terça-feira, 19 de julho de 2011

Como o PT e Lula se tornaram os principais beneficiários de um dos regimes mais corruptos do mundo. Ou: É preciso cortar a cabeça da Górgona

Estão dispostos a encarar? Longo, mas, modéstia às favas, acho que bastante bom. Avaliem.
*
A corrupção no poder não é um problema exclusivamente brasileiro; aqui, no entanto, as coisas estão saindo do, vá lá, razoável. Sim, há certa razoabilidade até no mundo da bandalheira. Quem tem uma posição de mando está permanentemente ameaçado pela tentação de contemplar os próprios interesses. Resistir é uma questão de caráter. É preciso trabalhar com pessoas decentes, pois. Mas, nas democracias organizadas mundo afora, confia-se menos nos homens do que nas instituições; são estas que controlam aqueles, não o contrário. No que diz respeito à coisa pública, é preciso diminuir o espaço do arbítrio, da escolha pessoal, em benefício de um padrão que interessa à coletividade. No Brasil, estamos fazendo o contrário: a cada dia, diminui a margem de escolha dos indivíduos privados, e aumenta o arbítrio do estado. É o modo petista de governar. É claro que isso não daria em boa coisa. Convenham: nós, os ditos “conservadores” — “reacionários” para alguns —, estamos denunciando essa inversão de valores faz tempo.
A forma como o poder está organizado no Brasil facilita a ação dos larápios. Há um elemento de raiz nessa história. O regime saído da Constituição de 1988 foi desenhado para o parlamentarismo até a 24ª hora; na 25ª, pariu-se o presidencialismo, e veio à luz um regime híbrido, de modo que o chefe do Executivo fica de mãos atadas sem a maioria no Congresso, e o Congresso não existe sem a distribuição das prebendas gerenciadas pelo Executivo. Ai do presidente que perder a maioria no Parlamento! É claro que Fernando Collor, por exemplo, caiu por bons motivos, mas os motivos para a queda de Lula em 2005 eram maiores e melhores, e, no entanto, foi socorrido pelo Legislativo. O resto é história.
Isso que se convencionou chamar de “Presidencialismo de Coalizão” se mostra, já escrevi aqui, “Presidencialismo de Colisão com a Moralidade Pública”. Aquele que vence a eleição presidencial precisa começar a construir, no dia seguinte à vitória, a sua base de sustentação no Congresso. Não o faz com base num programa de governo. Sabemos como isso está desmoralizado, não? No máximo, há algumas palavras de ordem. Uma das idéias-força de Dilma Rousseff, por exemplo, era o ataque às privatizações… Agora, ela faz o diabo para tentar acelerá-las no caso dos aeroportos, por exemplo.
Ao buscar o apoio no varejo, o que tem o eleito a oferecer? Como se viu, nem mesmo um programa de governo. Resta negociar com o bem público: “Ô Valdemar, rola o apoio dos seus 40 deputados em troca do Ministério dos Transportes, de porteira fechada?” Claro que rola! Pensem bem: por que um partido quer tanto uma pasta como essa? Vocação natural dos valentes para servir? Expertise adquirida ao longo de sua história, de sua militância? Não! Está de olho na verba da pasta, no seu orçamento. Passam, então, a usar uma estrutura do estado e o dinheiro público com três propósitos:
a - fazer política clientelista com os aliados — distribuindo pontes, asfalto, melhorias aqui e ali segundo critérios partidários;
b - fortalecimento do partido por meio da “caixinha” cobrada de empreiteiros e prestadores de serviços;
c - enriquecimento pessoal.
O interesse público, a essa altura, foi para o diabo faz tempo. O PR sabe que jamais exercerá a hegemonia do processo político; sua principal virtude — ou melhor: a principal virtude do partido para seus próceres — é ter porte médio; é ser importante na composição da maioria, mas sem ter a responsabilidade de governar. Isso ele deixa para os dois ou três grandes aos quais pode se associar, sempre cobrando o ministério de porteira fechada. Torna-se, assim, um ente destinado a fazer negócios, não a implementar políticas públicas.
Fragmentação partidária
