São as pastas onde mais se rouba; as duas recebem as maiores fatias do Orçamento. Cerca de 60, 70% são desviados. É onde mais se rouba. Exemplo: na Saúde e Educação, reforma de hospitais e escolas que levam grande parte da nossa grana; essa merenda escolar, ela é desviada. Só dá salafrario. Estão aí as principais fontes de desfalque do nosso dinheiro. 'Há um detalhe impressionante, por que é fácil roubar na Saúde e Educação? Repasses de até 100 mil reais são a principal fonte de roubalheira porque eles pegam essa grana e pulverizam, dificultando o rastreamento. E não existe fiscalização. R$ 100 mil é merreca, não vamos ficar atrás de merreca". É uma vergonha, disse o Canázio, 'e a gente fica cobrando de médicos e professores algo que não depende deles'. 'E quem rouba mais, prefeitos e ex-prefeitos, que se tornam réus em processos em Brasília'.
Canázio falou também que é comum utilizar verba da Saúde e Educação para outros fins, outras pastas e serviços. Se contrata serviços que o servidor público já faz. "Qual a conclusão? Falta fiscalização, mecanismos de verificar como nosso dinheiro foi gasto. Se não houver controle, fica fácil roubar, prejudicando criança e doente, que covardia". Canázio lembrou o caso do 'laranja' em Teresópolis e comparando a quadrilha que assaltou o hotel Santa Teresa com a quadrilha que age em Santa Teresa. "E pra recuperar essa grana roubada demora, ao menos, uns 20 anos". "No Japão, mais de duas mil pessoas são envolvidas em corrupção e estariam mortas de vergonha".
'Se não houver controle das verbas nesta imensidão chamada Brasil, fica fácil roubar', lamenta Canazio, sobre notícia de desvio de dinheiro
GLOBO-RJ
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