quinta-feira, 5 de maio de 2011

AUGUSTO NUNES- PERFEITO!


No 5° aniversário da Proclamação da Autossuficiência em Petróleo, o Brasil importou 2,5 milhões de barris


Os barões dos canaviais preferiram lucrar com toneladas de açúcar, o álcool sumiu, o litro de gasolina ultrapassou a barreira dos R$ 3 e a Petrobras virou importadora do combustível. Em abril, foram comprados 1,5 milhão de barris. Nesta quarta-feira, a empresa confirmou a encomenda de 1 milhão de barris para a segunda quinzena de maio. São 2,5 milhões em dois meses.
Isso no país em que vivem os brasileiros. Na maravilha que Lula registrou em cartório e Dilma jura enxergar, continuam os festejos pelo 5° aniversário da Proclamação da Autossuficiência em Petróleo, consumada no outono de 2006 pelo maior dos governantes desde Tomé de Souza. Na última segunda-feira de abril daquele ano glorioso, ele próprio tratou de cumprimentar-se pela façanha.

“Agora somos donos do nosso nariz”, gabou-se no programa Café com o Presidente, transmitido em cadeia nacional pela Radiobrás. A Petrobras havia alcançado tal grau de eficiência, prosseguiu o palanqueiro compulsivo, que apenas garantir a gasolina dos nativos já não bastava: a produção excedente permitiria que, até o Natal, as exportações superassem as importações em US$ 3 bilhões. Não é pouca coisa.

E não era tudo. Por ter pressentido antes de qualquer outro estadista que “o mundo caminha para o desenvolvimento de energias renováveis e menos poluentes”, Lula também havia transformado o Brasil num colosso da energia alternativa. “Nisso somos imbatíveis”, avisou. “Nós temos todas as condições. Nós temos terra, nós temos trabalhadores, nós temos conhecimento científico e tecnológico”.

Ao som da lira do delírio, como atestam os dois áudios surreais, a discurseira comemorou o sucesso do Pro-Álcool, zombou dos céticos profissionais, aplaudiu a gastança da Petrobras com comerciais ufanistas e inaugurou com pompas e fitas outros assombros que ninguém mais viu. Neste começo de maio, o sonho de milhões de brasileiros castigados pela inépcia federal é morar no país do cartório. Por aqui, passados cinco anos, só há combustível farto e barato para abastecer os motores da inflação.

Governo mente e faz demagogia com nova campanha de desarmamento


O editorial a seguir é da Band da noite desta quinta-feira. Ele desmascara a campanha demagógica e oportunista do governo federal, que inicia outra campanha de desarmamento, sob o argumento de que isto reduzirá o crime. Isto é falso e encobre apenas a incompetência do governo. Leia:

O governo brasileiro, apoiado por políticos demagógicos e oportunistas, tenta impor à população uma ideia falsa: a de que uma campanha de desarmamento vai reduzir a criminalidade. Comanda esta ofensiva mentirosa o ministro da Justiça, omitindo fatos que explicariam a realidade do crime no país.


. E os fatos são claros: a ameaça vem das armas clandestinas que o ministro e seu governo deveriam combater. E não das armas legais dos cidadãos honestos. Se elas forem retiradas de circulação, restarão apenas as dos bandidos - o que só pode aumentar o perigo de assaltos e de assassinatos.

. É chocante como a força da demagogia tapa os olhos de quem deveria ver com mais clareza este cenário, tão simples e tão trágico. Ao empunhar a bandeira da mentira, o ministro e sua campanha de convencimento agridem, não só a realidade brasileira, mas também a vontade da maioria da população.

.Há pouco tempo, ela exigiu, em um referendo, o direito de o cidadão honesto ter a sua arma. Exigência legítima, que é praxe em quase todo o mundo, até para se defender sim, em um país em que o Estado não cumpre o seu papel na segurança pública.

Esta é a opinião do Grupo Bandeirantes de Comunicação.
Pra ver toda a reportagem sobre o desarmamento clique abaixo:
http://www.band.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?ID=100000428529
DO BLOG POLIBIO BRAGA

IMPOSTO DE RENDA ESTRAÇALHA SALÁRIOS EM BENEFÍCIO DE LULA, DILMA E SEUS SEQUAZES. HORA DA DESOBEDIÊNCIA CIVIL!


O jornal Nacional da Rede Globo apresentou nesta quinta-feira uma matéria sobre a ladroeira do Imposto de Renda. Transcrevo, após estre prólogo, um trecho em que é feito o cáculo dessa maldição que consome uma importância descomunal do salário dos trabalhadores que acaba sendo manipulada de forma vil e criminosa pelo governo do PT. 
Parte do dinheiro dos salário dos trabalhadores acaba financiando o Mensalão, por exemplo; as viagens internacionais de Lula e Dilma; as mordomias palacianas com verba secreta; os carões corporativos e o marketing eleitoreiro permanente do PT. 
E o dinheiro gasto em propaganda do governo do PT foi tamanho nas últimas eleições que o poste Dilma acabou eleita Presidente da República sem nunca ter disputado nem eleição para síndica de edifício! Pensem bem!
Se você tem os formulários do Imposto de Renda dos últimos anos pegue-os e faça um cálculo e verá o quanto de seu salário já foi comido pelo PT, o Partido da ética da vagabundagem. Por enquanto, veja o cáculo feito pelo Jornal Nacional:
Quem teve o salário reajustado pela inflação desde 1996 e agora ganha, por exemplo, R$ 4,2 mil por mês, pagou, no ano passado, R$ 6,5 mil de Imposto de Renda. Se a correção da tabela também estivesse sendo feita pela inflação, o valor do Imposto de Renda seria bem menor: R$ 3,35 mil.
De 1996 para 2011, o mesmo trabalhador já deixou com o Leão, em valores de hoje, quase R$ 62 mil. Se a tabela tivesse, ano a ano, acompanhado a inflação, o valor cairia muito: para R$ 38 mil.
“Isso foi gerado pelo período que ficou interrompida a tabela, que ficou congelada a tabela. Depois ele teve a correção, mas essa correção continua sendo abaixo da inflação”, explica a consultora Tatiana da Ponte. Leia MAIS e veja o vídeo
BLOG DO ALUIZIO AMORIM

Paquistaneses dizem que EUA mataram Bin Laden "a sangue frio"

