sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PMs desmentem o governo, fazem nova assembléia e prosseguem greve na Bahia

Ao contrário do que informou o governo da Bahia no final da manhã, tentando armar uma guerra de nervos e usar a contrainformação,  em uma segunda assembleia realizada nesta sexta-feira, policiais grevistas decidiram pela manutenção da greve iniciada no último dia 31 de janeiro. Segundo os organizadores, cerca de 2.000 PMs participaram da reunião realizada a portas fechadas no ginásio de esportes do Sindicato de Bancários, no centro de Salvador.Eles fecharam o local aos gritos de "a PM parou, o Carnaval acabou"
DO POLIBIO BRAGA

Alice no país das merdavilhas.

Bem amigos, após dois dias de intensos trabalhos consegui finalmente um tempinho para colocar o cafofo em dia.
Muita coisa aconteceu nesses dois dias.
Os PMs da Bahia continuam em greve, só que agora com o líder deles na democrática masmorra das Ratazanas Vermelhas.
E no Hell de Janeiro o líder dos bombeiros que deixou um enorme rabo para que pisassem...pisaram.
Tá em cana também.
O interessante que greves anteriores aos ratos vermelhos assumirem o poder, podia tudo, quebra quebra, ameaças, destruição, mentiras, safadeza, pressão e acima de tudo o direito à greve.
Agora que o povinho safado do PT está do outro lado da mesa e acabou virando vidraça, as pedras que antes atiravam, hoje incomodam, e eles no alto de sua democrática atitude, coíbem as greves com truculência e muita arbitrariedade.
mas, fazer o que né? Só os grevistas não perceberam que TODOS os sindicatos da pocilga são capachos do PT, portanto, tudo o que se diz em assembléias ou reuniões fechadas as Ratazanas ficam sabendo e estão sempre um passo adiante nas atitudes. E com isso, as greves ficam prejudicadas e as reinvindicações que antes eram moeda de troca, hoje se tornam exigências absurdas e pau na cambada.
Impressionante a rapidez que se conseguiram escutas telefônicas contra os líderes das greves...Fico imaginando se isso acontecesse em uma greve em SP. As Ratazanas entrariam em trabalho de parto e acusariam o governo, desde inconstitucionalidade do ato até a repressão ao direito fundamental de greve que todo trabalhador possui. Mas como foi na Bahia do Jaques Wagner, o mundo veio abaixo e as Ratazanas usaram de toda sua truculência para esvaziar o movimento.
Certo que a pressão popular contra as greves é por conta do alienante Carnaval. 150 mortes no estado ninguém dá a mínima, o que não pode é não ter um trio elétrico para ir atrás...Feito gado.
Mas parem para pensar, o mundo está vendo o Brasil sucateado nas instituições, greves, homicídios, trafico de drogas, obras que desabam, ou nem saem do papel. Está tudo do avesso, e a burrada do poder ainda vem à TV e diz que o Carnaval da Bahia será de muita paz e segurança. 
Mas alguém realmente acredita em conversa mole de político safado que pouco se lixa para a segurança do povo? O que vale é a alienação e a grana que essa festa deixa. 
Ainda esta semana privatizaram três aeroportos do Brasil. 
As Ratazanas dizem que não foi privatização, foi concessão de 30 anos... 
30 anos, até lá muitos desses bandidos vermelhos, se não a maioria, já estarão comendo capim pela raiz há muito tempo, portanto, essa conversinha de concessão é nome bonito para atestar a própria incomPTência. E os Tucanos é que são privatistas...Faz-me rir...
A presidANTA Dilmarionete foi ao nordeste sem a cangalha mamulenga do Sebento a tira colo e acabou nem participando de toda a programação por conta das obras que foram insistentemente inauguradas pré eleitoralmente, mas na verdade ficaram nisso.
E diante de um país que beira a instabilidade estrutural e institucional, fico me perguntando, quem será idiota suficiente para vir ao Brasil passar férias ou um Carnaval? Sem contar o fiasco que será a Copa de 2014. 
Façam a parte de vocês, avisem seus contatos fora do Brasil que aqui a mentira comanda o país, e turista esperto vai passear na Austrália.
Recebi recentemente um parente da minha mulher que é espanhol, ele veio para cá achando que o Brasil é o paraíso na terra. Certamente que ao sair do "aeroparto" de Guarulhos levei-o a passear pelos "pontos turísticos" mais miseráveis de SP, Cubatão e São Vicente, e recentemente ao Guarujá. 
Ele não acreditava na miséria que via, e disse que a imagem que o Brasil tem lá fora é outra. Aproveitei para explicar a ele que o Brasil é o "país das maravilhas", o problema é quando a "Alice" acorda para a realidade. Fiz a minha parte já mostrei para um estrangeiro que isto aqui não passa de uma pocilga de gente pobre, burra e arrogante. 
Não esqueçam, mostrar a realidade para o estrangeiro é uma forma de protestar contra este DESgoverno de bandidos que estão arrasando com a pocilga.
E no Mais
PHODA-SE!!!!
DO B. O MASCATE

Opinião do Estadão: Por onde andava a presidente?


