domingo, 18 de dezembro de 2011

Sindicato, no Brasil, virou negócio

Por Pauilo Celso Pereira, nas Páginas Amarelas de VEJA desta semana:
Nem reforma política nem reforma tributária. Para o gaúcho João Oreste Dalazen, presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a reforma mais urgente hoje no Brasil é a sindical. Depois de 31 anos atuando na solução de litígios entre empregados e empregadores, o ministro traça um perfil sombrio da situação trabalhista no país. Os sindicatos são numerosos, não têm poder de barganha junto às empresas e, em geral, estão interessados apenas em uma fatia do bilionário bolo da contribuição sindical que todo trabalhador é obrigado a recolher. Dalazen considera urgente o Brasil assinar a convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que dá ao trabalhador ampla liberdade de escolher e contribuir para o sindicato de sua preferência. Em vez de enfraquecê-los, ele explica, isso fortaleceria os bons sindicatos. Hoje com 58 anos, Dalazen tem uma trajetória rara na magistratura. Nascido em uma família pobre, foi engraxate, lavador de carro, vendedor de revista, cobrador, balconista, garçom e office boy até ingressar, por concurso, no serviço público.
A demissão do ministro do Trabalho é um sintoma de que existe muita coisa errada no sindicalismo brasileiro?
Há uma grave anomalia na organização sindical brasileira, a começar por essa desenfreada e impressionante proliferação de sindicatos, que está na contramão do mundo civilizado. A redução do número de sindicatos fortalece a representatividade e dá maior poder de barganha. Não se conhece economia capitalista bem-sucedida que não tenha construído um sistema de diálogo social através de sindicatos r¬presentativos e fortes. No Brasil, infelizmente, o panorama é sombrio.
Por quê?
Aqui, os sindicatos, em sua maioria, são fantasmas ou pouco representativos.
(…)
Leia íntegra na revista
Por Reinaldo Azevedo

Que tristeza e miséria, um país não possuir homens à altura do desafio histórico, anestesiado e paralisado por uma figura política que mais se assemelha a um mágico de feira.


Amigos, pior do que essa falência político-administrativa num cenário terrível de uma longa crise internacional está a falta de oposição séria e capaz de uma leitura política das perspectivas e soluções políticas que o país exige.
Esta miopia e incapacidade da oposição é certamente mais grave do que o descalabro irresponsável da situação de quem não poderíamos esperar nada mais sério, pois ficaram décadas fazendo apenas oposição. 
Lembremos que eles não tinham, e reconheceram, não ter projeto para o país.
No futuro será divertido estudar este período onde aparecerá um partido que roubou o legado do outro e ainda levou toda uma nação no gogó, como se palanque fosse.
Que tristeza e miséria, um país não possuir homens à altura do desafio histórico, anestesiado e paralisado por uma figura política que mais se assemelha a um mágico de feira.
Triste país... que é este onde vivemos.
APA 

17 de dezembro de 2011
DO R.DEMOCRATICA

BH quer PT e PSDB se enfrentando em 2012. Mas os dois, unidos, querem o PSB mandando na cidade.

Hoje saiu uma pesquisa Datatempo em Belo Horizonte, o espelho de São Paulo para a oposição. Todos sabem que Aécio Neves manda em Minas, enquanto José Serra enfrenta dura oposição para definir o que é melhor para o PSDB em São Paulo. Serra está sendo crucificado pelo partido porque quer manter a coligação vencedora na capital paulistana com o PSD, ex-DEM. Aécio é elogiado como grande estrategista por querer continuar botando Belo Horizonte nas mãos da Dilma. Lá o ex-governador impede que o PSDB tenha candidatura própria. Vejam o que diz a pesquisa lá em Berizonte...











DO CELEAKS

USP expulsa seis em respeito a 80 mil.

Seis estudantes foram expulsos da Universidade de São Paulo (USP) como punição pela ocupação de um prédio da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas) iniciada em março de 2010. A decisão foi publicada ontem no Diário Oficial dos Estado, em despacho do reitor João Grandino Rodas. O processo foi aberto para apontar responsáveis pelos prejuízos referentes à ocupação. Segundo a Reitoria, a ação dos alunos resultou no extravio de milhares de documentos e de aparelhos eletrônicos, como 17 computadores completos e duas impressoras, entre outros equipamentos. A principal reivindicação do movimento, intitulado Moradia Retomada, é o aumento de vagas no Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo (Crusp). A sala do Bloco G do Coseas continua ocupada pelos alunos, que a transformaram em moradia.
Foram expulsos Aline Dias Camoles e Bruno Belém, da Escola de Comunicação e Artes (ECA), e Amanda Freire de Souza, Jéssica de Abreu Trinca, Marcus Padraic Dunne e Yves de Carvalho Souzedo, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Ao todo, eram 13 processados. Cinco foram inocentados e dois dos punidos já não estudam mais na universidade. A punição foi decidida por uma comissão formada por três professores e o reitor acatou o relatório - que tem como fundamento o regimento disciplinar de 1972, época da ditadura militar. A decisão ainda teve respaldo, segundo a Reitoria, da maioria dos dirigentes das unidades.
Rodas entende que a relação com os alunos não fica prejudicada. “Administradores públicos devem cumprir uma série de obrigações legais, sob pena de responsabilidade. Assim, a questão de ‘ambiente’ acaba por ser irrelevante.” O diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Thiago Aguiar, considerou a punição absurda. “Não é de hoje que a USP tem punições a todos que fazem ou fizeram algum tipo de mobilização crítica. Mas agora é mais grave, foram expulsões.” Aguiar critica a falta de critérios, uma vez que cerca de 50 alunos participaram da ocupação. “O expediente das punições é obscuro. A Reitoria seleciona quem quer punir e faz isso.”
O presidente do Sindicatos dos Servidores da USP (Sintusp), Magno Carvalho, também condenou a decisão. “O reitor esperou o fim das aulas para divulgar isso. Fez em um momento em que se vai ter dificuldade de reação, a maioria das aulas acabou.” O reitor negou que tenha aguardado o fim das aulas. “Não há dia apropriado para se tomar conhecimento de decisões desagradáveis”, disse. Alunos podem recorrer à Procuradoria da USP. Os expulsos não foram encontrados para comentar a decisão.(Estadão)