Por Augustine Anthony e Arshad Mohammed
ABBOTTABAD/ROMA (Reuters) - Uma autoridade sênior de segurança do Paquistão disse que as tropas norte-americanas mataram Osama bin Laden "a sangue frio", aumentando tensões que Washington procurava apaziguar nesta quinta-feira.
O Exército do Paquistão, em sua primeira declaração desde a operação militar do domingo, ameaçou suspender a cooperação com os EUA, de quem recebe ajuda militar, se os norte-americanos repetirem o que descreveu ter sido uma violação de sua soberania.
Mas a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que Washington ainda deseja conservar sua aliança com Islamabad.
"Nem sempre é um relacionamento fácil. Vocês sabem disso", disse Hillary.
"Por outro lado, é um relacionamento produtivo para nossos dois países, e vamos continuar a cooperação entre nossos governos, nossas forças armadas, nossas agências policiais, mas, o que é mais importante, entre o povo americano e o povo paquistanês", afirmou.
Os norte-americanos estão questionando como foi possível que o líder da Al Qaeda tivesse vivido por anos em certo conforto em uma cidade próxima da capital paquistanesa e dotada de uma guarnição militar. Alguns pedem que os EUA cortem bilhões de dólares em assistência ao Paquistão.
Enquanto Hillary se reunia com aliados europeus e árabes em Roma, o chefe do Estado-Maior do Exército paquistanês, general Ashfaq Kayani, divulgou um comunicado dizendo que quaisquer novas operações dos EUA levarão ao possível fim da cooperação com o Pentágono em questões de segurança e inteligência.
"Qualquer ação semelhante que viole a soberania do Paquistão vai justificar uma revisão ao nível da cooperação militar e de inteligência com os Estados Unidos", disse o Exército.
Em mais um sinal das relações conturbadas entre os dois países aliados, funcionários seniores de segurança do Paquistão disseram à Reuters que os relatos feitos pelos EUA foram enganosos quando descreveram um tiroteio prolongado na mansão em Abbotabbad na qual Bin Laden e quatro outras pessoas foram mortas por um esquadrão de elite dos Seals da Marinha americana.
"Foi uma ação feita a sangue frio", disse um representante paquistanês, quando perguntado se ocorreu uma troca de tiros. Após um relato inicial sobre um tiroteio que teria durado 40 minutos, agora autoridades norte-americanas foram citadas como tendo dito que apenas uma pessoa disparou contra os militares americanos, e apenas brevemente, na chegada da equipe trazida por helicóptero.
O reconhecimento pelos EUA de que Bin Laden estava desarmado quando recebeu um tiro na cabeça -- além do sepultamento de seu corpo no mar, uma prática rara no islã -- vêm atraindo críticas do mundo árabe e da Europa, onde alguns setores avisaram sobre uma reação contra o Ocidente, mesmo por parte de muçulmanos que rejeitam a violência da Al Qaeda.
DO UOL

Atingidos pelas chuvas em PE passam de 140 mil, diz Defesa Civil


 As chuvas que atingem Pernambuco desde o início da semana afetam 144.532 pessoas, segundo balanço divulgado na manhã desta quinta-feira (5) pela Defesa Civil do estado.
O número inclui pessoas que tiveram prejuízos com chuvas e enchentes, além de 4.080 famílias que estão desabrigadas (perderam suas casas) e outras 8.503 desalojadas (abrigadas em casas de parentes e amigos).
Passou também de 45 para 48 o número de cidades inundadas no estado. Decretaram situação de emergência 16 cidades (A primeira versão deste texto dizia que 48 cidades haviam decretado emergência. A informação foi corrigida às 11h36) . Em todo o estado, duas mortes foram registradas, um Camaragibe e outro em Jaqueira.
Barreiros, na Zona da Mata da região metropolitana, foi a mais atingida. Pelo menos 2,2 mil pessoas estão desabrigadas e outras 19,9 mil desalojadas. Vários bairros estão isolados após o transbordamento do Rio Una, que invadiu as ruas da cidade. Quase 4 mil casas foram destruídas.
saiba mais
Em Palmares, 58 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas. Mais de mil famílias estão desalojadas e 55 estão desabrigadas. Mais de 900 casas foram destruídas pelas enchentes.
Por causa das chuvas, o governo enviou apoio de mais 21 bombeiros para a cidade para reforçar o resgate de famílias que residem nas áreas atingidas.
Segundo o coronel Carlos Eduardo Casa Nova, comandante do Corpo de Bombeiros do estado, um posto de comando foi montado em Barreiros na Escola Municipal Luiz Bezerra de Melo, em Barreiros, de onde partem oito viaturas e três embarcações para buscar pessoas atingidas pelas inundações. “Estamos com duas unidades de atendimento aquático, duas unidades de resgate e uma unidade de mergulho para realizar o resgate de pessoas ilhadas e com dificuldade de locomoção”, disse Casa Nova.
Enchente na Vila Miguel Arraes, na Várzea, no Recife (Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem/AE)Enchente na Vila Miguel Arraes, na Várzea, no Recife (Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem/AE)

Os bombeiros monitoram a situação em 18 municípios atingidos pelas chuvas, em especial nove da Mata Sul e três da Mata Norte. Só na capital, Recife, há cerca de 630 famílias desabrigadas ou desalojadas por conta de quedas de barreiras e alagamentos.
 Outras cidades atingidas são Catende, Água Preta, Barreiros, Jaqueira e Maraial, Rio Formoso, Barra de Guabiraba e Cortês, Ribeirão e Gameleira, Vitória e Primavera na Mata Sul. Equipes também atuam em Timbaúba e Macaparana, Nazaré e Vicência além de Limoeiro, todas na Mata Norte.
Em Alagoas, o último balanço do final da tarde de quarta-feira (4) aponta que há 6.135 pessoas afetadas pelas inundações em 12 municípios mais críticos em situação de emergência. Na capital, havia 72 áreas consideradas de risco. No litoral norte, as chuvas que caem desde o fim de semana prejudicam principalmente dois municípios e deixaram até o momento um morto.
DO G1

Se cobrir com lona, vira circo; se trancar a porta, vira hospício

Como é mesmo aquela máxima? Se cobrir com lona, vira circo; se trancar a porta, vira hospício. O PMDB, que congrega alguns potentados da ética nacional, convida, como se vê no post abaixo, os marqueteiros de Obama — justo de quem… — para que assistam a uma sessão de descarrego dos maus espíritos do autoritarismo. E tome cacete na imprensa! Coitados dos rapazes! Devem ter imaginado que a moça que fazia a tradução simultânea estava sofrendo  algum surto cerebral.

