sexta-feira, 13 de outubro de 2017

BOLSONARO É DESTAQUE NA MÍDIA DOS EUA. REPORTAGEM VÊ PRESIDENCIÁVEL COMO VERSÃO BRASILEIRA DE DONALD TRUMP.


O site Information/Liberation publicou uma grande reportagem sobre Bolsonaro.
O presidenciável Jair Messias Bolsonaro que cumpre agenda nos Estados Unidos, incluindo contato com brasileiros que vivem e trabalham lá e, em especial, reuniões com empresários e investidores, já é destaque na imprensa americana. A performance do presidenciável na Terra do Tio Sam pode ser conferida nos vídeos e fotos postados em sua página oficial no Facebook.

O conhecido site Information/Liberation, publicou uma longa reportagem sobre Bolsonaro que também foi reproduzida pelo jornalista Alex Jones, editor dos populares Infowars e Prision Planet, dois sites de viés conservador com milhares de acessos diários.

A reportagem do Information/Liberation é assinada por Chris Menahan e fartamente ilustrada com fotografias de Bolsonaro incluindo também o vídeo que ilustra esta postagem legendado em inglês.

Em sua página oficial no Facebook, Bolsonaro postou o banner abaixo com a repercussão assinada pelo jornalista Alex Jones, no Prision Planet/Infowars:
Clique sobre a imagem para vê-la ampliada DO A.AMORIM

Urgente!!! Jornalista detona STF por decisão que pode livrar LULA da Prisão!!! Confira!!!

O povo já não esperava mais nada dos outros ministros (Moraes, Toffoli, Mendes, Lewandowski e Marco Aurélio), mas de Cármen Lúcia, não havia uma certeza de que lado ela estava. Agora ficou claro.

Cármen decidiu colocar os políticos acima da lei e enfrentar o Exército de Mourão.
Espero, do fundo do meu coração, que a ministra pague caro por tal decisão.

STF 'afinou' em decisão sobre Congresso e sua independência está prejudicada, diz jurista

Juliana Carpanez
Do UOL, em São Paulo
"O Supremo afinou", resume o jurista Walter Fanganiello Maierovitch sobre a votação de quarta-feira (11) do STF (Supremo Tribunal Federal), que passou a considerar necessário o aval do Congresso para o afastamento de deputados e senadores. "A última palavra, sobretudo no que diz respeito à Constituição, é do Supremo. E a maioria [dos ministros] diminuiu o poder do Judiciário, prejudicando sua independência."
O Poder Judiciário perdeu musculatura constitucional, abriu mão de sua força e independência
Walter Maierovitch, jurista

Reprodução UOL
Para Maierovitch, não dá para desvincular a decisão do STF da Operação Lava Jato
A independência, explica, é a de o Supremo impor medidas cautelares --como afastamento e recolhimento noturno-- ao Poder Legislativo para que as execute. Na prática, será necessário aval do Legislativo quando essas medidas interferirem "direta ou indiretamente" no exercício do mandato parlamentar. As ordens do Supremo, portanto, poderão ser contestadas e reformadas pela maioria do Senado e da Câmara –como o afastamento de Aécio Neves (PSDB) e a proibição de ele sair à noite.
 
Diante da mudança, Maierovitch diz acreditar que a última palavra ficará sempre com o Legislativo. O que, segundo ele, termina com a recente queda de braço entre os dois poderes: "Acabou. Se fosse boxe, [os ministros do STF] teriam jogado a toalha no meio do ringue. Dia 17 [data prevista para o Senado votar o afastamento de Aécio], o Legislativo vai estar lá [para definir o futuro do senador afastado]". Aécio foi denunciado pelos crimes de corrupção e obstrução de Justiça, por suspeitas de ter negociado propina com o empresário Joesley Batista, da JBS.
"Nesse momento que estamos vivendo, não há como desvincular [os fatos] da Operação Lava Jato, da corrupção", continua o jurista. Ele menciona a operação Mãos Limpas, contra a corrupção política na Itália, que terminou sendo chamada de operação "mãos decepadas" pelos resultados decepcionantes. "Na decisão de ontem [quarta-feira], o Supremo saiu com uma mão decepada. Se olharmos para a Lava Jato e fizermos essa comparação, é esse o contexto", continua.
Para Maierovitch, a decisão cria um desvirtuamento no sistema republicano, baseado na igualdade de todos perante a lei --sem exceções, por exemplo, para parlamentares.

