sábado, 2 de dezembro de 2017

Datafolha: Lula segue líder; Bolsonaro consolida 2ª colocação

Datafolha acaba de soltar nova pesquisa presidencial.
Lula continua líder e Jair Bolsonaro consolida vice-liderança.

No cenário mais factível com Lula, o ex-presidente aparece com o dobro de intenções do deputado federal; Marina (REDE) aparece com 9%, Alckmin (PSDB) e Ciro (PDT) empatados com 6%.
No cenário mais factível sem Lula, Bolsonaro assume a liderança (22%); seguido de Ciro, 13%, Alckmin, 12%, Alvaro Dias, 6%. Com Marina Silva no jogo, ela vai a 16%. Com o prefeito João Doria, ele fica com 6%.


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Por que os tucanos não têm chance em 2018?

sábado, 2 de dezembro de 2017

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deu ontem várias entrevistas amestradas, nas quais repetiu que quer ser candidato à Presidência da República ano que vem, por se considerar “preparado para o cargo”. Evidentemente, nenhum pretendente a sentar no trono do Palácio do Planalto dirá o contrário. O problema é que os tucanos nunca estiveram com o filme tão queimado, como agora, perante o eleitorado, por suspeitas de corrupção em seus governos. Um grande responsável pela destruição de imagem foi Aécio Neves – um tucano que está mais para avestruz: não sabe onde enfia a cara...
Geraldo Alckmin tem outros problemas a enfrentar na corrida maluca à Presidência em 2018. Primeiro, e antes de tudo, terá de encarar o desgaste de assumir a presidência do PSDB, em meio ao dilema: jura que apóia o desgastado governo Michel Temer, mas finge que não quer fazer parte dele. Segundo, terá de enfrentar uma desgastante disputa interna no “politiburro” para ser indicado candidato. Terceiro, seus 20 anos de poder no Palácio dos Bandeirantes serão alvos de ataques nunca antes ocorridos, questionando falhas impecáveis de gestão e suspeitas de corrupção nas áreas de infraestrutura e transportes. Quarto: seu estilo “picolé de chuchu” não convence em uma disputa com Lula, Ciro Gomes e Jair Bolsonaro (a cada instante um nome mais favorito).
O jogo de cena prejudica Geraldo. Ele tem encontro marcado com o Presidente Michel Temer, no interior paulista, 0para inaugurações do Minha Casa Minha Vida (programa federal) e Casa Paulista (programa estadual). Só falta jurar que nada falará com Temer sobre o tema mais espinhoso do momento: Reforma da Previdência. Até assumir o trono tucano, Geraldo encena que não quer conversa com ninguém: "Se assumirmos será só no dia 9. Antes disso não tem conversa, como presidente do partido, com o Presidente Temer”. A pergunta é: para que tanto fingimento e perda de tempo?
Ontem, ainda no estilo tucano-em-cima-do-muro, Geraldo repetiu e trepetiu que a reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer terá o apoio de seu partido. Alckmin até defendeu o projeto com um argumento técnico, em entrevista à Rádio Capital, de São Paulo:  "A Previdência precisa ser reformada porque há dois sistemas e os dois têm déficit. Só que o do INSS (Instituto Nacional do Serviço Social), que tem déficit de R$ 160 bilhões a R$ 170 bilhões para 32 milhões de aposentados, tem distribuição de renda. Ninguém ganha mais de R$ 5 mil e a média é 1 salário mínimo e meio. Mas o déficit do setor público é preocupante. Tem déficit de mais de R$ 80 milhões para menos de 1 milhão de aposentados e pensionistas, com salários muito elevados. É o Robin Hood às avessas e, por isso, tem que ser corrigido".
Geraldo Alckmin citou os valores médios pagos ano passado em aposentadorias: R$ 1.191 para o aposentado do INSS, R$ 8 mil para o servidor do Poder Executivo público, R$ 16 mil para representantes do Judiciário e R$ 24 mil para o Legislativo. "Não pode ter um sistema desses. Sempre defendi um regime geral de Previdência e vou lutar por isso, como já foi feito em São Paulo. Aqui, tanto o Legislativo, o Judiciário, o Executivo recebe teto do INSS e tem a opção de aderir à previdência complementar".
Geraldo só ressalvou o óbvio ululante: que a PEC da Previdência não será facilmente aprovada pelo Congresso, já que, por ser emenda constitucional, precisa de 308 votos. Geraldo também não revelou quantos dos 46 deputados tucanos vão votar a favor da reforma temerária da previdência. O apoio de Geraldo não convence. Ainda mais porque até o Michelzinho sabe que o Geraldo terá de meter o pau no governo do pai dele durante o fla-flu da campanha... O ataque no sabor de picolé de chuchu tem grande risco de não convencer, já que o PSDB fez parte – e agora finge que está saindo do governo que jura apoiar...
A tucanagem e a falta de estilo ofensivo torna Geraldo Alckmin um candidato inviável para a vitória em outubro/novembro de 2018. Geraldo só promete “reformas estruturantes”. Até o Michelzinho e a maioria do eleitorado já sabem que reforminhas não resolvem. O Brasil precisa ser passado a limpo e reinventado pela via da Intervenção Institucional para neutralizar a ação do crime nos três poderes. A única saída é uma mudança estrutural. Tucanos não querem mudar nada. Por isso, tomarão o maior pau nunca antes visto na História, em 2018...
O Alerta Total insiste: novamente, corremos o risco de não termos um debate sério e necessário para a formulação de um Projeto Estratégico para o Brasil. O fla-flu ideológico é, tragicamente, a tendência do pleito de 2018. Teremos bate-bocas apaixonados e histéricos contra e a favor dos candidatos. As discussões sobre mudanças estruturais não sairão da boca dos políticos profissionais. Esta é a nossa maior desgraça...
Enquanto isso, a economia mundial tem previsão de crescer, em média, 3,5%. Outros países ditos “em desenvolvimento” podem crescer em percentuais até maiores. Nós, os otários tupiniquins, seguiremos patinando e prometendo novos vôos da galinha, assim que elegermos o nosso suposto salvador da pátria”... Até quando ficaremos nesta sacanagem?

