quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Um 7 de Setembro histórico

A indignação popular é um incentivo para toda a sociedade e às instituições

Brasília (08) – A Marcha Contra a Corrupção, que levou milhares de brasileiros às ruas em diversos Estados e à Esplanada dos Ministérios durante as comemorações do 7 de Setembro, Dia Independência, mostrou a indignação popular e é um incentivo à sociedade e às instituições, avaliam parlamentares do PSDB.
Para o líder no Senado foi um dia histórico. “A nossa esperança é de que o Brasil mude. A manifestação de ontem reabilita esperanças daqueles que perdiam a crença. É possível ainda acreditar. O Brasil tem um povo civilizado, ordeiro, mas que preserva ainda a sua capacidade de indignação”, ressalta Alvaro Dias.
O líder do PSDB da Câmara, Duarte Nogueira (SP), considerou positivas as manifestações. De acordo com ele, são sinais de que a sociedade está atenta e que a pressão popular pode provocar mudanças.
“O governo não age, apenas reage. Na Câmara, a base aliada representa cerca de 400 dos 513 deputados. No Senado, 60 dos 81 integrantes. Sem a pressão da sociedade, o rolo compressor do governo neutraliza qualquer movimentação contrária aos interesses do Planalto. A CPI da Corrupção, por exemplo, tem 126 das 171 assinaturas necessárias na Câmara. E esse número vai aumentar à medida que a pressão das ruas crescer”, afirmou.
Para o deputado Otavio Leite (RJ), 1º vice-líder, o movimento incentiva o país a avançar na seriedade e no tratamento correto dos recursos públicos. Ele também acredita que a pressão social deve se refletir no Congresso, com influência inclusive na criação da CPI da Corrupção.
“A população não aguenta mais conviver com notícias que trazem sempre péssimas informações sobre ética e correção na atividade pública. Esse governo prossegue em um emaranhado que só se agrava”, aponta.
As manifestações contaram com o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). A presença da União Nacional dos Estudantes (UNE), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) não foi registrada.
“Imaginar entidades caladas diante de tanta corrupção é inaceitável. Esses movimentos também deveriam estar nas ruas reivindicando o combate à corrupção e pedindo aos parlamentares para que assinem a comissão de inquérito. Essa realidade mostra uma página muito negativa do momento político brasileiro”, lamenta Otavio Leite.
Com informações do Diário Tucano e da Assessoria de Comunicação da Liderança do PSDB no Senado

“Dilma terá de explicar o fracasso dela”

Entrevista do deputado Sérgio Guerra (PE) ao blog do Josias

Para o presidente do PSDB, o governo Dilma Rousseff  “não vai terminar bem.” Aposta que, em 2014, o candidato do PT será Lula. Provoca: “Terá de explicar o fracasso dela, que tem origem nele. A Dilma está suja, mas quem sujou ela? Não fomos nós.” Abaixo, entrevista de Guerra ao blog:
- FHC fala em busca de “convergencias”. Aécio Neves, em pacto pela governabilidade. Roberto Freire vê adesismo. Falta rumo à oposição? Não. A oposição define seus rumos. Falta rumo ao governo. Pode faltar à oposição, numa ou noutra circunstância, senso de oportunidade. O PSDB é recorrente nisso.
- Como assim? Às vezes o partido tem dificuldade de se apropriar das oportunidades.
- Isso ocorre em relação a Dilma?Num primeiro momento, a presidente fez uma intervenção no Ministério dos Transportes. Reagiu à imprensa. Vacilou, mas interveio para melhorar a pasta. Temos tranqulidade para elogiar. Mas o gesto não foi desenvolvido. Não chegou aos outros ministérios. O do Planejamento, por exemplo, tem participação na desordem dos Transportes.
- Refere-se a Paulo Bernardo? O Planejamento, na época em que era gerido por ele, autorizou recursos para aditivos contratuais inexplicáveis ou viciados. Dilma silenciou, protegeu. Ficou claro que não agiria contra o PT. Como não agiu no PMDB. Na Agricultura, o ministro [Wagner Rossi] se deu conta de que não poderia continuar. No Turismo, os desmandos são anteriores ao ministro atual [Pedro Novais]. Dilma não agiu também na pasta das Cidades [gerida por Mário Negromonte, do PP].
- Como explicar, então, as manifestações de FHC e Aécio?Fernando Henrique é movido por inspirações republicanas, não partidárias.
- Retribui as gentilezas de Dilma? A Dilma o reconheceu de forma civilizada. E ele também a reconheceu civilizadamente. Imaginou que Dilma continuaria o que estava fazendo. Fernando Henrique não é Lula, torce por um Brasil decente.
- E quanto a Aécio? O que afirmou não é diferente do que disse a vida toda: se o governo desejar fazer reformas, aprofundar investigações seriamente, estaremos do lado. Ele é construtivo. Mas não vacilou na condenação dos fatos.
- Roberto Freire, então, erra quando fala em adesismo? Totalmente.
- Para onde vai o PSDB? Vamos renovar os nossos atores, abrir o partido, renovar o discurso e ter uma conversa única. Teremos uma nova proposta. Está sendo trabalhada no Instituto Teotônio Vilela, pelo Tasso [Jereissati] e no partido todo.
- Afinal, qual é o rumo da oposição? A gente está numa ação reativa. Esses episódios recentes nos surpreenderam –o avanço e o recuo da Dilma. Mas a questão central é que ela não está governando. Semanas atrás houve uma greve dos aliados dela que paralisou o Congresso. Não há possibilidade de fazer um governo decente com essa base de sustentação. Cabe à oposição ter coerência e tranquilidade. Tucanos pensam e falam. Mas normalmente não falam as mesmas palavras.
- Isso não denota falta de rumo? Rumo, nós todos no Brasil estamos procurando. O PSDB desenvolve um novo caminho. Não sei se outros terão condições de fazer.
- Refere-se ao PT? A desordem no PT é brutal. Toda crise do governo nasce no PT e na base partidária que o rodeia. Impossível governar com essa base pervertida.
- Sob FHC ocorreu coisa semelhante, não? Jader Barbalho deixou digitais na Sudam. Renan Calheiros foi ministro da Justiça… Muitos podem achar que foi mais ou menos. Mas, seguramente, no nosso período foi menos. Bem menos.
- Como evitar o modelo que submete governabilidade à perversão? Se a Dilma tivesse disposição, liderança e coragem, tomava outro rumo.
- Insisto: qual a diferença entre o modelo que vigorou na Era FHC e o atual? O nosso governo era muito mais saudável. O PSDB tinha saúde. O DEM trabalhava de forma adequada. E havia muita gente que contribuía com o governo movido pelo interesse público. De lá pra cá, a política só piorou, graças sobretudo ao Lula, que passou por cima de instituições e confraternizou com malfeitores. Distribuem dinheiro na véspera, para ganhar a votação do dia seguinte. A corrupção explode e dizem que agora tem mais investigação. Balela.
- É mais difícil fazer oposição a Dilma do que a Lula? Não. A Dilma não vai terminar bem o governo dela. Centraliza tudo e decide pouco. Quando decide, age emocionalmente e erra. Não tem liderança. A ideia de que é boa gerente é falsa. Vai naufragar do ponto de vista administrativo e político.
- Acha, então, que Dilma não se reelege? Minha impressão é de que o Lula vai se candidatar. É a principal hipótese. E o Lula terá de explicar o fracasso dela, que tem origem nele. A Dilma está suja, mas quem sujou ela? Não fomos nós.
- Em que se baseia para dizer que a Dilma está suja? Os desmandos que estão aí vem da gestão anterior. Ela era gerente e não gerenciou. Veja o caso dos Transportes. No geral, verbas do PAC. Os aditivos de que Dilma reclama eram autorizados pelo comitê gestor comandado por ela. O próprio [ex-ministro] Alfredo Nascimento, que veio do Lula, disse: tudo passava por esse comitê, operado na Casa Civil da Dilma.
- Se Lula for mesmo candidato, quem irá enfrentá-lo, Serra ou Aécio? Hoje, não há cultura no partido para que impasses prevaleçam.
- Haverá prévia? Se for necessário, sim. É saudável. Esse assunto, se vier a se apresentar, será resolvido da forma mais aberta possível