A fragmentação partidária, outra herança perversa da Constituinte de 1988, também está na raiz desse mal estrutural, que predispõe o sistema brasileiro à corrupção. Os tais movimentos sociais capitaneados pelo PT e pela igreja, os egressos do exílio, mesmo os liberais que combateram a ditadura militar, toda essa gente se juntou para defender a ampla liberdade de organização partidária, estabelecendo critérios muito frouxos e pouco exigentes para a criação de legendas, que foram se tornando ainda mais relaxados por legislação específica.
“Pra que tanto partido, meu Deus?”, pergunta o meu coração. Para assaltar os cofres públicos! Ou alguém identifica no, sei lá, PR, PP e PRB diferenças ideológicas de fundo, que realmente os diferenciem? Ou ainda: o que eles têm de incompatível com o PMDB, por exemplo, e este com o PSB ou com o PDT? A experiência mundo afora tem demonstrado que dois partidos bastam para fazer uma sólida democracia, eventualmente três. Os demais ou servem à vaidade de líderes regionais — na hipótese benigna e mais rara — ou ao assalto organizado ao caixa. Esses partidos não DÃO apoio a ninguém, mas o VENDEM. Os que não conseguem expressão eleitoral para reivindicar cargos públicos fazem negócios antes mesmo da eleição: negociam seu tempo na televisão.
Dá para ser otimista quanto a esse particular? Não! Os encarregados de fazer uma reforma partidária, por exemplo, são os principais beneficiários da fragmentação partidária. Isso não vai mudar.
Como o PT degradou o que já era ruimNão! Eu não vou igualar o governo FHC ao camelódromo petista só para que me julguem isento. Até porque deixo a “isenção” para os que não têm independência para se dizer comprometidos com certas idéias e teses. Eu, felizmente, tenho. O tucano também governou segundo esse sistema chamado “presidencialismo de coalizão”, sim; denúncias e casos de corrupção também apareceram em seu governo, mas o fato é que a sua gestão tinha um propósito que, a juízo deste escriba, tirou o Brasil do fim do mundo e o fez um ator importante na ordem global: a modernização da economia, que se expressou por intermédio das privatizações, da abertura ao capital estrangeiro, da reorganização do sistema bancário, da disciplina nas contas públicas, da estruturação da assistência social. E tudo debaixo do porrete petista, é bom lembrar. FHC governou essencialmente com o PSDB e com o PFL, os dois partidos que venceram a eleição.
Os leitores mais jovens não têm como saber, mas eu lembro: quando FHC, então pré-candidato do PSDB à Presidência, anunciou a disposição de fazer uma composição com o PFL, a imprensa “progressista” ficou arrepiada. “Como? O intelectual que veio da esquerda se junta aos conservadores? Que horror!” Seu governo, depois, e isso todos sabem, foi chamado de “neoliberal” pelos intelectuais e jornalistas pilantras do PT. Adiante.
O PT entrou na disputa de 2002 prometendo duas coisas antitéticas — o que gloriosamente apontei na revista Primeira Leitura, que fechou as portas em 2006: “mudar tudo o que está aí” (era o discurso de sempre do petismo) e “preservar tudo o que está aí” — essência da tal “Carta ao Povo Brasileiro”, que Antonio Palocci e outros petistas redigiram na sede de um banco de investimentos. A síntese que fiz à época foi esta, e eu a considero, modéstia à parte, muito esperta até hoje: “O PT é a continuidade sem continuísmo, e Serra (então candidato tucano) é o continuísmo sem continuidade”. Minha síntese é boa, mas algo fica faltando.
Oferecer o quê?O PT NÃO CONTINUOU FHC num particular: faltava-lhe um projeto de governo. Além da continuidade sem imaginação, levado pelos bons ventos da economia mundial, o que o partido tinha a oferecer? Certa resistência do ex-presidente tucano à feira livre dos cargos, aos lobbies organizados de corporações sindicais e empresariais, à demagogia do “faço-e-aconteço” — e essa era uma das virtudes republicanas de FHC — foram transformadas por Lula num grande defeito, numa evidencia do governante frio e tecnocrata. Ele, Lula, era diferente: abria as portas do Palácio a quem tivesser alguma reivindicação, ouvia todo mundo, atendia a todos os pleitos. O Apedeuta transformou o governo federal, em suma, numa espécie de pátrio dos milagres de quantos queisessem arrancar um dinheirinho dos cofres públicos em troca do apoio ao governo.
