terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Carnaval de Brasília é ameaçado pela aparição da Ala das Graciosas


O passista Aloízio Mercadante, integrante da escola de samba que vai juntar a turma da Embaixada dos Ministérios, saiu da festa de posse da nova presidente da Petrobras com uma ameaçadora ideia na cabeça: vai propor à direção da entidade carnavalesca a criação da Ala das Graciosas, formada por Dilma Rousseff e suas melhores amigas. Se o sonho de Mercadante for materializado, o Carnaval de Brasília será abrilhantado pela performance do grupo liderado pela presidente e ornamentado, até agora, por cinco destaques: Graça Foster, Eleonora Menicucci (no meio, à esquerda), Iriny Lopes (no meio, à direita), Erenice Guerra e Ideli Salvatti.
AUGUSTO NUNES
REV VEJA

Glossário atualizado da novilíngua lulista

Em fevereiro de 2010, para socorrer os brasileiros que nem sempre conseguem entender o que diz a turma do PT, o comentarista Marcelo Fairbanks coordenou a edição de um pequeno dicionário da novilíngua lulista, contendo as expressões usadas com mais frequência tanto pelos pastores do rebanho quanto pelas ovelhas. O esforço feito pela companheirada para rebatizar de “concessão” a entrega do controle de três aeroportos à iniciativa privada induziu a coluna a publicar um glossário atualizado do estranho dialeto. Confira:
aloprado. Companheiro pilhado em flagrante durante a execução de bandalheiras encomendadas pela direção do partido ou pelo Palácio do Planalto.
analfabetismo. 1. Deficiência que ajuda um enviado da Divina Providência a virar presidente da República. 2. Qualidade depreciada por reacionários preconceituosos, integrantes da elite golpista e louros de olhos azuis.
asilo político. Instrumento jurídico que beneficia todo companheiro ou comparsa condenado em outros países por crimes comuns ou atos de terrorismo.
base aliada. 1.Bando formado por parlamentares de diferentes partidos ou distintas especialidades criminosas , que alugam o apoio ao governo, por tempo determinado,  em troca de ministérios com porteira fechada (cofres incluídos), verbas no Orçamento da União, nomeações para cargos público, dinheiro vivo e favores em geral. 2. Quadrilha formada por deputados e senadores.
blecaute. Apagão
Bolívar (Simón). Herói das guerras de libertação da América do Sul que reencarnou no fim do século passado com o nome de Hugo Chávez.
bolivariano. Comunista que finge que não é comunista.
Bolsa Família. Maior programa de compra oficial de votos do mundo.
camarada de armas.  Companheiro diplomado em cursinho de guerrilha que só disparou tiros de festim; guerrilheiro que ainda não descobriu onde fica o gatilho do fuzil. (Ex.: Dilma Rousseff e José Dirceu são camaradas de armas.)
cargo de confiança. 1. Empregão reservado a companheiros do PT ou parceiros da base alugada, que nem precisam perder tempo com concurso para ganhar um tremendo salário sem trabalhar. 2. Cala-boca (pop.).
cartão corporativo. Objeto retangular de plástico que permite tungar o dinheiro dos pagadores de impostos sem dar satisfação a ninguém e sem risco de cadeia.
caixa dois. Dinheiro extorquido sem recibo de donos de empresas que enriquecem com a ajuda do governo, empreiteiros de obras públicas ou publicitários presenteados com contratos sem licitação.
Comissão da Verdade. 1. Grupo de companheiros escalados para descobrir qualquer coisa que ajude a afastar a suspeita, disseminada por Millôr Fernandes, de que a turma da luta armada não fez uma opção política, mas um investimento. 2. Entidade concebida para apurar  crimes cometidos pelos outros.
companheiro. Qualquer ser vivo ou morto que ajude Lula a ganhar a eleição.
concessão. Entrega ao controle da iniciativa privada de empresas, atividades ou setores administrados até então por governos do PT. (Ver privatização).
controle social da mídia. Censura exercida por censores treinados pelo PT para adivinhar o que o povo quer ver, ler ou ouvir. (Ver democratização da mídia).
corrupção. 1. Forma de ladroagem praticada por adversários do governo. 2. Forma de coleta de dinheiro que, praticada por companheiros, deve ser tratada como um meio justificado pelos fins. 3. Hobby preferido dos parceiros da base alugada.
Cuba. 1. Ditadura que só obriga o povo a ser feliz de qualquer jeito. 2. Forma de democracia que prende apenas quem discorda do governo.
cueca. Cofre de uso pessoal utilizado no transporte de moeda estrangeira adquirida criminosamente.
democratização da mídia. 1. Erradicação da imprensa independente. 2. Entrega do controle dos meios de comunicação a jornalistas companheiros, estatizados ou arrendados. (Ver controle social da mídia). 

