quinta-feira, 19 de maio de 2011

O tamanho do estrago



BRASÍLIA - Uma brincadeira recorrente em Brasília é que o ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, é "o garçom" do governo -só anota o pedido. Quem assa, frita, põe sal, adiciona pimenta e serve -ou não- é Antonio Palocci, que nasceu para ser poderoso e viver metido em confusões.
Basta refletir sobre a metáfora do garçom e do "chef" para ver o quanto a política e a administração estão centradas em Palocci. E, daí, avaliar o impacto do escândalo.
É inegável que a descoberta do "boom" imobiliário do chefe da Casa Civil pega o governo Dilma. Encerra abruptamente a lua de mel antes de concluído o primeiro semestre e abre uma fase de incertezas e enorme perda de energia.
Na política, nunca é bom ter de ficar explicando o inexplicável e abre-se um flanco perigoso no Congresso -apesar do bom-mocismo de Serra, derrotado em 2010, e Aécio, a promessa para 2014.
Na administração: Dilma se gaba, até com razão, de ser uma boa executiva, mas toda a engrenagem burocrática passa pela Casa Civil, que ela já ocupou. Pode-se imaginar como anda o ambiente por lá.
Com a exposição negativa e com Palocci ocupado demais em salvar a própria cabeça, o principal risco para o governo é comprometer a rotina, o andamento e as decisões de vários ou de todos os setores.
Por enquanto, Dilma convive com a empresa misteriosa, o vertiginoso aumento do patrimônio do homem-chave de sua equipe e o desgaste. Palocci vai ficando. Mas é preciso traçar cenários e combinar com os adversários.
Se o Congresso está imobilizado pela maioria governista e os órgãos públicos de investigação fingem que não é com eles, isso não vale para a... imprensa. As reações de Dilma e o destino de Palocci dependem do que ainda for publicado.
A principal dúvida é se a "Projeto" e o apartamento de quase R$ 7 milhões são o escândalo em si ou só a primeira onda de uma tsunami.
FOLHA DE SÃOA PAULO
19/05/2011

Pobres pagam mais impostos que ricos, aponta Ipea

As famílias mais pobres são as que pagam mais impostos, segundo estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
De acordo com a pesquisa, 32% da renda dos mais pobres é convertida em pagamento de tributos. Desses, 28% são em impostos indiretos, como ICMS, IPI e PIS/COFINS e 4% diretos, como Imposto de Renda, IPTU e IPVA.
Já os que ganham mais, pagam 21% de impostos do total de sua renda. Desse total, 10% são em tributos indiretos e 11% em tributos diretos.
"Os pobres tem uma carga muito alta sobre a sua renda. Na hora de distribuir nós estamos dando mais ricos. Nós continuamos injustos demais.", alertou o técnico em planejamento do Ipea, Fernando Gaiger Silveira.
O técnico do instituto disse que para que o problema seja solucionado, é preciso ter uma redução nos impostos indiretos e um aumento na carga tributaria direta. Para ele, impostos como o IPTU e IPVA devem ser ampliados, pois são as pessoas que tem a maior renda que pagam.
"O que a gente tem que fazer é subir a tributação direta, como IPTU e IPVA. Sobre IPTU, os municípios têm a obrigação de atualizar suas plantas de valores", disse.
ANA CAROLINA OLIVEIRA
DE BRASÍLIA DA FOLHA

10 motivos para suspeitar de Palocci.


1. Ele escondeu a sua atividade paralela, exercida quando era deputado federal, com acesso a dados sigilosos na Comissão que presidia na Câmara.

2. Ele não revela os serviços que prestava na sua consultoria.

3.Ele não revela os clientes que atendia.

4. Ele teve restituição de imposto de renda  na pessoa física em 2007 e 2008, mesmo com renda como deputado acima de R$ 200 mil, acrescida de ganhos como consultor.

5. Ele mudou o ramo da empresa de consultoria para empresa do ramo imobiliário para administrar única e exclusivamente dois imóveis.

