quarta-feira, 11 de abril de 2018

Lava Jato PT e MST tem até amanhã para acabar com vigília pelo condenado Lula na sede da PF

 
O PT, PSOL, PCdoB, MST e outros ativistas de esquerda que montaram um acampamento em frente a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde o ex-presidente Lula está preso, receberam um balde de água fria nesta terça=feira, 10. O grupo havia negociado com a PF a permanência no local até o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), de um ação pedida pelo Partido Ecológico Nacional (PEN) para que fosse reexaminada a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância.
Contudo, o ministro Marco Aurélio Mello decidiu suspender por cinco dias o andamento de uma ação  na Corte, a pedido do próprio PEN. O partido recuou da ação, após perceber que a revisão da regra em vigor poderia favorecer o ex-presidente Lula, condenado em segunda instância a uma pena de 12 anos e um mês de prisão em regime fechado.
Com a decisão de Marco Aurélio, não há mais qualquer motivo que justifique a permanência dos subordinados de Lula no entorno do prédio onde o petista se encontra preso. A notícia sobre o adiamento da possibilidade do ministro jogar uma das ações declaratória de constitucionalidade (ADCs) no plenário do STF nesta quarta-feira também deixou o ex-presidente Lula bastante abatido. Após o pedido do PEN para que seus novos advogados revejam a ação proposta pelo partido, o próprio Marco Aurélio ficou sem um trunfo nas mãos para forçar o reexame da questão.
Enquanto isso, o grupo acampado nas imediações do prédio da PF tem até quinta feira para levantar acampamento. Caso resistam, podem ser removidos do local com auxílio de força policial do Batalhão de Choque da PM do Paraná. DO BRASILNOTICIASONLINE...

APÓS BAGUNÇA FEITA POR MILITANTES NA FRENTE DA PF, MORO MANDA RETIRAR TODOS BENEFÍCIOS DA CELA DE LULA

O juiz federal Sérgio Moro determinou que nenhum privilégio nas visitações fosse dado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, na sala reservada na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
O ex-presidente foi preso no sábado e passou nesta segunda-feira, 9, o segundo dia no cárcere para o cumprimento da pena de 12 anos e 1 mês, em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso apartamento triplex no Guarujá.
“Nenhum outro privilégio foi concedido, inclusive sem privilégios quanto a visitações, aplicando-se o regime geral de visitas da carceragem da Polícia Federal”, diz Moro.
O documento, enviado à 12.ª Vara Federal, abriu nesta segunda o processo de execução da pena de Lula.
A medida, segundo Moro, é para “não inviabilizar o adequado funcionamento da repartição pública”, que desde a chegada do petista está cercada por bloqueios da Polícia Militar para impedir protestos, depredações e acampamentos de manifestantes.O Estado apurou que a Lula foi dado o direito de receber visitas de advogados a qualquer dia – menos sábados, domingos e feriados – e de familiares, uma vez por semana, como ocorre com os demais encarcerados da PF.
Nos primeiros dois dias na prisão em Curitiba, Lula recebeu seus advogados Cristiano Zanin Martins, Valeska Zanin Martins e Sigmaringa Seixas, ex-deputado petista.
Zanin e Sigmaringa estiveram ao lado do ex-presidente logo após sua chegada na PF, na noite de sábado. Numa espécie de antessala do local preparado para o ex-presidente cumprir a pena, os dois permaneceram até as primeiras horas do domingo, antes de Lula dormir a primeira noite na prisão. Por volta das 15h de domingo, os dois retornaram para a primeira visita de advogados.
Lula está em uma espécie de sala de Estado-Maior, antigo alojamento de policiais da PF em trânsito por Curitiba, de 15 metros quadrados, com banheiro próprio, água quente e TV, no quarto andar do prédio.Foi ali que Lula recebeu em pleno domingo, com a unidade fora de funcionamento, seus advogados por cerca de duas horas.Palocci. Os outros 20 presos comuns na custódia da PF, que funciona no segundo piso do prédio, entre eles o ex-ministro Antonio Palocci, o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, o ex-diretor da Petrobrás Renato Duque, não têm direito a visitas de advogados nos domingos.
No documento em que ficha Lula como condenado, após seu recolhimento em prisão, Moro destaca: “Também não se justificando novos privilégios em relação aos demais condenados”.
Na noite de sábado, horas depois de o ex-presidente chegar preso de helicóptero, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann – que é do Paraná -, esteve na sede da PF para falar com o superintendente, delegado Maurício Valeixo. Segundo ela, o objetivo era saber dos confrontos ocorridos entre militantes do partido e a Polícia Militar, que faz o bloqueio no entorno do prédio – após a Justiça estadual decretar o interdito do perímetro para protestos e acampamentos.
Formada em advocacia, a senadora do PT pretende usar seu documento da OAB para ter acesso ao ex-presidente durante sua permanência na prisão, em Curitiba.Consulta. A subchefia de Administração da Presidência informou ao Estado que “enviou consulta, em caráter de urgência, sobre os direitos do ex-presidente Lula, agora que ele está preso, à Subchefia de Assuntos Jurídicos da Presidência da República”.
Apesar de ainda não terem sido concluídas as avaliações jurídicas em relação à manutenção ou não dos benefícios que Lula tem direito como ex-presidente, a ideia inicial é de que seja determinada uma suspensão temporária de alguns destes benefícios, como os serviços dos quatro seguranças que acompanhavam o petista e os dois carros com dois motoristas à disposição dele.
Fonte: hojenoticias.com.br