A QUADRILHA DIZ NÃO AO SEU PODEROSO CHEFE.

O Cachaça deve estar em baixa no seio da quadrilha.
Só pode ser.

A perua do Botox, não obedeceu a ordem de se escafeder da disputa pela prefeitura de Sampa para dar lugar ao boiola do KIT GAY.
Afirma que vai até o fim.

Na 4ª Convenção da SOC ( SOFISTICADA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ) o Cachaça tentou emplacar a Censura da Mídia. Virou Moçãozinha.

Foi também do Pinguça, a idéia de jogar as "democráticas prévias" ( segundo o passado da SOC ) na lata do lixo.]
Também não conseguiu.

No finalzinho da Convenção da SOC, querendo se mostrar rebelde em relação à mída conservadora, destruidora e PIG, disse que assinaria o documento em favor do moço do PlayStation II. Virou moçãozinha de novo.

Essa vida de ex é uma droga, principalmente quando a BIC deixa de poder "fazer o estrago que eLLe disse que poderia fazer" durante as eleições.
Até os cumpanhêros de quadrilha falam e andam para o meliante Cachaceiro.

Se aposenta eterno vagabundo.

Chiiiii Delúbio!!!!!!
 A peça de defesa do anestesiado do mensalão, o homem das verbas não contabilizadas, é uma verdadeira confissão de culpa que acusa indiretamente também?

LuLLa.
Sob a orientação de Arnaldo Malheiros, o advogado de Maluf e de criminosos famosos, Delúbio argumenta:

"...nunca se conseguiu provar nada contra Delúbio Soares, muito menos que tivesse participado de esquema de compra de votos, corrompido parlamentares ou de que participasse de alguma organização criminosa. O que aconteceu foi uma pré-condenação que "produziu o escárnio e repulsa em camadas esclarecidas da sociedade". 

Bom, fica claro que acusados de alguma coisa tem o sagrado direito de se defender. É o que reza nossa Carta Magna.
Mas VEJAM bem, Malheiros afirma que Delúbio, ELLE, não participou dos esquemas citados na peça e não desmente que ele existiu, entenderam?
Ou eu entendi errado?
Pré-condenação?
Como assim Malheiros?
Ainda bem que a camada da sociedade que reagiu é a esclarecida, por que a que recebe graninha fácil e os pelegos sindicalizados trataram de enfiar a linguinha no Furico retofuricular.

A peça acusatória emitida por Antônio Fernando de Souza, é irrefutável. Tanto isso é verdade que não restou outra saída para o engavetador Geral à disposição da quadrilha, não TEVE COMO MUDAR UMA MISERÁVEL VÍRGULA.

E aqui, a máxima de todas as máximas:

"Soares é um homem simples, pobre que, apesar dos milhões que passaram por suas mãos, nunca ficou com nada. Se tivesse cometido algum crime reclamaria, se defenderia e pagaria pelo que fez, e "não pelo que arbitra-se que fez". 


Ora, ora, ora.
Então o vagabundo confessa que por suas mãos passaram milhões e que mesmo assim o "nosso Delúbio continua pobrinho".
Não é uma candura.
Tadinho do Delubão. Não é de dar dó?

O inquérito do MENSALÃO DO LULLA não afirma, em nenhum dos seus milhares de parágrafos, que Delúbio levou algo em benefício próprio, mas para COMPRAR PARLAMENTARES que levaram, ELLES SIM, vantagem própria.

O interessante é o "passaram milhões". Tudinho verba não contabilizada, como disse LuLLa de Paris com a maior cara de cínico cachaceiro.

O problema é de onde vieram estes milhões.
Tudinho da pele de brasileiros honestos que trabalham PRAKCT para que esta turminha de vagabundos possa roubar à vontade.

CHEGA.
Como diz Tio Rei:

VOCÊS NÃO PODEM.

