segunda-feira, 11 de junho de 2012

A covardia política de Fernando Haddad, que fugiu da miniparada gay.


Por Reinaldo Azevedo
Começo por uma das provocações do título: “miniparada gay”. Por que “miniparada”? Pela primeira vez, fez-se uma medição da presença de público segundo critérios científicos.
Os alegados 4 milhões de pessoas eram, na verdade, no máximo, 270 mil, ou 1/15 do número que servia à propaganda, segundo o Datafolha.
Há aí uma questão conjuntural — o evento reuniu menos gente do que no ano passado — e uma histórica: nunca, em tempo nenhum, a parada deve ter reunido nem mesmo mesmo 500 mil pessoas (quase o dobro do que se viu ontem).
Falava-se em muitos milhões para tentar emprestar à parada uma importância e uma adesão popular que nunca teve — o que não quer dizer, atenção!, que seja pouca gente.
Noto, a título de ilustração, que não é de hoje que as coisas são assim. No dia 17 de abril de 1984, os que éramos favoráveis às eleições diretas para presidente alardeamos a presença de 1 milhão de pessoas num comício do Vale do Anhangabaú e imediações.
Ainda me lembro do ceticismo de um velho amigo, um comunista italiano que morava no Brasil havia alguns anos. Era matemático. Eu tinha, então, 22 anos; ele, mais de 70. Dávamos aula na mesma escola. “Vocês não sabem o que é um milhão de pessoas na rua; infelizmente, não havia lá mais de 100 mil. Um país que pusesse um milhão na rua por causa de uma reivindicação política seria outro…
Pois é.
Sem contar que aquele milhão não caberia lá de jeito nenhum! Vocês sabem como a causa é capaz de produzir “mentiras decorosas”, não é mesmo? Tanto não havia um milhão que a emenda das Diretas foi derrotada, e nada aconteceu…
Quem sabe Zé Dirceu consiga reunir um milhão em sua defesa, não é mesmo?, sob a liderança da UNE. A entidade pode aproveitar e pegar uma graninha dos convênios e investir na patuscada pró-impunidade. Adiante com a questão da miniparada. Chegarei a Haddad.

Motivos para reflexão

A militância sindical gay deveria pensar um tantinho nos motivos que levaram à substancial e visível queda de público neste ano. Nunca como agora ela foi tão estridente e, em muitos aspectos, agressiva.
Ganhou maus prosélitos.
Os absurdos levados à avenida no ano passado — os modelos caracterizados como santos católicos em situações homoeróticas — e o debate às vezes virulento em defesa da tal lei de combate à homofobia podem ter concorrido para diminuir o que se esforçava para ter um caráter inclusivo, universalista.
Não só: seria o caso de avaliar a insistência em levar às escolas o tal “kit gay”.
Uma coisa é contar com a simpatia algo descompromissada da população (héteros, gays, tico-tico-fubá); outra, distinta, é querer convencê-la de que seus filhos devem ser submetidos a uma peça de propaganda bucéfala em sala de aula.
Preconceito?
Uma ova!
Os filmes foram tornados públicos e falam por si.

Marta Suplicy, com o seu verbo de hábito ligeiro, acusa um retrocesso da causa em razão da militância obscurantista ou algo assim.
É o caminho para continuar errando.
Se os sindicalistas gays tiverem um mínimo de juízo, verão que sua causa minguou à medida que decidiu tratar com ligeireza estúpida alguns valores que estão na raiz da formação da cultura brasileira. Se a sua causa depende, em boa parte da adesão popular, então tem de haver diálogo.
“Santos gays” na avenida e tentativa de criminalizar opinião são coisa de quem quer confronto. Os supostos milhões da avenida sempre serviram como uma espécie de intimidação, inclusive dos políticos, que passaram a incluir o evento em sua agenda.
O parada de ontem deixou claro que a causa é muito menos popular do que parece. É bom lembrar que a parada EM São Paulo não é propriamente DE São Paulo; é a DO Brasil.
Haddad e a agenda secreta