Sarney, cuja família tem no currículo a censura a um órgão de imprensa — via judicial, claro!—-, abriu o seminário do partido sobre “estratégias de comunicação”. Ele quer saber como preservar a liberdade de expressão, mas “sem desvirtuá-la”. Ah… Os EUA sabem como fazê-lo desde que existe a Primeira Emenda, senador! Os congressistas não podem nem mesmo legislar sobre matéria que diga respeito à liberdade de expressão.
Não! Aquele modelo não deve servir para Sarney. Nos EUA, este senhor não seria presidente do Senado pela 25ª vez. Aliás, ele e outros companheiros de partido já teriam sido eliminados da vida pública há muito tempo. Eu imagino um Renan Calheiros explicando à América qual era a sua relação com a mãe de um filho que teve fora do casamento, que ele chamava “a gestante…”.
Sarney e os peemedebistas, que acabaram de conduzir Calheiros ao Conselho de Ética do Senado, estão infelizes com o jornalismo. Segundo Sarney, “a mídia e seus instrumentos entram e dizem: ‘Não, nós passamos a representar o povo’”. Haaannn… Sarney acredita que os políticos têm, vejam vocês, de disputar espaço com a “mídia” para saber quem representa a “opinião pública”. Nosferatu não sabe que políticos agem por delegação dos eleitores e, de fato, “representam”… os eleitores!, não a opinião públicaa; a imprensa é um dos instrumentos — não o único — de que dispõem os indivíduos e a sociedade para vigiar o exercício do poder; inclusive para avaliar se o representante, de fato, representa…
Sérgio Cabral era um dos presentes ao seminário. Como sabem, é um homem implacavelmente perseguido pela imprensa, certo? Afirmou: “O nosso problema é como o PMDB, o maior partido do Brasil, dialoga com a sociedade. Cada vez mais, a sociedade demanda informações que a mídia tradicional não é capaz de atender.”
Ah, essa mídia tradicional! A propósito, governador: o que é uma “mídia não-tradicional”? Convenham: até a assessoria de imprensa é mídia tradicional. Vai ver a não-tradicional é a assessoria disfarçada de jornalismo.
Por Reinaldo Azevedo

Governo arreganha as fronteiras para as armas e para as drogas, mas vai lançar campanha do desarmamento amanhã

É, amiguinhos! Vamos ver com são as coisas. Leio no Portal G1 o que segue; prestem bem atenção.

Campanha do desarmamento será lançada nesta sexta no Rio
O Palácio da Cidade, sede da Prefeitura do Rio de Janeiro, foi o local escolhido pelo Ministério da Justiça para o lançamento da nova edição da campanha nacional do desarmamento, chamada de “Tire uma arma do futuro do Brasil”. O ato de lançamento está marcado para as 10h, com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A campanha do desarmamento, inicialmente marcada para começar em junho, foi antecipada depois da tragédia que aconteceu em Realengo, na Zona Oeste do Rio, quando um homem de 23 anos entrou atirando em uma escola municipal no dia 7 de abril. A tragédia resultou na morte de 12 crianças e do atirador. Após o lançamento, o ministro acompanha a destruição de um lote de mais de mil armas recolhidas pelo Exército fora da campanha. O ato será realizado no alto forno da usina Presidente Vargas, na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
Agora leiam esta outra notícia, que incluí no clipping do blog no dia 19 do mês passado. Volto em seguida:
Cortes de gastos paralisam patrulhamento da PF nos rios
Por Graciliano Rocha e Rodrigo Vargas, na Folha:
Cortes de gastos estão paralisando os barcos da Polícia Federal responsáveis pelo patrulhamento dos rios que ficam em rotas de entrada de armas e drogas no país. A Folha revelou ontem que os cortes no Orçamento do governo têm afetado diversas ações nas fronteiras. Em Foz do Iguaçu (PR), na fronteira com Paraguai e Argentina, a Delegacia de Polícia Marítima está trabalhando com um regime de cotas de combustível que reduziu à metade, em relação ao fim de 2010, as operações de patrulhamento com 20 lanchas, segundo policiais ouvidos pela reportagem. O rio Paraná e o lago de Itaipu são considerados zonas críticas. Como a ponte da Amizade tem uma vigilância ostensiva, criminosos cruzam o rio e o lago para escoar armas, drogas e cigarros. É comum a travessia ocorrer durante a madrugada em pequenas embarcações que atracam rapidamente na margem brasileira para deixar o carregamento ilegal. Um outro vazio de fiscalização está no rio Uruguai, que separa a Argentina do Rio Grande do Sul. A região é considerada pela PF um entreposto alternativo para drogas e armas ao mercado consumidor brasileiro. Os cerca de 600 quilômetros de rio contam com a vigilância de apenas três embarcações -duas em Uruguaiana e uma em São Borja. Policiais das duas delegacias relataram à Folha que os cortes reduziram operações.
Voltei
A campanha do desarmamento, que ganhará, como sempre, a adesão dos bacanas bem-pensantes do Brasil — algumas das estrelas andam com seguranças… — transforma a segurança pública numa responsabilidade a um só tempo coletiva (de todos os brasileiros) e individual (entregue a sua arma). O estado, que, constitucionalmente, detém o monopólio do uso da força, exime-se. O gerente desse estado é o governo. É ele quem define as prioridades.
Como se vê, consumiremos energia, tempo e dinheiro recolhendo garruchas enferrujadas, enquanto as fronteiras, por onde entram as armas e as drogas, continuarão ao deus-dará.
Aí indagam alguns: “Reinaldo, é melhor ter menos armas ou mais armas?” A pergunta, lamento!, não faz sentido. É melhor ter menos armas nas mãos de bandidos. Nas mãos de homens de bem, no que respeita à coletividade, tanto faz; no que lhe diz respeito em particular, nenhum estado, que eu saiba, é tão autoritário a ponto de satanizar a autodefesa.
A campanha não piora a segurança pública, é evidente! Em si, ela não é um mal. É apenas inócua. Como substituta, no entanto, de um efetivo programa de vigilância de fronteiras e de repressão ao tráfico de drogas e de armas, aí, sim, trata-se de um malefício e tanto! Ela é o símbolo da omissão do estado e da culpabilização do indivíduo.
O governo sabe o que faz cair o número de homicídios. Quem pode lhe ensinar o caminho é São Paulo, que derrubou esse índice em quase 80% em 12 anos: prender bandido. O resto é conversa mole.
Por Reinaldo Azevedo

Más notícias do país de Dilma (2)


:: Os exemplos da incompetência do governo se multiplicam
Editorial
O Globo

Uma semana atrás, publiquei aqui
um apanhado de diversas notícias dos jornais comprovando que a propalada competência de Dilma Rousseff como gerente, administradora, é uma balela, uma lenda, uma invenção do marketing.