ditador. Tirano a serviço do imperialismo estadunidense. (Ver líder).

ditadura do proletariado. Forma de democracia tão avançada que dispensa o povo de votar ou dar palpites porque os companheiros dirigentes sabem tudo o que o povo quer.
erro. 1. Crime cometido por companheiros. 2. Caso comprovado de corrupção envolvendo ministros ou altos funcionários do segundo escalão ou de empresas estatais.
Fernando Henrique Cardoso. 1. Ex-presidente que, embora tivesse ampla maioria no Congresso, fez questão de aprovar a emenda da reeleição com a compra de três votos no Acre só para provocar o PT. 2. Governante que, depois de oito anos no poder, só conseguiu inaugurar a herança maldita.
FHC. 1. Grande Satã; demônio; capeta; anticristo;. satanás; diabo. 2. Assombração que vive aceitando debater com Lula só para impedir que o maior governante de todos os tempos se dedique a ganhar o Nobel da Paz. 3. Sigla que, colocada nas imediações do SuperLula, provoca no herói brasileiro efeitos semelhantes aos observados no Super-Homem perto da kriptonita verde.
líder. Ditador inimigo do imperialismo estadunidense. (Ver ditador).

malfeito. Ato criminoso praticado por bandidos companheiros.
MST. 1. Entidade financiada pelo governo para fazer a reforma agrária e levar à falência a agricultura. 2. Movimento formado por lavradores que não têm terra e, por isso mesmo, não sabem plantar nem colher.
no que se refere. Expressão usada pela Primeira Companheira para avisar que lá vem besteira.
nuncaantesnestepaís. 1. Expressão decorada pelo Primeiro Companheiro para ensinar ao rebanho que o Brasil começou em 1° de janeiro de 2003 e que foi ele quem fez tudo, menos Fernando Henrique Cardoso.

ou seja. Expressão usada pelo Primeiro Companheiro para avisar que, por não saber o que dizer, vai berrar o que lhe der na cabeça.
pedra fundamental. Obra do PAC inaugurada antes de começar a ser construída.
privatizaçãoEntrega ao controle da iniciativa privada de empresas, atividades ou setores administrados até então por governos inimigos do PT. (Ver concessão).
AUGUSTO NUNES
REV VEJA

CENSURA NUMA UNIVERSIDADE FEDERAL - Governo pressiona, e entrevista de ministra das Mulheres desaparece de site da Universidade Federal de Santa Catarina

