segunda-feira, 17 de abril de 2017

STF deu carta branca à Polícia Federal. É agora ou nunca!

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, determinou hoje (17) o envio dos inquéritos envolvendo os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL) para a Polícia Federal (PF). A decisão dá início ao processo de investigação na PF, que poderá solicitar quebras de sigilo telefônico e fiscal, além da oitiva dos próprios acusados.
As investigações envolvendo outros parlamentares também deverá seguir o mesmo procedimento nos próximos dias. Os inquéritos foram abertos pelo ministro, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), para apurar citações aos nomes dos parlamentares nos depoimentos de delação de ex-executivos da empreiteira Odebrecht.
Aécio Neves e Romero Jucá são os que acumulam o maior número de pedidos de investigações na Lava Jato, cinco ao todo. Renan Calheiros foi citado em quatro inquéritos envolvendo a Odebrecht e passou a responder a 12 investigações na operação.
Outro lado
Após a abertura da investigação, o senador Aécio Neves disse considerar “importante o fim do sigilo sobre o conteúdo das delações”. Segundo o comunicado, a divulgação das colaborações premiadas foi solicitada pelo próprio parlamentar a Fachin na semana passada. “[Aécio Neves] considera que assim será possível desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta correção de sua conduta”, informou a assessoria do senador.Já Romero Jucá disse que “sempre esteve” e “sempre estará” à disposição da Justiça para qualquer informação. “Nas minhas campanhas eleitorais, sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas”, disse o parlamentar, também por meio de nota.
Renan Calheiros disse que a abertura dos inquéritos permitirá que ele possa conhecer “o teor das supostas acusações para, enfim, exercer meu direito de defesa sem que seja apenas baseado em vazamentos seletivos de delações”.
“Um homem público sabe que pode ser investigado. Mas isso não pode significar uma condenação prévia ou um atestado de que alguma irregularidade foi cometida. Acredito que esses inquéritos serão arquivados por falta de provas, como aconteceu com o primeiro deles”, argumentou o senador e ex-presidente do Senado.(ABr)
Via juntospelobrasil.com? DO N.ATUAL

Primeiramente, fora Lula!

Lula viveu de obséquios. Vive.
O dinheiro não o atrai.
A rotina da política, tampouco.
O conforto e as facilidades, sim.
Terceiriza a missão de obtê-las
Arte: Antonio Lucena
Por Ricardo Noblat

Quem foi Marcelo Odebrecht?
O mandachuva do país durante o reinado do PT? O chefe de uma sofisticada organização criminosa? Ou o “bobo da corte” afinal preso e forçado a delatar?

E Lula, quem foi?
O primeiro operário a chegar ao poder? O maior líder popular da História? Ou o presidente que fez da corrupção uma política de Estado?