Em apenas uma semana, os jornais publicaram mais exemplos da incompetência do governo da presidente.


Só não vê quem não quer.

* Os programas não saem do papel (1).

O que se prometeu na campanha não se cumpre. Era puro estelionato eleitoral.

“Apesar de ter passado a campanha eleitoral prometendo priorizar a segurança, a presidente Dilma Rousseff não apenas não tirou do papel as promessas como cortou fortemente o orçamento da área. Só o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) perderá R$ 1,028 bilhão este ano, ou 47% do previsto.

O investimento feito nestes quatro primeiros meses de gestão Dilma é inferior ao executado no mesmo período do ano passado.

A criação dos postos de polícia comunitária e a modernização de cadeias, por exemplo, são projetos que ainda não receberam qualquer investimento. Apontado como solução para o patrulhamento de fronteiras, o projeto Vant (veículo aéreo não tripulado) também não decolou.” (O Globo, 1º/5/2011.)


* Os programas não saem do papel (2).

Durante a campanha eleitoral, Dilma Rousseff prometeu aumentar o o ritmo de criação de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Em abril, Dilma prometeu criar mais 81 escolas técnicas até 2012 e outras 120 até 2014. Só que o governo não consegue fazer funcionar nem sequer aas escolas técnicas existentes: como não dispõem de professores em número suficiente, 20 mil anos dessas escolas estão sem aula há mais de dois meses. (Estadão, 2/5/2011.)

* O governo constrói um capitalismo de Estado: para os amigos, todas as benesses.

O interesse público que se dane.

E que nós paguemos a conta.

As análises deixam isso claro:

“Fortalece-se na legenda (o PT) o projeto de um capitalismo de Estado à la Geisel, com empresários escolhidos a transitar pelos cofres do BNDES.

Do projeto fazem parte intervenções descabidas em empresas privadas, iguais à executada na Vale. (Editorial, O Globo, 3/5/2011.)


“Nunca antes na história deste país tivemos um capitalismo de Estado tão evidente. O aparelhamento da máquina estatal tem sido assustador. A ingerência no setor privado, como no caso da Vale, aumentou exponencialmente. E, talvez o exemplo mais sintomático, o BNDES foi transformado numa gigantesca máquina de transferência de riqueza dos pagadores de impostos para os grandes empresários aliados do governo. (…) Os desembolsos subsidiados (do BNDES) ficavam na faixa dos R$ 35 bilhões por ano antes de o PT chegar ao poder, e hoje os empréstimos chegam a quase R$ 150 bilhões por ano. (…) O governo seleciona as empresas ‘vencedoras’ de cima para baixo, com base em critérios políticos. Metade do crédito já depende do governo, o maior banqueiro do país!” (Rodrigo Constantino, economista, no Globo, 3/5/2011.)

“Apesar da falta de rumo na economia, dos sucessivos escândalos – mantendo a média da Presidência anterior, diga-se –, da incompetência administrativa, da inexistência de uma política estratégica e de tantas outras coisas, a presidente Dilma governa absolutamente tranqüila.

Entregou para os oligarcas, sempre sedentos de saquear o Erário, rendosos cargos; usa e abusa do BNDES, oferecendo, como uma rainha absolutista, fortunas ao grande capital parasitário; soldou uma aliança com as grandes construtoras – importantíssimas para financiar os partidos da base governamental, especialmente o PT – danosa ao interesse público, e cooptou as centrais sindicais, que foram adquiridas por um valor baixo, comparado ao que custou o apoio do grande capital.” (Marco Antonio Villa, historiador, no Globo, 3/5/2011.)


* O governo se mete onde não deveria.
Menos de um mês após ceder às pressões do governo e trocar seu presidente, a Vale, empresa privada, a maior do país, anunciou que entrará na construção e operação da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu. Enquanto Roger Agnelli presidia a empresa, a Vale demonstrara claramente não ter interesse em entrar nessa canoa furadíssima que é Belo Monte. Forçada pelo governo, a empresa vai investir no consórcio formado para construir a hidrelétrica entre US$ 400 milhões e US$ 500 milhões. (O Globo, 29/4/2011.)

É um imenso desrespeito aos acionistas da empresa, uma intromissão absurda.

* O governo se mete onde não deveria.


Os Correios – a empresa estatal que não tem conseguido cumprir a contento sua obrigação de entregar cartas no menor prazo possível – foram autorizados a criar e comprar companhias aéreas. Medida provisória assinada pela presidente da República remodela a forma de atuação da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, para permitir a entrada da estatal no projeto do trem-bala, a outra gigantesca canoa furada que o governo Dilma Rousseff insiste em criar. (O Globo, 29/4/2011.)

* A inflação dispara e o governo demonstra incompetência para enfrentá-la.

As análises deixam isso claro:


“Enquanto o governo e seus aliados fazem retórica sobre o combate ‘cauteloso’ à inflação, a alga de preços ganha impulso e vai contaminando todos os segmentos do mercado.

A presidente parece perigosamente inclinada a politizar o tratamento do assunto, seguindo a cartilha do PT, dos sindicatos e dos empresários mais dispostos a aceitar a inflação. Essa complacência poderá em pouco tempo destruir conquistas duramente alcançadas nos últimos 15 anos.” (Editorial, Estadão, 4/5/2011.)


“A redução no ritmo de aperto na política monetária, com o ajuste da taxa básica de juros de 0,25 ponto percentual, depois de duas elevações consecutivas de 0,5 ponto, reforçou a insegurança diante da efetiva capacidade de o governo Dilma Rousseff empreender um combate efetivo contra o repique da inflação.”
 
Segundo a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada no dia 28 de abril, “a situação piorou desde sua reunião anterior, no começo do mês passado (março).

Se esse é o caso, por que a taxa básica subiu apenas 0,25 ponto percentual, metade da elevação aprovada nas sessões de janeiro e de março?” (Editorial, Estadão, 29/4/2011.)


“O mercado está descrente. Recebe cada declaração do ministro Guido Mantega com a mesma confiança quando a ministra Zélia Cardoso de Mello dizia, no governo Collor, que tudo na economia estava caminhando bem.