José Serra e Fernando Haddad, tidos na imprensa como “os dois principais candidatos à Prefeitura”, não foram à parada.
Nota: até agora, não sei por que o petista, com algo entre 3% e 5% das intenções de voto, está entre os “principais”, mas vá lá… Serra tinha ido a Nova York e parece não ter conseguido voltar a tempo.
Já a ausência do petita foi planejada e obedeceu a uma estratégia de seu comando de campanha. Ainda que o tucano certamente tenha gays entre seus eleitores — foi o grande arquiteto do tratamento gratuito às vítimas da AIDS e do trabalho de conscientização sobre o contágio —, é fato que o PSDB não mantém com o que chamo “sindicalismo gay” os vínculos que mantém o PT, que se quer o partido das minorias.
O que tirou Haddad da avenida?
Várias coisas.

Em primeiro lugar, ele precisa se desvincular do chamado “kit gay”. De tal sorte era absurdo o material que a própria presidente Dilma Rousseff resolveu vetá-lo. Sim, evangélicos e católicos protestaram; os parlamentares cristãos reagiram, mas eles não decidem nada!
Especialistas em educação e comportamento com os meridianos ajustados sabem que aquele troço era lixo, proselitismo barato.
Em vez de entregar a questão a educadores, resolveram passá-la aos cuidados de militantes. Mas não era só isso, não!
A musa da causa — ao menos entre os que lideram paradas — é Marta Suplicy, que foi alijada do processo eleitoral pela brutalidade de Lula.
A chance de que Haddad fosse vaiado era grande.

O que fez, então, o petista?

Garantiu, nos bastidores, às lideranças do movimento que será um prefeito sensível à causa, mas não quis aparecer em público ao lado dos gays.
Assim, prefere tratar da questão como uma agenda secreta: se e quando eleito, então faz as vontades do sindicalismo gay; por ora, é bom se distanciar da causa para não provocar “os conservadores”, entenderam?
Haddad tenta fazer com o tema mais ou menos o que Dilma fez com o aborto: deu um truque no grande eleitorado e ficou longe do assunto — quase aprendeu a persignar-se; no poder, vai implementando a agenda dos abortistas.
A última do governo federal é estudar a implementação de um atendimento pré-aborto (!?) no Sistema Único de Saúde…
Haddad não foi à parada gay para manter parte de sua biografia e de suas intenções no armário.
11/06/2012
DO R.DEMOCRATICA

Procurador-geral recebe provas contra governador do DF



O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, recebeu os documentos com as provas obtidas na Operação Panacéia, da Polícia Civil de Minas, relacionadas com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT)
LÚCIO VAZ
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA
A operação apurou indícios de envolvimento de assessores de Agnelo com um grupo farmacêutico acusado de fraudes, formação de cartel e sonegação fiscal.
Agnelo era diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) na época. O empresário Renato Alves da Silva, sócio da Hipolabor, tentou agilizar processos de interesse da empresa junto ao diretor-admunto de Agnelo na Anvisa, Rafael de Aguiar Barbosa, hoje secretário de Saúde do govenro do petista.
Escutas telefônicas feitas pela polícia mostram que Silva pediu a interferência do lobista Francisco Borges, ex-assessor de Agnelo na Câmara dos Deputados, para pressionar Barbosa. O deputado federal Fábio Ramalho (PV-MG) também foi acionado pelo grupo para marcar audiências na Anvisa.
Gurgel já está analisando os documentos e poderá pedir abertura de inquérito ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) se avaliar que as provas são contundentes.
Mais aqui.
11/06/2012 
DO R.DEMOCRATICA

Prendam a imprensa e deixem José Dirceu solto! Por um Brasil mais decente! Ou: Márcio Thomaz Bastos lutou pela democracia na ditadura e luta por ditadura na democracia. Ou: Bastos pressiona o Supremo!