Marcelo será esquecido. Luiz Inácio Odebrecht da Silva, jamais.
Em dezembro de 1989, poucos dias após a eleição do presidente Fernando Collor de Melo, o deputado Ulysses Guimarães (PMDB-SP), ex-condestável do novo regime, almoçava no restaurante Piantella, em Brasília, quando entrou a cantora Fafá de Belém, amiga de Lula. “Como vai Lula?”, perguntou Ulysses. Fafá passara ao lado dele o domingo da sua derrota para Collor.
E contou: “Lula ficou muito chateado, mas começamos a beber e a comer, os meninos foram para a piscina e ele acabou relaxando”. Ulysses quis saber: “Tem piscina na casa de Lula?” Fafá explicou: “Tem, mas a casa é de um compadre dele, o advogado Roberto Teixeira”. Ulysses calou-se. Depois comentou com amigos: “O mal de Lula é que ele parece gostar de viver de obséquios”. Na mosca!
Lula viveu de obséquios. Vive. O dinheiro não o atrai. A rotina da política, tampouco. O conforto e as facilidades, sim. Terceiriza a missão de obtê-las.
O poder sempre o fascinou. E para conquistá-lo e mantê-lo, mandou às favas todos os escrúpulos que não tinha.
Os que o cercam em nada se surpreenderam com a figura que emerge das delações dos executivos da Odebrecht.
É um pragmático, oportunista, que se revelou um farsante. Emilio, o patriarca dos Odebrecht, decifrou Lula muito antes de ele subir a rampa do Palácio do Planalto. Conquistou-o com conselhos e dinheiro.
Perdeu nas vezes em que ele foi derrotado. Recuperou o que perdeu e saiu com os bolsos estufados quando Lula e Dilma governaram. Chamava-o de “chefe”. Emílio era o chefe.
Nos oito anos da presidência do ex-operário que detestava macacão e sonhava com gravatas caras, o país conviveu com o Lula que pensava conhecer e, sem o saber, também com Luiz Inácio Odebrecht da Silva, só conhecido por Emílio e alguns poucos.
“Cuide do meu filho”, um dia Lula pediu a Emílio. Que retrucou: “Cuide do meu também”. Emílio cuidou de Fábio. Lula, de Marcelo.
De Lula cuidaram Emílio e Marcelo, reservando-lhe uma montanha de dinheiro em conta especial para satisfazer-lhe todas as vontades. Lula retribuiu com decisões governamentais que fizeram a Odebrecht crescer muito mais do que a Microsoft em certo período.
A Odebrecht pagou a Lula, e Lula pagou a Odebrecht, com a mesma moeda – recursos públicos. Quem perdeu com isso?
A Odebrecht ganhou mais dinheiro à custa de Lula do que ele à custa dela, mas Lula foi mais esperto. Criou seu próprio banco, administrado pela empreiteira. E quando precisava sacar, outros o faziam em seu nome.
Imagina não ter deixado impressões digitais nas negociatas em que se meteu. A polícia já identificou muitas. E outras serão identificadas antes do seu depoimento em Curitiba.
Corrupção mata. Mata sonhos, esperanças, alucinações. Mata o passado, o presente e compromete o futuro. Mata também de morte morrida à falta de saneamento, hospitais, escolas, segurança pública. A impunidade mata tanto ou mais.
A hora e a vez são da Justiça. E ela será julgada pelo que fizer ou deixar de fazer.17/04/2017 DO R.DEMOCRÁTICA

Suíça fornece dados de servidor da Odebrecht ao Brasil sobre o caminho do dinheiro

 Informações armazenadas em backup da empresa mantido no país trazem extratos, beneficiários e rota de supostas propinas

