PAZ AMOR E VIDA NA TERRA
" De tanto ver triunfar as nulidades,
De tanto ver crescer as injustiças,
De tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus, o homem chega
a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
[Ruy Barbosa]
Segundo
o site Diário do Poder, o impeachment da Dilma voltou com toda a força
no Congresso Nacional. Até mesmo o senador socialista ex-ministro da governanta, Fernando Bezerra (PSB-PE) pediu agilidade na votação das contas do governo Dilma
de 2014, rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo
com o parlamentar, o Congresso tem que deliberar sobre as contas até o
final do ano, pois só assim o impeachment da presidente Dilma Rousseff
poderá ser debatido "aberta e constitucionalmente".
Historicamente
ligado ao PT, o senador - que foi ministro da Integração Nacional no
primeiro governo Dilma - criticou a paralisia do governo e disse não
acreditar que isso seja "suficiente para recuperar o País", mas o debate
é necessário para reunir esforços e tirar o Brasil da "trajetória de
mais um ano de retrocesso e estagnação econômica”.
Nesta
mesma linha, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, segundo o
Diário do Poder, também foi incisivo ao afirmar que o impeachment deverá
entrar na pauta ainda neste ano. Tanto é que negou nesta quinta-feira
(19) que tenha dito a aliados que a decisão dos pedidos de impeachment
da presidente Dilma ficará para 2016. Em entrevista coletiva nesta
tarde, o peemedebista afirmou que despachará ainda este ano os pedidos
de saída da petista protocolados na Casa. Do site Diário do Poder - DO ALUIZIOAMORIM
Depois
de ser alvo de uma rebelião iniciada por deputados de oposição, o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez um aceno aos
opositores de Dilma Rousseff e anunciou nesta quinta-feira que "com
certeza absoluta" dará uma resposta aos pedidos de impeachment da
petista ainda neste ano.
A declaração foi dada uma semana depois que o PSDB rompeu com Eduardo
Cunha e passou a tomar frente da pressão pelo afastamento dele do
comando da Casa. Alegando, oficialmente, não estarem convencidos sobre
as explicações dadas pelo peemedebista acerca das denúncias de
envolvimento no escândalo de corrupção da Petrobras, os tucanos romperam
com Cunha motivados também pela irritação com a demora sobre o
posicionamento acerca do impeachment de Dilma.
Acusado pela Procuradoria-Geral da República de envolvimento no
petrolão e alvo de um processo que pode resultar em sua cassação, Cunha
vinha negociando com governo e oposição para se manter no cargo - como
presidente da Casa, ele tem a prerrogativa de decidir sozinho sobre o
andamento dos pedidos de impeachment. Ao passo que a oposição rompeu com
o peemedebista, as negociações de Cunha com o Planalto esquentaram.
Ao negar as especulações de que a decisão ficaria somente para 2016,
ele foi taxativo: "Eu não falei isso para ninguém. Com certeza absoluta
será decidido neste ano. Não tem nada que ficar para 2016, tanto que
essa semana eu decidi quatro [pedidos], e decido mais provavelmente hoje
ou segunda. Não há nenhuma mudança em relação a isso", disse.
Nesta quinta-feira, o peemedebista foi vaiado em plenário por
deputados que condenaram as manobras de seus aliados para barrar os
trabalhos no Conselho de Ética, que o investiga. Aos gritos de
"vergonha" e "Fora, Cunha", a sessão acabou esvaziada e foi concluída
sem a votação de uma medida provisória. O presidente da Câmara, ao
comentar o episódio, atacou o PT: "Os meus adversários querem, aos
gritos, tentar obter depois da eleição aquilo que não obtiveram. Tem uns
do PT que afirmam que tentam o golpe contra eles, mas tentam dar o
mesmo golpe", disse.
Sobre o episódio, Cunha afirmou que a "Casa não vai ser conduzida
debaixo de grito" e que declarou que há uma "série de irregularidades"
em seu processo que podem ser alvo de recursos no próprio âmbito
legislativo ou no Supremo Tribunal Federal. "Houve violações regimentais
e cerceamento de defesa", disse, repetindo críticas sobre o relator do
processo no Conselho de Ética, Fausto Pinato (PRB-SP), e a condução dos
trabalhos no Conselho de Ética. "Para mim, a decisão do plenário é
absolutamente irrelevante. Tudo que iria acontecer ou deixaria de
acontecer seria facilmente derrubado pelas aberrações que foram feitas
desde o início da manhã", continuou. Cunha negou ter ficado constrangido
nesta quinta-feira e creditou o episódio a um "processo político"
comandado por opositores. "Já estou vivenciando esse processo há um
tempo e nada disso vai mudar meu comportamento", afirmou.DA VEJA