Primeiro como ministra de Minas e Energia, depois como titular da Casa Civil, enfim como presidente da República, faz nove anos que Dilma Rousseff conhece as coxias do poder, o libreto da ópera e o desempenho da companhia. Ou assim seria de esperar, a menos que se considerasse desde sempre uma farsa eleitoral, montada de comum acordo pelas partes, o título de "mãe do PAC" que lhe outorgou o então presidente Lula. A honraria se destinava não só a ressaltar o seu papel de condutora do alardeado programa de obras do governo, mas principalmente a avisar o público pagante de que tinha diante de si uma administradora de talento excepcional – embora ainda insuficientemente conhecido pela maioria dos brasileiros.
Pano rápido para a aridez dos fatos que expõem a embromação das palavras. A "gerentona" – que, segundo o folclore planaltino, examina de lupa em punho todos os projetos de sua equipe, "espanca" a papelada até que ela confesse as suas fraquezas e sabe de cada iniciativa mais do que os próprios responsáveis por elas – não teve como disfarçar a verdade ocultada pela propaganda enganosa. Anteontem, apenas na véspera de uma visita programada a um lugar chamado Missão Velha, na divisa do Ceará com Pernambuco, no trajeto da futura ferrovia Transnordestina, Dilma parece ter se dado conta de que não seria uma boa ideia armar um comício sobre a operosidade do governo justamente em um dos pontos da região onde é mais patente o seu caráter fictício: o abandono do empreendimento arde ao sol do Cariri.
Decerto uma situação atípica, diria o anedótico marciano recém-chegado ao País portando braçadas de inocente boa vontade. Afinal, depois de dois períodos de estiagem financeira, no ano passado o governo liberou R$ 164,6 milhões, ou mais de 3/5 das verbas destinadas à ferrovia no exercício. Mas tanto faz. A Transnordestina está tão largada como a transposição do Rio São Francisco, que recebeu em 2011 apenas 13% do R$ 1,3 bilhão previsto. O descalabro, portanto, não se explica exclusivamente pelo ritmo dos repasses. Diante do vexame, Dilma saiu-se com um tró-ló-ló que só leva água para o moinho de todos quantos têm motivos para afirmar que a proclamada rainha da eficiência vaga erraticamente pelas veredas das decisões, sem ter a menor ideia do rumo a tomar.
"Queremos obras controladas", exigiu a presidente, como se nunca antes uma ideia dessas tivesse passado pela cabeça de um administrador público. "Não queremos saber que não deu certo (somente) no fim do ano." E anunciou, como quem promete uma revolução gerencial na área do Estado: "Pretendo sistematicamente, a partir de agora, olhar detalhadamente os prazos, queremos que (os consórcios incumbidos das obras) cumpram os prazos, teremos uma supervisão praticamente mensal". Nem a delicadeza proíbe perguntar por onde Dilma Rousseff andava desde que assumiu a chefia do governo que já integrava desde 2003.
É também forçoso indagar do que serve a prepotência com que ela trata os subordinados, quando entende que não correspondem às suas severas exigências. Afinal, a peculiar versão dilmista do que se convenciona chamar "administração por atrito" pode humilhar os interlocutores à sua mercê, mas nem por isso assenta um único tijolo no prazo devido e a custo certo. Bem feitas as contas, as limitações da presidente – impossíveis de camuflar, a esta altura – são apenas parte da história. Elas reforçam o efeito de sua decisão política de manter o esquema de arrendamento da máquina pública que, na era Lula, alcançou níveis sem precedentes. Sob o antecessor e a sucessora, o aparelho administrativo é distribuído a interessados em usar as suas engrenagens para fins diversos daqueles para os quais foram criadas.
Os vícios insanáveis dos aparatos burocráticos são velhos como o tempo. No Brasil dos anos recentes, acrescentou-se a eles uma estrutura parasitária que assegura, de partida, que tudo ande aquém e custe além da conta. É o preço que o País é levado a pagar pelo arranjo espúrio que nem sequer se explica pelos imperativos da governança, como alegam os governistas, mas para permitir ao partido no poder o controle do sistema político. O resto é consequência.
DO ABOBADO

