terça-feira, 24 de abril de 2018

Toffoli despreza os fatos para bancar sua tese nefasta

Ao votar pelo envio das delações da Odebrecht para a Justiça Federal de São Paulo, Dias Toffoli alegou que a investigação sobre os crimes relatados envolvendo Lula se encontraria “em fase embrionária”.
É uma mentira. As investigações sobre a reforma do sítio de Atibaia e o terreno do Instituto Lula foram concluídas antes mesmo do acordo de colaboração da Odebrecht.
Em relação a não haver “liame” entre a propina de Lula e os contratos da Odebrecht, não é preciso ir muito longe. O próprio Emílio disse que a Petrobras era “sócia, fornecedora e cliente”.

Partidos pedem intervenção na Secretaria de Segurança do Maranhão

Dez partidos de oposição ao governador Flávio Dino, do PC do B, protocolaram na PGR um pedido de intervenção federal na Secretaria de Segurança Pública do Maranhão.
O motivo é a ordem da PM maranhense para monitorar opositores políticos de Dino, publicada por O Antagonista quatro dias atrás. Assinam o pedido de intervenção, entre outras siglas, MDB, PSDB e PSD.
Depois que o caso veio à tona, o governador exonerou dois oficiais da PM e foi ao Twitter acusar a “máfia” do Maranhão de usar o episódio de forma política.

Uma cuspida na cara dos brasileiros

Marcelo Odebrecht, condenado pela Lava Jato, disse a Sergio Moro que pagou propina a Lula na reforma do sítio em Atibaia e na compra do terreno do Instituto Lula.
Ele disse também que Lula tinha uma conta corrente no departamento de propinas da empreiteira, que foi descoberta pela Lava Jato.
Agora Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski decidiram que nada disso tem a ver com a Lava Jato.
É uma cuspida na cara dos brasileiros.

O aliado Gilmar Mendes

Wadih Damous disse que Gilmar Mendes é um aliado do PT.
Ele é bem mais do que isso.

STJ livra Battisti da tornozeleira

O STJ afastou hoje todas as medidas cautelares impostas ao terrorista Cesare Battisti, inclusive a obrigação de usar tornozeleira eletrônica e de não deixar Cananeia, onde mora, informa Fausto Macedo.
Battisti foi preso no ano passado, com dólares e euros, na fronteira com a Bolívia. A Justiça decretou sua prisão preventiva, por tentativa de evasão de divisas.
O TRF-3 revogou a ordem e o libertou, mas impôs restrições, como a tornozeleira. Agora, o STJ o dispensou das restrições, acolhendo o argumento da defesa de que não há risco de fuga.
Condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos, o terrorista continua aqui graças à cortesia de Lula, que impediu sua extradição em 2010.

À procura de outro bunker

O Antagonista soube que a PF está em busca de um bunker de um lobista que faria o de Geddel Vieira Lima virar trocado.

Azeredo leva PSDB junto com ele para o xadrez


Em 2005, quando o mensalão mineiro do PSDB escalou as manchetes nas pegadas do mensalão do PT, o tucanato passou a mão na cabeça de Eduardo Azeredo, que presidia a legenda. Nessa época, como agora, os tucanos preferiam apontar os erros alheios. Criticavam a tesouraria petista de Delúbio Soares, anabolizada pelas mágicas financeiras de Marcos Valério, o mesmo operador da caixa Azeredo. A complacência tucana transformou o calvário penal de Azeredo num espetáculo de desmoralização partidária. Agora, condenado em segunda instância, Azeredo roça as grades. Irá para a cadeia com a ficha de filiação ao PSDB intacta, levando a legenda junto com ele.
Ao adular Azeredo, o tucanato não se deu conta de que, assim como o PT flertava com o risco da desmoralização ao tolerar Delúbio, o PSDB também comprometia o seu futuro ao tratar com “consideração” quem merecia punição. Ficou entendido que não havia inocentes na legenda. Condenado, na primeira instância, Azeredo continou filiado ao partido. Nenhum correligionário jamais ousou representar contra ele no conselho de ética da legenda.
O tempo passou. Gravado num diálogo vadio com Joesley Batista, delatado por Marcelo Odebrecht e Cia., investigado em nove inquéritos no Supremo, Aécio Neves também recebeu dos correligionários muita “consideração”. Na semana passada, Aécio virou réu. Na próxima semana, pode perder o foro privilegiado. Descobriu-se que há apenas dois tipos de tucanos: os culpados e os cúmplices.
Candidato à Presidência, o tucano Geraldo Alckmin esqueceu seu próprio contencioso judicial para sustentar, na semana passada, que Aécio já não exibe condições para ser candidato a qualquer cargo eletivo em 2018. Alckmin decerto pregará a expulsão de Azeredo. Contudo, chutar cahorro morto a essa altura é o pior tipo de oportunismo. O PSDB, como o PT, perdeu todas as oportunidades que a história ofereceu para demonstrar que possui uma noção qualquer de ética.
Josias de Souza