O PT JÁ TINHA SE DADO CONTA, ÀQUELA ALTURA, QUE A HEGEMONIA DO PROCESSO POLÍTICO, QUE ESTAVA EM SEU HORIZONTE DESDE A SUA CRIAÇÃO, EM 1980, SE DARIA NÃO COM A MUDANÇA DA CULTURA POLÍTICA, MAS COM A SUA MANUTENÇÃO.
Por isso Lula disparou certa feita a máxima de que governar é fácil. Ele se dava conta de que a simbiose entre Legislativo e Executivo, de que a fragmentação partidária e de que a gigantesca máquina federal concorriam para a construção e consolidação daquela pretendida hegemonia. E não, ele não precisava nem ter nem anunciar projeto nenhum! Bastava manter nas mãos do PT o núcleo duro do poder e distribuir cargos à mancheia. Teria o Congresso, como teve, na palma das mãos. Se a aliança estratégica que FHC fizera no passado com o PFL soou a muitos uma traição, a de Lula com a escória da política foi tida como evidência de uma pensamento estratégico e sinal de amadurecimento do PT.
O PT, FINALMENTE, SE TORNAVA O PRINCIPAL BENEFICIÁRIO DO MODELO CONTRA O QUAL, PARA TODOS OS EFEITOS, SE CONSTRUÍRA.
Um novo sentido moral para a corrupçãoVocês já devem ter lido que Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência e espião oficial de Lula na gestão Dilma, tentou livrar a cara de Luiz Antonio Pagot. O Babalorixá de Banânia, embora diga o contrário, não aprova o desmanche da canalha que incrustada no Ministério dos Transportes. Ainda que Dilma seja, obviamente, beneficiária indireta do modo como Lula construiu o governo, tem lá algumas exigências incompatíveis com aquela máquina de ineficiência e corrupção em que se transformou a pasta. Para o demiurgo tornado o ogro da democracia brasileira, isso é absolutamente irrelevante.
Há muito, desde o antiqüíssimo Caso Lubeca — pesquisem a respeito —, o petismo tenta demonstrar que a corrupção praticada pelo partido e por seus aliados tem um sentido moral diferente daquela eventualmente protagonizada por seus adversários. As lambanças petistas seriam imposições da realidade e buscariam sempre o bem comum; no máximo, admite-se que o partido faz o que todos fazem; censurá-lo, pois, seria evidência de preconceito. Esse juízo chegou ao paroxismo durante o mensalão. Muito bem! O PR não inovou seus métodos nos seis meses de governo Dilma; apenas continuou a praticar o que fez nos oito anos de governo Lula. Não por acaso, Valdemar Costa Neto foi um dos protagonistas do escândalo do mensalão. E com tal evidência que renunciou para não ser cassado. Carvalho, em nome de Lula, tenta segurar Pagot porque entende que o PR é parte da construção da hegemonia partidária. Os petistas deram dignidade à escória da política brasileira.
Como se desarma isso?Como se desarma isso? Não tenho a pretensão de ter uma resposta definitiva. E acho que não há “a” ação eficaz. A vigilância da imprensa, como provou VEJA, é certamente um elemento poderoso. Os partidos de oposição têm de ampliar sua articulação com a sociedade, que se expressa cada vez mais nas chamadas redes sociais. A cada um de nós cabe denunciar a corja de vigaristas que, sob o pretexto de “mudar o Brasil”, transforma o país no reino da impunidade.
E, definitivamente, é preciso denunciar a ação deletéria do sr. Luiz Inácio Lula da Silva. É preciso cortar a cabeça dessa Górgona barbuda sempre disposta a justificar as piores práticas políticas e a petrificar o juízo crítico. Ele se tornou hoje o símbolo do desastre moral que é a administração pública do Brasil. Não por acaso, enquanto o governo Dilma se quedava ontem entre a paralisia e a evidência da corrupção desbragada, lá estava ele ontem confraternizando com os “governistas” da Fiesp, hoje um dos aparelhos rendidos ao lulo-petismo. Comemorando o quê?
A condição de Lula de chefe de um dos regimes políticos mais corruptos do mundo. Isso, como vimos, não será denunciando pelos “comunistas” da UNE, um cartório do PC do B, sócio do poder. Também não será denunciando pelos supostos “capitalitas” da Fiesp, um cartório dos que estão de olho, ou já os têm, nos empréstimos do BNDES a juros subsidiados ou em alguma exceção fiscal.
É assim que se faz da corrupção um método e quase uma metafísica.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Falência moral da democracia brasileira