Entenderam ou quer em desenho? 

DO COM GENTE DECENTE 

Vai estourar. É só aguardar.

Tá correndo em segredinho de justiça e já foi postado aqui, texto do reporter Mino Pedroza.
Envolvem diretamente:

Gilbertinho Carvalho - o Fradeco safado versão light II
Agnelo Queiróz - o meliante governador do DF
E vejam vocês, dona Ereni6%.

Como fundo de pano, OGN's. Sempre eLLas.

Tem de tudo:
assassinatos, orgias sexuais com menores ( não é mesmo Agnelo? ), distribuição de grana filmada, achaques a empresários, etc....

Aguardem.
Já tem revistas semanais fuçando.

É BOMBA PURA. 

DO BLOG COM GENTE DECENTE

Marcos Valério questiona ausência de Lula na ação do mensalão

FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA
Em defesa apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal) no processo do mensalão, o publicitário Marcos Valério de Souza reclama que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi incluído na lista dos envolvidos no esquema.
O documento diz que Marcos Valério é inocente, mas afirma que a denúncia da Procuradoria Geral da República é um "raríssimo caso de versão acusatória de crime em que o operador do intermediário aparece como a pessoa mais importante da narrativa, ficando mandantes e beneficiários em segundo plano, alguns, inclusive, de fora da imputação, embora mencionados na narrativa, como o próprio presidente LULA [em maiúsculo]."
Lula Marques - 6.jul.2005/Folhapress
Marcos Valério questionou ausência de Lula no processo
Marcos Valério questionou ausência de Lula no processo
O advogado do publicitário, Marcelo Leonardo, diz que a participação de seu cliente foi "exagerada" com o intuito de deslocar o foco dos verdadeiros "protagonistas políticos", entre eles Lula.
"A classe política (...) habilidosamente deslocou o foco das investigações dos protagonistas políticos (LULA, seus ministros, dirigentes do PT etc) para o empresário mineiro Marcos Valério, do ramo de publicidade e propaganda, absoluto desconhecido até então, dando-lhe uma dimensão que não tinha e não teve nos fatos objeto desta ação penal", diz a defesa do publicitário.
Ele foi apontado pelo Ministério Público como o operador do esquema do mensalão, esquema de pagamento de propina em troca de apoio político no Congresso Nacional, revelado pela Folha em 2005.
A defesa de Valério nega, ao longo de 148 páginas, a existência do esquema. Diz que os pagamentos efetuados por ele, a pedido do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, eram referentes a pagamentos de dívidas da campanha eleitoral de 2002, quando Lula foi eleito presidente da República pela primeira vez.
Também afirma que não existem provas de que tenha ocorrido lavagem de dinheiro, um dos crimes imputados a ele. Além disso, Valério alega que nunca ficou provado que os pagamentos foram feitos com dinheiro público. Neste ponto, o publicitário afirma que a Visanet, apontada como uma das fontes de recursos do mensalão e na qual o Banco do Brasil tem participação, é uma empresa privada.
Ao final, a defesa de Marcos Valério diz que sempre contribuiu com as investigações, apontando todos aqueles que receberam dinheiro por seu intermédio. Por esse motivo, o publicitário afirma que, caso seja condenado, deveria receber perdão judicial ou redução de pena, graças a sua colaboração com a Justiça.
FONTE: FOLHA

Juventude do PSDB reúne 300 em ato contra a corrupção


Jovens vindos de diversas regiões do Estado participaram de protesto para mostrar indignação às denúncias de corrupção do Governo do PT

A Juventude do PSDB-SP reuniu, na manhã de 7 de setembro, cerca de 300 pessoas em ato contra a corrupção do Governo Federal. Em decorrência do feriado da Independência, jovens de diversas regiões do Estado de São Paulo manifestaram indignação perante as recentes denúncias de corrupção no Governo de Dilma Rousseff. A mobilização foi realizada no Parque da Juventude, na zona norte da cidade.
Durante o discurso de membros do partido, episódios como as demissões de quatro ministros do governo do PT, a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) e ministros voando em jatinhos de empresas privadas e helicópteros da Polícia Militar foram lembrados.
“Hoje é um dia histórico para o nosso país. Nós, das juventudes municipais de todo o Estado, estamos aqui reunidos para pedir um basta à corrupção, não só aos casos mais recentes, mas também dos oito anos anteriores do governo petista”, afirmou Paulo Mathias, presidente da JPSDB-SP.
Jovens da capital e de regiões como Suzano, Osasco, Cajamar, Campinas, São Caetano do Sul, Ferraz de Vasconcelos, Ribeirão Preto, Caieiras, Santo André e Sorocaba permaneceram no local ouvindo discursos anticorrupção e finalizaram o protesto com o grito “CPI JÁ”, pedindo a criação de uma CPI da Corrupção.
Fonte: PSDB-SP Imprensa
B DO WELBI

Cabral quer legalizar o crime enquanto balas traçantes salpicam de estrelas o céu do Alemão

Era batata!
Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio e um dos inimputáveis da política brasileira, apareceu com mais uma idéia salvadora: a legalização do jogo para financiar a Saúde. Repetindo o texto do lobby em favor da idéia, afirmou que o jogo só não é legal no Iraque, no Iêmen, no Afeganistão e na Coréia no Norte”. É mentira, claro!, mas, ainda que fosse verdade, isso não tornaria a coisa, em si, boa ou ruim.
Cabral vive tendo idéias. Já defendeu antes a legalização do jogo. E também quer a descriminação das drogas e do aborto. Está naquela categoria de homens que acham que uma das formas de diminuir a criminalidade no Brasil é legalizar o crime. Pode não ser lógico, mas é tautológico.
Com a sua política de segurança sob questionamento, como sabem os céus do Complexo do Alemão, por que não aparecer no noticiário com um factóide? O jogo, como todo mundo sabe, é uma das principais formas de lavagem de dinheiro — inclusive do narcotráfico. Perguntem aos EUA, onde, de fato, é legal. A razão é simples: como lida com muito dinheiro vivo, é praticamente impossível haver um controle eficiente de receita.
Ele também resolveu filosofar: “O Brasil vive algumas hipocrisias muito fortes. Aí você vê casa de bingo ilegal sendo fechada, cassino ilegal sendo fechado. Se há demanda, vai existir oferta. Então vamos organizar essa oferta, no Congresso, com uma lei direita”.
Certo! Imaginem aí quantas outras “demandas” existem no Brasil que pediriam a “organização da oferta”. Deixem-me ver: prostituição, pedofilia, zoofilia… A seguir Cabral, definitivamente serão extintos todos os pecados ao Sul do Equador. Dá para reduzir a criminalidade a zero porque tudo será da lei — desde que se pague a taxa.
Enquanto isso, balas traçantes salpicam de estrelas o céu do Alemão!
Por Reinaldo Azevedo

