terça-feira, 18 de abril de 2017

A SITUAÇÃO É GRAVE ! O procurador Deltan Dallagnol da Lava Jato pede socorro


Portal da Direita - Endireitando o Brasil

Deltan Dallagnol faz apelo contra projeto de Renan Calheiros

Procurador da República, Deltan Dallagnol
Em sua página pessoal no Facebook, o procurador Deltan Dallagnol fez um apelo contra o projeto de Lei de Abuso de Autoridade criado pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Roberto Requião (PMDB-PR).
Em entrevista à Globo News nesta terça (18), o presidente do Senado, Eunicio Oliveira (PMDB-CE), que o projeto deve ser levado ao plenário em maio. 
Segundo os críticos do projeto de Calheiros, a lei tem como único objetivo retaliar os investigadores da Lava-Jato.
Deltan Dallagnol (Reprodução/Reprodução)
“Urgente: diga NÃO ao Projeto de Lei de Abuso de Autoridade dos Senadores Renan e Requião. Ele será usado pelos investigados que têm poder para processar criminalmente e retaliar os investigadores. Bem diferente de outros projetos que realmente criminalizam o abuso e a carteirada, como o proposto pelo PGR Janot”, escreveu o procurador. DO R.ONLINE

Retórica de Lula empurra Palocci para a delação


Josias de Souza
Antonio Palocci tomou gosto pela ideia de se tornar um colaborador da Justiça. Sua movimentação injeta na decomposição do petismo uma novidade: a autofagia companheira. Acusado de coletar verbas por baixo da mesa em nome de Lula, Palocci viu-se imprensado entre dois gigantes. De um lado, a provedora Odebrecht, que diz ter bancado os confortos do morubixaba petista. Na outra ponta, o beneficiário dos mimo$, que jura não ter recebido nada. Se não colocar o dedo para suar, Palocci acaba migrando para a inusitada condição de desviador dos desvios.
Com sua retórica da negação, o próprio Lula empurra o companheiro para o colo dos investigadores. Na semana passada, o “guerreiro do povo brasileiro” ironizou a revelação de Marcelo Odebrecht de que provisionou R$ 40 milhões nas planilhas do departamento de propinas para atender às necessidades do “Amigo” da construtora. Tudo combinado com Palocci, que destacou um assessor, Branislav Kontic, para apanhar dinheiro vivo e levá-lo até Lula. Coisa de R$ 13 milhões entre entre 2012 e 2013.
Disse Lula: “Quem tiver contando mentiras, quem tiver inventando historinhas, quem tiver dizendo que criou uma conta pra mim, para um terceiro… Já faz sete anos que eu deixei a Presidência. Essa conta está onde? Esse terceiro está onde? Esse cara deve estar comendo, então, o dinheiro que era pra mim, porra!”
Lula deixou Palocci na situação do português da piada, que recebe sua primeira aula prática depois de entrar para divisão de pára-quedismo da Aeronáutica. “Estamos a dois mil pés de altura”, diz o instrutor ao recruta. “Você saltará por aquela porta. Ao puxar a primeira cordinha, o pára-quedas se abrirá. Se isso não acontecer, o que é improvável, puxe a segunda cordinha. Se não abrir, o que é improbabilíssimo, puxe a terceira cordinha e o equipamento se abrirá. Lá embaixo, haverá um jipe à sua espera, para levá-lo de volta ao quartel.” Joaquim salta. Puxa a primeira cordinha. Nada. Puxa a segunda. Nem sinal. Puxa a terceira. E o pára-quedas permanence fechado. O recruta se inquieta: “Ai, Jesus! Agora só falta o jipe não estar lá embaixo.”
Palocci ouviu dizer que a Lava Jato não chegaria à Odebrecht. Chegou. Disseram-lhe que Marcelo Odebrecht jamais seria preso. Está hospedado numa unidade do Moro’s Inn de Curitiba há quase dois anos. Juraram-lhe que o príncipe das empreitteiras nunca se tornaria um delator. Os vídeos da deduragem estarrecem os brasileiros no horário nobre da tevê há uma semana. As falas de Lula mostraram a Palocci que não há nenhum jipe esperando lá embaixo.

Mônica Moura confessa a Sergio Moro



 
DO ESTADÃO


João Santana confessa a Moro que é ‘cúmplice de sistema eleitoral corrupto, negativo’

Interrogado nesta terça-feira, 18, marqueteiro das campanhas presidenciais de Lula e Dilma diz que 'assume toda a sua responsabilidade'
O marqueteiro do PT João Santana / Foto: AFP
O marqueteiro do PT João Santana / Foto: AFP
O publicitário João Santana, marqueteiro das campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014), confessou nesta terça-feira, 18, ao juiz federal Sérgio Moro. “Eu assumo toda a minha responsabilidade”, declarou em audiência no processo criminal em que é réu ao lado da mulher, Monica Moura, e do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda).