6. Ele manteve a empresa funcionando, o que pressupõe que deva continuar operando, mesmo enquanto ministro.

7. Ele tem antecedentes de usar a máquina pública em seu benefício.

8. Ele foi defendido pelo Michel Temer.

9. Ele foi defendido pelo Gilberto Carvalho.

10. Ele é petista. 
DO VOTURNO NOTURNO

Francenildo sobre Palocci: “Por que ele não explicou de onde veio o dinheiro? Eu tive que explicar”

Investigação

Pivô da queda do então ministro da Fazenda, ele diz que filhos são seu patrimônio; depois de ter sigilo bancário violado, único bem é um lote no Piauí

Mirella D'Elia
 
Francenildo Santos Costa na sua casa em São Sebastião (DF)
Francenildo Santos Costa na sua casa em São Sebastião (DF) - Cristiano Mariz

Assim que pisou em casa, na quente manhã desta quinta-feira, Francenildo dos Santos Costa, de 28 anos, correu para pegar no colo a pequena Amanda, 3 meses. “Meu patrimônio são meus filhos, eles são a minha riqueza”, diz, semblante de felicidade, referindo-se, também ao mais velho, Thiago, de 11 anos. Fora a chegada da caçula, pouca coisa mudou desde que o então caseiro teve o sigilo bancário quebrado ilegalmente, em 2006. O episódio derrubou Antonio Palocci do Ministério da Fazenda, no governo Lula.
Enquanto Palocci multiplicou por 20 seu patrimônio em quatro anos, o piauiense diz ter como único bem - além dos filhos - um lote na cidade de Nazário, a 25 quilômetros de Teresina, onde nasceu. O terreno, comprado por 2.500 reais, hoje vale cerca de 8.000. Cinco anos depois, Francenildo continua morando de aluguel em São Sebastião, a cerca de 30 quilômetros do Congresso Nacional. Caseiro não é há tempos. Vive de bicos como jardineiro e ganha pouco mais de 1.000 reais por mês. Diz que parou de pagar 60 reais por mês ao INSS para comprar fraldas.
“Por que ele não explicou de onde veio o dinheiro? Na minha época eu tive que explicar”, disse ao site de VEJA, indagado sobre o que achava do salto patrimonial do ministro da Casa Civil.
Francenildo refere-se ao dia 17 de março de 2006, quando teve sua conta na Caixa Econômica Federal (CEF) violada um dia depois de ter dito, em depoimento à CPI dos Bingos, que vira Palocci na casa no Lago Sul, área nobre de Brasília, frequentada por lobistas da chamada "república de Ribeirão". À imprensa, teve de dar explicações sobre os 38.860 reais que recebera.
A suspeita é que seria dinheiro dado a ele para falar mal do então ministro da Fazenda, um dos mais influentes da Esplanada dos Ministérios. Mas o que todo o país soube naquele dia é que Francenildo é filho bastardo do empresário Eurípedes Soares. E que, recusando-se a registrá-lo como filho, acertou com ele a entrega de 30.000. Uma espécie de prêmio de consolação. “Eu fiquei arrasado”, diz.
Para ele, Palocci também deveria dizer o que fez para passar dos 375.000 declarados em 2006 para os 7 milhões em 2010, enquanto exerceu o mandato de deputado federal. “O cara que não dá explicação de onde veio o dinheiro é porque o dinheiro é suspeito”, afirma. “Será que o Coaf vai agir tão rápido dessa vez?”, indaga, em alusão ao pedido da oposição para que os ganhos do petista sejam investigados.
Em sua defesa, o ministro da Casa Civil afirma que o aumento de patrimônio deve-se às atividades de sua consultoria – o que, isoladamente, de acordo com o procurador- geral da República, Roberto Gurgel, pode até configurar desvio ético, mas não é crime.
Batalha judicial - Em meio à confusão, Francenildo chegou a ser abandonado pela mulher, a maranhense Joelma, e teve que mudar de casa. Os dois reataram e tiveram a pequena Amanda. Ainda hoje, reservado, ele só concordou em receber o site de VEJA e se deixar fotografar em casa sob a condição de preservar a família. E o endereço.
Depois de sofrer uma derrota no Supremo Tribunal Federal (STF), que inocentou Palocci e não abriu processo criminal contra ele por causa do episódio da quebra de sigilo, Francenildo trava outra batalha judicial. No ano passado, a Justiça Federal mandou a Caixa pagar a ele indenização de meio milhão de reais. O banco recorreu, pedindo para diminuir o valor. A defesa de Francenildo também recorreu. Solicita que seja pago o valor pleiteado inicialmente, de 17 milhões. O valor que ultrapassar os 500.000 estipulados pela Justiça seria doado a instituições de caridade. “Sendo otimista, acho que ele vai receber esse dinheiro em cinco anos”, diz o advogado Wlicio Chaveiro Nascimento, que cuida do caso desde 2006.
Enquanto o dinheiro não sai, o ex-caseiro mantém a rotina. Sai de casa às 6h30, pega o ônibus até o Lago Sul, trabalha, volta para casa às 18 horas, cata os livros e vai para a escola. Ainda sonha em comprar uma casa para ele, a mulher e os filhos e outra, no Piauí, para a mãe. Está terminando o ensino fundamental, mas não sabe se vai fazer faculdade. “Tem que ter dinheiro”, diz. Nas ruas de Brasília, ainda é chamado de “o caseiro do Palocci”. Toda vez que ouve o rumor, ignora e segue adiante.
FONTE: REVISTA VEJA