"O farsante na cadeia"

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Por Vicente Limongi Neto

Lula perde tempo e energias, pensando (êpa, perdão, foi mal) que insultando a imprensa e o judiciário, vai aliviar a barra dele e do PT. Cão que ladra, não morde. Errou, tem que pagar. Ajoelhou, tem que beijar. A irretocável verdade precisa, de uma vez por todas, ser respeitada no Brasil: a lei é para todos. Ninguém está acima  dela. É patético e melancólico: mesmo em desgraça política, petistas, Lula e seguidores, não perdem a arrogância, a pretensão e o destempero. Mantém a pose de altivos, paladinos e intocáveis, embora sabendo que Lula perdeu a credibilidade entre a maioria esmagadora dos brasileiros. Cantar de galo em poleiro sujo é inútil. Podem estrebuchar a vontade. Lula não elege mais postes. Faz tempo que morreu, politicamente. Brasileiros que pensam e raciocinam com a própria cabeça, faz tempo que jogaram o PT e Lula no lixo. 
Marginais petistas
A democracia e as vigílias  de Lula e seguidores causam  inveja para nações desenvolvidas e civilizadas. O chefão da gang, condenado a 12 anos, por corrupção,  em regime fechado, não respeita determinações da justiça e foge para se esconder em sindicato. Não tira a fantasia de vítima e injustiçado. Ao mesmo tempo, a irresponsável turba militante se esmera em covardia e baderna, pichando prédio ontem mora a ministra Carmen Lúcia, interdita rodovias queimando pneus, impede o trabalho dos repórteres e agride cidadão que pensa diferente do PT. Petulantes, vândalos,  desajustados, infames e demagogos, tentam desmoralizar  as leis, a ordem pública e as instituições. Que país é esse? Francelino Pereira, presente.
Malaça e sabujo
Eduardo Suplicy quer ir preso junto com Lula. Não é  gesto de  bondade nem de  solidariedade. Apenas  demagogia e sabujice.
Gigante Carmen Lúcia
Dentro do corpo franzino e frágil, frágil, fala mansa, olhos miúdos e tranquilidade de freira, a ministra Carmen Lúcia tem, porém, uma fortaleza de aço. Repeliu com serenidade  grosserias de dois deselegantes ministros, mantendo-se altiva até o final do julgamento, quando  proferiu o voto que lavou a alma dos brasileiros.
Mordomia para quem não merece
Em artigo no 'Diário do Poder', Pedro Rogério sugere que Lula cumpra pena em prisão militar. A meu ver, é muita mordomia para quem na verdade merece cumprir pena de 12 anos e 1 mês em cela comum. Sem  nenhuma regalia. Militantes plantam que Lula está lendo livro. De páginas em branco, sem dúvida. A corja petista tem o descaramento de comparar Lula com  Martin Luther King Júnior, Mandela e Gandhi. Um primor de desconhecimento da história de grandes e legítimos líderes mundiais. 
Em boa companhia
Também em artigo no 'Diário do Poder', o general Heleno, grande parceiro do meio-campo em boas "peladas" do "Gerovital" concorda textualmente com minha definição, expressa  no 'Globo', face e blog: foi uma melancólica pantomima a farsa petista em São Bernardo do Campo. Só não achei palhaçada, como observou o bravo general, porque os palhaços  são do bem. Dignos brasileiros que  dão alegria ao povo. Artistas que  zelam pelo nome, pela profissão e amam o circo.
Limongi é jornalista. Trabalhou no 'O Globo', TV-Brasília, 'Última Hora' de Brasília,  Ministério da Justiça, Universidade de Brasília, Confederação Nacional da Agricultura, Senado Federal e Suframa. Tem face e blog. É sócio da ABI há 49 anos. É servidor aposentado do Senado Federal.  DO DEMAIS

