sexta-feira, 22 de março de 2019

Após prisão de Temer, ex-ministro faz desabafo: “Lixo, quadrilha. Parabéns ao juiz Marcelo Bretas”

22/03/2019
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Ficou apenas 1 mês no cargo … não suportou o ambiente de corrupção

Em novembro de 2016, após deixar o ministério da Cultura, Marcelo Calero revelou, em entrevista aos jornalistas Paulo Gama e Natuza Nery, os bastidores da sua queda.
Calero, que fazia parte do governo Temer, declarou que Geddel Vieira Lima, articulador político do governo, o cobrou a pressionar o Iphan, instituto responsável pelo patrimônio histórico nacional, a liberar um empreendimento de 30 andares no centro histórico de Salvador.
O motivo: Geddel era dono de um imóvel no empreendimento embargado e começou a pressioná-lo.
“Foi logo que tomei posse, não demorou mais do que um mês … numa sexta-feira, por volta de 20h30, recebo uma ligação do ministro Geddel dizendo que o Iphan estava demorando muito a homologar a decisão do Iphan da Bahia. Ele pede minha interferência para que isso acontecesse, não só por conta da segurança jurídica, mas também porque ele tem um apartamento naquele empreendimento. Ele disse: ‘E aí, como é que eu fico nessa história?’”.
De acordo com Calero, ele não foi para o governo para “fazer maracutaia”, nem para ceder às pressões de uma pessoa “truculenta” como Geddel.
Pois bem … após a prisão de Michel Temer, o ex-ministro divulgou um vídeo nas redes sociais e fez um desabafo:
DO D. DO BRASIL

A Justiça já pode ser levada a sério? Então agradeça às novas gerações.

sexta-feira, 22 de março de 2019

Coluna de Alexandre Garcia, agora publicada diariamente na Gazeta do Povo:

Esta quinta-feira (21) foi um dia muito ruim para os políticos, e um dia muito bom para o futuro do país. Preso um ex-presidente 80 dias depois de ter deixado a pompa e a circunstância da presidência da República, do Palácio do Planalto. Ele está agora em uma sala da Polícia Federal, no Rio de Janeiro. Tal como outro presidente que está em uma sala especial nas dependências da Polícia Federal de Curitiba, cumprindo pena e condenado duas vezes.

Temer ainda não foi condenado. Está cumprindo prisão preventiva porque o juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro, acredita que ele poderia destruir provas. Foi preso também o ex-ministro e ex-governador do Rio de Janeiro Wellington Moreira Franco. Aliás, o Rio de Janeiro está com todos os ex-governadores presos: Sergio Cabral, Pezão, Anthony Garotinho…
Tudo isso é muito significativo também no exterior, onde já devem ter feito esta ligação: dois ex-presidentes da República são presos no Brasil, e a justiça pode começar a ser levada a sério graças a essas novas gerações de juízes, de integrantes do Ministério Público e de delegados da Polícia Federal – embora haja tropeções do Supremo e do MP. São novas gerações que estão cansadas, como nós todos, da corrupção que foi institucionalizada no país nas últimas décadas.
Nesse pedido de prisão de Michel Temer, por exemplo, o Ministério Público diz que nas últimas décadas ele comandou um grande esquema de corrupção que teria negociado R$ 1,8 bilhão. É muito dinheiro!

O presidente Bolsonaro, que está no Chile, fez uma declaração dizendo que essa é a consequência de quem faz acordos para a governabilidade, e que ele não vai cair nessa. Se a gente olhar para outros ex-presidentes, o Collor está respondendo processo na Lava Jato, um está cumprindo pena e outro em prisão preventiva. Sobram Sarney, Fernando Henrique e Dilma. Ela também deve estar preocupada porque foi no partido dela em que houve o germe desta institucionalização da corrupção.

Mas os três grandes partidos estão envolvidos. O PSDB tem como réus: Aécio Neves, ex-senador e agora deputado; o ex-governador de Minas Eduardo Azeredo que está preso e cumprindo pena; o Paulo Preto, operador do partido em São Paulo; e o ex-governador do Paraná Beto Richa. O MDB tem presos: Eduardo Cunha, que foi presidente da Câmara, e agora o Temer. O PT teve todos os tesoureiros, o Lula e outros dirigentes do partido presos.

