe uma bancada suprapartidária de apoiadores ocultos. E espera contar com uma “guerrilha virtual” de internautas dispostos a defendê-lo espontaneamente dos ataques que receberá de adversários durante a campanha.
“Nossa bancada já soma 112 parlamentares”, disse ao blog o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), articulador de Bolsonaro no Legislativo. “Está em curso um movimento que vai nos permitir, até 8 de agosto, anunciar o apoio de algo como 150 parlamentares, talvez um pouco mais.” Os congressistas se achegam a Bolsonaro com o compromisso de que seus nomes sejam mantidos em sigilo pelo menos até um eventual segundo turno. Leva o rosto à vitrine quem quer.
Bem posicionado nas pesquisas, Bolsonaro dispõe de algo como sete segundos no horário eleitoral. Não terá como responder no rádio e na TV a eventuais ataques de rivais com mais tempo de propaganda. Embora reconheça que o nanismo eletrônico é preocupante, Lorenzoni acredita que Bolsonaro conseguirá superar o obstáculo.
“Ele tem um impressionante volume de apoiadores na faixa etária dos 16 aos 24 anos”, afirmou o deputado. “Essa gurizada realiza um trabalho muito forte na internet. Coisa espontânea, voluntária. É uma verdadeira guerrilha virtual a favor do Bolsonaro. Defende o candidato de forma apaixonada. Isso tem e continuará tendo um poder muito grande na campanha.”
O repórter recordou a Lorenzini que, na sucessão de 2014, a candidatura de Marina Silva foi passada no moedor pelo marketing da campanha petista de Dilma Rousseff. O deputado avalia que Bolsonaro não corre o mesmo risco. “Até a eleição passada, alguns partidos ainda gozavam de credibilidade. Hoje, a sociedade não acredita em nenhum partido tradicional. As pessoas tendem a desacreditar de qualquer coisa que venha dos partidos políticos.”
Por que a bancada pró-Bolsonaro é oculta? “Temos um compromisso de confidencialidade com cada um”, declarou Lorenzoni. “Desde novembro do ano passado, fizemos 11 cafés da manhã, almoços e jantares de parlamentares com o nosso candidato. Foram filmados e fotografados. Dizia-se que um governo do Jair Bolsonaro não teria governabilidade. Pois já termos do nosso lado 112 parlamentares. Teremos 150 até 8 de agosto. Há apoiadores de todos os partidos, exceto do PT, PCdoB e PDT.”
Lorenzoni prosseguiu: “A confidencialidade é necessária porque não queremos criar problemas para os parlamentares em seus partidos. Há três tipos de apoiadores: os que declaram sua opção abertamente; os que evitam se expor em respeito às alianças dos seus partidos, mas liberam seus grupos para fazer campanha pelo Bolsonaro; e os que se comprometem a arregaçar as mangas no segundo turno. Não tenho dúvidas de que, uma vez eleito, o Jair Bolsonaro terá uma base de 350 parlamentares.”