O advogado Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, aderiu, no sábado à noite, à campanha contra a imprensa promovida pelo PT desde 2003, intensificada depois que veio à luz o escândalo do mensalão, em 2005, e tornada grito de guerra com a CPI do Cachoeira. É um tanto constrangedor ver uma das figuras mais estelares do direito, que tem uma história respeitável de defesa da democracia nos estertores da ditadura (foi presidente da OAB entre 1983 e 1985), aderir agora, em plena democracia, a uma forma velada de defesa da ditadura. Exagero? De modo nenhum! E vou demonstrar isso. O que fez Bastos, que é advogado de um dos 38 réus do mensalão? No programa “Ponto a Ponto”, da BandNews, no sábado, afirmou que a imprensa “tomou partido” contra os réus e tenta influenciar os ministros do Supremo com “publicidade opressiva”. Acusou ainda a imprensa de elevar “a um ponto muito forte o mensalão que vai ser julgado, deixando de lado os outros mensalões”. É uma fala indecorosa para o advogado que teve influência importante na indicação de pelo menos 8 dos 11 ministros do Supremo. E isso quer dizer, como vou demonstrar também, que Bastos parece considerar ilegítimo o trabalho da imprensa, mas legítima a pressão que ele próprio está fazendo sobre os ministros.
Note-se, de saída, que o ex-ministro da Justiça, petista de escol, conselheiro de todas as horas de Lula e hoje advogado de Carlinhos Cachoeira, está repetindo as palavras de José Dirceu no encontro da Juventude Socialista. no mesmo sábado. Este monumento moral da política brasileira cobrou que a UNE vá às ruas em sua defesa e em protesto contra o que chamou “monopólio da mídia”. No mesmo evento, lembro à margem, Eduardo Paes (PMDB), prefeito do Rio, “inocentou” a entidade de todas as acusações de malversação de recursos públicos e atribuiu as denúncias — que são, na verdade, evidências — a uma espécie de conspiração dos inimigos, atacando, por óbvio, ainda que de maneira velada, Tribunal de Contas da União, Ministério Público e imprensa. Paes recomendou a Daniel Iliescu, presidente da UNE, “casca grossa” para suportar as injustiças… Pois é! Se a UNE, agora, não puder mais pegar dinheiro público, comprar uísque e apresentar notas frias na prestação de contas, onde é que fica a liberdade dos camaradas, não é mesmo, prefeito?
Eis aí uma das grandes contribuições à cultura democrática dos nove anos de poder petista: a agressão ao trabalho da imprensa independente, a que Bastos adere agora, muito à sua maneira, com a elegância de quem pretende, na aparência ao menos, cultivar ideias que Musil chamaria “magras e severas”, mas que, na essência, remetem aos regimes balofos, de repúblicas bananeiras, pautadas pela impunidade, pela lambança, pelo autoritarismo, pelo mandonismo, pela imposição da vontade dos donos do poder. Cumpre não exagerar no papel de resistência de Bastos durante o Regime Militar. Não foi flagrado em nenhum grande momento de heroísmo, mas se alinhou, sem dúvida com a defesa da democracia quando o regime já dava sinais de fraqueza. Hoje, em pleno regime democrático, nós o flagramos com essa conversinha de cerca-lourenço, que busca pôr em dúvida o papel da imprensa.
“Ah, então a imprensa não pode ser criticada?” Pode, sim! Eu mesmo faço muito isso aqui. Volta e meia, chamo alguém para o debate, para irritação de uns tantos. O confronto de ideias se dá na prática, dado que os veículos de comunicação não comungam de pontos de vista idênticos sobre os mais variados assuntos. Nas universidades, o jornalismo é objeto constante de análise e crítica. Ocorre que não é isso que Bastos está fazendo — nem lhe caberia mesmo esse papel, já que ele é, sob muitos aspectos, parte interessada no assunto. Lembremo-nos que foi da sua cabeça de criminalista que saiu a principal tese de defesa do governo: o mensalão teria sido apenas caixa dois de campanha. Ora, meus caros, não é por acaso que Lula nomeou para a Justiça não um advogado constitucionalista, mas um advogado… criminalista! Na impossibilidade de declarar a plena inocência de seus clientes, sua estratégia de sempre é a chamada redução de danos: “Cometeu um crime, sim, mas não esse que dizem, outro”. Ou ainda: “Cometeu o crime, sim, mas é preciso ver que as circunstâncias…” Um constitucionalista tende a lidar com essencialidades; um criminalista é, antes de tudo, um pragmático. Num governo petista, saber lidar de modo pragmático com ações criminosas é uma exigência profissional.