Evangélicos pedem demissão de ministra 'abortista'

Eleonora Menicucci assume comando da Secretaria de Políticas para as Mulheres nesta sexta-feira sob ataques da bancada evangélica no Congresso

Eleonora Menicucci: para ela, aborto não é uma questão ideológica Eleonora Menicucci: para ela, aborto não é uma questão ideológica (Ana Nascimento/ABr)
A ministra de Eleonora Menicucci toma posse nesta sexta-feira na Secretaria de Políticas para as Mulheres debaixo de ataques da bancada evangélica no Congresso, quase toda abrigada na base aliada. As posições públicas da ministra a favor do aborto junto com declarações do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, no Fórum Social, no fim do mês passado, acenderam a revolta nos parlamentares evangélicos. Na tentativa de acalmar a bancada, uma nota do ministro foi lida no plenário da Câmara. Além disso, Carvalho, católico militante, propôs uma reunião com os parlamentares evangélicos.
De forma contundente, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) convocou os evangélicos a combaterem a nova ministra. "Não se iludam, a bancada de evangélicos se unirá não só para expressar a repulsa por essas declarações (de Gilberto Carvalho), assim como para combater a abortista que nomearam ministra", escreveu Cunha no twitter. "Essa posse da abortista amanhã (hoje) é sintomática para todos nós e devemos mostrar de forma contundente a nossa revolta. Aborto não. Aliás, quando a gente lê várias declarações dessa nova ministra, ela está no lugar e na época errada, devia estar em Sodoma e Gomorra", completou o deputado.
Entrevistas - Professora e socióloga, Eleonora Menicucci declarou em entrevistas, assim que foi escolhida para o cargo pela presidente Dilma Rousseff, que considera a discussão do aborto no Brasil como uma questão de saúde pública, como o crack e outras drogas, a dengue o HIV e todas as doenças infectocontagiosas. Para ela, aborto não é uma questão ideológica.
Há dois dias, os evangélicos estão em pé de guerra com o ministro Gilberto Carvalho. "Esse governo fala tanto em discriminação, e vem agora um ministro tomar uma posição de discriminação em relação aos evangélicos, chamando-os de retrógrados e dizendo que a lei do aborto não é aprovada por causa dos evangélicos. Não é a lei do aborto, é a lei do assassinato de crianças indefesas", protestou o líder do PR, Lincoln Portela (MG). O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) também cobrou explicações do ministro e o acusou de discriminar os evangélicos.
Em nota lida pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ), evangélica, o ministro afirma que suas declarações foram, divulgadas na internet de forma "distorcida e equivocada" e acabaram por motivar críticas agressivas a ele. "De maneira alguma ataquei os companheiros evangélicos. Quem conhece a minha trajetória sabe do carinho que eu tenho, do reconhecimento que eu tenho ao trabalho das Igrejas Evangélicas no país. O que eu fiz lá foi uma constatação política que, de fato, quem tem presença na periferia do Brasil, quem fala para as classes sobretudo C, D e E são as Igrejas Evangélicas e, portanto, essa presença tem que ser reconhecida, é real e efetiva", argumentou o ministro.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) atuou como bombeiro. Ele procurou evangélicos para explicar a posição do ministro e disse que houve um mal-entendido.
Veja
(Com Agência Estado)

A ditadura acabou?