Gleisi acredita que o Brasil é terra sem lei e reage à decisão judicial que proíbe visitas a Lula

DO UCHO.INFO

Alguém precisa avisar ao Partido dos Trabalhadores e à sua horda de seguidores que o Brasil não tem dono, que Lula é um criminoso comum condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, que a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba não é local de peregrinação e que no País ainda há leis vigentes.
Preocupados com a cizânia que pode levar o partido à implosão, os “companheiros” insistem em transformar a cela da PF, na qual Lula cumpre pena de prisão, em uma espécie de escritório político do ex-presidente.
Acreditando na tese absurda de que a prisão Lula é uma mentira fruto de perseguição política e caçada judicial, o PT fomentou nos últimos dias uma série de tentativas de visitas ao ex-metalúrgico, como se inexistissem regras para tal procedimento.
Presidente nacional do PT e guindada ao cargo para ser anteparo do petista-mor, a senadora paranaense Gleisi Helena Hoffmann desqualificou a decisão da juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, que proibiu visitas a Lula.
“Prepotente, arbitrária, ilegal a decisão judicial que nos impede de visitar Lula! Não estamos na normalidade política, institucional. A democracia está morrendo no Brasil!”, declarou Gleisi Helena, que crê ser o ex-presidente inimputável e acima da lei.
A juíza Carolina Lebbos proibiu qualquer visita a Lula, exceto as dos advogados, que podem ser diárias, e as dos familiares, às quintas-feiras. A decisão alcançou, de uma só vez, a ex-presidente Dilma Vana Rousseff, Adolfo Pérez Esquivel, Gleisi Hoffmann e o petista Paulo Pimenta.Dilma esteve em Curitiba nesta segunda-feira para visitar o antecessor, mas foi obrigada a se contentar a um discurso monitorado diante dos falsos oblatos que estão na capital paranaense defendendo a imediata liberdade do alarife do Petrolão.
Líder do PT na Câmara dos Deputados, o gaúcho Paulo Pimenta manteve para as 11 horas desta terça a inspeção que a comissão externa programou para fazer na sala especial que a PF preparou para o ex-presidente.
“Ergueram uma ditadura em Curitiba e estão rasgando a Constituição e os tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário”, denunciou Pimenta. O PT continua a desafiar a Justiça, o que compromete a situação de Lula no âmbito dos recursos judiciais.
De acordo com Paulo Pimenta, a decisão de manter a inspeção na cela ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O que certamente provocará considerável confusão, algo que no momento atual a esquerda busca de maneira obsessiva.
“Em nenhum momento a comissão solicitou à juíza Carolina Lebbos autorização para a inspeção, pois se trata de prerrogativa constitucional da Câmara dos Deputados formar comissões externas para que averiguem condições carcerárias em todo o território nacional, inclusive na sede da Polícia Federal em Curitiba. A comissão comunicou à juíza a data da realização da inspeção e lhe solicitou providências junto à Polícia Federal para viabilizar o acesso da delegação parlamentar”, afirmou Pimenta em nota enviada à imprensa.

Lava Jato faz buscas nos gabinetes do deputado Eduardo da Fonte e do senador Ciro Nogueira, do PP

Operação foi autorizada pelo ministro Edson Fachin. Segundo investigadores, a suspeita é de obstrução de Justiça. O senador e o deputado disseram que estão à disposição da Justiça.

Por Camila Bomfim e Ana Paula Andreolla*, TV Globo, Brasília
A Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de busca nesta terça-feira (24) nos gabinetes e também nos apartamentos funcionais do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e do senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional da legenda.
O mandado foi autorizado pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A operação foi deflagrada em conjunto com a Procuradoria Geral da República. A PF também cumpriu mandado de prisão contra o ex-deputado Márcio Junqueira, de Roraima. Ele foi preso em Brasília.
As investigações apuram uma suposta tentativa de obstrução de Justiça. De acordo com investigadores, Eduardo da Fonte e Ciro Nogueira são suspeitos de comprar o silêncio de um ex-assessor do senador que vem colaborando com a Justiça. O assessor detalhou que recebia o pagamento em espécie e quem repassava o dinheiro era o ex-deputado Márcio Junqueira.
Segundo investigadores, o ex-assessor colabora com diversas investigações no âmbito da Lava Jato e teria sido ameaçado de morte. Por conta das ameaças, ele foi incluído no programa de proteção à testemunha.
A PF cumpriu oito mandados de busca e apreensão – todos em endereços ligados aos três alvos da operação desta terça-feira.
Defesa do senador Ciro Nogueira
A defesa de Ciro Nogueira disse, por meio de nota, que acompanhou as buscas da PF na casa e no gabinete do senador. A defesa afirmou, ainda, que desconhece as razões da determinação judicial.
"É certo que o Senador sempre se colocou à disposição do Poder Judiciário, prestando depoimentos sempre que necessário e, inclusive, já foi alvo de busca e apreensão. Continuará a agir o Senador como o principal interessado no esclarecimento dos fatos", disse o advogado do senador.
Segundo a assessoria do senador, ele está em missão oficial em Bruxelas, na Bélgica, participando de um evento da Organização Mundial do Comércio (OMC) de 24 a 26 de abril.
Defesa do deputado Eduardo da Fonte
O deputado Eduardo da Fonte disse que está à disposição da Justiça. "Estou à disposição da Justiça sempre. Confiamos nela e em Deus", afirmou por meio de sua assessoria.
Segundo a PF, o deputado Eduardo da Fonte estava em seu apartamento em Recife, na praia de Boa Viagem, e acompanhou o cumprimento do mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal. Quatro policiais federais participaram da ação. O material apreendido será levado para Brasília, inclusive um telefone celular do parlamentar.
A Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados informou que acompanhou a operação de busca e apreensão no gabinete e no apartamento funcional do deputado.
*Colaborou o G1 PE