A obra original do PT é tentar transformar a corrupção numa nova moral. Ou: Cuidem-se oposicionistas; falta de combatividade não é amor ao diálogo coisa nenhuma!

Além de a rede petralha organizada na Internet fazer pouco das ações de protesto contra a corrupção, seus próceres indagam: “E não havia corrupção nos governos anteriores?” Ora, claro que sim! E também havia  protestos… CONTRA A CORRUPÇÃO, de que  UNE, CUT e movimentos sociais eram parte ativa. Hoje, os dinheiristas estão calados. Não é que fossem contra a corrupção; eles se opunham à corrupção dos seus adversários.
Essa é a grande diferença. Os que protestam agora não são petistas, tucanos ou sei lá o quê. São pessoas sem partido — e aí está sua força e também a sua fragilidade; já  explico —, que se opõem a qualquer corrupção. Como não têm de justificar seus aliados nem obrigação de combater seus adversários, podem se apegar ao aspecto moral e ético da questão: roubar é feio, roubar é inaceitável, roubar é injustificável.
O que começa a surgir — é ainda incipiente, e, reitero, não sei aonde vai dar — é a consciência de que não há causa boa que justifique o assalto aos cofres públicos. Pessoas comuns se deram conta de que não há causa social que explique a roubalheira, entenderam? Essa gente não agüenta mais olhar para a cara de Lula a abençoar todas as lambanças dos seus amigos, atribuindo tudo quanto é falcatrua a governos passados — como se, exceção feita aos oito anos de governo FHC — ele não fosse hoje aliado de TODOS OS GOVERNOS PASSADOS!
Então voltamos à questão: “Mas foi o PT, por acaso, que inventou a corrupção?” Claro que não! Quer dizer que, porque não foi invenção do PT, os petistas e petralhas podem, então, ser seus alegres usuários, afirmando simplesmente: “Ah, foram eles que começaram!”?
Não! O PT não inventou a corrupção, não! A obra do PT é de outra natureza. Adhemar de Barros, Paulo Maluf e Fernando Collor — para usar exemplos tornados clássicos de certo tipo de coisa — não ousaram chegar aonde os petistas chegaram: TRANSFORMAR A CORRUPÇÃO NUMA ÉTICA DE RESISTÊNCIA! Aí está a originalidade do método petista.
Se roubam, é para o bem do país e para combater os reacionários.
Se cobram propina, é para o bem do país e para combater os reacionários.
Se tentam comprar o Congresso com o mensalão, é para o bem do país e para combater os reacionários.
Se recorrem a aloprados, é para o bem do país e para combater os reacionários.
Ora, já chega a quantidade de mentiras que esses caras contaram sobre si mesmos e sobre os outros, não é? Para ser extremamente sintético:
- posam (vocês sabem como Emir Sader escreveria isso…) de autores da estabilidade, quando, de fato, a sabotaram;
- posam de pais dos programas sociais, quando, de fato, os chamavam de “esmola”.
E tentam agora naturalizar a corrupção como desdobramento necessário e até óbvio de seu amor pelo povo?
Não dá! Qual será o alcance dessa nova consciência que começa a surgir? Não sei! O que sei é que é crescente o número de pessoas que repudiam essa abordagem, que desprezam os setores da imprensa condescendentes com esse ponto de vista e que vêem com suspeição os setores da oposição que chamam de “diálogo maduro” o adesismo, a falta de combatividade e a falta de coragem.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Não escapou ninguém.

Os manifestantes do 7 de setembro não fizeram nenhuma diferenciação entre bons e maus políticos. Colocaram todos no mesmo saco, o que é uma injustiça, mas que é a paga  pela total falta de transparência dos homens públicos para com os seus eleitores. Tanto o Congresso aprontou que, hoje, somente os mais bem informados conseguem separar o joio do trigo. A péssima, a horrorosa e escabrosa imagem institucional do Poder Legislativo empana o brilho e o desempenho individual que qualquer um dos seus membros. Para a grande massa, a classe política é corrupta e desonesta. Ninguém, em sã consciência, aceita mais um Sarney, um Renan, um Jucá, um João Paulo Cunha, um Maluf gozando de imunidade parlamentar.  Ninguém, no seu juízo normal, aceita o tipo de negociata que é feita à luz do dia para distribuir cargos e ministérios, gerando corrupção e roubalheira. Estas coisas vêm se acumulando, enchendo, estressando a gente decente que paga impostos e trabalha honestamente. Ontem, o brasileiro deu o primeiro passo rumo a um movimento que pode assumir proporções muito maiores, pois não aceita mais assistir a grande maioria dos deputados, em votação secreta, absolver uma deputada ladra, corrupta, desonesta, apanhada em flagrante delito. Não existe democracia sem políticos eleitos pelo povo, sem partidos registrados e sem Congresso funcionando. Mas o brasileiro mostrou que está atento e que basta um grito para que exploda. É bom que os políticos entendam o que aconteceu no Brasil no dia de ontem. Foram todos colocados no mesmo saco. Não escapou ninguém. Ou os políticos decentes captam o clamor das ruas ou os justos pagarão pelos pecadores. O recado foi dado.
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Enquanto o povo protestava nas ruas, muito longe dali, mas muito longe mesmo...