GENEBRA - A Suíça compartilhou com os procuradores da Operação Lava Jato dados do servidor da Odebrecht no país referentes a pagamentos de propinas, com datas, beneficiários e rota disponível do dinheiro. No total, os suíços confiscaram 2 milhões de documentos, e-mails, extratos bancários e contratos sobre movimentações financeiras da construtora em todo o mundo.
Foto: Jamil Chade/Estadão
Odebrecht na Suíça
Sede da empresa Safe Host, em Genebra, que guardava o servidor da Odebrecht no país
Os dados, segundo os procuradores, devem confirmar conteúdos de delações premiadas de ex-executivos da empresa contra versão contestatória de quase a totalidade dos políticos que são alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal. O senador Romero Juca (PMDB-RR) chegou a chamar os depoimentos de "ficções premiadas".
Quando a Lava Jato começou em 2014, parte dos rastros de pagamentos no Brasil pela Odebrecht foi destruída. Já o servidor que armazena as movimentações de dinheiro da empresa direcionado a propinas foi mantido em Genebra. Sua existência foi revelada pelos próximos ex-funcionários da construtora. 
Em janeiro deste ano, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, estava com uma reunião marcada com o procurador suíço Michael Lauber, em Berna. Antes do encontro, os suíços disseram a Janot que teriam uma “boa notícia” em relação aos dados dos servidores. Mas a reunião jamais ocorreu, já que horas antes o brasileiro teve de retornar ao País por causa da morte do ministro do Supremo, Teori Zavascki. 
Até agora, foram mais de mil relações bancárias identificadas com a Odebrecht em contas na Suíça, com o bloqueio inédito de mais de US$ 1 bilhão. Os dados também mostraram que, apenas pelas movimentações da Odebrecht, cerca de US$ 635 milhões passaram pelas contas secretas. 
Destruição. Em documento obtido pelo Estado no Tribunal Federal Suíça, de 21 de dezembro de 2016, os suíços informam que houve tentativa da Odebrecht em destruir as informações do servidor da empresa mantido no país. “Grande parte dos dados foi deletado antes por ordens da direção ou foi encriptada. Mas elas puderam ser restauradas e decriptadas”, indicou o documento.
“Além disso, milhares de listas foram confiscadas e partes de pagamentos registrados no sistema de contabilidade paralelo foram listadas, com referência às datas dos pagamentos, o valor e o número de codinomes dos recipientes, além da pessoa responsável pelo pagamento”, dizem os suíços.
'Armadilha'. O acesso ao servidor começou a se tornar uma realidade quando Fernando Miggliaccio, ex-executivo da Odebrecht e responsável por fazer pagamentos de propinas, foi preso em Genebra. Em seu depoimento diante do juiz federal Sérgio Moro, ele contou que foi vítima de uma “armadilha” por parte do Ministério Público da Suíça. Miggliaccio foi preso em Genebra em fevereiro de 2016 e sua detenção foi considerada como fundamental para os investigadores. 
Os dados que estavam com ele eram considerados essenciais para entender o pagamento de supostas propinas em diversos países. 
No início da Lava Jato, Miggliaccio foi transferido para fora do Brasil e passou a viver entre a República Dominicana e os Estados Unidos. Em fevereiro do ano passado, Miggliaccio revelou que recebeu uma ligação de um dos bancos onde tinha conta em Genebra, solicitando sua presença física para fechar a conta. “Eu tinha uma conta. É um direito que todos temos”, disse. “Mas o procurador da Suíça armou uma armadilha para mim”, revelou.
“Ele (o procurador) sabia que eu ia lá fechar a conta. Eles na Suíça já tinham conhecimento das denúncias da Odebrecht e sabia que eu era quem contralava tudo isso. Por isso, armou isso”, disse. “Eu não queria ir para lá (Genebra). Foram eles que ligaram para que eu fosse para lá. Depois, ele (o procurador) me disse que montou a armadilha”, disse. 
Miggliaccio passou a responder a um processo por lavagem de dinheiro na Suíça e prestou, nos três meses preso, um total de 14 depoimentos. Em meados do ano passado, depois de aceitar fechar um acordo de delação premiada no Brasil, voltou ao País. DO ESTADÃO

STF vai montar força-tarefa para a Lava Jato

Cármen Lúcia, informa o Jota, decidiu criar um grupo de assessoria especializada que reforçará a equipe do ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato.
Os dois se reuniram hoje para tratar desse tema. Ainda não há detalhes sobre o tamanho desse reforço. DO O ANTAGONISTA

#SanatórioGeral: Abraço da afogada

Dilma acusa Michel Temer de ser parceiro de falcatruas

“Mais uma vez vão cometer uma injustiça e com base em um depoimento absolutamente sofrível. E como o Temer não tem nada a ver com isso? Na campanha, ele arrecadou R$ 20 milhões de um total de R$ 350 milhões. Nós pagamos integralmente todas as despesas dele. Jatinhos, salários de assessores, advogados, hotéis, material gráfico, inserções na TV”. (Dilma Rousseff, em entrevista à Folha, confessando que roubou, mas que atropelou o Código Penal com Michel Temer como co-piloto) DO A.NUNES

Vlady Oliver: A mãe das bombas

É a única coisa que resta para essa gente fazer. Vir a público e dizer: “Nós erramos feio. Fizemos uma monstruosidade com a nossa democracia"