O Novo Testamento Ideológico de São Lula

terça-feira, 10 de abril de 2018

Hegel, inspirador do marxismo et caterva.
Francisco Escorsim, um dos articulistas da Gazeta do Povo, escreve sobre "A Paixão da Ideia", mal de que Lula foi acometido depois da "perseguição" promovida pela Lava-Jato. A propósito do artigo, lembro que o idealismo político é típico das esquerdas, que, desconhecendo a realidade, tomam a ideia (a sua ideia, bem entendido) como a própria realidade. É a velha confusão hegeliana, levada adiante por Marx e os marxismos (tratei disso num livro de 1999, esgotado: O declínio do marxismo e a herança hegeliana, Editora da UFSC). Chamam isto de dialética, mas Hegel (1870-1831), reconheçamos, foi mais coerente, já que o real era, para ele, apenas o real pensado. Trazendo a sardinha idealista para o campo lulopetista, real é o que os petistas pensam (erro típico dos marxistas). O resto é "narrativa" - e viva o relativismo:
Deixaram vazar trechos do Novo Testamento Ideológico. Divulgo tal como recebi.
Evangelho de Mateus da Auto-Peças, capítulo 26, 36-56:
36. Retirou-se a Ideia com eles para um lugar chamado Sindicato e disse-lhes: “Assentai-vóis tudo aqui, enquanto eu vou ali bebê.”
37. E, tomando consigo Frey Lero e os dois filhos dele mesmo, começou a entristecer-se e a angustiar-se.
38. Disse-lhes, então: “Minha ideia tá triste até o esquecimento. Fica aqui e bebe junto.”
39. Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra, assim rezou: “Minha Ideia, si dé pra quebrá o galho, completa pra mim este copo! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que você quiser.”
40. Foi ter, então, com os militantes e os encontrou trocando o domicílio eleitoral. E disse a Janete: “Então não pudestes beber uma hora comigo…”
41. “Bebe e joga truco para que não entreis em tentação de ir para casa. A ideia está pronta, mas a carne é fraca.”
42. Afastou-se pela segunda vez e bebeu, dizendo: “Minha ideia, se não é possível que este copo passe sem que eu o beba, faça-se a tua vontade!”
43. Voltou ainda e os encontrou novamente dormindo, porque as câmeras de televisão estavam desligadas.
44. Deixou-os e foi beber pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras.
45. Voltou então para os seus militantes e disse-lhes: “Dorme agora e descansa! Chegou a hora: o Filho da Ideia vai ser entregue nas mãos dos golpistas…”
46. “Levantai-vóis tudo, vamos! Aquele que me traz a cachaça está perto daqui.”
47. A ideia ainda falava no comício, quando veio Creidi, uma dos Doze, e com ela uma multidão de garrafinhas d’água armadas de cachaça, enviada pelos príncipes dos golpistas e pelos anciãos do PSDB.
48. A cachaça combinara com eles este sinal: “Na ideia que sentirem meu cheiro, é nela. Prendei-a!”
49. Creidi aproximou-se imediatamente da Ideia e disse: “Salve, Presidente.” E cheirou-o.
