Era batata!
Sérgio Cabral (PMDB), governador do Rio e um dos inimputáveis da política brasileira, apareceu com mais uma idéia salvadora: a legalização do jogo para financiar a Saúde. Repetindo o texto do lobby em favor da idéia, afirmou que o jogo só não é legal no Iraque, no Iêmen, no Afeganistão e na Coréia no Norte”. É mentira, claro!, mas, ainda que fosse verdade, isso não tornaria a coisa, em si, boa ou ruim.
Cabral vive tendo idéias. Já defendeu antes a legalização do jogo. E também quer a descriminação das drogas e do aborto. Está naquela categoria de homens que acham que uma das formas de diminuir a criminalidade no Brasil é legalizar o crime. Pode não ser lógico, mas é tautológico.
Com a sua política de segurança sob questionamento, como sabem os céus do Complexo do Alemão, por que não aparecer no noticiário com um factóide? O jogo, como todo mundo sabe, é uma das principais formas de lavagem de dinheiro — inclusive do narcotráfico. Perguntem aos EUA, onde, de fato, é legal. A razão é simples: como lida com muito dinheiro vivo, é praticamente impossível haver um controle eficiente de receita.
Ele também resolveu filosofar: “O Brasil vive algumas hipocrisias muito fortes. Aí você vê casa de bingo ilegal sendo fechada, cassino ilegal sendo fechado. Se há demanda, vai existir oferta. Então vamos organizar essa oferta, no Congresso, com uma lei direita”.
Certo! Imaginem aí quantas outras “demandas” existem no Brasil que pediriam a “organização da oferta”. Deixem-me ver: prostituição, pedofilia, zoofilia… A seguir Cabral, definitivamente serão extintos todos os pecados ao Sul do Equador. Dá para reduzir a criminalidade a zero porque tudo será da lei — desde que se pague a taxa.
Enquanto isso, balas traçantes salpicam de estrelas o céu do Alemão!
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