Dirigentes do PP alvos da Lava-Jato são acusados de comprar silêncio de testemunha

Nota da PGR cita também ameaças para mudar teor de depoimentos desfavoráveis aos investigados

por
BRASÍLIA - O senador Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e o ex-deputado Márcio Junqueira são investigados por tentativa de comprar o silêncio de um ex-assessor que estava colaborando com as investigações. Em nota, a Procuradoria Geral da República explicou que a testemunha também teria sofrido ameaças. Todos eles foram alvo de mandados cumpridos por agentes da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira.
"Alvo do mandado de prisão, o ex-parlamentar é apontado como o intermediário do esquema, que inclui o pagamento de despesas pessoais, ameaças e até proposta para a mudança do teor de depoimento que incriminaria os alvos da operação de hoje", diz a nota da PGR, que não cita o nome dos envolvidos porque a investigação está sob sigilo.
O ex-parlamentar mencionado é Márcio Junqueira. "O objetivo das medidas cautelares é reunir mais provas de que os dois políticos tentavam comprar o silêncio de um ex-assessor que tem colaborado com as investigações", diz a nota.
No total foram nove mandados, sendo oito de busca e apreensão e uma de prisão preventiva, essa última contra Junqueira.
"Além dos gabinetes ocupados pelos parlamentares no Congresso Nacional e dos respectivos apartamentos funcionais, em Brasília, foram realizadas buscas em endereços residenciais na capital federal, em Teresina (PI), Recife (PE) e Boa Vista (RR).
As ordens foram determinadas pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato do Supremo Tribunal Federal (STF) após pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge", diz a nota da PGR.


Governo Temer virou uma contagem regressiva

Josias de Souza

Michel Temer já não consegue apoio congressual nem para aprovar uma medida provisória com regras trabalhistas. O mercado vai reajustando para baixo suas previsões de crescimento da economia em 2018. A honestidade no setor público virou uma grande utopia. O que o presidente chama de reputação constitui, na verdade, a soma dos palavrões que sua impopularidade de 70% inspira nas esquinas e nos botecos. Com tudo isso, o suplício ainda vai durar oito meses e uma semana. Repetindo: faltam 253 dias para Temer retornar a São Paulo —ou ser levado para Curitiba.
O ocaso do governo Temer será um triste espetáculo. Hoje, o presidente é uma pequena criatura. A partir de outubro, quando as urnas pronunciarem o nome do sucessor, o poder do atual inquilino do Planalto deve virar um asterisco perdido em meio à  transição. Até lá, sempre que Temer enaltecer a própria gestão, como fez em rede nacional de TV na sexta-feira, muitos brasileiros desejarão viver no país que o presidente descreve com tanto enstusiasmo, seja ele onde for. Mas o Brasil real continuará sendo um lugar onde a vulgaridade política atrapalha a economia.
A administração Temer entrou em parafuso no dia 17 de maio de 2017, quando veio à luz o grampo do Jaburu. Desde então, a prioridade do presidente é não cair. Num primeiro momento, trocou a reforma da Previdência pelo congelamento de duas denúncias criminais. Agora, à espera da terceira denúncia, nomeou um ministério de nulidades para adular os partidos. Temer luta para retocar uma biografia em frangalhos, ao mesmo tempo que tenta restaurar a unidade de aliados que querem o cofre, não um bom nome.
Crivado de velhas denúncias e de novos inquéritos, Temer é salvo pela ausência de um vice. Foi condenado pela falta de alternativas a conduzir até o final um governo no qual a honestidade virou uma grande utopia. O que Temer chama de reputação constitui, na verdade, a soma dos palavrões que sua impopularidade de 70% inspira nas esquinas e nos botecos.
O amigo José Yunes acaba de informar à Polícia Federal que avisou a Temer sobre o envolope com propina que o ministro palaciano Eliseu Padilha mandou entregar no seu escritório, em São Paulo. Até o final da semana, a Polícia Federal deve pedir nova prorrogação do inquérito sobre portos. Mas não há de ser nada. Na contagem regressiva em que se converteu o governo, quinta-feira é dia de reajustar o Bolsa Família. Faltam 253 dias.