Quando eu era criança, eu me lembro de ouvir que os Estados Unidos tinham poder nuclear para destruir umas vinte vezes o planeta. A extinta União Soviética, umas doze. E ficava me perguntando qual a utilidade de tanta arma apontada para nossas cabeças. Quem seriam os mais perigosos para a vida na Terra: Rússia ou Estados Unidos?
Cinquenta anos depois, eu me deparo com um dilema semelhante, frente ao tamanho das delações da Odebrecht. Diante dos fatos, qual a utilidade de sabermos que “Alckmin é melhor que Sérgio Cabral”? De qual régua torta estamos falando, cara pálida?Confesso que até estou desenvolvendo um certo senso de gratidão para com o governador paulista. Afinal, foi ele que encontrou a porta de saída para esse inferno todo: apresentar gestores. Caras novas. Caras limpas, não contaminadas com toda essa bandalheira. É a única coisa que resta para essa gente fazer. Vir a público e dizer: “Nós erramos feio. Fizemos uma monstruosidade com a nossa democracia”.
Uma desgraça que vai custar o seu futuro e o seu emprego. Mas também vai custar nosso cargo, nossa biografia, nossa aposentadoria e nossas contas nas Bahamas. Mas vamos apresentar a vocês gestores, que possam tirar o país dessa lama em que nós o metemos. O resto é com vocês”. Não é simples?
Quando vejo essa gente se articulando para roubar nossa grana de novo, criando um fundo para financiar dentaduras, laqueaduras e marqueteiros vigaristas, é que eu percebo que o que devo fazer é uma campanha incansável contra todos eles. Que 2018 passe como um trator nesses vigaristas. É a única coisa que nos salva. E viva a democracia !!! DO A.NUNES

EXCLUSIVO: LAVA JATO CONSEGUE ACESSO A BACKUP DA PROPINA

Claudio Dantas O Antagonista

O IMPEACHMENT. A CORRUPÇÃO. ROUBO OU ASSASSINATO?

Joice Hasselmann

OAB pede reforço ao STF para acelerar processos da Lava Jato na Corte


BRASÍLIA – A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu nesta segunda-feira, 21, à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, a instalação imediata de uma força tarefa para agilizar a fase de coleta de provas dos processos relacionados à Operação Lava Jato. Ao fazer referência ao Regime Interno do STF, a OAB pede a convocação de mais juízes auxiliares, “para que a Justiça se concretize para uma nação à espera da redenção”.
Foto: Dida Sampaio/Estadão
Fachin
Ministro do STF Edson Fachin, que determinou abertura de inquéritos contra 71 políticos em exercício no Brasil.
O pedido foi formalizado depois de o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, autorizar a abertura de 74 inquéritos a partir de informações colhidas em depoimentos de 78 executivos e ex-executivos da Odebrecht.  
Atualmente, Fachin conta com três juízes auxiliares, um a mais que os demais integrantes do STF.
“Constam mais de 500 processos (inquéritos e ações penais) de competência originária em trâmite perante o Supremo Tribunal Federal que podem avolumar-se como decorrência das investigações em curso, sendo fato incontroverso que sempre se constituem em questões complexas e volumosas. Esse cenário impinge aos ministros do Supremo Tribunal Federal uma intensidade de atuação incompatível com a atual estrutura”, diz o ofício, assinado pelo presidente da OAB, Claudio Lamachia, pelo coordenador nacional do Colégio de Presidentes de Seccionais da OAB, Homero Junger Mafra, e pelo presidente Colégio de Presidentes dos Institutos dos Advogados do Brasil, José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro.
Para a OAB, a excepcionalidade do atual momento político brasileiro “causa enorme apreensão à sociedade brasileira com possíveis danos à imagem do País no processo de combate à corrupção e de busca de decência na política e na atuação do Estado”.
A OAB ainda observa que “é inegável a mácula contra aqueles que estão sob investigação em inquéritos, bem como os denunciados em ações penais, que se agiganta com o tempo”. 
“Nesse contexto, a diretriz constitucional da duração razoável do processo é garantia que nunca pode ser negligenciada sob pena das consequências nefastas e generalizadas da demora nas decisões e julgamentos”, defende a entidade. DO ESTADÃO