Que gente engraçada!
A petralhada vive reclamando do que chama “censura” no meu blog, como se uma página pessoal, privada, pudesse censurar alguém. A que chamam censura? Eles reivindicam “o direito” de me ofender e a meus leitores! Não permito, claro! Visita que vem à minha casa tem de me tratar bem! Só faltava acontecer o contrário. Não sou eu que invado o computador do petralha, pô! Ele é que decide me acessar. Por que não fazem como eu, que os ignoro? Também querem usar a minha página para suas correntes de difamação ou de militância partidária, o que igualmente não permito.
Discordar pode? Basta ler os comentários para se constatar que sim. Mas é claro que imponho restrições, ou se dará no blog o que se verifica na área de comentários dos grandes portais e dos sites dos jornais: estão todas, sem exceção, tomadas pelos patrulheiros. Seu trabalho é bater boca e desqualificar os críticos do governo e do petismo. São pessoas pagas para isso, contratadas com esse fim.
Aqui não será assim! A mediação tem demorado um tantinho porque estou ainda sem um auxiliar. Que demore! Os meus leitores compreenderão. Uma coisa é certa: a minha praia, eles não vão invadir. Aqui mando eu! Mas volto ao ponto.
É de censura que querem falar? Então vamos lá. Toda censura será sempre oficial, exercida pelo estado, pelo governo de turno. Falar em censura em órgãos privados de imprensa é uma estupidez, uma cretinice, uma vigarice intelectual. Jornais, sites, revistas, blogs etc privados têm, quando muito, linha editorial. E olhem que até isso tem sido raro. Os “companheiros” estão infiltrados em tudo o que é lugar. Os petralhas costumam chamar “censura” a eventual não-publicação de suas mentiras e de seus reptos ideológicos.
Outra forma de censura é usar o dinheiro público seja para punir veículos considerados incômodos — não os contemplando com anúncios oficiais e de estatais —, seja para premiar os que têm o nariz marrom, comprando a sua fidelidade.
Pois bem! A Universidade Federal de Santa Catarina é uma instituição pública. A entrevista da agora ministra das Mulheres, Eleonora Menicucci estava nos arquivos da instituição. Eu a descobri e transcrevi trechos aqui. AGORA ELA FOI RETIRADA DO AR! Os petralhas querem um caso de censura? Pois eles o têm aí, de modo evidente e insofismável. Ontem, o Ministério divulgou uma nota afirmando que já havia solicitado que ela desaparecesse dos arquivos porque conteria “imprecisões”.
Há, sim, imprecisões nas transcrições, uma troca ou outra de palavra. Mas não nos trechos relevantes — aqueles que transcrevi. Está tudo muito claro!
1- Eleonora confessou que atravessou a fronteira da Colômbia para se dedicar a uma prática criminosa naquele país: o aborto;
2- Eleonora confessou que seu segundo aborto foi decidido junto com o partido de esquerda a que pertencia;
3- Eleonora revelou intimidades de sua vida privada (sua primeira relação homossexual) e de sua filha (lésbica que fez inseminação artificial);
4- Eleonora se disse avó dessa criança, mas também “avó do aborto”, porque já fizera dois;
5- Eleonora confessou que sua ONG promovia exame de colo de útero por leigos, já que ela própria disse ter se dedicado à prática, segundo se entende, como examinadora…;
6- Eleonora confessou que o treinamento da Colômbia era parte de uma proposta de se promoverem abortos realizados por não-médicos.
Para lembrar o trecho mais eloqüente:
Eleonora -  Dois anos Aí, em São Paulo, eu integrei um grupo do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde. ( ). E, nesse período, estive também pelo Coletivo fazendo um treinamento de aborto na Colômbia.
Joana - Certo.
Eleonora - O Coletivo nós críamos em 95.

Joana
- Como é que era esse curso de aborto?
Eleonora - Era nas Clínicas de Aborto. A gente aprendia a fazer aborto.
Joana - Aprendia a fazer aborto?
Eleonora - Com aspiração AMIU.
Joana - Com aquele…

Eleonora
- Com a sucção.
Joana - Com a sucção. Imagino.
Eleonora - Que eu chamo de AMIU. Porque a nossa perspectiva no Coletivo, a nossa base…

Joana
-  é que as pessoas se auto auto-fizessem!
Eleonora - Autocapacitassem! E que pessoas não médicas podiam…

Joana
- Claro!
Eleonora - Lidar com o aborto.
Joana - Claro!.
Encerro
Eis aí! A retirada de um documento de uma instituição pública por pressão do Estado, isso, sim, é censura! Ocorresse num governo do PSDB ou do DEM, a grande imprensa faria um estardalhaço. Como se dá na administração dos companheiros e como se considera, afinal de contas, que ser a favor do aborto é coisa de “gente moderna, humana e progressista”, então se vai fazer um silêncio sepulcral a respeito.
Não será a primeira vez que a própria grande imprensa vai condescender com a censura por causa do aborto. Já aconteceu antes. A defesa do aborto, acreditem vocês, parece tornar aceitável no Brasil a tese do crime de opinião.
Neste blog eles não se criam.
PS - Sim, eu fiz uma cópia de segurança da entrevista porque tinha a certeza de que os companheiros agiriam como companheiros. E vou colocá-la de volta na rede. De todo modo, os trechos mais eloqüentes já são de domínio público. Eles podem censurar a Universidade Federal de Santa Catarina. Mas a mim não censuram. Não ainda. Se e quando seu projeto de poder estiver plenamente consolidado, aí sim. Aí eles começarão censurando Reinaldo Azevedo e terminarão, como todos os totalitários, censurando os próprios companheiros.
Por Reinaldo Azevedo