O Brasil perde o seu rumo, num mundo agressivo e cada vez mais interdependente, assombrado pela ética totalitária petista, aliada, na síndrome lulista do "herói sem nenhum caráter", a desprezíveis formas de populismo irresponsável, que elevou como ideal o princípio macunaímico de levar vantagem em tudo, num sórdido cenário de desfaçatez e incultura. Tudo presidido pela maré estatizante que se apropria da riqueza da Nação para favorecer a nova casta sindical e burocrática que emerge ameaçadora, excludente e voraz.

Texto Completo

Ricardo Vélez Rodriguez - O Estado de S.Paulo

A sociedade brasileira está em crise. Não sabemos, como povo organizado, qual é o nosso padrão de comportamento. Nas últimas décadas estivemos preocupados com outras coisas, que encheram a nossa agenda, ao ensejo da saída do último ciclo autoritário para a construção da Nova República. Não foi resolvida, no entanto, a questão da moral social, que daria embasamento às instituições. Acontece que sem equacionar essa questão tudo o mais fica no ar: Constituição, Códigos de Direito Civil e Penal, funcionamento adequado dos poderes públicos, pacto federativo, respeito às leis, organização e funcionamento dos partidos políticos, fundamento das práticas econômicas em rotinas de transparência que dariam ensejo ao que Alain Peyrefitte denominava "sociedade de confiança", governabilidade, etc.


Definamos o que se entende por moral: como frisa mestre Antônio Paim no seu Tratado de Ética, ela consiste num "conjunto de normas de conduta adotado como absolutamente válido por uma comunidade humana numa época determinada". A moral tem uma dupla dimensão, individual e social. A primeira se identifica com o que Immanuel Kant denominava "imperativo categórico da consciência". A segunda consiste na definição do mínimo comportamental que uma sociedade exige dos seus indivíduos para que se torne possível a vida em comunidade. A moral social pode ser de dois tipos:
Vertical, quando um grupo de indivíduos impõe ao restante o padrão de comportamento;

social, quando o padrão de comportamento é adotado por consenso da comunidade. A moral social consensual constitui, no mundo contemporâneo, o fundamento axiológico da vida democrática.


No plano da moral social, no entanto, herdamos modelos verticais que não se ajustam aos ideais democráticos. Os arquétipos de moral social sedimentados na História quadrissecular da Nação brasileira ressentem-se do vício do estatismo e da verticalidade que ele implica. É evidentemente vertical o modelo de moral social herdado da Contrarreforma; nele os indivíduos deveriam agir, em sociedade, seguindo à risca os ditames provenientes da Igreja mancomunada com o trono, no esquema de absolutismo católico ensejado pelos Áustrias na Península Ibérica, ao longo dos séculos 16 e 17. De outro lado, o modelo imposto pelo despotismo iluminista de Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pombal, no século 18, não mudou radicalmente as coisas, pois pecava por manter a verticalidade da formulação do código de moral social, ao ensejo da "aritmética política" que passou a vigorar, ao redor dos seguintes princípios:


Compete ao Estado empresário, alicerçado na ciência aplicada, garantir a riqueza da Nação.

É da alçada do Estado fixar a normas que consolidam a moralidade pública e privada.

O cidadão, em razão de tais princípios, ficava desonerado das incumbências de produzir a riqueza e de se comprometer com a definição da moral social, que nas democracias modernas terminou sendo configurada de forma consensual pelas respectivas sociedades. Tudo se resolveria mediante a tutela do Estado modernizador sobre os cidadãos, considerados como simples peças da engrenagem a ser gerida pelo governo. O ciclo imperial, com a preocupação da elite em prol da constituição e do aperfeiçoamento da representação, mantendo a unidade nacional contra os separatismos caudilhescos, num contexto presidido pelos ideais liberais, foi abruptamente rompido pelo advento da República positivista. Frustraram-se assim, talvez de forma definitiva, a aparição e o amadurecimento de um modelo ético de moral social consensual.