Senadores da Frente Suprapartidária Anticorrupção foram homenageados pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) por suas manifestações e ações em defesa da ética e da moralidade na política. Eles receberam anteontem, no Rio, a Medalha Mérito Industrial, a mais alta honraria da entidade. Foram homenageados Paulo Paim (PT-RS), Ana Amélia (PP-RS), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Cristovam Buarque (PDT-DF), Luiz Henrique (PMDB-SC), Casildo Maldaner (PMDB-SC), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Pedro Taques (PDT-MT) e Eduardo Suplicy (PT-SP). Durante o ato, o sistema Firjan lançou o Manifesto do Empresariado Brasileiro em Favor da Ética na Política, que reitera os princípios da entidade em relação ao tema.  
DDO B. DO CEL 

A volta dos que não foram.

O título é um clássico daquelas brincadeiras com nomes de filmes, dos nossos tempos de criança. No entanto, ilustra muito bem o que está acontecendo com a esquerda corrupta do Brasil. Depois de pagarem para ver, tentando desqualificar os protestos que ocorreram ontem em todo o país, agora se articulam para dar o troco. Já estão em busca de patrocínios estatais para promover uma manifestação a favor da censura de imprensa, que deverá ocorrer no próximo dia 17 de setembro, no vão do Masp, em São Paulo. A grande revelação feita ao país, no dia de ontem, foi a ausência do PT nos protestos, chamando para sua inteira responsabilidade, de forma cabal, a corrupção que tomou conta do país. Não, não foi só a Jaqueline Roriz que revoltou os brasileiros. O abraço carinhoso dado na corrupta por Cândido Vaccarezza, líder do PT na Câmara, em comemoração à absolvição foi a gota que faltava. 
Não, não foram só as demissões dos ministros. Foi o fato denunciado e comprovado de que José Dirceu, o chefe da sofisticada organização criminosa do mensalão, recebe ministros, presidentes de estatais e senadores em seu quarto de hotel, em meio às suas cuecas e meias imundas, para exercer um poder paralelo para o qual o Planalto faz vistas grossas e, quem duvida, até apóia. Além dos fatos também teve a foto. Aquela foto do poderoso chefão atrás do ex-presidente e da atual mandatária rindo satanicamente da cara dos brasileiros. 
Agora não adianta o PT querer estrelar o clássico " a volta dos que não foram". Não tem mais volta. O PT fez uma declaração pública de que, no mínimo, convive muito bem com a corrupção. Isto ficou gravado em cada mensagem de twitter e escrito em cada linha dos seus blogs patrocinados a peso de ouro. Os que não foram passaram um atestado de culpa ao tentar desqualificar um movimento espontâneo, puro, sem as coleiras da CUT, da UNE, do MST e da canalha que sustenta esta quadrilha no poder. A bandeira da ética e da honestidade foi passada, oficialmente, para o povo brasileiro. Para que ele acorde e aponte o dedo para os verdadeiros culpados pela corrupção desenfreada é só uma questão de tempo. Começou. O povo gostou. Não pára mais.
DO BLOG DO CEL

ESTÁ CRIADO O MSP, O MOVIMENTO DOS SEM-POLÍTICO! INDIVÍDUOS LIVRES GANHAM AS RUAS! CUMPRE A CADA UM ROMPER O CERCO DA EMPULHAÇÃO E DA MÁQUINA OFICIAL DE PROPAGANDA