50. Disse-lhe a Ideia: “É, então, para isso que vens aqui?” Em seguida, adiantaram-se militantes e lançaram mão da garrafinha de cachaça para prendê-la.
51. Mas um dos companheiros da Ideia desembainhou outra garrafa e magoou um servo do sumo sacerdote, que quase saiu do papel que cumpria ali.
52. A Ideia, no entanto, lhe disse: “Embainha tua garrafa, porque todos aqueles que usarem da garrafa, pela garrafa morrerão.”
53. “Vai dizê tu que não posso invocar minha Ideia e ela não me enviaria imediatamente mais de 12 caminhões de Brahma?”
54. “Mas como se cumpririam então os roteiros dos marqueteiros, segundo os quais é preciso que seja assim?”
55. Depois, voltando-se para a turba, falou: “Saram tudo armado de bandeira e pochetes para defender-me, como se eu fosse um benfeitor. Entretanto, todos os dias estava eu bebendo entre vós ensinando no sindicato e não me completaram o copo.”
56. Mas tudo isto aconteceu porque era necessário que se cumprissem os oráculos dos marqueteiros. Então os militantes foram para perto do caminhão de som e a Ideia fugiu deles.
Segundo o Evangelho do Joãozinho do Sindicato, capítulos 18, 29-40 e 19, 1:
29. Saiu, por isso, Fakein para ter com eles, e perguntou: “Que acusação trazeis contra este homem?”
30. Responderam-lhe: “Se este não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti.”
31. Disse, então, Fakein: “Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa lei.” Responderam-lhe os golpistas: “Não nos é permitido matar ninguém.”
32. Assim se cumpria a palavra com a qual a Ideia indicou de que gênero sexual de morte havia de morrer.
33. Fakein entrou no pretório, chamou a Ideia e perguntou-lhe: “Que merda, hein?”
34. A ideia respondeu: “Diz isso por tu mesmo, ô companheiro, ou foram outros que te delataram de mim?”
35. Disse Fakein: “Acaso sou eu golpista? A tua nação, duas instâncias judiciais e mais o STJ entregaram-te a mim. Que fizeste?”
36. Respondeu a Ideia: “A minha Ideia não é deste mundo. Se a minha ideia fosse deste mundo, os meus militantes certamente teriam pelejado que nem o Curíntia em 71 contra o Parmera para que eu não fosse entregue aos golpistas. Mas a minha Ideia não é deste mundo.”
37. Perguntou-lhe então Fakein: “És, portanto, ideia?” Respondeu a Ideia: Sim, eu sou uma ideia. É para dar testemunho da ideia que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da ideia ouve a minha voz.”
38. Disse-lhe Fakein: “Que é a ideia?…” Falando isso, saiu de novo, foi ter com os golpistas e disse-lhes: “Não acho nele crime algum.
39. Mas é costume entre vós que pela Páscoa vos conceda uma liminar. Quereis, pois, que vos solte o rei das ideias?”
40. Então todos gritaram novamente e disseram: “Não! A este não! Mas a Eduardo!”
1. Fakein mandou então prender a Ideia. DO O.TAMBOSI