Esforços válidos

Esse é o Brasil de hoje e que nos encoraja para o futuro. Embora estejamos tristes com o passado – inclusive o passado recente, de tanta corrupção -, estamos agora esperançosos com os resultados desse esforço da polícia, do Ministério Público e da justiça para ver se a gente zera a corrupção nesse país. Vale a tentativa.
Vale também o esforço do ministro Sérgio Moro ao enviar o pacote anticrime para o Congresso Nacional para evitar aquelas coisas que sempre aconteceram: o sujeito que tinha dinheiro contratava bons advogados e não ia preso nunca porque ia protelando, pedia recurso, o tempo ia passando e o processo prescrevia. Agora não. O Eike Batista, o Marcelo Odebrecht e outros grandes empresários cheios de dinheiro foram condenados. Há esperança!
Ironia do destino

Por último, um registro de ironia: João de Deus que supostamente curava pessoas em Abadiânia precisou recorrer à Justiça para sair da prisão e se curar em um hospital. DO O.TAMBOSI

Comunicado do Grupo de Lima



Os governos de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru, membros do Grupo Lima, rejeitam e condenam veementemente a detenção ilegal do Sr. Roberto Marrero e a inaceitável invasão à residência do deputado Sergio Vergara.
O Grupo de Lima exige que o regime ilegítimo e ditatorial de Nicolás Maduro liberte imediatamente o Sr. Marrero e respeite plenamente o foro parlamentar do deputado Vergara. Também conclama as organizações internacionais de direitos humanos a exercerem seus poderes, de forma decisiva e imediata, em relação ao Estado venezuelano.
Responsabilizamos o regime de Maduro pela segurança e integridade física dos senhores Roberto Marrero e Sergio Vergara. Exigimos o fim da hostilidade aos democratas venezuelanos e das práticas sistemáticas de detenção arbitrária e tortura na Venezuela.

Comunicado del Grupo de Lima
Los gobiernos de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colombia, Costa Rica, Guatemala, Guyana, Honduras, Panamá, Paraguay y Perú, integrantes del Grupo de Lima, rechazan y condenan enérgicamente la detención ilegal del señor Roberto Marrero y el allanamiento inaceptable de la residencia del diputado Sergio Vergara.
El Grupo de Lima demanda al régimen ilegítimo y dictatorial de Nicolás Maduro la inmediata liberación del señor Marrero y el pleno respeto del fuero parlamentario del diputado Vergara y hace un llamado a los organismos internacionales de derechos humanos a que ejerzan con decisión y de inmediato sus competencias respecto del Estado venezolano.
Hacemos responsable al régimen de Maduro de la seguridad e integridad personal de los señores Roberto Marrero y diputado Sergio Vergara. Exigimos el cese del hostigamiento a los demócratas venezolanos y de las prácticas sistemáticas de la detención arbitraria y de la tortura en Venezuela. DO RELAÇÕES EXTERIORES

PÂNIC0 no C0NGRESS0! Lava Jato reage e estremece Brasília: "Vai ter FILA...

Macaqueação da mídia

sexta-feira, 22 de março de 2019



Por Dimas Oliveira
A chamada grande imprensa continua tramando, buscando induzir, distorcendo a verdade e tentando corromper os leitores e ouvintes. Todas - ou quase - as matérias e notas publicadas nos meios de comunicação detratam o presidente Jair Bolsonaro, sua família, sua equipe de governo, seus aliados, seus eleitores.
O interesse - financeiro - da mídia está sendo contrariado. O acesso às verbas governamentais, benesses, isenções e privilégios, está travado. A imprensa está em abstinência de verbas do Governo Federal.
A campanha midiática contra o atual governo vem desde antes dele ser empossado. Jair Bolsonaro se elegeu presidente contra tudo e contra todos. Na campanha e agora no governo a propagação de tudo o que não presta contra o capitão reformado. Uma macaqueação do que ocorreu e continua ocorrendo nos Estados Unidos contra Donald Trump.
É recomendável já ir se acostumando. Bolsonaro não é igual aos presidentes anteriores. Ele é diferente. Faz política de forma diferenciada. E não deve mudar.
Coluna publicada na edição desta sexta-feira, 22, do jornal "NoiteDia" DO DEMAIS