Os sem-partido, sem-bando e sem-bandeira vermelha, mas com vergonha cara, protestam em Brasília, em foto de Eraldo Peres, da AP
Os sem-partido, sem-bando e sem-bandeira vermelha, mas com vergonha cara, protestam em Brasília, em foto de Eraldo Peres, da AP
No dia em que milhares de brasileiros saíram às ruas para protestar contra a corrupção, a UNE não saiu, não!
É que a UNE estava contando dinheiro.
O governo petista já repassou aos pelegos mais de R$ 10 milhões e vai dar outros R$ 40 milhões para eles construírem uma sede de 13 andares, que serão ocupados pelo seu vazio de idéias, pelo seu vazio moral, pelo seu vazio ético.
No dia em que milhares de brasileiros saíram às ruas para protestar contra a corrupção, a CUT não saiu, não!
É que a CUT estava contando dinheiro.
O governo petista decidiu repassar para as centrais sindicais uma parte do indecoroso imposto cobrado mesmo de trabalhadores não-sindicalizados. Além disso, boa parte dos quadros das centrais exerce cargos de confiança na máquina federal.
No dia em que milhares de brasileiros saíram às ruas para protestar contra a corrupção, o MST não saiu, não!
É que o MST estava contando dinheiro.
O movimento só existe porque o governo o mantém com recursos públicos. Preferiu fazer protestos contra a modernização da agricultura.
No dia em que milhares de brasileiros saíram às ruas para protestar contra a corrupção, os ditos movimentos sociais não saíram, não!
É que os ditos movimentos sociais estavam contando dinheiro.
Preferiram insistir no seu estranho protesto a favor, chamado “Grito dos Excluídos”. Na verdade, são os “incluídos” da ordem petista.
Os milhares que saíram às ruas, com raras exceções, não têm partido, não pertencem a grupos, não reconhecem um líder, não seguem a manada, não se comportam como bando, não brandem bandeiras vermelhas, não cultuam cadáveres de falsos mártires nem se encantam com profetas pés-de-chinelo.
Os milhares que saíram às ruas estudam, trabalham, pagam impostos, têm sonhos, querem um país melhor, estão enfarados da roubalheira, repudiam a ignorância, a pilantragem, lutam por uma vida melhor e sabem que a verdadeira conquista é a que se dá pelo esforço.
Os milhares que saíram às ruas não agüentam mais o conchavo, têm asco dos vigaristas que tomaram de assalto o país, não acreditam mais na propaganda oficial, repudiam a política como exercício da mentira, chamam de farsantes os que, em nome do combate à pobreza, pilham o país, dedicam-se a negociatas, metem-se em maquinações políticas que passam longe do interesse público.
O MSP - O Movimento dos Sem-Político
Vocês viram que os milhares que saíram às ruas estavam acompanhados apenas de seus pares, que, como eles, também saíram às ruas. Era o verdadeiro Movimento dos Sem-Político. Não que eles não pudessem aparecer por ali. O PSOL até tentou “embandeirar” os protestos, mas os presentes não aceitaram. Aquele era um movimento das ruas, não dos utopista do século retrasado, que ainda vêm nos falar, santo Deus!, de “socialismo com liberdade”.
Se políticos aparecessem para também protestar  — não para guiar o povo —, teriam sido bem-recebidos, mas eles não apareceram porque nem se deram conta ainda de que alguma coisa está em gestação, de que um movimento está em curso, de que algo se move no ventre da sociedade brasileira.
Na semana em que milhares de brasileiros evidenciavam nas redes sociais e nos blogs e sites jornalísticos que estão enfarados de lambança, governistas e oposicionistas estavam mantendo conversinhas ao pé do ouvido para tentar preencher a próxima vaga do Tribunal de Contas da União. A escolha do nome virou parte das articulações para a disputa pela Presidência da República em 2014… Governistas e oposicionistas que se metem nesse tipo de articulação, da forma como se dá, não estão percebendo que começa a nascer um movimento, que já reúne milhares de pessoas, que não mais aceita esse minueto de governistas arrogantes e oposicionistas espertalhões. Essa gente, de um lado e de outro, ficou irremediavelmente velha de espírito.
Os caras-pintadas, desta feita, não puderam contar com a máquina dos governos de oposição, como aconteceu com o Movimento das Diretas-Já e do impeachment de Collor. Ontem, e assim será por um bom tempo, eram as pessoas por elas mesmas. Sim, algo se move na sociedade. E é inútil se apresentar para “dirigir” o movimento. Marina Silva até percebeu a onda, mas errou ao apostar que os outros não perceberam a sua onda. Esse movimento, dona Marina, não nasce com assessoria de imprensa, assessoria de imagem, assessoria política e forte suporte financeiro. O seu apartidarismo, candidata, é transitório; o dos brasileiros que foram às ruas é uma condição da liberdade.
O maior em nove anos
Os milhares que saíram às ruas ontem, tratados com desdém nos telejornais, fizeram a maior manifestação de protesto contra o “regime petista” em seus nove anos de duração. E algo me diz que vai continuar e tende a crescer. Pagamos um dos maiores impostos do mundo para ter um dos piores serviços públicos do mundo. Sustentamos os políticos que estão entre os mais caros do mundo para ter uma das piores classes políticas do mundo. Temos, acreditem, uma das educações mais caras do mundo para ter uma das piores escolas do mundo. Temos um dos estados mais fortes do mundo para ter uma das maiores cleptocracias do mundo.
O Movimento dos Sem-Partido não rejeita a democracia dos partidos — até porque, sem eles, só existe a ditadura do Partido Único —, mas quer saber se alguém se dispõe efetivamente a romper esse ciclo de conveniências e conivências. Os milhares que foram às ruas desafiaram o risco de ser demonizados pelos esbirros do oficialismo. Perderam o medo.
Sim, em passado nem tão recente, em 2007, um grupo tentou organizar uma reação à corrupção, que se generalizava. Não chegou a crescer como este de agora, mas se fez notar. Tinha uma espécie de palavra-chave para identificar os indignados: “Cansei!” O movimento foi impiedosamente ridicularizado. Escrevi a respeito à época. Foi tratado como coisa de dondocas, de deslumbrados insatisfeitos com o que se dizia ser a “democratização” do Brasil. Houve estúpidos que afirmaram que eram ricos que não suportavam ver pobres nos aviões — como se o caos aéreo punisse apenas os endinheirados.
A menor tentativa de esboçar uma reação aos desmandos dos ditos “progressistas” era tratada a pauladas. Na Folha, Laura Capriglione chegou a ridicularizar uma passeata de estudantes da USP, feita no campus da universidade, que protestavam contra as greves. Os que queriam estudar foram tratados como um bando de reacionários. Os indignados com a corrupção e com a mistificação perderam o medo.
Enfrentar a desqualificação
A tentativa de desqualificação virá — na verdade, já veio. Veículos a soldo, dedicados ao subjornalismo oficialista, alimentado com dinheiro público, já fazem pouco caso das manifestações. As TVs ontem deram menos visibilidade aos protestos do que dariam a uma manifestação de descontentamento no, deixe-me ver, Bahrein! Parece que há gente que acha que democracia é uma coisa importante no Egito, na Líbia e na Síria, mas não no Brasil.
É inútil! Os milhares que foram às ruas ontem não precisam da oposição, não precisam do subjornalismo, não precisam do jornalismo simpático às manifestações de protesto do Iêmen… A dinâmica hoje em dia é outra.
Que os sem-partido, sem-grupos, sem-líder, sem-bando, sem-bandeiras vermelhas, sem-mártires e sem-profetas insistam. A oposição, se quiser, que se junte. Quem sabe até ela aprenda a ser livre e também diga com clareza: “Não, vocês não podem!”
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