Jean Wyllys, o deputado BBB, a Natalie Lamour da Câmara, acusa o povo brasileiro de ignorante

Jean Wyllys é deputado federal pelo PSOL. É aquele rapaz que  venceu uma das edições do Big Brother Brasil. E qual foi a sua arma, então? Declarar-se gay e acusar de homofóbico um grupo de concorrentes. Resultado: fez fama, fortuna e se elegeu para a Câmara. É professor universitário. Sua especialidade? Não sei. A exemplo de Natalie Lamour, a personagem de Deborah Secco na novela “Insensato Coração”, a celebridade de segunda linha tinha vôos maiores. Sua desculpa para participar do reality show é que fazia uma pesquisa… Vejam este vídeo —  e não adianta tentarem tirar do ar porque já fiz cópia. Se o fizerem, publico de novo.  

É isto:  um povo ignorante o bastante para dar a vitória a Wyllys no BBB e para elegê-lo deputado não pode, segundo ele próprio, decidir certos temas em plebiscito.
Wyllys é como é Groucho Marx: despreza o clube que o aceita como sócio. E acha que o povo não sabe votar. Faz sentido…
Por Reinaldo Azevedo

OS 'OS CHURRASQUEIROS DIFERENCIADOS' DA USP


Um estudante foi assassinado por um bandido dentro do campus da USP nesta quarta-feira. Para refrescar a memória acima a foto de uma manifestação dos estudantes dessa universidade em 2009 contra a presença da Polícia Militar dentro do campus. Reparem que um dos cartazes ataca o então governador José Serra.
Durante a campanha eleitoral Serra defendeu rigor na segurança pública e foi ironizado e ridicularizado não apenas pelos estudantes da USP, mas sobretudo pelos jornalistas irresponsáveis da grande imprensa brasileira, todos militantes do PT.
Repito: o Brasil é um país habitado pelo povo mais idiota do planeta. No entanto qualificam os idiotas como 'diferenciados'.
Esses estudantes da USP que protestam contra a presença das forças de segurança dentro do campus são, com toda a certeza, os mesmos que promovem 'churrascões diferenciados' contra a lei e a ordem. 
O resultado está aí!
DO BLOG ALUIZIO AMORIM

A BANDALHEIRA DO PETRALHA PALOF!I








Mais um MEGA escandalos do PT, o ministro de Lula e da Dilma ,Antonio Palofi com sua carinha de rapariga zonza, aumenta de forma assombrosa seu patrimônio em mais de 20 (vinte) vezes!!! Denuncia vinda do “fogo amigo” do Pt de SP que odeia Palofi e Dilma..,Não é novidade, um gang com tantos delinqüentes egoístas jamais haverá união e lealdade, bandidos se traem entre sí pelo mesmo motivo: a repartição do roubo!
Palofi pagou a bagatela de 6 milhões de reais a vista! por apartamento em São Paulo! E 870 mil por uma salinha de poucos metros quadrados.. ora, ora se o cara de rapariga tem dinheiro para torrar assim quase 7 milhões imagine o que esse gangster não tem escondido por aí???
Como arrecadador de dinheiro de empresários para a campanha da Dilma o que esse cara pegou em dinheiro não esta escrito!Sem controle , sem fiscalização.. e vem com um desculpa amarela dizendo que tudo é fruto da sua empresinha de consultoria... KKKKKKKKKKKKKKKKK!É risível ao extremo! Pior é ver Dilma e outras bestas humanas sair em defesa cerrada do Palofi, dizendo que o caso já esta tudo “encerrado” (mal acabou de ser divulgado na mídia) è a bandalheira petralha em ação! Se unem para ABAFAR imediatamente o ESCANDALO! Como a grita esta cada vez mais alta, manda o pau mandado do PGR dizer “ que vai investigar...” vai porra nenhuma! A investigação não passa dessa declaração a imprensa e pronto! Depois os petralhas botocudos apelam para atacar o PSDB dizendo que Malan. Árida,Mailson e até o recente ex- chefe do banco central Henrique Meireles também tinha ficado “ricos da mesma maneira”. Que defesa de ladrãozinhos pé de chinelo! Aqueles que quando são presos entregam logo os comparsas...