E quanto mais o governo insiste que a inflação está sob controle – desmentindo a realidade –, maior a desconfiança.” (Marco Antonio Villa, historiador, no Globo, 3/5/2011.)


* Números que apavoram


Rombo de R$ 2,8 bilhões no FAT pune microempresas. O déficit nas contas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) chega a R$ 2,8 bilhões este ano, e a tendência é de piora. Com isso, o governo deixará de financiar, a partir de 2012, projetos de micro e pequenas empresas. Projeções do Ministério do Trabalho mostram que o valor para essas operações de financiamento cairá dos atuais R$ 3,5 bilhões para zero. As contas do FAT apresentam desequilíbrio crescente, apesar do aumento do emprego formal. (O Globo, 2/5/2011.)

DO BLOG DA RESISTENCIA DEMOCRATICA

O Brasil não é mais autossuficente na produção de petróleo.

O Brasil não é mais autossuficente na produção de petróleo. Você sabia? Claro que não. Isso os jornais não divulgam. E o que fazem a Agência Nacional do Petróleo, o Ministério do Lobão e a Petrobras? Nada, nada mesmo.

Carlos Newton
TRIBUNA DA IMPRENSA.



Como já comentado aqui no blog da Tribuna da Imprensa, as tais agências reguladoras são inúteis, funcionam apenas como cabides de empregos. Vejam o que acontece com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), cuja atuação destrambelhada está dando um prejuízo de US$ 18 bilhões na balança de derivados de petróleo este ano, conforme projeção da RC Consultores, divulgada por Raquel Landim, do “O Estado de S. Paulo”.

Com a disparada do preço do etanol, que subiu mais de 30% nos postos de combustível desde o início do ano, os motoristas migraram em massa para a gasolina, provocando escassez do produto. Por isso, já faltou combustível em alguns postos do interior de São Paulo e a Petrobrás teve que importar gasolina e etanol, às pressas, pagando sobrepreços .

A ANP, dirigida desde o primeiro governo Lula pelo ex-deputado Haroldo Lima (PCdoB-BA), é responsável pelo controle desse estratégico setor. Sua função é acompanhar a evolução desse mercado, para evitar desabastecimento e variação de preços que possam influenciar a inflação. Mas nada faz. Pelo contrário, assiste de camarote à desestabilização desse mercado.

O governo atual (com faziam os anteriores) costuma alardear que o Brasil está à frente do resto do mundo em termos de combustíveis alternativos, tipo etanol, gás natural e biodiesel. Não é bem verdade: os Estados Unidos já faz tempo que passaram à nossa frente na produção de álcool (etanol, metanol etc.). Não é só com álcool de milho. Na Flórida e na Califórnia, não faltam plantações de cana.

O maior usineiro dos EUA é a U.S. Sugar, que fica em Tampa, na Flórida. A companhia é tão grande que tem uma ferrovia com mais de 200 km de extensão. Sua atuação é diversificada e possui uma das maiores indústrias de sucata do mundo, com gigantescas máquinas cortadeiras de aço e outros metais, que reaproveitam os proprios vagões. Organização é isso.

No Brasil, o problema é a imprevisão (leia-se falta de planejamento) da ANP, do Ministério das Minas e Energia, ao qual a agência é subordinada, e da própria Petrobras. Com o aumento da produção e venda de veículos, anunciada todo mês nos jornais, e o crescimento da economia, o País começa a viver um “apagão” de combustíveis, porque não houve investimentos compatíveis na produção de derivados do petróleo e de biocombustíveis. O caso mais grave é o etanol. A escassez atual é resultado da queda da produção, provocada pela entressafra da cana e pela alta do preço do açúcar, mas reflete também um problema estrutural do País.

No caso do petróleo, o que ninguém diz é que o Brasil não é mais autossuficiente. O consumo de derivados (gasolina, diesel e nafta) já ultrapassou a produção local, impulsionando as importações, que ficam cada vez mais caras com o aumento do preço do petróleo lá fora. Em geral, a Petrobrás priorizava a produção de gasolina localmente e concentrava as importações em diesel e nafta. Agora, teve que importar também gasolina.

A situação vai provocar um déficit de US$ 18 bilhões na balança de derivados de petróleo este ano, convém reafirmar. Em 2010, as importações de derivados já ultrapassaram as exportações em US$ 13 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Em 2000, o rombo era de apenas US$ 3,2 bilhões.

Em 2010, pela primeira vez desde 2000, o País comprou mais derivados do que petróleo bruto. Foram adquiridos 27,38 milhões de metros cúbicos de derivados ante 19,66 milhões de óleo bruto, admite a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Isso significa que o Brasil também já não é autossuficiente em refino, embora o Ministério, a ANP e a Petrobras se comportem como se estivéssemos no melhor dos mundos.
As duas refinarias de porte em construção são a Abreu Lima, em Pernambuco, e a Comperj, no Estado do Rio de Janeiro, ambas com as obras atrasadíssimas.

Já deveriam estar funcionando desde o ano passado, mas quem se importa? A previsão mais otimista é que comecem a funcionar em 2013. Tem outra pequena refinaria em ampliação, em Guamaré, Rio Grande Norte, mas a capacidade é inexpressiva.

E há projetos de construir mais duas, no Ceará e no Maranhão (certamente, por determinação do ministro maranhense Edison Lobão, protegido e parceiro de José Saney). Mas para que construir uma refinaria perto da outra, e uma no Maranhão, onde há pouca demanda? Toda a refinaria deve ser construída o mais próximo possível aos centros de consumo,  é claro, mas que político se interessaria pelo óbvio?

Deve-se destacar que o governo agiu com acerto ao estimular a produção e venda de automóveis, porque o carro é a galinha dos ovos de ouro do capitalismo.

Produz impostos e taxas sem parar, desde a produção do aço, da borracha e das demais matérias-primas, que vão se transformar em peças e equipamentos. São impostos em cascata, os maiores do mundo. No carro, tudo é tributado, bitributado, tritributado, e depois vêm os impostos nos combustíveis, no óleo, no licenciamento, nas peças de reposição, nos pneus, e ainda as multas de trânsito, é um nunca-acabar.

Por isso, uma das principais armas do governo para tirar o País da crise global foi estimular a venda de automóveis com incentivos fiscais. Em 2010, foram licenciados 3,52 milhões de veículos, mais que o dobro dos 1,49 milhão de 2000. A frota atual é de 32,5 milhões de carros, ônibus e caminhões.