A doença financeira da saúde - Artigo de José Serra

No próximo dia 13 de setembro, fará 11 anos a Emenda Constitucional n.º 29 (EC 29), que criou vinculações orçamentárias para a saúde. Na Câmara dos Deputados, o projeto passara com facilidade, apoiado por todos; entre os senadores, o percurso foi difícil, dada a pressão contrária de muitos governadores. A emenda deu certo: de lá para cá, os recursos reais da saúde aumentaram em termos absolutos e como fatia do PIB, embora isso se deva mais a Estados e municípios do que ao governo federal. A participação do Ministério da Saúde nos gastos do setor caiu de 53% para 47% no período, aumentando os encargos dos governos estaduais e municipais.
A EC 29 previa que se votasse, até 2004, uma lei complementar que a regulamentasse, mas o governo Lula evitou o assunto, precisamente para não aumentar sua fatia nas despesas do setor. Agora, o Congresso diz que vai votá-la até o fim deste mês.
Por que foi feita a EC 29?
Para o bem ou para o mal, a Constituição de 1988 acabou ampliando e reforçando as vinculações orçamentárias diretas e indiretas. Mas a saúde ficou de fora e, num mundo orçamentário rígido, virou colchão amortecedor de crises e apertos fiscais.
Tudo piorou quando, já no governo Collor, o Fundo de Investimento Social (Finsocial), que abastecia a saúde de recursos, foi derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), abrindo uma tremenda crise, só atenuada por socorro do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Na época de Itamar Franco, a fatia da saúde nas receitas da Previdência foi extinta junto com o Inamps, de quem o Ministério da Saúde recebeu as unidades hospitalares e ambulatoriais.
Eu era ministro do Planejamento quando o titular da Saúde, Adib Jatene, tomou a iniciativa da criação da CPMF vinculada ao setor, mas já não estava lá quando ele conseguiu aprová-la em outubro de 1996. Adverti, então, que, sendo a receita prevista com a CPMF menor do que as despesas federais com saúde, o aumento dos recursos da área não era garantido, pois outras receitas que financiavam o ministério poderiam ser redirecionadas para outros gastos sociais. E isso aconteceu.
Quando, no início de 1998, o presidente Fernando Henrique convidou-me para assumir o Ministério da Saúde, acertamos promover algum mecanismo que defendesse o setor. Por isso, no ano seguinte, fizemos um substitutivo a um projeto do deputado Carlos Mosconi, economizando, assim, prazos de tramitação. A fim de evitar as incertezas de possíveis reformas tributárias, preferimos vincular recursos ao índice do PIB nominal - a cada ano, o orçamento federal para a saúde deveria ser reajustado, no mínimo, pela variação desse índice do ano anterior. Para os Estados e municípios, a vinculação fez-se às receitas líquidas: 12% e 15%, respectivamente, a serem atingidos em cinco anos.
Diga-se que, a partir da EC 29, a CPMF e a saúde se divorciaram. A obrigação do governo federal passou a ser a de cobrir o financiamento mínimo do setor, independentemente das origens dos recursos. Por isso, o sumiço da CPMF em 2008 não retirou recursos da saúde. No final de 2007, a fim de vencer a oposição do Senado à renovação do tributo, o governo Lula acenara, na undécima hora, com a possibilidade de destinar a receita da CPMF à saúde. Não deu certo.
Se fosse verdadeira a intenção de reforçar o setor, em vez tentar renovar a CPMF, o governo Lula poderia ter aprovado o projeto de lei complementar já citado, contendo um tributo só da saúde. Ou poderia ter destinado a ela parte do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cujas alíquotas foram aumentadas, a fim de compensar a perda da CPMF. A receita do IOF subiu quatro vezes de 2007 até 2011, quando será de R$ 30 bilhões. Um terço disso teria elevado bastante os recursos federais para a saúde. Mas essa não foi a prioridade nem antes nem depois. Desde 2002, as despesas federais na área cresceram abaixo das receitas correntes.
O projeto de lei que está para ser votado na Câmara dos Deputados tem várias coisas positivas, entre elas, a que impede os governos de contabilizarem no item saúde gastos de segurança, alimentação, lixo, asfalto, etc. Com esse expediente, metade dos Estados, hoje, não cumpre a EC 29. Mas dois dispositivos financeiros merecem reparos. O projeto retira da base de cálculo da despesa mínima estadual para a saúde os recursos do Fundeb, da educação. Isso cortaria em R$ 5 bilhões os gastos obrigatórios dos Estados no setor! Paralelamente, cria-se a Contribuição Social para a Saúde (CSS), uma CPMF de 0,1%, que renderia uns R$ 14 bilhões/ano. Mas, desse total, 20% seriam descontados por conta da Desvinculação de Receitas da União (DRU). Assim, metade da CSS serviria aos Tesouros nacional e estaduais, a pretexto da saúde!
Note-se que, desde 2002, a carga tributária no Brasil cresceu em torno de três pontos do PIB; o gasto federal aumentou em 80% reais. Ao longo de 2011, a receita tributária federal cresceu três vezes mais do que o PIB. Será que as distorções de prioridades, o descaso sobre eficiência e redução de custos e os desperdícios e desvios têm sempre de ser compensados com aumento ainda maior de tributos?
A saúde precisa, sim, de mais recursos federais, e eles tinham de ter saído e devem sair das receitas existentes. Dentro do próprio setor há um mundo de possibilidades de redefinição de custos e prioridades, questões que saíram da sua agenda desde 2003.
E o que dizer sobre a qualidade dos gastos federais? Dois pequenos exemplos: cerca de R$ 700 milhões poderiam ser destinados à saúde com o simples cancelamento do projeto executivo do trem-bala, essa grande alucinação ferroviária; outro tanto poderia ser obtido cortando despesas com boa parte das ONGs e festas municipais, no âmbito do Turismo, item escabroso em desvio de recursos. E pode-se permitir, sim, que iguais montantes virem emendas para a saúde, de forma criteriosa e controlada. Em suma, trata-se de governar com prioridades claras, determinação e, é claro!, com rumos, sabendo-se o que se quer.
EX-PREFEITO E EX-GOVERNADOR DE SÃO PAULO
Fonte:  O Estado de S.Paulo

BRASILEIROS ESTÃO COMEÇANDO A SE MEXER, ONTEM DERAM UM GRANDE PASSO, DEIXANDO DE SE COMPORTAR COMO UM FALCÃO,MORCEGO OU ZANGÃO, EXERCENDO SEU DIREITO DE CIDADÃO.