Josias de Souza: Entre Cunha e Aécio, Supremo vira ex-Supremo

'Ministros do STF vestem toga política'

O especialista não relaciona diretamente esta decisão ao aumento da impunidade para senadores e vereadores. Mas fala que a votação causou um desequilíbrio do sistema: "A balança de Têmis, deusa que representa a Justiça, está desequilibrada. E ela também jogou fora sua espada, que é símbolo de sua força".
Se isso aconteceu, na opinião de Maierovitch, é porque os ministros do STF vestem togas políticas e não da Justiça. "O que acontece ali é político. E isso leva a uma discussão sobre o Poder Judiciário que temos, no qual seus ministros, com algumas exceções, vestem a toga da ideologia de grupos políticos. Não digo que são mais juristas, mas para alguns falta a principal qualidade de um juiz: a isenção."

PT agora ameaça votar contra retorno de Aécio


Josias de Souza

A bancada do Partido dos Trabalhadores no Senado ensaia uma meia-volta. Duas semanas depois de aderir ao mutirão suprapartidário que se formou para restituir o mandato a Aécio Neves, os senadores petistas ameaçam votar contra o retorno do grão-tucano. Num universo de 81 senadores, o PT tem nove votos. Aécio precisa de pelo menos 41 aliados para prevalecer no plenário do Senado.
Em entrevista ao Jornal Nacional,  o senador petista Humberto Costa (PT-PE) declarou: “Eu vou defender na nossa bancada que nós votemos pela execução dessas sanções contra Aécio Neves —o afastamento do mandato principalmente. E eu acredito que será a tendência do voto do PT.”
A nova posição do PT, esboçada nas palavras de Humberto Costa, contrasta com o conteúdo de uma nota divulgada pela legenda há 15 dias. Nela, a Executiva Nacional do PT tachou de “esdrúxula” a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal que impôs sanções cautelares a Aécio, entre elas suspensão do mandato.
“Não existe a figura do afastamento do mandato por determinação judicial”, escrevera o PT em sua nota. “O Senado Federal precisa repelir essa violação de sua autonomia.” Estava decidido até então que os nove senadores petistas ajudariam a trazer Aécio de volta ao convívio dos seus pares. Mas o que parecia certo evapora rapidamente.
O petismo se reposiciona em cena a quatro dias da votação do caso Aécio, marcada para esta terça-feira (14). Se não faltar quórum, a sessão ocorrerá nas pegadas do julgamento em que o plenário do Supremo decidiu, por 6 votos a 5, que cabe às duas Casas do Legislativo dar a palavra final sobre eventuais punições cautelares impostas a parlamentares.
O PT cogitava socorrer Aécio porque há petistas com a corda no pescoço, a começar pela presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann. O partido recua porque a ideia de estender a mão para o adversário tucano rendeu críticas internas e uma avalanche de ataques nas redes sociais.

– Charge do Cazo, via Jornal de Jahu.

Caso Aécio vai tirar bancada arcaica do armário


No jogo de cartas marcadas que se estabelceu entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal, o próximo lance executado no plenário do Senado. Diante da submissão do Supremo, os senadores decidirão se as sanções cautelares impostas a Aécio Neves devem ou não ser mantidas. Não é preciso ser vidente para prever o resultado: suspenso pela Primeira Turma do Supremo, o senador tucano terá o mandato restituído pelos colegas.
É possível antever os discursos. Estalando de pureza moral, personagens como Renan Calheiros e Romero Jucá dirão que defendem acima de tudo a Constituição, não Aécio Neves, um senador que pediu e recebeu R$ 2 milhões a um corruptor. Dedicarão meia dúzia de desaforos ao ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. O líder tucano Paulo Bauer afagará Aécio com sua retórica.
O ruim de tudo isso é odor. Mas é possível enxergar um lado bom, mesmo que seja necessário procurar um pouco. O bom é que você ficará sabendo qual é o tamanho da bancada do atraso no Senado. É a maior agremiação da Casa. Reúne a banda que deseja salvar Aécio e o bloco que quer salvar o próprio pescoço. Convém imprimir a lista de votação. Depois que o Supremo virou ex-Supremo, não resta ao brasileiro senão fazer justiça com o próprio dedo, na urna eletrônica.