Ora, a partir do arquétipo pombalino firmaram-se os modelos de moral social vertical que têm presidido a nossa caminhada ao longo dos dois últimos séculos, de mãos dadas com a cultura patrimonialista, que sempre entendeu o Estado como bem a ser privatizado por clãs e patotas, desde a República iluminista apregoada por frei Caneca, no início do século 19, à luz da denominada "geometria política", passando pela "ditadura científica" positivista, que se tornou forte ao ensejo do Castilhismo, no Rio Grande do Sul, nas três primeiras décadas do século passado, passando pelo modelo getuliano de "equacionamento técnico dos problemas" (elaborado pela segunda geração castilhista, com Getúlio Vargas e Lindolfo Collor como cérebros dessa empreitada, e cooptando, como estamento privilegiado, as Forças Armadas). A última etapa dessa caminhada estatizante foi o modelo tecnocrático efetivado pelo ciclo militar, à sombra da "engenharia" política do general Golbery do Couto e Silva.


Com o advento da Nova República tentou-se retomar a questão da representação política como meio para configurar, no País, a formulação de uma moral social consensual. No entanto, o fracasso da reforma política que levaria ao amadurecimento da representação terminou dando ensejo, no ciclo lulista e na atual quadra do pós-lulismo, à consolidação de modelo vertical de moral social formulado no contexto do que se denomina "ética totalitária", segundo a qual os fins justificam os meios. A cooptação de aliados pelo Executivo hipertrofiado, no seio de uma consciência despida de freios morais, terminou dando ensejo à atual quadra desconfortável de corrupção generalizada, que ameaça gravemente a estabilidade econômica, duramente conquistada nas gestões social-democratas de Fernando Henrique Cardoso.


O Brasil perde o seu rumo, num mundo agressivo e cada vez mais interdependente, assombrado pela ética totalitária petista, aliada, na síndrome lulista do "herói sem nenhum caráter", a desprezíveis formas de populismo irresponsável, que elevou como ideal o princípio macunaímico de levar vantagem em tudo, num sórdido cenário de desfaçatez e incultura. Tudo presidido pela maré estatizante que se apropria da riqueza da Nação para favorecer a nova casta sindical e burocrática que emerge ameaçadora, excludente e voraz.

COORDENADOR DO CENTRO DE PESQUISAS ESTRATÉGICAS "PAULINO SOARES DE SOUSA", DA UNIVERSIDADE FEDERAL
DE JUIZ DE FORA (UFJF)
E-MAIL: RIVE2001@GMAIL.COM

DO BLOG MOV.ORDEM VIG.CONTRA CORRUPÇÃO

Editorial: desvio de verba educação e saúde


Educação e Saúde.

São as pastas onde mais se rouba; as duas recebem as maiores fatias do Orçamento. Cerca de 60, 70% são desviados. É onde mais se rouba. Exemplo: na Saúde e Educação, reforma de hospitais e escolas que levam grande parte da nossa grana; essa merenda escolar, ela é desviada. Só dá salafrario. Estão aí as principais fontes de desfalque do nosso dinheiro. 'Há um detalhe impressionante, por que é fácil roubar na Saúde e Educação? Repasses de até 100 mil reais são a principal fonte de roubalheira porque eles pegam essa grana e pulverizam, dificultando o rastreamento. E não existe fiscalização. R$ 100 mil é merreca, não vamos ficar atrás de merreca". É uma vergonha, disse o Canázio, 'e a gente fica cobrando de médicos e professores algo que não depende deles'. 'E quem rouba mais, prefeitos e ex-prefeitos, que se tornam réus em processos em Brasília'.
Canázio falou também que é comum utilizar verba da Saúde e Educação para outros fins, outras pastas e serviços. Se contrata serviços que o servidor público já faz. "Qual a conclusão? Falta fiscalização, mecanismos de verificar como nosso dinheiro foi gasto. Se não houver controle, fica fácil roubar, prejudicando criança e doente, que covardia". Canázio lembrou o caso do 'laranja' em Teresópolis e comparando a quadrilha que assaltou o hotel Santa Teresa com a quadrilha que age em Santa Teresa. "E pra recuperar essa grana roubada demora, ao menos, uns 20 anos". "No Japão, mais de duas mil pessoas são envolvidas em corrupção e estariam mortas de vergonha".