Intimidação
Bastos está tentando intimidar o trabalho da imprensa e do Supremo. Como é mesmo? “O diabo sabe porque é velho, não porque é sábio…” O advogado é experiente o bastante para saber que sua fala ganharia visibilidade — abre hoje uma página de política da Folha, por exemplo. O objetivo é despertar nas redações uma exigência ética, a saber: garantir aos mensaleiros o direito ao “outro lado”, como se cada reportagem que se fez e se faz a respeito desde 2005 não comportasse a versão dos acusados. Cria-se uma acusação falsa — a do suposto linchamento — para tentar induzir um resposta que transforme aqueles episódios numa guerra de versões.
Muitos farão gostosamente o que Bastos quer. Outros, inocentes ou tontos, cairão no truque de maneira miserável, a ponto de descaracterizar o tal “outro lado”. Atenção! Ouvir as explicações das personagens envolvidas numa notícia não muda a natureza dos fatos. Aproveito aqui para chamar a atenção de vocês, desde já, para uma questão relevante: AINDA QUE OS 38 ACUSADOS VENHAM A SER ABSOLVIDOS DAS ACUSAÇÕES CRIMINAIS — E NÃO COLOQUEM ISSO NA CONTA DAS COISAS IMPOSSÍVEIS, PORQUE NÃO É — ISSO NÃO SIGNIFICARÁ QUE AQUILO A QUE SE CHAMOU MENSALÃO NUNCA TERÁ EXISTIDO. O delírio de Lula, Dirceu e, suponho, Bastos é este: inocentados todos, então tudo aquilo terá sido uma farsa. A eventual absolvição terá o condão de fazer sumir da história as lambanças com dinheiro de Delúbio Soares e Marcos Valério, os saques da boca do caixa nos bancos Rural e BMG, o pagamento feito a Duda Mendonça no exterior, o uso de dinheiro público em benefício do partido? Digamos que a maioria dos ministros do Supremo conclua que toda aquela safadeza se fez sem o conhecimento de Delúbio Soares (o tesoureiro), José Genoino (o presidente do partido) e José Dirceu (então chefe inconteste do PT). Isso a que chamarão “inocência” fará sumir aqueles fatos no ralo da história? A propósito: o STF livrou a cara de Antônio Palocci no episódio da quebra do sigilo do caseiro Francenildo. ALGUÉM OUSARÁ NEGAR, POR ACASO, QUE O SIGILO TENHA SIDO EFETIVAMENTE QUEBRADO? Acho que não…
Cinismo
A acusação de Bastos, ecoando a de Dirceu, tem, ademais, um aspecto de escandaloso cinismo. Como nunca antes na história destepaiz, o dinheiro público — da administração direta e das estatais — financia blogs, sites e revistas cuja tarefa é agredir o Supremo, a Procuradoria-Geral da República, a oposição e a imprensa independente. E se trata de uma ação que não encontra limite nem no crime: a difamação é empalidecida pela injúria, e ambas perdem para a calúnia. Não existe nada parecido em nenhum estado democrático do mundo. E, nesses veículos, à diferença do que se vê na imprensa criticada por Bastos, não existe espaço para o contraditório. O que se faz é o proselitismo mais descarado, mais abjeto, mais servil. ATENÇÃO! Não se trata de uma visão alternativa àquela da chamada grande imprensa. Trata-se do uso do dinheiro público para fazer a defesa de um partido. A maior parte da receita das empresas jornalísticas tem origem no setor privado. Aquela gente faz outra coisa: apropria-se de recursos públicos — que a todos pertencem, petistas e não-petistas — para defender… petistas! Que o Ministério Público jamais tenha se interessado por isso, eis um fato por si mesmo escandaloso.
Bastos é que pressiona o Supremo!
Ao citar o caso Nardoni como exemplo de julgamento injusto (não vou entrar no mérito, ou este texto não tem fim), Bastos foi indagado se o mesmo poderia ocorrer com o mensalão. Respondeu: “Não estou querendo dizer, mas tenho medo que ocorra. Será possível fazer um julgamento com uma publicidade opressiva em cima?” Advogado hábil, no entanto, ele resolveu dar um voto de confiança aos ministros do Supremo — ajudou a escolher 8 dos 11: disse acreditar que essa pressão da imprensa chegará ao tribunal “muito esbatida “.