Barata deixa cana de novo e pedido de impedimento de Gilmar continua preso

Josias de Souza

Quantas vezes Jacob Barata Filho terá que deixar a cadeia para que Cármen Lúcia liberte de sua gaveta o pedido de impedimento formulado pela Procuradoria contra seu colega Gilmar Mendes? Chamado no Rio de Janeiro de ‘Rei do Ônibus’, Barata parece viver sob outro regime —uma espécie de monarquia negocial, onde reina a esculhambação nas relações entre empresários do setor de transportes e políticos.
Barata Já deixou o xadrez uma, duas, três vezes. Antes de entregar à sucessora Raquel Dodge a chefia da Procuradoria-Geral da República, em setembro, Rodrigo Janot já havia protocolado no Supremo Tribunal Federal uma petição contra Gilmar. Entre outros argumentos, sustentou que, como padrinho de casamento de Beatriz Barata, filha do preso, o ministro deveria declarar-se suspeito para julgar os habeas corpus requeridos pela defesa do empresário. Gilmar deu de ombros.
O caso divide os ministros do Supremo. Um pedaço do tribunal avalia que o pedido de impedimento é procedente. Outro naco da Corte, aparentemente majoritário, enxerga exagero na iniciativa da Procuradoria. Um julgamento em plenário teria o efeito de um tira-teima. Mas a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo, se recusa a libertar de sua gaveta a peça da Procuradoria contra Gilmar. Até quando?
Membro da força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, o procurador regional da República José Augusto Vagos lamenta: “Chega a ser constrangedor o acesso que esse acusado tem para obter decisão em último grau de jurisdição sem passar pelas demais instâncias, como se desfrutasse de um foro privilegiado exclusivo para liminares em habeas corpus, mesmo sendo acusado de destinar dezenas de milhões de reais aos maiores líderes políticos do Rio, como se isso constituísse crime de menor potencial ofensivo, crime de bagatela.”