Hugo Bachega, da Reuters
Servidores
federais de diversos órgãos e ministérios estão em greve em todos os
Estados, reivindicando recomposição salarial e restruturação de
carreira, entre outros pontos.
Professores
de universidades federais estão parados desde 17 de maio e a maioria
dos demais servidores cruzou os braços em 11 de junho. Nas agências
reguladoras, o movimento foi iniciado em 16 de julho.
Veja abaixo outras informações sobre as greves:
Quantos são.
A estimativa dos sindicatos é que 350 mil servidores aderiram à greve,
que atinge mais de 30 setores em todos os Estados, segundo a
Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
O governo, porém, diz que a adesão não chega à metade desse número.
O que querem. Entre
as reinvidicações dos grevistas estão recomposição salarial,
reestruturação da carreira, mais concursos e melhores condições de
trabalho. Os pedidos de aumento variam de 4 por cento a 150 por cento,
dependendo da categoria.
O que diz o governo.
Para o governo, seria impossível atender todos os reajustes diante da
necessidade de conter o aumento de gastos devido às incertezas
provocadas pelo crise econômica internacional, que deve continuar a
provocar efeitos no Brasil em 2013.
O
impacto nas contas da União, caso todos os reajustes fossem concedidos,
seria de 92 bilhões de reais anuais, o que representa metade da atual
folha de pagamentos, segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão.
Responsável
pelas negociações, o Planejamento diz estar fazendo estudos técnicos
para indicar a viabilidade de atender algumas das reivindicações.
Quem são.
A greve atinge servidores em Brasília dos ministérios da Agricultura,
Desenvolvimento Agrário, Integração Nacional, Justiça, Planejamento,
Previdência Social, Saúde e Trabalho.
Funcionários
do Ministério da Saúde também estão parados nos Estados de Amazonas,
Ceará, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Rondônia e Sergipe.
A paralisação também é feita por professores das universidades federais e funcionários de órgãos federais em diversos Estados.
Os
mais atingidos são Eletrobras, Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), Fundação Nacional da Saúde (Funasa), Fundação
Nacional do Índio (Funai), Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) e Incra.
O
movimento também atinge as agências reguladoras, como Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac).
FONTE: ESTADÃO