Huuummm…
Como gosto de escrever aqui (e com elas ganho a vida), “as palavras fazem sentido”. Advogado de defesa de um dos réus, ele, obviamente, considera que o tribunal agirá certo se absolver o seu cliente (e, suponho, os demais). Ocorre que Bastos vê uma “publicidade opressiva” da imprensa e enxerga o risco de que isso influencie o Supremo. Ora, essa influência que ele vê como nefasta só acontecerá, então, se os ministros condenarem os réus, certo? Mas ele é generoso, sabem? Acha que os membros da corte saberão resistir, experientes que são, de modo que a pressão chegará já “esbatida”, fraquinha, atenuada. Entendi. Bastos está dizendo, num exercício elementar de lógica, que os ministros só provarão a sua independência se absolverem os réus. Caso os condenem, então terá sido um sinal de que se deixaram pautar por esta imprensa maligna.
Ora, meus caros, por que, então, não podemos fazer, com igual — na verdade, com muito mais — legitimidade o mesmo raciocínio, mas com conclusão diametralmente oposta? “Se os ministros realmente forem independentes, não se deixarão influenciar por gente como Bastos e vão condenar os réus”. E por que digo que, no nosso caso, o raciocínio é mais legítimo? Por dois motivos:
a) sejam os réus absolvidos ou condenados, o conjunto de crimes a que se chamou mensalão existiu, é fato documentado, inequívoco. Como são atos criminosos, o natural é que haja culpados e que eles sejam punidos;
b) não há um só ministro da corte que deva qualquer coisa à imprensa — e, portanto, não teriam de compensá-la com nada. Com Bastos, é diferente. Sabe-se que ele foi voz influente na indicação de pelo menos oito membros da corte.
Atenção! As palavras fazem sentido! Não estou assumindo esse ponto de vista. Estou apenas demonstrando que, se o tema é independência dos ministros do Supremo — e foi Bastos quem escolheu esse campo argumentativo —, mais ele do que a imprensa ou a sociedade detém instrumentos de pressão. A imprensa que se preza tomou partido, sim, senhor Márcio Thomaz Bastos! O mesmo partido da esmagadora maioria dos brasileiros decentes: o fim da impunidade. Não lhe parece bom?
Afirmei que esse advogado lutou pela democracia na ditadura e agora luta pela ditadura na democracia. Exagero? Não! Ao criticar de maneira leviana o trabalho da imprensa, está engrossando o coro daqueles que querem subordinar  o jornalismo independente aos interesses de um partido político. O petismo lutou para criar meios formais de controlar e censurar a imprensa — ainda se esforça por isso. Como seu intento não prospera, investe, de forma malsucedida, na tentativa de criar um clamor público conta a liberdade de pensamento.
E Márcio Thomaz Bastos, agora, se alinha com eles. Porque, afinal, é um deles. 
Texto originalmente publicado às 6h11
Por Reinaldo Azevedo
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Greve de servidores federais deve se intensificar amanhã

A greve que já abrange 51 instituições federais de ensino deve ganhar novos adeptos a partir de segunda-feira. Conforme a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que reúne 37 sindicatos em todo o País, amanhã entrarão em greve os trabalhadores técnico-administrativos em educação nas universidades federais e os funcionários federais do setor de geografia e estatística. Na quarta-feira, será a vez dos servidores do Judiciário Federal, do Ministério Público da União e dos servidores federais da educação básica, profissional e tecnológica.
A greve dos professores das universidades federais, que puxou a mobilização das outras categorias, completou mais de 20 dias e não tem data para terminar. Segundo a Condsef, a greve geral dos servidores federais deve começar em 18 de junho. Os profissionais reivindicam reajuste salarial, recebimento de gratificações e reestruturação de carreiras, entre outras demandas. As informações são da Agência Brasil.
DO MSN-ESTADÃO