Ritmo do caso Odebrecht depende da Procuradoria, dizem ministros do STF

Josias de Souza

Antevendo a pressão que o Supremo Tribunal Federal deve sofrer para apressar o julgamento dos 76 inquéritos decorrentes da megadelação da Odebrecht, magistrados que integram a Corte alertam: na fase atual, o ritmo depende essencialmente da Procuradoria-Geral da República. O blog ouviu dois dos 11 ministros do Supremo. Ambos potencializaram o papel do procurador-geral Rodrigo Janot e dos procuradores que compõem a força-tarefa da Lava Jato em Brasília.
Um dos ministros explicou: “As pessoas têm a impressão de que a demora se deve ao Supremo. Não é bem assim. Na fase atual, o trabalho envolve a produção de provas. E isso está por conta da Procuradoria que, por sua vez, depende muito da eficiência da Polícia Federal.” O outro magistrado ecoou: “Nesta etapa dos inquéritos, o papel do Supremo se restringe a autorizar procedimentos e diligências requeridas pelo procurador-geral. Algo que o ministro-relator costuma fazer rapidamente.”
O relator da Lava Jato no Supremo é o ministro Edson Fachin. Ele herdou a função de Teori Zavascki, morto num acidente aéreo. Os colegas enxergam em Fachin um perfil semelhante ao de Teori. A exemplo do antecessor, Fachin tende a autorizar a grossa maioria das requisições feitas pelo procurador-geral. Nos próximos dias, choverão sobre sua mesa pedidos de diligências, de oitiva de autoridades de quebras de sigilos bancário e fiscal…
Os ministros realçaram as diferenças entre o mensalão e o petrolão. No escândalo anterior, 40 pessoas foram investigadas, denunciadas e julgadas num mesmo processo. Que consumiu cerca de oito anos entre a abertura do inquérito e a condenação dos culpados pelo plenário do Supremo. No escândalo atual, pelo menos três vezes maior que o anterior, a colaboração da Odebrecht elevou o número de inquéritos para 113. Sem mencionar as cinco denúncias que o Supremo já converteu em ações penais.
A atomização dos processos fará com que alguns caminhem mais rapidamente. Outros talvez flertem com a prescrição dos crimes. Daí a relevância do trabalho da Procuradoria e da Polícia Federal. Os dois órgãos correm contra o relógio para vencer o desafio de produzir em tempo aceitável provas que corroborem as palavras dos delatores.
Outra diferença entre os dois escândalos é que os acusados do petrolão serão processados na Segunda Turma do Supremo, não no plenário. Têm assento nesse colegiado apenas cinco dos 11 ministros da Corte. Além de Fachin, Celso de Mello, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Apenas nos casos que envolvem chefes de Poder —Eunício Oliveira, presidente do Senado, e Rodrigo Maia, presidente da Câmara— a encrenca será transferida para o plenário do Supremo.
Em tese, a concentração na Segunda Turma joga água no moinho da celeridade. Entretando, o blog apurou que falta unidade ao colegiado. O que pode arrastar certos julgamentos. Mas esse problema só deve se materializar nas fases posteriores do processo. Vencida a etapa dos inquéritos, o procurador-geral decidirá se denuncia os acusados ou arquiva os processos. Se denunciar, caberá ao Supremo deliberar se as provas justificam a abertura de ações penais.