Esta claro que a Dilma é uma marionete mesmo, faz o que a gang superior determina, se fosse independente mandava esse sujeito para fora e mandava A receita investigar pois este escândalo esta sendo emblemático. È a CORRUPÇÃO e a BANDALHEIRA do PT agora com a chancela da Dilmamarionete

SO BLOG ALARICO TROMBETA

Vaccarezza avacalha o Legislativo.

Cândido Vaccareza(PT-SP), líder da Dilma na Câmara, nem bem assinou um acordo para a votação do Código Florestal e já quer subir no salto. Não tem moral e nem poder para isso. Agora ameaça que Dilma Rousseff vai vetar mudanças que sejam feitas pela maioria, no voto. E impõe o que não pode, depois de mostrar ao Brasil inteiro que não lidera coisa nenhuma. Está na hora da Dilma melhorar a sua interlocução na Câmara. Vaccareza somente avacalha o Lesgilativo, rasgando acordos e negando a palavra empenhada.
Má fé.

Da coluna do Merval Pereira, em O Globo:

A melhor defesa que o governo encontrou foi repetir a estratégia utilizada no escândalo do mensalão, quando, a partir do próprio presidente Lula, que se dissera traído por seus aliados, passou a defender a tese de que se tratava apenas do uso de caixa dois, prática comum na política brasileira.Também agora, na nota oficial, o ministro Palocci elencou vários ex-ministros e ex-assessores de governos anteriores para justificar suas atividades particulares, que não são proibidas por lei, mas evocam claros conflitos de interesses, que só poderiam ser descartados caso fossem reveladas as empresas que contrataram os serviços do deputado federal petista ex-ministro da Fazenda.

A senadora Marta Suplicy, por exemplo, lembrou até mesmo a situação dos ex-presidentes Lula e Fernando Henrique, que teriam enriquecido depois de deixar o governo com palestras regiamente pagas.A diferença é que nenhum dos dois prestou consultorias. E mesmo entre os dois há situações diferentes: Fernando Henrique está fora do governo há nove anos, e qualquer empresa que tenha contratado seus préstimos não poderia estar pretendendo benesses governamentais, já que o PT está no comando do país, e FH não é exatamente o político mais próximo dos petistas há algum tempo.

Mesmo o ex-ministro Mailson da Nóbrega abriu sua consultoria quando estava no poder Fernando Collor, que fez uma campanha ferrenha contra o governo Sarney, de quem Mailson foi ministro da Fazenda.Os também citados economistas André Lara Resende e Pérsio Arida, que foram presidentes do Banco Central e do BNDES, eram prestigiados economistas do grupo Unibanco antes de irem para o governo.Voltaram para seu mercado de origem e nunca mais tiveram cargos em governos. Eles mais o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan prestaram serviços dentro de sua área de experiência e nunca exerceram cargos legislativos.No caso de Palocci, há ainda um agravante: sua empresa de consultoria permaneceu em atividade durante o ano de 2010, quando ele era o coordenador da campanha que levou Dilma Rousseff à Presidência da República.
Caça ao Palocci.

