quarta-feira, 10 de junho de 2015

75% dos brasileiros consideram governo Dilma ruim ou péssimo

A avaliação do governo petista é pior que a de Collor em 1992
O governo da presidente Dilma Rousseff bateu o recorde negativo de avaliação. Uma pesquisa feita em escala nacional, que chegou recentemente ao Palácio do Planalto, registra os piores resultados de um presidente da República desde junho de 1992, quando Fernando Collor estava perto do impeachment devido a acusações de corrupção e o país vivia uma crise econômica grave. Os números da pesquisa mostram que 75% dos entrevistados consideraram o governo Dilma ruim ou péssimo; apenas 7% consideram ótimo ou bom; e 18% avaliam como regular a administração. Em seu pior momento, Collor tinha 68% de ruim ou péssimo, 9% de ótimo ou bom e 21% de regular. A derrocada da avaliação do governo Dilma é uma tendência desde o início do ano. Há duas semanas, o Palácio do Planalto recebera uma pesquisa feita apenas em São Paulo, para consumo do PT, que indicava a queda do “ótimo e bom” de Dilma de 10% para 7% entre março e maio. Fonte: Época

Brasil só vai passar a limpo essa fase podre do lulopetismo quando chegar ao verdadeiro chefe do esquema


Duas empresas vinculadas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberam, entre 2011 e 2013, 4,53 milhões de reais da empreiteira Camargo Corrêa, gigante da construção e um dos alvos da Operação Lava Jato, que desmantelou uma quadrilha que atuava sangrando os cofres da Petrobras. Laudo da Polícia Federal registra que a empreiteira pagou três parcelas de 1 milhão de reais cada ao Instituto Lula entre dezembro de 2011 e dezembro de 2013 e mais 1,527 milhão de reais para a LILS Palestras Eventos e Publicidade, também do petista, entre setembro de 2011 e julho de 2013.
Será que encontraram o batom na cueca do Lula? Será que o Brasil mostrará maturidade a ponto de investigar mais a fundo o “pai dos pobres” (de fato, pela quantidade de pobreza que seu populismo ajudou a parir, ele merece o título)? Ninguém pode acreditar que a sabedoria de Lula era o produto comprado pelos clientes que pagavam tão caro por suas palestras. Lula se mostra um “empresário” tão bom quanto Zé Dirceu, o “melhor” consultor do país, quiçá do mundo, a julgar pela remuneração de seu “trabalho”. Qual o segredo de Dirceu? E qual o segredo de Lula também?
Quando Erenice Guerra, a então “braço-direito” de Dilma, caiu após escândalo divulgado pela revista VEJA, gravei um vídeo celebrando a notícia, mas lamentando que “o chefe” continuava intocável.


Lula sempre gozou de uma espécie de “salvo-conduto”, de blindagem plena, de efeito Teflon, pois tinha a popularidade a seu favor, os “intelectuais” todos que, como Marilena Chaui, acham que o mundo se ilumina quando o ex-metalúrgico abre a boca, os sindicatos, a UNE, o MST, muitos jornalistas na imprensa chapa-branca. Enfim, Lula sempre foi deixado em paz, nunca o pressionaram de verdade, nunca cobraram maiores explicações, pois tinham medo, conivência.
Alguns poucos tinham coragem de cobrar mais investigações e a eventual punição daquele que, ao que tudo indicava, era o verdadeiro chefe do esquema todo. Quando a Operação Lava-Jato avançava, com a chance de um empreiteiro colocar a boca no trombone, cheguei a escrever um texto conclamando-o a entregar o chefão, o capo.
Mas muitos ainda temem Lula. Cada vez menos gente, é verdade, pois seu poder esvanece a cada dia. Sua popularidade dependia do crescimento chinês, do preço das commodities, do crédito abundante no país. Como já cheguei a comparar aqui, Lula estava para a política como Eike Batista para a economia. O toque de Midas era uma ilusão de ótica, nada mais.
O Brasil carrega uma mancha, uma sombra, que terá de ser dissipada eventualmente. Sem dizer que são a mesma coisa, pois sem dúvida não são, a fase podre do lulopetismo terá de ser passada a limpo como os italianos fizeram com o fascismo de Mussolini e os alemães com o nacional-socialismo de Hitler. São períodos vergonhosos que esses povos tiveram que tratar numa espécie de “divã coletivo”, para poder superar a vergonha do passado e seguir adiante.
O PT vem destruindo o Brasil há anos, e basta bom senso para perceber. Mas muitos ficaram anestesiados com as verbas públicas que jorravam do governo, com o mito do metalúrgico humilde que chegara ao poder, com o populismo escancarado. A grana acabou, a maré baixou, e todos viram o óbvio: que o PT nadava completamente nu. Nesse contexto, os fatos ganham nova visibilidade, e a questão ética retorna ao centro dos debates.
O povo brasileiro ignorou por tempo demais essa quadrilha no poder, os infindáveis escândalos de corrupção, o cinismo dos canalhas. Mas agora que a inflação come boa parte do salário, que a ameaça de desemprego bate à porta, que o clima de crise se instalou geral, as pessoas voltam a olhar para esses fatores e ficam revoltadas. É a chance que o Brasil tem de passar a limpo o lulopetismo, essa podridão toda que além de institucionalizar a corrupção no país, banalizou-a.
Esse objetivo só será alcançado no dia em que “o chefe” pagar por tudo que fez. Resta saber se os envolvidos na Operação Lava-Jato terão a coragem e a independência para seguir adiante, para apurar nos mínimos detalhes essa relação mais que suspeita entre Lula e os empreiteiros. Resta saber se a imprensa, dessa vez, fará sua parte. Ninguém deve ser intocável numa democracia republicana. Ninguém!
Rodrigo Constantino