quarta-feira, 11 de abril de 2018

O Novo Testamento Ideológico de São Lula

terça-feira, 10 de abril de 2018

Hegel, inspirador do marxismo et caterva.
Francisco Escorsim, um dos articulistas da Gazeta do Povo, escreve sobre "A Paixão da Ideia", mal de que Lula foi acometido depois da "perseguição" promovida pela Lava-Jato. A propósito do artigo, lembro que o idealismo político é típico das esquerdas, que, desconhecendo a realidade, tomam a ideia (a sua ideia, bem entendido) como a própria realidade. É a velha confusão hegeliana, levada adiante por Marx e os marxismos (tratei disso num livro de 1999, esgotado: O declínio do marxismo e a herança hegeliana, Editora da UFSC). Chamam isto de dialética, mas Hegel (1870-1831), reconheçamos, foi mais coerente, já que o real era, para ele, apenas o real pensado. Trazendo a sardinha idealista para o campo lulopetista, real é o que os petistas pensam (erro típico dos marxistas). O resto é "narrativa" - e viva o relativismo:
Deixaram vazar trechos do Novo Testamento Ideológico. Divulgo tal como recebi.
Evangelho de Mateus da Auto-Peças, capítulo 26, 36-56:
36. Retirou-se a Ideia com eles para um lugar chamado Sindicato e disse-lhes: “Assentai-vóis tudo aqui, enquanto eu vou ali bebê.”
37. E, tomando consigo Frey Lero e os dois filhos dele mesmo, começou a entristecer-se e a angustiar-se.
38. Disse-lhes, então: “Minha ideia tá triste até o esquecimento. Fica aqui e bebe junto.”
39. Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra, assim rezou: “Minha Ideia, si dé pra quebrá o galho, completa pra mim este copo! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que você quiser.”
40. Foi ter, então, com os militantes e os encontrou trocando o domicílio eleitoral. E disse a Janete: “Então não pudestes beber uma hora comigo…”
41. “Bebe e joga truco para que não entreis em tentação de ir para casa. A ideia está pronta, mas a carne é fraca.”
42. Afastou-se pela segunda vez e bebeu, dizendo: “Minha ideia, se não é possível que este copo passe sem que eu o beba, faça-se a tua vontade!”
43. Voltou ainda e os encontrou novamente dormindo, porque as câmeras de televisão estavam desligadas.
44. Deixou-os e foi beber pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras.
45. Voltou então para os seus militantes e disse-lhes: “Dorme agora e descansa! Chegou a hora: o Filho da Ideia vai ser entregue nas mãos dos golpistas…”
46. “Levantai-vóis tudo, vamos! Aquele que me traz a cachaça está perto daqui.”
47. A ideia ainda falava no comício, quando veio Creidi, uma dos Doze, e com ela uma multidão de garrafinhas d’água armadas de cachaça, enviada pelos príncipes dos golpistas e pelos anciãos do PSDB.
48. A cachaça combinara com eles este sinal: “Na ideia que sentirem meu cheiro, é nela. Prendei-a!”
49. Creidi aproximou-se imediatamente da Ideia e disse: “Salve, Presidente.” E cheirou-o.
50. Disse-lhe a Ideia: “É, então, para isso que vens aqui?” Em seguida, adiantaram-se militantes e lançaram mão da garrafinha de cachaça para prendê-la.
51. Mas um dos companheiros da Ideia desembainhou outra garrafa e magoou um servo do sumo sacerdote, que quase saiu do papel que cumpria ali.
52. A Ideia, no entanto, lhe disse: “Embainha tua garrafa, porque todos aqueles que usarem da garrafa, pela garrafa morrerão.”
53. “Vai dizê tu que não posso invocar minha Ideia e ela não me enviaria imediatamente mais de 12 caminhões de Brahma?”
54. “Mas como se cumpririam então os roteiros dos marqueteiros, segundo os quais é preciso que seja assim?”
55. Depois, voltando-se para a turba, falou: “Saram tudo armado de bandeira e pochetes para defender-me, como se eu fosse um benfeitor. Entretanto, todos os dias estava eu bebendo entre vós ensinando no sindicato e não me completaram o copo.”
56. Mas tudo isto aconteceu porque era necessário que se cumprissem os oráculos dos marqueteiros. Então os militantes foram para perto do caminhão de som e a Ideia fugiu deles.
Segundo o Evangelho do Joãozinho do Sindicato, capítulos 18, 29-40 e 19, 1:
29. Saiu, por isso, Fakein para ter com eles, e perguntou: “Que acusação trazeis contra este homem?”
30. Responderam-lhe: “Se este não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti.”
31. Disse, então, Fakein: “Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa lei.” Responderam-lhe os golpistas: “Não nos é permitido matar ninguém.”
32. Assim se cumpria a palavra com a qual a Ideia indicou de que gênero sexual de morte havia de morrer.
33. Fakein entrou no pretório, chamou a Ideia e perguntou-lhe: “Que merda, hein?”
34. A ideia respondeu: “Diz isso por tu mesmo, ô companheiro, ou foram outros que te delataram de mim?”
35. Disse Fakein: “Acaso sou eu golpista? A tua nação, duas instâncias judiciais e mais o STJ entregaram-te a mim. Que fizeste?”
36. Respondeu a Ideia: “A minha Ideia não é deste mundo. Se a minha ideia fosse deste mundo, os meus militantes certamente teriam pelejado que nem o Curíntia em 71 contra o Parmera para que eu não fosse entregue aos golpistas. Mas a minha Ideia não é deste mundo.”
37. Perguntou-lhe então Fakein: “És, portanto, ideia?” Respondeu a Ideia: Sim, eu sou uma ideia. É para dar testemunho da ideia que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da ideia ouve a minha voz.”
38. Disse-lhe Fakein: “Que é a ideia?…” Falando isso, saiu de novo, foi ter com os golpistas e disse-lhes: “Não acho nele crime algum.
39. Mas é costume entre vós que pela Páscoa vos conceda uma liminar. Quereis, pois, que vos solte o rei das ideias?”
40. Então todos gritaram novamente e disseram: “Não! A este não! Mas a Eduardo!”
1. Fakein mandou então prender a Ideia. DO O.TAMBOSI

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