MOVCC

ACABOU A HIPOCRISIA: GOVERNO PETISTA PRIVATIZA AEROPORTOS

(Vasco Soares da Costa)
A palavra hipocrisia não representa nem um pouco a realidade dos fatos….
Na verdade o que ocorreu foi uma mescla de burrice, desonestidade e estelionato, praticados por Lula e sua canalha sindical ....
Porque burrice?
· Qualquer imbecil de mediana inteligência, depois dos processos de privatização ocorridos na década de 90, sabe dos benefícios proporcionados ao povo com a saida do Estado de atividades não a ele afetas. Maiores ofertas de serviços, eficiência muito melhor, preços determinados por livre competição, maior arrecadação de tributos, drástica diminuição da corrupcão (afinal, há o olho do dono...)...Exemplos como os dos setores de telecomunicações, mineração ou siderurgia, estão aí para todo mundo ver....
· O processo de privatização desses aeroportos, com um ágio médio da ordem de 350% mostra o dinheiro que o país perdeu nesses anos, o qual poderia estar sendo aplicado em obrigações de estado, tipo saúde, educação, segurança. Em vez disso, o que o povo teve? Péssimos aeroportos, péssimos serviços, roubo de bagagens, aviões caindo, gente morrendo, corrupcão desenfreada... E quem se deu bem ? Sem dúdida, o pernabucano petista, Carlos Wilson e outros ladrões do tipo que passaram pela INFRAERO..
· Cabe aqui um comentário. Quando das privatizações tucanas, a canalha PTista, caiu de pau, pois muitos dos recursos envolvidos vieram dos grandes fundos de pensão PREVI, PETROS ...e foram amparados por fortes financiamentos do BNDES. Assim, empresas privatizadas como a atual OI tinham e tem ainda em suas composições acionárias uma grande fatia controlada por capitais estatais ou controlados pelo Governo Federal. Ou seja, IGUALZINHO AO QUE OCORREU AGORA..Mas nada há de errado nisso, já que a poupança local, os investidores brasileiros com potencial para colocar grana nesses projetos, são em sua maioria pertencentes a esses fundos...
E porquê desonestidade e estelionato ?
· Esses quase dez anos de paralização do processo de saída do Estado de atividades não a ele concernentes, serviu à canalha PTista no poder para :
1. Abrigar seus apaniguados nas gordas tetas do governo, pois alem dos mais de 22 mil cargos de confiança por eles ocupados na Administração Direta, há uma infinidade de cumpanhero escondido nas INFRAERO da vida, em sua grande maioria inabilitados para qualquer tarefa, MAS PRONTOS PARA PARTICIPAREM DOS MENSALÕES DA VIDA..
2. Gerarem caixa, 2, tanto para seu núcleo principal o PT, como para seus subsidiários,PSB, PcdoB, PR,....alguns deles com passado de corretas correntes ideológicas, mas hoje, poços de corrupção, eméritos manipuladores de falsas ONGs e vendidos à canalha dominante.
3. Estelionato eleitoral, discurso único da canalha liderada por Lula ao acusar seus adversários de ferozes privatizadores, e fazerem agora tudo IGUALZINHO, sem qualquer pudor de serem tachados de meros copistas. A nefasta manipulação de um povo pouco esclarecido, permitiu a essa canalha se manter no poder e ao cabo de mais de 10 anos de maracutarias, tomar medidas que se diziam contrários, mesmo assim, de forma dissimulada.

DO B. GRAÇA NO PAIS DAS MARAVILHAS

Kassab é vaiado na festa de 32 anos do PT

EUGÊNIA LOPES E RICARDO BRITO - Agência Estado
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do PSD, foi vaiado agora há pouco na festa de 32 anos do PT. Kassab foi convidado para participar da comemoração pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva articula uma aliança com Kassab para eleger o ex-ministro Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo. Enquanto Kassab foi vaiado, o ex-ministro José Dirceu foi ovacionado pela plateia de petistas. Os militantes do partido mostraram-se estupefatos com a presença de Kassab. A presidente Dilma Rousseff foi muita aplaudida.

Imprensa mundial aborda segurança no carnaval e Olimpíada com greve no Rio

Jornais estrangeiros apontam problemas públicos no País e se governo tem habilidade para contornar

Cristiane Salgado - Estadão.com.br
SÃO PAULO - A greve dos policias e bombeiros do Rio de Janeiro iniciada na madrugada desta sexta-feira, 10, repercutiu na imprensa internacional, que destacou a proximidade do início do carnaval.
'Guardian' aponta temor pelo cancelamento ou segurança durante o carnaval do Rio - Reprodução
Reprodução
'Guardian' aponta temor pelo cancelamento ou segurança durante o carnaval do Rio
Para o 'New York Times', a greve ameaça "a festa mais importante do país: o carnaval". O jornal norte-americano lembra a polêmica em torno dos altos salários do Judiciário e fala na "grande discrepância de pagamentos no setor público".
O jornal britânico 'The Guardian' afirma que "as preparações carnavalescas foram ofuscadas pela greve policial", acrescentando que as "autoridades temem uma onda de violência". Para o veículo, o carnaval é uma melhores festas de ruas no mundo, com quatro dias de celebrações que atraem milhões de pessoas.
O 'The Washington Post' relatou que o salário dos oficiais do Rio estão entre os mais baixos no País. O jornal ainda ressaltou que "a polícia no Brasil, particularmente no Rio, tem sérios problemas de corrupção".
De acordo com a rede norte-americana CNN, a greve policial "levanta preocupações sobre a habilidade do Brasil em prover segurança" em cidades - Rio de Janeiro e Salvador - que sediarão os jogos olímpicos e a Copa.
O espanhol 'El País', assim como a CNN, destacou a preocupação com a segurança no Rio de Janeiro, que abrigará as Olimpíadas em 2014. Segundo o jornal espanhol, apesar da política de pacificação nas favelas ser um avanço, "a cidade está rodeada de subúrbios onde a violência segue com muita força".