#SanatórioGeral: Gol contra

Flávio Dino faz questão de facilitar a surra eleitoral que vai levar em 2018

Flávio Dino, presidente da Embratur
A dinâmica que se desenha é de embate entre o ‘Partido da Lava Jato’ e o Lulismo”. (Flávio Dino, governador do Maranhão, militante do PCdoB e devoto do lulopetismo, oferecendo gratuitamente à oposição um bom slogan para ampliar nas eleições de 2018 a derrota da seita dos adoradores dos quadrilheiros do Petrolão) DO A.NUNES

Pezão caminha célere para o impeachment

Pezão pode cair em dois meses. Essa é a análise que a Assembleia Legislativa faz com relação ao governador. Isso porque em 45 dias será concluída a análise das contas de 2016. “Não há saída possível que não seja rejeitá-la”, diz o deputado Luiz Paulo (PSDB).
Se isso se confirmar, Pezão é enquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal e perde seu mandato. DO R.ONLINE

Eliane Cantanhêde: Galinha dos ovos de ouro

As MPs são ‘relevantes e urgentes’ para o País ou para corruptores e corruptos?

Publicado no Estadão
Entre as suas várias modalidades de “doações”, a benemérita Odebrecht usava uma bastante direta e objetiva: servia para comprar emendas ou a própria redação de Medidas Provisórias, que são editadas pelos governos e votadas pelo Congresso Nacional. As chamadas MPs se transformaram numa espetacular fonte de renda para os políticos brasileiros e isso não tem obrigatoriamente a ver com eleição.
Instrumentos à disposição do presidente da República para casos de “relevância e urgência”, elas produzem efeitos imediatos por até 120 dias, mas só viram efetivamente leis depois de aprovadas pelos deputados e senadores. Se não votadas em 45 dias, trancam a pauta da Câmara e do Senado, deixando os governos preocupados, senão apavorados.
As MPs brilham na Operação Zelotes da Polícia Federal, que investiga a compra de decisões do órgão revisor da Receita Federal e o pagamento de propinas no Executivo e no Legislativo para medidas que favorecessem, entre outros, o setor automotivo. O ex-presidente Lula e seu filho Luís Claudio, por exemplo, foram indiciados nessa operação.
Agora, não é nenhuma surpresa que as MPs voltem a brilhar nas delações da Odebrecht, das quais nada, nem partidos, nem políticos, escapa. Um dos delatores, Cláudio Melo, cita inclusive as três MPs pelas quais a empresa dava mundos e fundos para líderes importantes do Congresso, principalmente, mas não só, do PMDB.
Isso é desmoralizante, desanimador, irritante, enojante, porque a sociedade brasileira já não sabe mais se as medidas editadas pelos sucessivos governos eram de fato “relevantes e urgentes” para o País e seus cidadãos, ou se eram convenientes para grandes corruptores e uma galinha dos ovos de ouro para corruptos.
Além de compra de MPs e projetos, o meio bilhão de reais da Odebrecht (na soma até agora…) tinha variadas serventias: doação de campanha em caixa 1 para candidatos alinhados com o pensamento e os interesses da empresa, o que era legal; doações em caixa 2, que é crime eleitoral; compra de decisões do Executivo federal, estadual e municipal; compra de votos nos legislativos; um troca-troca infernal entre desvios em obras públicas, licitações e propinas; e, enfim, mesadas para manter sob cabresto os diferentes Poderes.
O que Emílio e Marcelo Odebrecht, além de seus executivos, vêm ensinando sobre esse universo de corrupção pode ser estendido, mundo afora, para as empreiteiras, como OAS, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão. E também para os mais variados setores, de produção de carnes (já na Operação Carne Fraca) a bancos (uma Lava Jato à parte).
Chegamos ao fundo do poço? Não! Os depoimentos transmitidos pela TV são só parte das cerca de mil horas de gravações e só de uma empresa e precisamos lembrar que as delações premiadas até aqui são praticamente de empreiteiros, executivos, doleiros, diretores da Petrobrás. Dos políticos, só Delcídio Amaral, que foi aceito, e Pedro Corrêa, que não. O céu é o limite.
A força-tarefa da Lava Jato não parece interessada na delação de um Eduardo Cunha em troca de amenizar sua pena, mas certamente está se coçando pelo que têm a dizer João Santana e Mônica Moura e, particularmente, Antonio Palocci. Além de jararacas, jacarés e crocodilos, virão muitas outras cobras e lagartos.
Nem todo juiz é um Sérgio Moro, nem toda primeira instância é igual às de Curitiba, DF e Rio, mas a tendência é que a Lava Jato produza muitas Lavajatozinhas. Aliás, nem sempre no diminutivo. No Rio, o insaciável Sérgio Cabral e sua quadrilha não devem nada, em valores ou falta de pudor, ao que já vimos na investigação-mãe. E, para quem acha que já viu tudo, grandes revelações ainda surgirão. DO A.NUNES