O governo conseguiu impedir uma nova votação para convocar o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara. Ontem, três pedidos de convocação, encaminhados também pela oposição, foram derrubados.O presidente da comissão, deputado Mendonça Prado (DEM-SE), decidiu cancelar a reunião após avaliar que a base governista se articulou para evitar o quorum, o que impossibilitaria a votação.Leia mais aqui.
DO B. DO CEL

Comparato: Consultorias de Palocci violam espírito da Constituição

Claudio Leal

A legalidade das consultorias financeiras do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, no exercício de seu mandato de deputado federal (2006/2010), é questionada pelo jurista e professor emérito de Direito da USP, Fábio Konder Comparato. Ex-ministro da Fazenda do governo Lula, Palocci multiplicou por 20 seu patrimônio e adquiriu um apartamento de R$6,6 milhões, em São Paulo. Comparato afirma que a prática "é incompatível com o espírito da Constituição".
- Não é propriamente uma violação literal do artigo (54), é uma violação do espírito da Constituição. O parlamentar deve viver exclusivamente dos seus subsídios - interpreta o jurista, um dos advogados do processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor.
Nesta quarta-feira, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, argumentou que não há elementos jurídicos para incriminar Palocci. "A prestação de consultoria pode ser reprovável em aspectos éticos, mas, em princípio, não constitui crime e, se não constitui crime, não justifica a atuação do Ministério Público", declarou Gurgel.
Numa nota de esclarecimento a líderes partidários, o petista alegou que "no mercado de capitais e em outros setores, a passagem por Ministério da Fazenda, BNDES ou Banco Central proporciona uma experiência única que dá enorme valor a estes profissionais mo mercado". Palocci citou os exemplos de Pedro Malan, Alcides Tápias, Armínio Fraga, Mailson da Nóbrega, Pérsio Arida, André Lara Rezende e Henrique Meirelles.
"Isso não justifica as irregularidades presentes", critica Fábio Konder Comparato.
Terra Magazine - Como o senhor avalia, de acordo com a Constituição, a prática de consultoria econômico-financeira por Antonio Palocci, no exercício do mandato de deputado federal? Em sua defesa, ele afirmou que 273 deputados e senadores mantêm empresas semelhantes. Fábio Konder Comparato - Eu acho que, em princípio, é incompatível com o espírito da Constituição. O que se procura é criar uma pessoa jurídica para que se possa receber valores patrimoniais que são destinados, obviamente, às pessoas dos parlamentares.
O senhor se ampara no artigo 54, da Constituição? Não é propriamente uma violação literal do artigo, é uma violação do espírito da Constituição. O parlamentar deve viver exclusivamente dos seus subsídios.
O ministro Palocci, ao prestar esclarecimentos a deputados e senadores, lembrou que outros ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central e do BNDES se utilizaram do mesmo procedimento e abriram empresas de consultoria. O que o senhor pensa disso? E daí? Se outras pessoas, no exercício das funções, cometeram irregularidades, isso não justifica as irregularidades presentes.
Como o Congresso deveria se portar nesse episódio? O Congresso não vai se portar de jeito nenhum. O Congresso não se importa, na verdade. Eles (os congressistas) não consideram falta de ética. O que é preciso, justamente, é uma opinião pública que proteste, através dos meios de comunicação de massa.
FONTE TERRA MAGAZINE

Preço de arenas da Copa-2014 salta 56% em 2 anos

MARIANA BASTOS
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO
Desde que foram escolhidas as sedes da Copa do Mundo de 2014 pela Fifa, as cidades brasileiras aumentaram em 56% os orçamentos dos estádios, atrasaram obras, ou nem as iniciaram, e esticaram prazos.
editoria de Arte/Folhapress
Levantamento da Folha mostra que, hoje, a estimativa de custo é de R$ 6,8 bilhões para as 12 arenas.
No final de maio de 2009, na definição das sedes, os projetos somavam R$ 4,345 bilhões --incluindo estimativas de Paraná e Minas Gerais, feitas um pouco depois. Neste período, a inflação foi de 13,8%, pelo IGP-M.
Os maiores aumentos são nas sedes indicadas para abertura e final do Mundial: São Paulo e Rio de Janeiro.
O projeto inicial do São Paulo era reformar o Morumbi com R$ 136 milhões.
O projeto foi encarecido pela Fifa e depois descartado.
Foi trocado pela arena de Itaquera, do Corinthians.
De novo, a proposta inicial foi inflada e atingiu R$ 1,070 bilhão na semana passada.
O Maracanã mais do que dobrou de valor e também se aproximou do bilhão.
Exigências da Fifa e problemas estruturais não previstos nos projetos iniciais foram os principais fatores para o encarecimento das arenas.
As máquinas nos canteiros de obras, no entanto, não acompanham a velocidade das calculadoras.
Três cidades ainda não começaram as atividades de seus estádios: Natal, São Paulo e Curitiba.
"A empresa que ganhou a licitação tem dois meses para se preparar legalmente para iniciar as obras. Eles assinaram o contrato em abril, então é normal que a construção comece em junho. Não há atraso", afirmou João Fernandes, chefe de gabinete da Secretaria para a Copa de 2014 no Rio Grande do Norte.
Só que o prazo para a conclusão da Arena das Dunas foi aumentado em um ano --de dezembro do ano que vem para o final de 2013.
Em Cuiabá, admite-se atraso de três meses nas obras.
"Criamos medidas para mitigar esse atraso e vamos entregar no prazo (2012)", contou Carlos Brito, da Agência da Copa de MT.
Há a possibilidade de trabalhar em três turnos.
O prazo final seria dezembro de 2012.
Assim, a Fifa pediria retoques e o estádio estaria pronto em abril de 2013.
Mas a entidade será flexível com o Maracanã, que terá de refazer a sua cobertura.
A maioria dos atrasos, porém, é porque quase nenhum estádio começou obras no início de 2010, data prevista.
A burocracia estatal e suspeitas de irregularidades foram entraves. Nada que parasse as calculadoras.
Colaboraram NELSON BARROS NETO e ADRIANO WILKSON, de São Paulo