Carvalhosa recorre ao STF para suspender reexame de prisão após segunda instância


Com O Antagonista

O professor Modesto Carvalhosa, o desembargador aposentado Laercio Laurelli e o advogado Luís Carlos Crema protocolaram no STF mandado de segurança para impedir a reanálise da prisão após segunda instância.
Dentre os vários pedidos (confira abaixo), está a suspensão da sessão de amanhã que poderia debater o caso – há pouco, Marco Aurélio Mello adiou por cinco dias a discussão do pedido de liminar na ADC 43.
Eles também querem que o ministro seja impedido de suscitar questão de ordem para debater o tema.
Confira a íntegra AQUI.

T

'Ficha nº 700004553820', editoral do Estadão


Valerá para o sr. Lula da Silva a regra que vale para todos os detentos: visita familiar semanal, franqueada somente a presença dos advogados a qualquer dia e hora
O Estado de S.Paulo
Resultado de imagem para lula preso
Desde que foi recolhido à carceragem da Polícia Federal em Curitiba, na noite do sábado passado, o sr. Luiz Inácio Lula da Silva passou a ser mais um entre as centenas de milhares de presos sob custódia do Estado brasileiro.
No ofício de abertura de seu processo de execução provisória da pena de 12 anos e 1 mês de prisão a que foi condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro – encaminhado pelo juiz Sérgio Moro à juíza Caroline Moura Lebbos, da 12.ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela área de execuções penais daquele foro –, o apenado foi devidamente qualificado e recebeu o número de identificação que titula este editorial.
A despeito do que possa parecer a uma parte do distinto público – e das piruetas narrativas de seu séquito de adoradores –, uma vez encarcerado após ter sido condenado em um processo no qual, diga-se, lhe foram asseguradas todas as garantias ao exercício da ampla defesa, o sr. Lula da Silva não é um reeducando diferente dos demais por sua condição de ex-presidente. A partir de agora, Lula é mais um número no Cadastro Nacional de Presos (CNP).
Tal fato inescapável não se presta a desumanizá-lo entre as paredes da sala improvisada na qual está preso; a propósito, em condições muito mais dignas do que as da esmagadora maioria da população carcerária. Ao sr. Lula da Silva, como a qualquer outro que esteja sob a guarda do Estado, devem ser dadas as condições básicas para o tranquilo cumprimento de sua pena, visando à harmônica integração social do interno, exatamente como determina a Lei n.º 7.210/1984. Nem mais, nem menos. No cumprimento da pena, há que se observar com desvelo o princípio da dignidade humana.
A realidade objetiva imposta pela atual condição de reeducando do sr. Lula da Silva deve pautar não só o comportamento dos agentes do Estado a cargo de sua custódia, mas também deve – ou pelo menos deveria – orientar as ações dos grupos simpáticos ao ex-presidente, dentro do espírito que inspira um regime republicano como o nosso. Mas talvez este seja um pedido muito além da capacidade de entendimento de seus destinatários, pois o que se viu até agora foi exatamente o contrário.
Insuflados pela irresponsável cúpula petista, um grupo de militantes se entrincheirou no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em uma espécie de círculo de “proteção” ao réu condenado, enquanto outro grupo, este composto por membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizava o já habitual bloqueio de alguns trechos de rodovias.
Fora os graves ataques perpetrados por grupelhos nada afeitos à democracia contra jornalistas em pleno exercício da profissão, tudo ocorreu dentro do script esperado das ações dos baderneiros, gente que compreende “democracia” tão somente como mais uma palavra de uma embolorada retórica de enfrentamento político carente de sentido.
Mais disparatadas foram a anunciada “caravana” de 11 governadores até Curitiba – incluindo os de todos os Estados do Nordeste – para visitar o sr. Lula da Silva na cadeia; e a intenção manifestada pela presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, de “transferir” para a capital paranaense a sede do partido.
O pedido de visita especial dos governadores, feito pelo senador Roberto Requião (MDB-PR), foi negado pela juíza Caroline Lebbos, responsável pela execução penal. Ela afirmou inexistir “fundamento para a flexibilização do regime geral de visitas próprio à carceragem da Polícia Federal”. Portanto, valerá para o sr. Lula da Silva a mesma regra que vale para todos os detentos: visita familiar semanal, franqueada somente a presença dos advogados a qualquer dia e hora.
A ocupação de Curitiba por um grupo de militantes do PT deve receber a devida atenção dos órgãos de segurança pública do Paraná. O prefeito Rafael Greca (PMN) relatou uma série de reclamações de moradores contra o mau comportamento dos invasores. Para o bem da população e para a própria tranquilidade da execução da pena do sr. Lula da Silva, é bom que as autoridades locais estejam atentas aos excessos.

Ministro Marco Aurélio suspende ação sobre prisão em 2ª instância



O ministro Marco Aurélio, do STF, atendeu ao pedido do PEN - Partido Ecológico Nacional e suspendeu por cinco dias o andamento de uma das ações que trata da prisão após condenação em 2ª instância.
O pedido foi porque constituídos novos patronos na causa e o prazo é para que eles possam analisar se inteirar do caso. O relator considerou razoável a suspensão.
  • Veja abaixo a decisão.
Na ação, o partido pleiteia o reconhecimento da constitucionalidade do artigo 283 do CPP, e requer a suspensão da execução provisória da pena aplicada a réu cuja culpa esteja sendo questionada no STF até que todos os recursos tenham sido esgotados.
_____________
Veja a íntegra da decisão que atende ao pedido do PEN.
terça-feira, 10 de abril de 2018 DO MIGALHAS