Mas o governo (Ministério das Minas e Energia, ANP, Planejamento, Petrobras etc.) fracassou por completo ao não saber dar seguimento ao lance, ao não planejar nada, não prever nada, não se preparar para nada. 

 O crescimento do número de veículos não foi acompanhado pelo aumento na produção de combustíveis.  E no ano passado, o País consumiu 117,9 milhões de metros cúbicos de derivados de petróleo, 11% a mais do que produziu. Até então, a oferta se equiparava ou superava a demanda.

Sem planejamento e sem organização, fica muito difícil governar. E sempre cabe a insistente pergunta. Afinal, para que servem as agências reguladoras?

COMENTO:

O autor ainda  não  falou  sobre os  pedágios, a precariedade de  nossas  rodovias, que  danificam os  veículos, exigindo  revisões e  manutenções que  não  são  baratas, e  mais, que  o  transporte  rodoviário principalmente  num país  com as  nossas características encarece  substancialmente o  custo  para  o  consumidor.
Tem  mais , Lula irresponsavelmente  voou  mundo  afora  fazendo  propaganda  do  etanol, biodiesel, pré-sal, e  hoje  importamos  etanol dos USA.
DO BLOG DO FERRA MULA

Política é fácil; leitor precisa de manual de instrução para entender é a cobertura jornalística

Coitado do leitor! Anda a precisar de uma manual de instrução para entender não exatamente a política, mas o jornalismo.

Se ele lê a Folha, será informado de que o tucano José Serra foi ao Palácio dos Bandeirantes dizer a Geraldo Alckmin que ele, Serra, não é o mentor da debandada tucana rumo ao PSD de Gilberto Kassab.
Mas por que ele seria?
Ora, a suposição é a de que isso é parte de sua luta contra Aécio Neves para ser o candidato do PSDB à Presidência. Se não der no tucanato, então tentaria o PSD…
Mas o leitor também tem acesso às reportagens do Estadão, em especial as de Christiane Samarco. Aí ele fica sabendo outra coisa.
1 - Quem está se aproximado no PSD, na verdade, é Aécio Neves —  é uma reportagem, como se diz em linguagem de mercado, com viés de alta para Aécio —, estimulado por Jorge Bornhausen. Bem, o pobre leitor tinha, até então, que o PSD era parte da suposta tramóia de Serra — embora se dissesse que também era parte da tramóia de Dilma. Acho que foi no Estadão que li que o senador mineiro foi a São Paulo no 1º de Maio para demonstrar apoio a Alckmin, descontente com a migração de tucanos para o PSD.
2 - O próprio Jorge Bornhausen, que auxilia Kassab na criação do novo partido, teria estimulado Aécio a se aproximar do prefeito de São Paulo.
O corolário, então, é mais ou menos o seguinte: Serra é suspeito de estimular a criação do PSD — razão por que teria ido se explicar a Alckmin —, mas Aécio, muito ligeiro, já lhe teria tomado essa vantagem. Um interlocutor de Christiane, cujo nome não é citado, teria presenciado dois encontros de Aécio com Bornhausen e notado o bom humor do mineiro, que passou a seguinte avaliação  à jornalista: “Não por generosidade, mas por inteligência política”. Favor não deixar que o entusiasmo da fonte contamine a isenção jornalística.
Da soma geral — e, por isso, o leitor precisa de um manual de instrução para entender o jornalismo —-, tem-se que Aécio se aliou a Alckmin porque, afinal, Serra seria o mentor do PSD, mas quem, por “inteligência política”, teria se enamorado do PSD seria, mesmo Aécio. Entenderam?
Christiane se arrisca ainda num texto analítico em que ficamos sabendo que a crise do PSDB “expõe a solidão de Serra”. Sim, ele estaria só. Ela vai provando por quê:
1 - Seus aliados, que saíram para criar o PSD, perderam o controle do DEM, hoje comandado por aecistas. Certo! Não se pergunta com qual ativo ficaram os vitoriosos do DEM.
2 - a segunda derrota de Serra teria vindo quando Kassab decidiu criar o novo partido — aquele mesmo que seria obra de Serra; assim, um mesmo fato evidencia sua vitória e sua derrota;
3 - Christiane vai mais longe: segundo aliados, Serra não teria tentado evitar a criação da nova legenda — embora ela, por si, já fosse expressão de sua derrota, compreendem?;
4 - outra derrota de Serra teria se dado na montagem do diretório municipal, razão por que seis vereadores deixaram a sigla. Mas se pergunte: a debandada faz parte dos planos maquiavélicos de Serra, razão por que ele teria de se explicar, ou é mais um evidência de sua solidão?
Em outro texto, Christiane escreve:
“O desafio do tucanato hoje é acomodar Serra na estrutura partidária, sem colocá-lo em posição de comando que reforce um projeto presidencial nem tampouco deixá-lo sem poder a ponto de produzir outra crise (…)”. Isso está num texto informativo, não de análise.
Entende-se, já que as palavras fazem sentido, que, de um lado, está “o tucanato” e, de outro, está Serra — que, então, “tucanato” não é, certo? Como ele está sozinho no partido, então é preciso ver onde colocar o solitário: aqui, ali, acolá, como um criado-mudo. O tucanato quebra a cabeça. O que não fica claro — se Christiane tiver a resposta, publico com prazer ou lerei com prazer nas páginas de informação do Estadão — é por que o partido precisa se preocupar tanto com alguém que, sozinho, hoje só parece atrapalhar. Ora, se não tem aliados no partido, que  o deixem de lado, certo?
Ah, sim: ela também diz que próceres do PSD de Kassab já avisaram que “o tucano não cabe na sigla”. Qual sigla? Aquela que teria levado Serra a se explicar com Alckmin, deixando claro que não é ele o mentor.
O leitor de vários jornais e portais será levado a concluir que Serra inventou um novo partido que não o quer!
Se um dia Serra saísse, ou vier a sair, do PSDB, quero ver como alguns tucanos farão para ser notícia. Será preciso tirar coelho de cartola, plantar bananeira, declamar “batatinha quando nasce”…
Se estiver com preguiça de consultar um manual de instrução, leitor, faça o seguinte: recorte ou imprima tudo isso e guarde. Volte a ler daqui a quatro anos.
Por Reinaldo Azevedo
REV.VEJA

O casamento gay no Supremo. Ou: O dia em que o órgão genital virou um “plus”, um “bônus”, um “regalo”. Ou: O Supremo vai tomar o lugar do Congresso?