Presidente Dilma, levante e governe! Já passou da hora!

Ou: Incompetência e imprudência
A presidente Dilma Rousseff, a Cleópatra do Paranoá, ficou mal-acostumada com o jornalismo dos Crodoaldos Valérios, que a cobrem de elogios muito especialmente por sua enorme capacidade de não fazer nada, de manter tudo mais ou menos como está para ver como é que fica.
Não vai aqui juízo severo demais ou excessivamente generalista.
Dilma teve de demitir sete ministros de estado sob suspeita de corrupção.
Sim, aplausos a ela que os demitiu!
Mas, se for o caso, vaias a ela, que os nomeou!

Ou esse detalhe há de passar despercebido para que a vocação para o elogio não se deixe contaminar pela realidade?
Chamo a atenção para este fato porque Dilma no papel de ombudsman do governo Dilma, como tenho apontado, pode seduzir os mordomos subservientes e fiéis, mas tem lá seus limites, não?
Essa absurda mobilização de Polícias Militares, que lança na insegurança milhões de brasileiros, está dizendo com todas as letras: “Presidente Dilma, levante e governe! Já passou da hora”.
Volto a esse ponto depois de algumas outras considerações.
Dilma cresceu uma média de dez pontos na aceitação popular no curso das sete demissões — “Ah, essa resolve!” O jornalismo especializado em fazer perfis (ai, que preguicinha!) não cansa de exaltar a mulher austera, que dá broncas em público, que quer monitorar tudo online, que não aceita respostas enroladas…
Sei, Dilma não aceitaria como ministra a Dilma que cuidava dos aeroportos, que cuidava da transposição do São Francisco, que cuidava das estradas, que cuidava das obras da Copa…
A presidente, em suma, sempre foi craque em criar a fama de que era craque.
É o Dadá Maravilha da política, só quem sem o humor.
Então não vimos a soberana num canteiro de obras da transposição do São Francisco, em Pernambuco, a dar pitos nas empresas privadas e, se vocês perceberam bem, até no Exército?
Todo mundo parecia culpado pelo atraso, menos o dono da obra — e o dono da obra é o governo.
É o governo Dilma.
Antes dela, era o governo Lula, sob a supervisão de… Dilma!!!

Vejo, um tanto escandalizado, até o caso da Casa da Moeda se descolar da presidente.
Que há algo de muito errado por ali, não se duvide. Mais uma vez, Dilma está brava porque o ministro Guido Mantega não a teria informado o suficiente da real situação do tal senhor que tinha uma empresa no exterior que movimentava fortunas.
As casas do “Minha Casa Minha Vida” são muito engaçadas porque não têm teto, não têm nada, e não se pode fazer xixi ali…
Tudo empacado no trocadilho.
Das quase 1.700 creches prometidas para 2011, não houve uma só, uma miserável, que saísse do papel. Se a popularidade, no entanto, cresceu dez pontos porque “essa resolve”, então que tudo siga como está.
Um dia essa tática daria com os burros n’água. E deu! Deu porque, imprudente, essa gente decidiu se comportar como vivandeira, dando piscadelas na porta de quartel e insuflando os espíritos de homens armados.
Tudo começou com o Apedeuta lá no Distrito Federal, como já demonstrei aqui, teve seqüência com a PEC 300 e ganhou fôlego na campanha eleitoral de… Dilma Rousseff!
Sim, sua campanha sugeriu que, com ela, a tal proposta que iguala os salários dos policiais militares e bombeiros do Brasil ao que se paga no Distrito Federal seria aprovada.

PROCUREM NA INTERNET. UM DOS INTERLOCUTORES COM AS LIDERANÇAS DAS POLÍCIAS FOI NINGUÉM MENOS DO QUE MICHEL TEMER. E não duvidem: se a proposta for votada no Congresso, será aprovada.
Só que abriria um rombo brutal no caixa dos estados, que seria repassado para a União. E, então, SEGUINDO A TÁTICA DE NÃO GOVERNAR, DE EMPURRAR COM A BARRIGA, a Rigorosa do Chapadão mandou que a base aliada fosse empurrando a coisa com a barriga. A insatisfação dos quartéis foi crescendo, crescendo, crescendo…
E assumiu seu contorno mais dramático, até agora, na Bahia, justamente o estado governado pelo chefe das vivandeiras, Jaques Wagner, notório apoiador de greves policiais no passado.