Tucanos cogitam ida de Serra para comandar ITV


Articulações para composição da Executiva do PSDB retomam ideia de ex-governador presidir Instituto Teotônio Vilela
Em dois encontros na noite desta terça-feira, 17, os tucanos discutiram nova proposta para a composição da Executiva nacional, que será eleita no próximo dia 28. Foi resgatada a ideia de indicar o ex-governador José Serra para o Instituto Teotônio Vilela (ITV), núcleo de estudos e pesquisas do partido, como forma de prestigiar o candidato derrotado do PSDB à Presidência em 2010.
O grupo de aliados do ex-governador paulista também colocou nas conversas com os demais tucanos que quer indicar a secretaria-geral do partido, posto que hoje está com o deputado Rodrigo de Castro (MG), próximo ao senador Aécio Neves.
Em encontro promovido pelo deputado Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), parlamentares próximos a Serra discutiram a proposta com aliados de Aécio, que defendem, no entanto, a recondução de Rodrigo de Castro e a indicação do ex-senador Tasso Jereissati (CE) para presidência do ITV. Depois do encontro, do qual participaram deputados baianos e um paulista, ligados a Serra, e um mineiro, parte do grupo seguiu para o aniversário do líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP). O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), que deve ser reconduzido ao cargo, Aécio e o senador paulista Aloysio Nunes Ferreira encontraram-se no apartamento do tucano, onde as conversas continuaram.
Nos últimos dias, os tucanos promovido reuniões para discutir a composição da Executiva, principal órgão da direção partidária. Aliados de Serra querem que haja uma reformulação no órgão por avaliar que o grupo do ex-governador tem pouca representatividade na atual direção.
Na noite desta quarta-feira, 18, Tasso Jereissati reuniu-se com a cúpula tucana no gabinete de Aécio. Um dirigente do partido informou ao Estado que o assunto em pauta era a presidência do Instituto Teotônio Vilela.
Fonte: Julia Duailibi - O Estado de S. Paulo/ COLABOROU CHRISTIANE SAMARCO
DO BLOG DO WELBI