'Se não houver controle das verbas nesta imensidão chamada Brasil, fica fácil roubar', lamenta Canazio, sobre notícia de desvio de dinheiro
GLOBO-RJ

AECIO E A OPOSICINHA

Aécio e a Oposicinha


No dia 08/07, uma reportagem do jornal Valor Econômico apontava que Aécio Neves “radicalizaria” contra o governo. Leiam:
Aécio radicaliza oposição ao governo – O senador Aécio Neves (PSDB-MG) deve retomar as atividades parlamentares na próxima semana (…) Ontem, demonstrou que chegará a Brasília disposto a radicalizar no tom oposicionista. Pouco antes de almoçar com o presidente tucano, deputado Sérgio Guerra (PE), e o presidente do Instituto Teotônio Vilella, o ex-senador Tasso Jereissati (CE), no apartamento que mantém em Belo Horizonte, Aécio fez o seguinte balanço dos primeiros seis meses do governo da presidente Dilma Rousseff: “É um primeiro semestre extremamente negativo, talvez o mais negativo do que qualquer governo da nossa história política recente” (…) Aécio disse estar disposto a influir na próxima semana na votação do novo rito das medidas provisórias. (…) Guerra e Tasso se esquivaram em comentar o que os motivou para viajar ainda ontem a Belo Horizonte, uma vez que o próprio Aécio afirmou que já deve estar na próxima semana em Brasília. “Eu estava curioso em ver como o Aécio fica de tipoia”, limitou-se a gracejar Tasso. ” Estamos aqui não para tratar de 2014, mas do próximo ano. Queremos eleger 900 prefeitos em 2012″, disse Guerra. (grifos nossos)
Comentário
AÉCIO NÃO FEZ NADA. Falou, fez pose com Guerra e Jereissati, mas uma vez em Brasília continuou insípido, inodoro e incolor. Infelizmente, claro, pois se há mesmo todo esse potencial de liderança, e até a declarada disposição de “radicalizar”, como diabos ele desaparece justamente na semana em que prometeu finalmente atuar como um senador de oposição?
Não é que não houve radicalismo. Esse grupo tucano, muito infelizmente, precisa entender que são oposição ao governo, e não uns aos outros do mesmo partido. E esses jantares encenados se tornam ainda mais patéticos quando, na prática, nenhum dos três realmente se coloca de forma oposta ao governo. Guerra e Tasso? Aécio, para dizer o mínimo, merece companhias melhores caso queira fazer oposição de fato.
DO B. IMPLICANTE

As férias de Pagot

A faxina de Dilma Rousseff no Dnit não tem paralelo na história deste país.
A presidenta varreu do órgão várias cabeças acusadas de corrupção. E a maior delas foi varrida para debaixo do tapete.
As férias do diretor-geral Luiz Antonio Pagot se tornaram o grande enigma da República. Mais alta patente da turma do PR suspeita de inflar valores de obras, Pagot já desafiou Dilma publicamente a demiti-lo.
Fez isso em dois depoimentos no Congresso Nacional, aos quais compareceu sacrificando dois dias de suas férias. Talvez a presidenta tenha considerado essa punição suficiente.
Os demitidos do Dnit devem estar lamentando que suas férias não tenham coincidido com o escândalo. É mesmo muito azar.
Mas não é justo o que Dilma está fazendo com Pagot. Ele não sabe se voltará das férias para a farra do Dnit ou se sua cabeça será trocada por mais alguns favores ao PR. Assim não dá para relaxar.
Se Pagot vier a ser demitido por Dilma um mês depois das acusações, terá sido o primeiro caso na história de corrupção pré-datada. O crime só compensa em 30 dias.
O problema, como sempre, é a imprensa. A seleção brasileira perde quatro pênaltis contra o Paraguai e os jornalistas continuam falando do Dnit. Assim fica difícil empurrar o Pagot com a barriga.
Deve ser por isso que Lula meteu o pau de novo na imprensa burguesa, dessa vez no congresso da UNE.
O ex-presidente disse aos seus estudantes de aluguel que não importa o que os jornais de São Paulo e do Rio de Janeiro publicam, porque o ABC e a Baixada Fluminense não lêem. O ideal era que ninguém lesse nada, para não atrapalhar o expediente no Dnit.
Seja qual for o destino de Pagot, ele já entrou para a história. Com suas férias blindadas, provou que com boa vontade da chefia – e dos seus patrocinadores – até a corrupção é relativa.
GUILHERME FIUZA
REV.EPOCA

Herança Maldita?