A Horrorizada do Alvorada
Dilma agora se diz “horrorizada” com a forma que assumiu a greve.
Ora… A Horrorizada do Alvorada está estranhando o quê? Como diz o povo, quem muito brinca com fogo acaba chamuscado.
Como previu o Apedeuta no célebre discurso em que deitou falação pelos cotovelos, a reivindicação se espalharia pelo Brasil.
E se espalhou.
Onde esteve, nesse tempo, Gilberto Carvalho, o tal ministro dedicado à interlocução com “os movimentos sociais”, que comandou, no Planalto, a campanha de demonização do governo de São Paulo e da Polícia Militar em particular, uma das mais eficientes e disciplinadas do país?
O homem sumiu.
Dilma não tem de se “horrorizar”. Tem é de tomar providências. Em algum momento, vai ter de dizer que não há dinheiro para aprovar a PEC 300 — e terá de ser com todas as letras —, ou, então, vai ter de optar por um rombo de impacto difícil de imaginar e jogar nas costas da União o custo da equiparação.
E será uma operação complicadíssima.
Ainda que o governo federal decidisse repassar um “X per capita” para cada policial, haveria um debate infindável sobre o contingente de cada estado. Em suma: Lula abriu a Caixa de Pandora, um deputado da base aliada ficou estimulando os monstrinhos a sair de lá, e a campanha eleitoral de Dilma resolveu considerá-los bons espíritos…
Eis aí. Como no mito, Soberana, só a esperança ficou escondida lá no fundo…
Levante e governe, Rainha dos Canteiros de Obras Paradas!
Desta vez, não vai dar para levar no bico.

Coragem, Esplendorosa da Classe C!
Não! Eu absolutamente não endosso, Esplendorosa da Classe C, os métodos a que estão recorrendo os policiais militares. Como já escrevi aqui uma centena de vezes — aliás, meu primeiro texto contra greve de policiais é de 1991, justamente por causa de uma paralisação na Bahia (uma das que Jaques Wagner apoiou) —, gente armada não pode se meter nesse tipo de movimento.
Eu sou contra greve de funcionários públicos. Em março de 2010, os petistas da Apeoesp, associação de professores da rede estadual de ensino em São Paulo, promoveram uma greve com queima de livros em praça pública, depredação de patrimônio e confronto com a PM.
Dilma não só usou o evento para demonizar o seu adversário eleitoral, José Serra, como recebeu a presidente do sindicato que havia prometido “quebrar a espinha do ex-governador”, assegurando que ele não seria eleito presidente.
Foi tão escancarado o uso eleitoral da greve que o sindicato foi multado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Dilma expressou o seu apoio e ainda acusou a PM de recorrer à violência contra os professores, o que era mentira.
Em 2008, como todos sabem, deputados petistas, PT e CUT apoiaram a GREVE ARMADA de uma minoria de policiais civis.

Um deles chegou a disparar um tiro, ferindo um oficial da PM.


Militantes da Apeoesp queimam livros em praça pública em março de 2010
A candidata Dilma recebeu a líder com pompa e ainda atacou o governo de SP
Por que o espanto, agora, da Horrorizada do Alvorada?
Não!
Eu não apóio as greves das PMs, não!
Ao contrário. Acredito que já é mais do que tempo de o país votar uma Lei Antiterrorismo que puna com severidade aqueles que, em nome de suas reivindicações, direitos ou o que supõem ser direitos, coloquem em risco a segurança coletiva.
Então veja, Soberana do Planalto, como sou duro e a convido a ser antipática, seguindo a Constituição e propondo uma lei.
É bem verdade que isso vai acabar ferindo susceptibilidades de alguns de seus caros aliados, não é?
Mas governar também tem lá seus ônus…
Serão assim tão hábeis?
A estréia do PT no mundo da severidade se dá de um modo um tanto estabanado. Qualquer pessoa razoavelmente prudente seria levada a considerar que a prisão do cabo bombeiro Benevoluto Daciolo, no Rio, corresponderia a apagar fogo com gasolina. Nas gravações entre o líder da greve na Bahia e um interlocutor, parece que fica clara a combinação de um ato de sabotagem.
No caso de Daciolo, convenham, é discutível. Afinal, ele é líder de uma categoria. Se a sua atuação sindical é permitida, por que não as articulações e conversas?
Atenção!
Eu acho que precisamos de leis mais claras para disciplinar tudo isso. Estou entre aqueles que não vêem ambigüidade nenhuma no que já há: greve de PMs é proibida. Mas há quem ache que as coisas estão sujeitas a interpretações e coisa e tal.
O governo federal, com a base que tem, vai ter de cuidar do assunto. Consegue aprovar o que quiser — inclusive a lei antiterror.
Dito isso, vamos ao que se tem hoje: diga-se o que se disser, o cabo Daciolo não foi além — a menos que haja falas que não vieram a público — do que dizem as lideranças de categoria em todos os estados em que há mobilização.
Dada a radicalização na Bahia, dados os ânimos exaltados, dada a sensação de humilhação que as lideranças dizem estar sentindo, quem vazou a conversa de Daciolo, criando as circunstâncias para a sua prisão, NÃO PASSA DE UM AMADOR.
Comentei aqui com Dona Reinalda: “Essa prisão é uma tolice. Agora é que a greve no Rio vai sair”.
E saiu. Espero que tenha desfecho menos trágico e que logo seja revogada. O fato é que faltou uma visão estratégica.