Ministério da Desigualdade

maio 19, 2011

Autor: Rolf Kuntz

O nome oficial é Ministério da Educação, mas podem chamá-lo Ministério da Desigualdade. Ministério da Incompetência também serve: a palavra tanto se aplica à atuação de seus dirigentes quanto se aplicará à condição das vítimas do padrão educacional proposto no livro “Por Uma Vida Melhor”, comprado e distribuído pelo governo. A presidente Dilma Rousseff prometeu trabalhar pela redução da miséria. Se quiser fazê-lo, terá de cuidar da qualificação de milhões de brasileiros para o trabalho. Mais que isso, terá de promover sua preparação para trabalhar numa economia cada vez mais complexa e exposta à competição internacional. Tratar os pobres como coitadinhos e incapazes conduzirá ao resultado oposto. Se há preconceito, não é de quem considera errada a violação da gramática. Preconceituoso e elitista é quem condena o pobre a uma instrução de baixa qualidade e ainda o aconselha a contentar-se com isso.
Os problemas de formação profissional e o mau desempenho dos alunos brasileiros em testes de avaliação foram apontados com suficiente clareza em artigo de Carlos Alberto Sardenberg, publicado anteontem neste caderno. Concorrentes do Brasil, incluída a China, estão empenhados em oferecer uma educação muito melhor a seus estudantes. Em vez de tratar os pobres como inferiores, autoridades educacionais desses países cuidam de prepará-los para se igualar aos melhores do mundo.
Não é preciso insistir nesse ponto. Mas é indispensável chamar a atenção para a concorrência em outro nível. No Brasil, quem tem bom senso e condição econômica tenta oferecer aos filhos a melhor educação possível. Pais instruídos procuram boas escolas e valorizam aquelas conhecidas pelo alto padrão de exigência. Rejeitam a ideia do diploma conquistado pelo caminho fácil. Além disso, estimulam os filhos a frequentar cursos de línguas e a envolver-se em atividades intelectualmente estimulantes. Nas melhores escolas, crianças pré-adolescentes são treinadas para combinar criatividade e rigor. Assim como as autoridades dos países mais dinâmicos e competitivos, as famílias brasileiras mais atentas aos desafios do mundo real continuarão em busca dos padrões educacionais mais altos.
Famílias saídas há pouco tempo da pobreza também reconhecem a importância de oferecer uma boa formação a seus filhos e por isso procuram escolas particulares. “Meu filho só tem 5 aninhos e já está aprendendo a ler e a escrever. Nessa idade, na escola pública, ninguém sabe nada ainda”, disse uma agente de saúde citada em reportagem publicada no Estado de domingo.
Outra personagem da história explicou: “Não é metideza, é necessidade. Eu trabalho como empregada doméstica o dia todo. Meu marido é coletor de lixo e também passa o dia fora. Pagar a escola para a Gecielle foi a melhor opção”. Mas ela descobriu também outra vantagem: “Com meus outros dois filhos não pude (pagar). A situação era muito pior. Na escola pública onde eles estudam já teve tiroteio. Na da Gecielle não tem nada disso e ela ainda aprende mais, tem lição de casa e tudo”. Pois é: ela aprende, tem lição de casa e a mãe se mostra convencida de ter feito um bom negócio. As duas entrevistadas apostam nos filhos, apertam o cinto para pagar a escola e têm uma clara visão dos problemas: crianças pobres aprendem, como quaisquer outras, quando têm oportunidade.
Tratar os pobres com paternalismo, como pessoas incapazes de aprender a língua oficial e de aguentar os padrões de uma escola séria, é condená-los a ficar para trás, marginalizados e limitados às piores escolhas. Apoiar essa política é agir como se o mundo fosse esperar os mais lentos. Em países com políticas sociais decentes a solução é dar um impulso extra às pessoas em posição inicial desvantajosa.
O paternalismo é muito mais vantajoso para quem concede benefícios do que para quem recebe. Massas protegidas por Pais ou Mães do Povo tendem a ser dominadas com facilidade e nunca exercem plenamente a cidadania. Tratá-las como pessoas irremediavelmente inferiores é condená-las a ser politicamente subdesenvolvidas. Ensiná-las a conformar-se com “nóis vai” e “os menino joga bola” é vedar-lhes o acesso a aprendizados mais complexos e à possibilidade de pensar livremente. As oportunidades serão cada vez mais limitadas para os monoglotas. Muito piores serão as condições dos semiglotas, embora alguns, muito raramente, possam até presidir um país.
A presidente Dilma Rousseff parece haver renunciado ao papel de Mãe do Brasil, planejado por seu antecessor e grande eleitor. Ao anunciar a intenção de oferecer aos pobres a porta de saída dos programas assistenciais, ela mostrou preferir um caminho mais democrático. Mas, para segui-lo, precisará livrar-se do entulho do paternalismo e da demagogia. Uma faxina no Ministério da Educação ajudaria muito.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 18/05/2011

Não perturbem. A CHEFA está labutando.

Antigamente uma plaquinha com o título deste post, ou similar à ele, costumava ficar pendurada na porta dos chefões para avisar a plebe que alí estava a sumidade que traria as soluções para todos os problemas.
Ali, enclausurado, estava o Messias gerencial, que conduziria seus leais acólitos para o seguro caminho do Éden.
Até aqui, é assim que o marqueteiro Santana vendeu a figura da Mãe da Eficiência do governo do Cachaça.