Tenho lido diariamente que: Dia sim e no outro também, a PresidANTA Dilmarionete pegou um abacaxi do seu antecessor, o EX presidente Defuntus Sebentus.
O país sem rumo, políticamente loteado, e a corrupção correndo solta. Tem jornaleiro fazendo o trabalho de desvincular a PresidANTA desse angú todo jogando para o público a tal Herança Maldita.
Mas...quem é que governou o país desde a queda do Zé Desceu?
Quem era a mãe do PAC? 
Quem era a "gerentona"?
Hoje ela está segurando o abacaxi que ela mesmo ajudou a plantar, e a imprensa amestrada sempre tentando desviar a atenção poupando a presidANTA.
O governo da Dilmarionete é a sequencia do governo do Sebento e todos os escândalos de corrupção, todas as mazelas que explodem diariamente na mídia foram apenas adiadas pela imprensa amestrada por conta das eleições.
TUDO o que está acontecendo no Brasil de hoje, não é uma herança maldita ou bendita como querem os ratos vermelhos. Tudo o que acontece é a continuidade da falta de ética e de responsabilidade do governo do Sebento.
A Dilmarionete é parte da quadrilha e não tem peito e nem condições de colocar um fim nessa bandalheira. Ela vai enrolar por quatro anos, a imprensa vai alisar o quanto puder, e o Sebento volta em 2014 como o salvador da pátria e tudo vai continuar como está.
A corrupção no Brasil é endemica e hereditária.
Desde o governo do Sebento o problema no ministério dos transportes é sabido por todos. A situação se agravou no governo da Dilmarionete com a denuncia da imprensa, e desse dia em diante o troca troca nessa pasta começou, mas sai um corrupto e entra outro tão sujo ou mais no lugar, a imprensa denuncia, tiram esse e colocam outro. E assim vai a enrolação de uma situação que a PresidANTA NÃO QUER resolver.
Vão tentar levar essa sacanagem até quando a imprensa cansar de denunciar ou até que apareça um outro motivo para desviar as atenções do país.
E os corruptos do PR continuarão desviando, fraudando e superfaturando no Ministério dos Transportes até 2014, onde tudo vai continuar placidamente com a conivência do povo. 
E a oposição...essa chora todos os dias por não fazer parte da "tchurma".
DO BLOG O MASCATE

Balconista de farmácia fica surpreso ao saber que é sócio de empreiteira contratada para recuperar Teresópolis

Por Antônio Werneck, no Globo:
Balconista de uma farmácia em Teresópolis, um rapaz simples, de 23 anos, ficou surpreso ao saber pelo GLOBO que pode estar sendo usado há dois anos como “laranja” no contrato social da construtora RW Construtora e Consultoria Ltda - que ganhou contrato para receber 64% dos R$ 7 milhões do Ministério da Integração Nacional liberados para as obras de recuperação do município, atingido pelas enxurradas de janeiro.
Sócio da RW, de acordo com as investigações da CGU, o balconista até 2009 era apenas dono de uma videolocadora na cidade, a Virtual. Ele conta que, naquele ano, faliu e recorda-se de ter assinado alguns papéis para encerrar os negócios. “Estou surpreso, mas posso dar todas as explicações necessárias. Realmente fui sócio da locadora, mas da construtora só ouvi falar pelo noticiário”, assegurou o rapaz, cujo nome não será divulgado porque sua eventual participação nas irregularidades ainda é apurada.
A empresa, segundo relatório da CGU, já recebeu R$ 873 mil dos R$ 4,5 milhões contratados. Além do balconista, outras três pessoas figuram como sócias da RW, entre elas o empresário que deu um depoimento ao Ministério Público Federal iniciando toda a investigação sobre desvios de recursos e pagamentos de propinas nas obras de recuperação da Região Serrana.
A CGU, conforme O GLOBO revelou na segunda-feira, determinou o bloqueio de contas da prefeitura de Teresópolis e a devolução dos recursos federais repassados ao município . A decisão foi tomada após os técnicos da Controladoria terem constatado que uma quadrilha usou notas frias, pagamentos fictícios e até “laranjas” para desviar recursos públicos. Em nota, a prefeitura de Teresópolis negou na segunda-feira qualquer irregularidade, garantindo ainda que suas contas não foram bloqueadas. A prefeitura também informou que, até agora, pagou apenas cerca de R$ 500 mil à RW. Aqui