A Indignada da Praça dos Três Poderes e a anistia
Dilma fará melhor se governar mais e falar ainda menos. Também as suas considerações, em plena efervescência do movimento, contra a anistia a policiais que cometeram crimes são contraproducentes.
É a tal síndrome da ombudsman.
Basta que se diga favorável ao cumprimento da lei. Até porque não convém ficar cutucando esse negócio de que a anistia é inaceitável para criminosos, não é?
Posso apostar que essa não é uma boa vereda para os atuais donos do poder…
A ordem tem de ser restaurada. O problema que teve início com uma Medida Provisória do Apedeuta e que chegou a ser peça da campanha eleitoral de Dilma Rousseff — não adianta negar! — hoje se volta contra a população, que é quem está, de fato, arcando com as conseqüências.
Desta vez, Dilma não pode ser apenas a Indignada da Praça dos Três Poderes.

O governo Dilma colhe os frutos do rebolado na porta de quartel.
O que se tem como resultado?
Nunca antes na história destepaiz, depois da redemocratização, se viram tantos homens das Forças Armadas nas ruas.
Os “companheiros” fizeram a caca, e agora foi preciso chamar os homens de verde.
A sorte é que a cascata de esquerdistas durante a Constituinte não prosperou, e a Carta autoriza, sob certas condições, que as Forças Armadas também cuidem da ordem interna
. “Reacionários” como eu sempre defenderam esse princípio.
Os “progressistas” é que eram contra…

Coragem, Venturosa do Deitado em Berço Esplêndido!
Levante e governe!
10/02/2012

PM diz que há 59 presos e mais de 100 indiciados por greve no RJ

Chefe do Estado Maior Administrativo diz que 9 presos vão para Bangu 1
Outros cerca de 50 cumprem pena administrativa em seus quartéis
                                                                   Do G1 RJ
O chefe do Estado Maior Administrativo da Polícia Militar, coronel Robson Rodrigues da Silva, informou na tarde desta sexta-feira (10) que 59 policiais foram presos e mais de 100 foram indiciados por crime militar ou transgressão disciplinar de natureza grave.
Dentre os presos, estão nove dos 11 policiais considerados líderes do movimento que tiveram mandados de prisão expedidos peja Auditoria de Justiça Militar.
Além disso, outros cerca de 50 estão presos administrativamente, segundo ele.
Na noite de quinta-feira (9), bombeiros e policiais civis e militares decretaram a greve no estado do Rio de Janeiro durante uma assembleia na Cinelândia, no Centro.
Cerca de duas mil pessoas participaram da votação. Juntas, as três corporações somam 70 mil homens. Segundo os grevistas, 30% do efetivo do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil ficarão à disposição para casos de emergência.
Segundo o coronel Robson, entre os nove presos está o ex-corregedor da PM, o coronel reformado Paulo Ricardo Paúl que, assim como os demais policiais que tiveram a prisão pedida pela justiça, são considerados líderes da greve ou tiveram atitude relevante no movimento.
"O setor de inteligência da PM já vinha monitorando policiais que vinham cometendo algum tipo de ilícito. Juntamos provas suficientes para consubstanciar o pedido de prisão desses policiais, que tinham uma atitude contundente ou de liderança do movimento, o que de alguma forma caluniaram o comando da corporação", disse o coronel, informando que os nove presos estão sendo encaminhados ao presídio de Bangu 1, na Zona Oeste do Rio.
O oficial explicou que o comanddo da PM entrou num acordo com o governo do estado para que os presos fossem para Bangu1. Além de melhor acomodá-los, segundo o coronel, a intenção é evitar o risco de incitação de outros presos na Unidade Prisional da PM.
O coronel Robson informou ainda que os 50 policiais que se recusaram a trabalhar ou cometeram alguma transgressão disciplinar foram presos administrativamente em seus batalhões.
Além disso, mais de 100 policiais que cometeram "deslizes menos graves", segundo o coronel, que não comprometem o patrulhamento das unidades, foram indiciados e vão responder por seus delitos em liberdades. Eles foram indiciados por transgressão disciplinar ou crime militar, de acordo com o coronel Robson Rodrigues da Silva.
De acordo com o o porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas, a situação na capital está controlada, mas houve problemas no interior. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) segue para Campos, no Norte Fluminense, onde a adesão ao movimento é maior.
"A intervenção dos comandantes foi fundamental na medida em que havia uma determinação clara que os policiais fossem para a rua. É inaceitável que policiais cruzem os braços, um serviço essencial para a população. Há um pacto entre a polícia e o povo e ele não pode ser quebrado. Nesse momento os comandantes orientaram os policiais e aqueles que se recusaram a cumprir as normas foram presos por descumprimento, por crime de desobediência ", disse Caldas.