Dona Mintira não fala. Não aparece. Vive na sombra das decisões celestiais no aconchego do Olimpo criado por Santana.
Pois é, que não aparece permite que dele se fale tudo, até mesmo de uma eficiente e dura competência, mesmo que atrás da porta esteja sentada uma anta.

O histórico de dona Mintira neste quesito, não é nada alentador.
Vimos isso em suas aparições públicas.
Vejam agora neste episódio envolvendo Palocci.
O que pensa a deusa decisória?
Que raios virão do Olimpo para abater os inimigos da Mentirândia?
Quantas bolas de fogo divino rolarão sobre as cabeças dos demoníacos perturbadores da ordem celestial?
Quem abrirá as águas do mar de sujeira em que o Fradeco de Ribeirão nada desesperadamente?

O carrasco de rancenildo era o escudo protetor da deusa do Olimpo.
Era o anteparo de credibilidade que se antepunha aos inimigos do Rei.
Palocci foi, está e será destroçado pelo cavalo de Tróia da quadrilha.

A Rainha está desnuda.
Ou aparece ou permite que os diabinhos saídos do cavalinho de madeira comecem a lhe desferir coices enviezados.

Repito:
Estou me deliciando com esta encrena.
Toamra que ela cresça o suficiente para acabar com a vida política desta quadrilha. 

DO COM.GENTE DECENTE

Palocci já estava sob suspeita antes de ser nomeado ministro. Coaf informou PF da movimentação financeira.


O Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), vinculado ao Ministério da Fazenda, enviou relatório à Polícia Federal comunicando que a empresa Projeto, do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, fez uma operação financeira suspeita na compra de um imóvel de uma empresa que estava sob investigação policial. A manifestação do Coaf ocorreu há cerca de seis meses, depois de o órgão ser informado do episódio pelo banco que intermediou a transação financeira.

Fontes do Ministério da Fazenda em São Paulo revelaram ao Estado que o comunicado do Coaf à PF se enquadra no tipo de "movimentação atípica", "operação suspeita". Funciona da seguinte maneira: os bancos informam ao Coaf sobre transações financeiras fora do padrão. Em cima dessas informações, o órgão da Fazenda repassa à PF e ao Ministério Público relatórios quando uma empresa ou uma pessoa sob investigação aparece nos comunicados dos bancos.

No caso de Palocci, o nome da Projeto surge nas transações atípicas envolvendo uma empresa que está sob investigação pela Polícia Federal. No ano passado, a empresa do ministro adquiriu dois imóveis em São Paulo: um apartamento luxuoso de R$ 6,6 milhões e um escritório avaliado em R$ 882 mil. O Coaf não tem poder de investigação. Cabe à Polícia Federal apurar se há ou não irregularidades na transação financeira entre a empresa do ministro da Casa Civil e a que está sob investigação. 

Na última terça-feira, o PSDB chegou a pedir ao Coaf informações sobre a empresa de Palocci. O órgão, no entanto, ainda não se manifestou sobre o pedido. E não deve fazer isso publicamente, por se tratar de dados sigilosos. Em 2006, Palocci abriu a Projeto Consultoria Financeira Econômica Ltda, que atuou até 2010, enquanto ele era deputado, no ramo de consultorias para empresas privadas. 

O petista se nega a revelar seus clientes. Em dezembro, pouco antes de virar ministro, Palocci alterou o nome da empresa para Projeto Administração de Imóveis e o objeto social para o de administração imobiliária. Os dois imóveis comprados são administrados por sua empresa. Procurado ontem pelo Estado, Palocci informou, por meio de sua assessoria, que desconhece o episódio. Disse que não foi informado do envio do relatório do Coaf à PF. 

O Palácio do Planalto acredita que o Coaf não vai se manifestar publicamente sobre o caso e espera que a PF diga que a empresa de Palocci não está sendo investigada. Não é a primeira vez que o nome do ministro da Casa Civil é envolvido em investigação da PF. Em 2006, a polícia o indiciou por envolvimento na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que acusou o ministro de participar em Brasília de encontros numa casa de lobby com aliados de Ribeirão Preto (SP).  (Matéria do Estadão)