O Supremo Tribunal Federal começou a decidir nesta quarta — e o julgamento será retomado nesta quinta — a constitucionalidade da tal “união homoafetiva”, um nome, assim, bastante dessexualizado para “casamento gay”. Qual é o problema dessa gente com as palavras? Para mais detalhes sobre o caso, clique aqui. O relator do caso é o ministro-poeta Calos Ayres Britto, que já leu o seu voto. Também se posicionaram o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. Todos são favoráveis. Já chego lá. Antes, algumas considerações.

Para surpresa de alguns, de um e de outro lado do debate, sou favorável ao casamento gay e não me oponho, sob certas circunstâncias, à adoção de crianças por casais do mesmo sexo. Mas eu também cobro “circunstâncias adequadas” dos héteros. O debate é longo, complicado. No arquivo, vocês encontram argumentos às pencas, inclusive de quem discorda de mim. A coisa a que eu me oponho, aí sim, é à violação da Constituição e à argumentação capenga. A Constituição é omissa ou explícita em relação ao casamento? É explícita. Assim:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
§ 5º - Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
O Parágrafo 3º é regulamentado pela lei 9.278/96, que define a união estável, a saber:
O  PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º É reconhecida como entidade familiar a convivência duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com objetivo de constituição de família.
Vamos lá
Pouco importa o que eu, Britto, Gurgel, Adams e a torcida do glorioso Corinthians achemos, temos, como se vê, uma Constituição e uma lei que tratam do assunto. Ou elas são mudadas, ou o casamento gay só pode ser “aprovado” pelo Supremo se o tribunal decidir ignorar a Constituição e se comportar como legislador, usurpando uma prerrogativa do Congresso. Por que os senhores parlamentares ditos progressistas não apresentam uma emenda à Constituição para mudar a definição de família? É receio de que seja rejeitada? Mas, se for, não será a democracia em pleno funcionamento? Ou, nesse caso, para driblar uma eventual vontade do povo, apela-se ao Supremo para que ele casse a prerrogativa do Congresso?
Não dá! Das duas, uma: ou se muda o que vai nos textos legais ou se opta pela inconstitucionalidade. É simples assim. O ministro Ayres Britto é chegado a larguezas interpretativas. Ontem mesmo, não entendi se ele tentou ser cartorial, fescenino ou bíblico ao definir os órgãos genitais, mas não há poesia que consiga mudar a gramática hormonal desta tautologia — atenção para o sujeito, o verbo de ligação (também chamado “cópula” nas antigas gramáticas) e o predicativo destas duas frases: “homem é homem; mulher é mulher”. Homem tem bingolim, não importa que destinação dê a ele; mulher tem borboletinha, idem para a destinação. O casamento da Constituição ou a união estável da Lei 9.278 é a união do bingolim com a borboletinha. Sem apelo. Ou que se mudem os textos, caramba!
No seu voto, sempre looooongo, o ministro Britto foi a altitudes esplendorosas e cometeu o seguinte assassinato da Lei da Evolução:
“O órgão sexual é um plus, um bônus, um regalo da natureza. Não é um ônus, um peso, em estorvo, menos ainda uma reprimenda dos deuses”.
É um daqueles casos em que Didi Mocó indagaria: “Cuma?” Vou, só para mostrar que sou uma pessoa do diálogo, concordar com aquilo que o ministro acha que o sexo “não é”. Mas, no que é, ele está erradíssimo. Ministro: a vocação de toda espécie é perpetuar-se; a do indivíduo de cada espécie é reproduzir-se. O dito “órgão” não é regalo, não!, um presentinho da natureza! É a essência do negócio, o senhor entende? Como poesia, a constatação é ruim; como ciência, é uma grande batatada. Se o órgão sexual fosse um bônus, a natureza teria inventado meios mais eficazes de garantir a reprodução.  Ela é assexuada só em formas mais primitivas de vida. Muito antigamente, havia a crença popular de que o vento inseminava os urubus. Bem, não somos urubus que ganharam um “regalo”…
“Ah, mas os humanos não fazem sexo só para reprodução; também fazem por gostosura!” Eu sei. Ainda bem, né? Mas isso não confere cientificidade à fala do ministro. Ademais, as palavras a que ele recorre não deixam de ser engraçadas. Freudianos ortodoxos talvez concordassem, no terreno dos símbolos, que o bingolim é um “plus”. Já a borboletinha… A diferença gerou uma questão polêmica: “Mas o que querem as mulheres?” Convenham: o Brasil pede cada vez mais senso de humor.
Aí alguém dirá: “Pô, Reinaldo, o ministro não estava falando como cientista”. Entendo! Então era como jurista, doutor em direito? Repito a frase: “O órgão sexual é um plus, um bônus, um regalo da natureza. Não é um ônus, um peso, em estorvo, menos ainda uma reprimenda dos deuses”. Que saber é esse? Direito é isto aqui: “Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.” O resto é poesia ruim.
Roberto Gurgel, procurador-geral da República também falou, a saber:
“Os homossexuais devem ser tratados com mesmo respeito e consideração que os demais cidadãos, e a recusa estatal em reconhecer uniões implica não só privá-lo de direitos como também importa em menosprezo a sua própria dignidade”.
Concordo, claro! Mas o que isso tem a ver com o que esta escrito na Constituição? Aí ele avança:
“Esta ausência de referência [de casais do mesmo sexo na Constituição e na lei] não significa, de qualquer modo, o silêncio eloquente da Constituição Federal. Não implica, necessariamente, que a Constituição não assegure o seu reconhecimento.”
Isso é puro opionismo. Então ele precisa provar. Em algum lugar, há de estar ao menos sugerido o casamento gay. E eu lhes asseguro (a Constituição e a lei são de domínio público): não está!
Aí foi a vez de Luis Inácio Adams, advogado-geral da União:
“Esse reconhecimento que vem acontecendo mostra que o primeiro movimento de combate à discriminação é a partir do Estado. Temos visto, na nossa sociedade, violentas manifestações de agressão às relações homoafetivas, mas que só serão passíveis de rejeição à medida que o Estado for o primeiro a rejeitar essa discriminação.”
Não acho uma opinião imune a um debate conceitual sobre o papel do estado, mas deixarei isso pra lá agora. Pergunto ao sr. advogado-geral se ele considera que o Poder Legislativo é ou não parte integrante do Estado. Em sendo — e ele sabe que é —, pergunto-lhe também se cabe ao Supremo zelar pela Constituição ou lhe emprestar o sentido que der na telha de um ministro porque, afinal, se quer fazer justiça… Pior: ao fazê-lo, cabe usurpar a prerrogativa de um outro poder ou mudar o sentido das palavras?
Tendência
O pior é que acho que o Supremo tende a votar com Britto porque o lobby gay é poderoso, como vimos não faz tempo. Consegue satanizar as pessoas em três tempos e conta com amplo apoio da imprensa. Já os defensores da Constituição são mais discretos e menos influentes. É possível que os ministros não queiram a pecha de homofóbicos só porque entendem que o “homem”, de que fala a Contituição, é o que tem bingolim, e a mulher, a que tem borboletinha, pouco importando, como diria Britto, como cada um se regala com o seu “plus”, com o seu “bônus”.
Se o Supremo ficar livre para redefinir os conceitos de “homem” e “mulher”, essa questão, assim, tão primitiva, então ficará livre para dar o sentido que quiser a qualquer outra palavra. Sempre que alguma questão for influente e contar com grupos organizados de pressão, o tribunal corre atrás. Eu estou pouco me lixando para aquilo que cada um faz com o seu “plus” desde que não envolva crianças, não seja forçado e exclua animais… Acho que os gays podem e até devem lutar por aquilo que acham justo. Mas a Constituição e a lei existem. Se elas não mudarem, o Supremo só tem uma coisa a fazer se sua referência é a Constituição. E é rejeitar o casamento enquanto a Constituição não mudar.
Ou, por outra, vejam que fabuloso: o João e o João ou a Maria e a Maria estarão abrigados pelo seguinte texto:
“(…) é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar”.
PS - O texto acima foi publicado às 23h40 desta quarta. Eu já sei que, para alguns, sou mau como um pica-pau tanto por não ver problemas no casamento gay quanto por sustentar que ele é inconstitucional. Um já defendeu a minha excomunhão; outro já me chamou de homofóbico, e outro ainda, de “veado enrustido”. Eu já conheço todas as ofensas. Eu estou tratando de uma questão legal e constitucional. E sei que o Supremo vai acabar concordando com a teoria do “plus” e do “regalo”. Talvez seja intelectualmente mais honesto buscar o caminho da, bem…, da “poesia” do que tentar encontrar fundamentação jurídica, não é mesmo? Perigosamente mais honesto. Nos comentários, peço que os exaltados não percam tempo com os xingamentos que já conheço.
PS2 - Ah, sim: todos são iguais perante a lei e tal. Mas essa igualdade não muda a natureza do casamento definido na Constituição e na lei.
Por Reinaldo Azevedo
REV.VEJA