Bope segue para Campos
Caldas explica que a greve provocou apenas problemas isolados na cidade. Já no interior - Campos, Resende e Volta Redonda, a situação é um pouco mais tensa, com homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) seguindo para Campos.
"O Bope está indo para Campos. Houve um recusa inicial dos policiais no sentido de saírem nas viaturas, alegando que não havia uma documentação em dia. O Bope está indo para lá e o Detran está providenciando a documentação. Esses policiais foram para a rua a pé, aqueles que não se recusaram. Os que se recusarem serem presos", enfatizou o porta-voz.

Agências e carro atacados a tiros
Entre os casos isolados na capital, duas ocorrências chamaram a atenção. Duas agências bancárias foram atacadas a tiros durante a madrugada, em São Gonçalo, na Região Metropolitana.
Pela manhã, na Avenida Brasil, um carro da PM foi atacado, também a tiros, num ponto fixo de policiamento que fica na pista sentido Campo Grande da via. Segundo a polícia, ninguém ficou ferido.
A polícia não acredita que os ataques tenham relação com a greve, mas investiga os casos.
Ainda durante a manhã, um carro bateu num poste, na Zona Oeste. Uma pessoa morreu e outra ficou ferida. O socorro foi feito pelos bombeiros e uma patrulha da PM atendeu a ocorrência.
Caldas disse ainda que houve registro de um problema isolado no 4º BPM (São Cristóvão), mas não deu detalhes sobre o caso.


Policial atravessa a Avenida Maracanã,
na Tijuca
(Foto: Thamine Leta/G1)
O G1 percorreu alguns bairros do Rio nesta manhã e encontrou apenas dois policiais militares nas ruas, uma carro da corporação na Rua General Espírito Santo Cardoso, em frente a 19ª DP, e outro na Rua São Miguel, todos na Tijuca, na Zona Norte.
A equipe de reportagem percorreu os seguintes locais: Gávea, Humaitá, Copacabana, Laranjeiras, Catete, Catumbi, Rio Comprido, Praça da Bandeira, Tijuca, Alto da Boa Vista e Barra da Tijuca.
Os grevistas reivindicam a liberdade do cabo Benevenuto Daciolo e querem piso salarial de R$ 3.500, com R$ 350 de vale tranporte e R$ 350 de tíquete-refeição.
Alerj aprovou aumento
Na quinta-feira (9), a Alerj aprovou substitutivo do Executivo que aumenta os salários das categorias de segurança (polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros e de agentes penitenciários) em 39% até fevereiro de 2013. Ainda falta votar os destaques ao projeto aprovado, que podem modificar o texto final.
Exército enviará 14 mil homens
Ainda na quinta-feira (9), o secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros do Rio, coronel Sérgio Simões, afirmou que o Exército disponibilizaria cerca de 14 mil homens e a Força Nacional atuaria com cerca de 300 homens para a segurança no estado, caso a greve fosse decretada.
Segundo ele, o plano prevê que os 14 mil homens do Exército façam o policiamento no estado, enquanto os 300 homens da Força Nacional auxiliem no trabalho dos bombeiros, em caso de paralisação dos servidores de segurança do estado.

10/02/2012
DO R.DEMOCRATICA