Hora de acabar com segredinhos na Lava Jato

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Em nome da transparência total e da tolerância zero com o Crime Institucionalizado, a suprema-ministra Cármen Lúcia e o supremo-relator da Lava Jato, Edson Fachin, deveriam tirar o estranho segredo judicial sobre 23 inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal. Depois da divulgação da bombástica delação premiada dos dirigentes da Odebrecht, ficou evidente aos brasileiros que não é justo nem perfeito esconder qualquer fato criminoso que envolva dinheiro público.
O inaceitável segredinho já abre margem para especulações. Quem são os “poderosos” envolvidos em tais casos na última instância do Judiciário? Seriam magistrados, militares, banqueiros, amante de gente muito poderosa ou algum outro considerado acima de bem e do mal? Pouco ou nada imposta. O sigilo inconstitucional tem de ser quebrado em nome da publicidade da administração pública – claramente prevista no artigo 37 da Constituição de 1988 que alguns oportunistas desejam dar uma reformadinha, a fim de tudo fique como sempre esteve em Bruzundanga.
Além dos segredinhos supremos, outro assunto esquisito causa apreensão entre os que sonham com um Brasil passado a limpo na Era Pós-Lava Jato. Por que não estão criando facilidades para que o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil dos desgovernos Lula-Dilma consiga fazer uma delaçãozinha premiada. A família de Palocci pressiona para que ele seja ouvido e possa abrir o jogo sobre tudo que sabe. Exatamente aí residiria o problema. Palocci sabe muito e mais um pouco. O medinho do sistema é que ele fale demais e acabe denunciando gente poderosa demais, sobretudo banqueiros.
Aliás, o Negão da Chatuba reclama que anda cada vez mais intrigado: Como é que não aparecem dirigentes de instituições financeiras, principalmente de grandes bancos, em refinados esquemas de corrupção que envolvem bilhões de reais na Lava Jato e afins? Afinal, dinheiro (sobretudo o roubado) não anda sozinho por aí. Precisa circular, de um modo ou outro, por alguma entidade financeira. Até a agora, a Lava Jato foi muito eficiente em punir empreiteiros e doleiros. Estranhamente, as investigações ainda não chegaram ao andar de cima do rentismo tupiniquim. Será que chegará? Talvez... Por isso valeria ouvir Palocci como delator...
A Lava Jato também precisa ouvir os insistentes clamores da ex-corregedora nacional de Justiça e ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça. Eliana Calmon não cansa de repetir que a Lava Jato tem de pegar membros corruptos do poder togado. A suprema indagação que fica no ar é: o corporativismo dos magistrados vai impedir que alguns deles sejam investigados e eventualmente punidos?
A Lava Jato ainda não chegou à essência da organização criminosa que devasta o Brasil e inviabiliza o pleno desenvolvimento do País. Enquanto isso, o esquema no poder segue em frente com as suas reforminhas – tocadas por muitos dos denunciados em delações premiadas...
Se a amiga falasse...
Pretérito sem futuro

Releia o artigo de domingo: Obituário da Nova República e a “Moab” criminosa

Paraguai que nada...

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Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai! - segunda-feira, 17 de abril de 2017