‘Aumento de instâncias não elimina a possibilidade de erro’, sustenta Moro


Sergio Moro declarou na noite desta terça-feira que o risco de erro judicial não pode servir como justificativa para condicionar a prisão de condenados ao julgamento de todos os recursos nas quatro instâncias do Judiciário. Para reforçar sua tese de que a prisão deve ocorrer após condenação na segunda instância, o juiz da Lava Jato usou uma ''metáfora fantástica'' que ouviu de Antonio Di Pietro, o promotor italiano mais famoso da Operação Mãos Limpas.
Disse Moro: “Em aviões, temos o piloto e o copiloto. Um deles pode errar. O outro também pode errar. Eventualmente, os dois podem ter infartos simultâneos. Mas não é por essa hipótese de tragédia ou de erro que se colocam mais dois pilotos na cabine do avião. Ou seja: Sim, um juiz de primeria instância pode errar. Sim, o tribunal de apelação pode errar. Mas a perspectiva do erro prossegue. Não é porque você aumenta o número de instâncias que não pode haver um erro judiciário.”
O magistrado fez essas observações durante uma aula que ministrou para alunos da PUC do Rio Grande do Sul. A aula foi transmitida ao vivo pelo UOL. Segundo Moro, o preço da protelação é a prescrição dos crimes, que leva à impunidade. Para ele, eventuais equívocos cometidos em instâncias inferiores, por excepcionais, podem ser corrigidos nos tribunais superiores por meio de habeas corpus.
Moro realçou que em países como Estados Unidos e França, berços do princípio da presunção de inocência, os condenados são encarcerados depois da sentença de primeira instância. No Brasil, disse ele, “alguns defendem equivocadamente a necessidade de se aguardar o último julgamento. Em tese, é perfeito, porque você diminui o risco do erro judiciário quando tem mais instâncias de revisão da decisão. Mas na prática isso é desastroso, porque a Justiça brasileira é morosa até para a cobrança de dívida de condomínio. Imaginem para a discussão de um caso criminal complexo.”
O juiz prosseguiu: “Você tem um primeiro julgamento, um segundo julgamento. Nossa legislação processual é pródiga em recursos. É impressionante a sucessão de recursos que são disponibilizados pelo nosso sistema processual. Isso faz, na prática, com que os casos se eternizem. Leva à impunidade.”
Sem mencionar o nome de Paulo Maluf, Moro declarou que o excesso de recursos gera, além de prescrição e impunidade, um outro fenômeno indesejável: Há “pessoas chegando a idades avançadas que, muitas vezes, têm que cumprir pena que deveriam ter cumprido lá atrás. Mas conseguiram retardar o processo. Daí reclamam que estão muito velhos para cumprir pena.”
Maluf foi transferido da penitenciária brasiliense da Papuda para o conforto da prisão domiciliar em sua mansão paulistana. Deve-se a transferência a uma decisão liminar (temporária) do ministro Dias Toffoli, que invocou razões “humanitárias”. Nesta quarta-feira, o plenário da Suprema Corte vai julgar o mérito do pedido de Maluf.
O caso envolve uma peculiaridade: condenado em última instância, Maluf teve a prisão decretada por outro ministro do Supremo: Edson Fachin, relator da Lava Jato. Não é usual que ministros do Supremo concedam habeas corpus em decisões monocráticas (individuais) na contramão do despacho de um colega. Se referendar a decisão de Toffoli, a maioria do Supremo passará um trator sobre Fachin, abrindo um perigoso precedente.
Sergio Moro também estará na berlinda na sessão desta quarta no Supremo. Cármen Lúcia, a presidente da Corte, incluiu na pauta o julgamento de um habeas corpus de Antonio Palocci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff. Condenado na Lava Jato apenas na primeira instância, Palocci está preso em Curitiba por ordem de Moro. Liderada por Gilmar Mendes, a ala do Supremo adepta da política de celas abertas deve submeter Moro a críticas ácidas.
Josias de Souza