Brasil - Um paraíso para parlamentares corruptos !


Competem entre si pra ver quem rouba mais, e nada farão para moralizar a instituição ! Porque são corporativistas arrogantes, e estão se lixando com a opinião pública !
Desde o início do ano, mais de 50 deputados e senadores
passaram a ser investigados no Supremo Tribunal Federal. Em 48 casos, os parlamentares já são réus. Maioria dos processos tramitava em outras instâncias da Justiça
Leia a reportagem completa:
http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_canal=21&cod_publicacao=36951

DO BLOG CARA NOVA NO CONGRESSO

Piada na Recife inundada: Dilma lançará a Balsa Família e Eduardo anuncia seis hidrelétricas nos bairros nobres da capital


Políticos cumprem promessa sim: Água e esgoto n casa de todo mundo!

Eduardo Campos e Dilma Roussef estão nos governos que herdaram de si próprios. Dudu já governava e Dilma governava o país e também a agenda do viajante Lula. Portanto, tudo que acontece em Pernambuco é culpa dos dois, que compartilham com o prefeito João da Costa as catástrofes na capital petista.
Ciente de que não há mais para quem transferir responsabilidades, só aguentam calados as chacotas.
Acabo de receber ligação de um ente querido que está por lá. Me disse ele que na escola a piada é uma só: Eduardo vai construir uma hidrelétrica na Avenida Domingos Ferreira, Boa Viagem, e mais outras cinco na capital, e Dilma vai cadastrar pessoas para receber o Balsa Família, um kit completo, contendo até canoas individuais, boias e remos. O problema é que a turma mais endinheirada está exigindo jet-ski.

A falta de planejamento acabou com o discurso da gerentona. Sequer começou a tratar as feridas de 2010 e já tem que lidar com as chagas de 2011. Devidamente anunciadas antecipadamente, diga-se de passagem

Saudade dos governos que faziam muito e falavam pouco. Ernesto Gaisel, por exemplo, construiu a barragem de Carpina rapidinho, evitando aquelas enchentes que assolavam Recife. Bastou um pedido de Moura Cavalcanti, que foi feito junto com a entrega do projeto.
DO BLOG MEU ARARIPE

Os verdes sujos.

É impressionante o jogo baixo e sujo promovido pelo PT, PV, PSOL e pela turma da Marina Silva, a musa mundial da fome e estrela máxima das 14 ONGs que dominam o "meio ambiente" do governo Dilma, em relação à votação do novo Código Florestal. Usam a mentira como armas poderosa, colocando seus pitbulls instalados em repartições públicas e em entidades financiadas por gordos convênios a espalharem o medo pelas redes sociais. O Código Florestal afirma, textualmente, que anistia poderá ser concedida a quem desmatou antes de 2008, em determinadas condições. Pois o Ibama aparelhado está plantando e Marina Silva repercutindo que o desmatamento está aumentando nos últimos meses, pois os madeireiros e pecuaristas têm esperança de serem anistiados. Isto é uma grande mentira. É óbvio que, se desmatarem agora, em 2011, não estarão cobertos por anistia alguma. Este é um bom exemplo da estratégia e da ação dos verdes sujos, pagos pelas fundações e ongs internacionais. Eles acham que 62% de florestas no Brasil é pouco. Com isso condenam os 19 milhões de miseráveis que existem no Brasil a permanecerem com fome, pois são os primeiros que serão penalizados com a queda na produção de alimentos.


Estes foram os "latifundiários do agronegócio" que vaiaram o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) nas galerias Câmara dos Deputados. Eles vão entrar na ilegalidade a partir de 11 de junho ou não poderão mais plantar se as exigências absurdas sobre áreas de preservação em pequenas propriedades forem incluídas no Código Florestal . Vão engrossar as fileiras do Bolsa Família? Vão para os acampamentos do MST? Vão para as periferias das grandes cidades? Vão ampliar o Brasil Sem Miséria da Dilma?

(Arquivo Canal do Produtor-CNA)
DO B. DO CEL