“Se você colocar um falcão em um cercado de um metro quadrado e inteiramente aberto em cima ele se tornará um prisioneiro, apesar de sua habilidade para o vôo. A razão é que um falcão sempre começa seu vôo com uma pequena corrida em terra.
Sem espaço para correr, nem mesmo tentará voar e permanecerá um prisioneiro pelo resto da vida, nessa pequena cadeia sem teto.
O morcego, criatura notavelmente ágil no ar, não pode sair de um lugar nivelado.
Se for colocado em um piso complemente plano tudo que ele conseguirá fazer é andar de forma confusa, dolorosa, procurando alguma ligeira elevação de onde possa se lançar.
Um zangão, se cair em um pote aberto ficará lá até morrer ou ser removido.
Ele não vê a saída no alto, por isso, persiste em tentar sair pelos lados, próximo ao fundo.
Procurará uma maneira de sair onde não existe nenhuma, até que se destrua completamente de tanto atirar-se contra as paredes do vidro.
Existem pessoas como o falcão, o morcego e o zangão: atiram-se obstinadamente contra os obstáculos , sem perceber que a saída está logo acima.
Se você está como um zangão, um morcego ou um falcão, cercado de problemas por todos os lados, olhe para cima!SEMPRE HÁ  UMA SAÍDA. O primeiro passo  foi  dado.(TEXTO ADAPTADO DE AUTOR DESCONHECIDO)

Parabéns aos brasileiros que sairam às  ruas  para protestar  contra a CORRUPÇÃO.
Escrevi aqui que  no  dia 7  de setembro não  havia  nada  a  comemorar, hoje  8 de setembro temos muito. Em Curitiba,mesmo com a temperatura a  8° e  com chuva, muita gente na rua  foram assistir  ao  desfile, inclusive vários  grupos  protestando  contra  a  corrupção, em Brasilia fala-se em mais de  40 mil  manifestantes. 
DO BLOG DO FERRA MULA

Eles botaram o chapéu.

Não adianta a esquerda querer tapar o sol com a peneira. O Brasil todo protestou contra a corrupção instalada por Lula e mantida por Dilma, apesar da sua vassoura seletiva que não varre o PT. As camadas de lama foram se acumulando e viraram um lodaçal. Onde está o resultado da investigação sobre a Erenice Guerra? Quem aguenta um Palocci sujo pego em duas oportunidades, sendo, em ambas, o nome forte do Partido dos Trabalhadores dentro do governo? Quem suporta um José Dirceu, chefe da sofisticada organização criminosa do mensalão com um governo paralelo dentro de um hotel em Brasília? A ausência da máquina petista nos protestos, dos sindicatos, ongs, movimentos sociais, junto com críticas na esgotosfera tentando desqualificar os protestos, são a prova mais poderosa de onde está a sujeira. Corrupção, você tem um nome e o teu nome é PT. Eles colocaram o chapéu na cabeça, o chapéu serviu e o Brasil todo viu.
DO COTURNO NOTURNO

DEMOCRACIA PULSA NO CORAÇÃO DOS JOVENS E DEIXA CONTRARIADOS MUITOS JORNALISTAS...

O destaque dado ao protesto pelo diário global espanhol El País
Se alguém quiser saber se a Marcha Contra a Corrupção teve sucesso, basta ler a Folha de São Paulo desta quinta-feira, justamente pelo fato de que o jornalão enveredou pela ironia e arranjou alguém que acusasse os manifestantes de direitistas numa de suas matérias sobre o evento. Tirante o editorial a respeito do evento, que está razoavelmente correto o bastante para destoar da reportagem, o conjunto da obra é um desastre. Como sempre, a escumalha esquerdista que domina a redação desse jornal de espinha mole tentou, enfim, minimizar a marcha que foi um sucesso, como comprova o vídeo e as fotos que estão postados mais abaixo.
A reportagem da Folha foi incapaz de aludir a um fato que ficou escancarado: as entidades como CUT e UNE, completamente aparelhadas pelo PT, silenciaram ante a corrupção comprovando que são cúmplices desse governo ladravaz.
Mas, enquanto a Folha qualifica a manifestação, diga-se de passagem civilizada e democrática, como uma manifestação "quase virtual", um dos maiores diários globais, o El País da Espanha, deu destaque ao evento em seu site, conforme o facsímile acima.
A verdade é que a Marcha Contra a Corrupção virou notícia internacional.
Na véspera, a reportagem da Folha já havia se esforçado para tentar esfriar a manifestação conforme pode-se verificar na edição desta quarta-feira.

Como seus jornalistas pretensamente isentos e imparciais, mas sempre pendendo para a esquerdopatia, não têm coragem de dizer como eu digo diariamente aqui no blog o que acho que deve ser dito de acordo com os fatos, dedicou-se a ouvir um desses oráculos acadêmicos que vaticinou que seria muito difícil mobilizar as pessoas para uma coisa generalizada. Vejam só, a corrupção acabou se tornando uma coisa generalizada e que não teria, por isso, o poder de galvanizar as massas.
Esses sujeitos que se dizem jornalistas devem sim emitir suas opiniões. É eticamente muito mais aceitável que emitam as suas opiniões, mesmo que elas sejam a favor do lulopetismo, da corrupção da roubalheira. É muito mais honesto jornalisticamente que assim procedam do que escrever laudatórias pretendendo uma objetividade que não é verdadeira, haja vista que a mistificação fica escancarada.
E tem mais. Nesse ambiente político dominado pelo PT e suas conspirações permanentes contra a as instituições democráticas e, sobretudo, contra a liberdade de Imprensa, torna-se um dever dos jornalistas denunciar essas iniqüidades e, ao mesmo tempo, valorizar a luta pela manutenção do Estado de Direito Democrático.

Não tenham dúvida, no entando, que esse ato de protesto foi apenas o começo. E já deu para mostrar que o PT e seus sequazes não são os donos das ruas e das praças e não detêm a hegemonia dos movimentos da sociedade civil. 
Por ter sido ação espontânea de pessoas desligadas de agremiações políticas, de sindicatos e ONGs que vivem de caraminguás oficiais, a manifestação contra a corrupção surpreendeu a Nação.
Jornalismo que briga com os fatos e não diz a verdade não é jornalismo.

Exaltemos, pois, o fato de que a democracia continua pulsando no coração dos jovens brasileiros.
DO BLOG DO ALUIZIO AMORIM