O Capimunismo de Quadrilhas começa a ruir no Brasil


sexta-feira, 22 de março de 2019


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Conceito objetivo do jurista Antônio Ribas Paiva: Crime Organizado é o consórcio delitivo entre criminosos e agentes públicos. O Mecanismo Criminoso se institucionaliza sempre que ocorre a conivência dolosa, a omissão intencional e a conveniência culposa dos personagens na máquina estatal, na esfera empresarial e no submundo dos bandidos. Assim se estrutura o Estado-Ladrão – resultado da parceria público-privada focada na prática da Corrupção Sistêmica.   
Assim fica mais fácil para um marciano entender por que o Brasil tem dois ex Presidentes da República presos por crimes ligados a práticas rentáveis de corrupção. Tem tudo para crescer a lista de condenados-presidiários, se forem ampliadas as “colaborações judiciais” (mais conhecidas como delações-premiadas) derivadas dos processos da Operação Lava Jato.
Será inevitável a punição exemplar a ex governadores, senadores, deputados e vereadores que se unem a “empresários”, “juristas”, policiais,  militares e bandidos do alto ou do baixo escalão para praticar o Capimunismo de Quadrilhas do Brasil. Quem delinqüe neste regime de Crime Institucionalizado precisa ser julgado e punido por Júri Popular, formado por eleitores com comprovada e ilibada formação jurídica – e não por tribunais nomeados politicamente.
Depois de Lula da Silva (até agora condenado duas vezes) e Michel Temer (apenas preso preventivamente, mas que deve ser solto brevemente), quando será a vez da Dilma Rousseff? A galera já brinca nas redes sociais... Se a Lava Jato pegar a Dilma, já tem direito a pedir música no “Fantástico” da Rede Globo. O “direito” é concedido a jogadores que marcam três gols em uma partida de futebol... Aguardamos a canção de Beto Richa, ex-governador do Paraná preso três vezes recentemente...
No dia do aniversário do Presidente Jair Bolsonaro (talvez por coincidência do destino) foi o povo brasileiro quem ganhou de presente a prisão, mesmo que temporária, provisória ou preventiva, de Michel Temer, Moreira Franco e outros menos votados. O responsável pelo espetáculo judiciário foi o titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. O juiz Marcelo Bretas se baseou em provas robustas que o Ministério Público Federal reuniu, a partir de delações premiadas, na Operação Radiotividade – uma “prima” da famosa Lava Jato.
Por isonomia com o prisioneiro Luiz Inácio Lula da Silva, que conta com o privilégio da prisão em uma sala especial da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, o (por enquanto) preso Temer também teve direito a uma sala-cela especial na Superintendência da Polícia Federal na Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil, porém repleta de bandidos. A galera já indaga quando Gilmar Mendes (ou algum desembargador federal ou ministro do Superior Tribunal de Justiça vai decretar “Fora, Temer”, deixando que o marido da bela Marcela responda a 9 processos em liberdade... Temer Fora? Já valeu o susto...
Já com o “parceiro” Moreira Franco – outro poderoso que tende a ser solto em breve - a coisa foi muito mais “legal”. Quando que o famoso “Gato Angorá” (eminência parda de várias administrações federais da Nova República e ex-governador do RJ) poderia imaginar que voltaria preso para Niterói – cidade que deixou quase falida quando foi prefeito no final da década de 70 e começo dos anos 80? Moreira se juntou ao ex-governador Luiz Fernando Pezão no Batalhão Prisional da Polícia Militar – que fica na “Cidade Sorriso”.   
O processo legal contra Temer e seus parceiros correrá normalmente... O tempo e as provas mostrarão se ele é inocente ou culpado... O mais importante foi o efeito simbólico da punição provisória. No instante em que o Mecanismo do Crime Organizado ameaçava e desafiava acabar com a Lava Jato, o Judiciário Federal demonstrou que ocorre o fenômeno contrário. Existe chance de punição exemplar a políticos poderosos que lideram esquemas bilionários de corrupção na máquina estatal brasileira.
A prisão de Temer foi um presente, sim, para Jair Bolsonaro – cujo governo foi eleito com a promessa do combate à corrupção. Também foi um presentão para o ministro da Justiça Sérgio Moro. O ex-juiz da Lava Jato foi vergonhosamente desafiado pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que faz corpo mole e tenta sabotar o trâmite do Projeto Anti-Crime de Moro & CIA (sem trocadilho infame com a agência norte-americana visitada recentemente por Bolsonaro e Moro). Aliás, por ironia do destino, Maia é casado com a enteada do Moreira Franco – uma espécie de fakesogro...
Devagar, devagarinho - como cantaria quem curte um pagodinho -, o Capimunismo de Quadrilhas começa a ruir no Brasil dominado pelo Crime Institucionalizado. Agora só falta a cúpula do Poder Judiciário constatar que este movimento é historicamente irreversível. A maioria da sociedade brasileira não agüenta mais pagar o altíssimo preço da corrupção sistêmica. O Judasciário está em xeque. O Judiciário, do qual se espera Justiça, precisa renascer e prevalecer. Sem Segurança do Direito não temos Democracia.
Ditadura Togada – ou do Crime Organizado – não mais interessa ao Brasil que clama por reformas, mudanças estruturais, crescimento e desenvolvimento. Capimunismo de Quadrilha, Nunca Mais!

Leia o artigo do Carlos Maurício Mantiqueira: Prisão de Ventre