Ao final de seu interrogatório, Santana fez uma ressalva. Assume sua responsabilidade, ‘não como vítima, mas fica difícil assumir uma culpa e virar um antiexemplo individualmente’.
“Eu acho que nossas contradições constroem as nossas armadilhas. E o nosso cérebro ajuda a amenizar essas contradições. Eu, mesmo sendo pessoa organicamente a favor das coisas bem feitas, legais e honestas, criei um escudo em minha cabeça, duplo escudo, um social e externo que era doutrina do senso comum do caixa 2 e outro, interno, que é ‘receba pelo trabalho honesto que estou fazendo’.”
“Construí esse equivoco em mim mesmo, sem perceber que, ao fazer isso, estava sendo cúmplice de um sistema eleitoral corrupto e negativo”, seguiu o marqueteiro. “Não estou aqui demagogicamente dizendo que eu não tinha culpa, que só fui vítima disso, não, eu fui agente disso. Quanto mais transparência houver, principalmente de profissionais como eu, do marketing político, isso vai ajudar.”
João Santana enfatizou. “Não que os grandes responsáveis sejam marqueteiros, mas acho que é o momento de os próprios marqueteiros abrirem os olhos sobre isso, e da Justiça também.”
Ele confessou. “Eu assumo toda a minha responsabilidade, não como vítima, mas fica difícil assumir uma culpa e virar um antiexemplo individualmente.”
E reiterou compromisso que firmou em acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato. “Estou estou disposto a colaborar e acho que é importante para o Brasil que isso seja feito.” DO ESTADÃO

Manter os ministros suspeitos é temeridade inútil


Michel Temer reagiu à devastação provocada pela colaboração da Odebrecht com um par de entrevistas. Nelas, o presidente reiterou que não cogita afastar nenhum dos ministros enrolados no escândalo. Alguns desses ministros frequentam a cozinha do Palácio do Jaburu, onde mora o presidente. A decisão de Temer, com trocadilho, é uma temeridade inútil. O gesto é temeroso porque carboniza a legitimidade do governo, que já é baixa. É inútil porque os ministros vão cair cedo ou tarde —pela simples e boa razão de que a situação deles tornou-se insustentável.
Num ambiente de franca deterioração moral, a única providência aceitável de Temer seria a exoneração dos ministros sob investigação. Isso não significa condenar ninguém previamente. Todos têm o direito de se defender. Mas o brasileiro comum, que molha a camisa diariamente para encher a geladeira, tende a achar que o melhor é que os suspeitos se defendam longe dos cofres públicos, como mandam a lógica, o bom senso e a prudência.
Temer continua apostando nas reformas econômicas como seu principal balão de oxigênio. Faz bem. É o que lhe resta. Mas, para que a coisa funcione, quem pede sacrifícios à sociedade precisa pelo menos parecer decente. Ao manter do seu lado auxiliares tóxicos, rezando para que alguns tomem a iniciativa de pedir para sair, o presidente acaba correpondendo a todos os que não têm qualquer motivo para confiar nele. A essa altura, usar óculos com lente cor-de-rosa para ter uma melhor visão dos escombros é pura ilusão de ótica. DO A.NUNES

Palocci negocia delação com força-tarefa da Lava Jato

 Segundo informações da edição desta terça-feira do jornal Folha de S. Paulo, o ex-ministro teve sua primeira reunião com o MPF e PF para falar sobre o tema
O ex-ministro Antonio Palocci (PT)
O ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci deu início às negociações para sua delação premiada. Há cerca de duas semanas ele teve uma reunião com a força-tarefa da Operação Lava Jato na Polícia Federal em Curitiba, onde está preso desde setembro de 2016. As informações são da edição desta terça-feira do jornal Folha de S. Paulo.
Pessoas ligadas a Palocci dizem que os principais temas que o político pretende tratar envolvem corrupção de empresas do sistema financeiro, como bancos, além de conglomerados que não integram grupos de empreiteiras. Na lista também há fatos ligados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – de quem ele defendeu interesses econômicos – e às campanhas do Partido dos Trabalhadores.
Também estava na reunião com a força-tarefa da Lava Jato o delegado Felipe Pace, que conduziu investigações que prenderam o político. Desde 2016, a PF não participa de delações negociadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e Procuradoria Geral da República (PGR).
Segundo o jornal, a sugestão para que a PF participasse das negociações partiu empreiteiro Marcelo Odebrecht, que assinou delação em dezembro. Ele e Palocci estão presos na carceragem de Curitiba. Há um ano, o procurador-geral Rodrigo Janot entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para proibir a PF de negociar delação premiada.
Marcelo teria dito que enfrentou problemas em temas da delação sobre os quais os procuradores não tinham tanto conhecimento. Ele teria argumentado que a PF pode ajudar a dar foco em assuntos mais relevantes, daí a tentativa de Palocci de incluir os agentes federais em seu acordo.
A colaboração com o MPF é vista como mais vantajosa, já que nela pena e multa são determinadas na negociação. Porém, dividir as tratativas com outro órgão pode ajudar a reduzir a pressão dos procuradores sobre o potencial delator. Um delegado chegou a procurar o juiz Sergio Moro para informar que Palocci queria negociar com a PF, mas o magistrado disse que era preciso incluir o MPF. Nesta terça, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) marcou o julgamento do pedido de liberdade de Palocci. DA VEJA

Fachin envia para Moro casos envolvendo Lula, Palocci e Mantega

 Laryssa Borges - Veja
O ministro Edson Fachin, relator dos processos do petrolão no Supremo Tribunal Federal, decidiu enviar ao juiz Sergio Moro, em Curitiba, no Paraná, as acusações de executivos da Odebrecht envolvendo o ex-presidente Lula e os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega.
Em 37 termos de depoimentos, os delatores relataram ao Ministério Público como se desenvolveu a relação entre a Odebrecht e o governo petista, a origem do departamento de propinas da empreiteira, a criação da companhia petroquímica Braskem e os pagamentos feitos ao “Italiano”, apelido de Palocci, e ao “Pós-italiano”, alcunha de Mantega.
Como nesse caso não há menção a autoridades com direito a foro privilegiado, as acusações serão avaliadas em primeira instância. Os depoimentos deverão instruir as investigações e os processos da Operação Lava-Jato em curso em Curitiba. DO J.TOMAZ