Marcos Valério é condenado mais uma vez, agora por sonegação de R$ 90 milhões

No Estadão Online:
O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de ser o operador do esquema do mensalão, foi condenado novamente pela Justiça Federal em Minas Gerais. Dessa vez, o Judiciário impôs uma pena de nove anos de prisão ao acusado e a seus ex-sócios na agência de propagandas SMP&B, Cristiano de Mello Paz e Ramon Hollberbach Cardoso. Eles foram acusados de sonegação tributária e falsificação de documento público. Em 2007, a sonegação foi calculada em R$ 90 milhões.
É a segunda pena imposta a Valério e Paz, condenados no ano passado a penas de seis anos e dois meses e de quatro anos e oito meses, respectivamente, por crime contra o sistema financeiro. Assim como na primeira condenação, a Justiça permitiu que os réus recorram da sentença em liberdade. A mulher de Valério, Renilda Maria Santiago Fernandes de Souza, também foi acusada, mas teve a absolvição pedida pelo Ministério Público Federal (MPF) por falta de provas.
Segundo o MPF, os acusados usaram “diversas condutas fraudulentas” para sonegar tributos entre 2003 e 2004. Ainda de acordo com o MPF, quando estourou o escândalo do mensalão, em 2005, os acusados, cientes de que a empresa seria alvo de uma devassa fiscal, fizeram uma retificação da Declaração de Rendimentos da Pessoa Jurídica (DIPJ) para declarar receitas que não haviam sido informadas, mas “não apresentaram nova Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais, nem efetuaram os recolhimentos correspondentes”.
No mesmo período, a Receita Federal também detectou indícios de fraudes na movimentação feita pela SMP&B em diversos bancos. Pela denúncia do MPF, “vultosos recursos”, passaram pelas contas da empresa, quase todos lançados como empréstimos para o PT, mas foram registrados incorretamente na contabilidade da agência de publicidade.
Durante o processo, a defesa dos acusados alegou que não houve sonegação, já que a DIPJ foi retificada antes de a empresa ser alvo de fiscalização. No entanto, o juiz substituto da 11ª Vara da Justiça Federal em Minas, Henrique Gouveia da Cunha, entendeu que houve uma manobra. “A retificação constitui confissão das fraudes anteriormente encetadas para se lograr a sonegação obtida”, afirmou o magistrado. Para o juiz, os acusados só fizeram a retificação quando “tinham certeza plena de que seriam  alvo de intensa fiscalização e investigação”.
Falsificação. Além disso, o juiz acatou as alegações do MPF de que os acusados falsificaram Autorizações para Impressão de Documentos Fiscais (AIDFs) da prefeitura de Rio Acima, na região metropolitana de Belo Horizonte, para justificar a emissão de notas fiscais frias. Segundo o Ministério Público, o grupo abriu uma filial da empresa no município, mas falsificou as assinaturas do prefeito e de uma servidora e adulterou AIDFs para, por exemplo, imprimir 15 mil notas fiscais ao invés de 5 mil.
A prefeitura não reconheceu a documentação que, de acordo com o MPF, teve a falsificação comprovada por perícia do Instituto Nacional de Criminalística (INC). Para o magistrado, a fraude foi feita para tentar “regularizar” a sonegação. “As notas fiscais impressas a partir das AIDFs falsas, embora emitidas no ano de 2003 e utilizadas para dar suporte ao recebimento efetivo de recursos de clientes diversos não foram registradas na contabilidade original da SMP&B”, sentenciou. “Essas notas fiscais foram impressas sem a autorização e conhecimento do órgão fazendário competente, com o claro propósito de omitir receita tributável, compondo o que se convencionou chamar de ‘caixa-dois’ da empresa”, acrescentou o magistrado.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Vejam, abaixo, vídeo em que Ideli Salvatti aparece como vivandeira, estimulando a mobilização de policiais militares. E aí, Dilma, não vai ficar “horrorizada”?

Todos sabemos, e já o provei com imagens e banda sonora, que Jaques Wagner (PT), governador da Bahia, era um notório insuflador de greves de policias militares no seu estado. Afinal,  um adversário seu estava no poder, certo?
Peço que vocês vejam este vídeo de janeiro de 2009. Embora eu não precisasse dizer o nome da estrela — não há diferença de voz nem de cabelo0 —, cumpro o dever jornalístico: trata-se da então senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que disputaria o governo de Santa Catarina no ano seguinte, sendo derrotada. Como prêmio, levou o Ministério da Piaba (também conhecido como “da Pesca”). Depois assumiu o das Relações Institucionais, em lugar de Luiz Sérgio, que ficou com a piaba… Vejam. Depois explico tudinho.
O busílis é o seguinte: em dezembro de 2008, um movimento de PMs e bombeiros tomou conta dos quartéis de Santa Catarina, acusando o governo de não cumprir uma lei que dizia respeito à organização da Segurança Pública — a 254. Nem vou entrar nesse mérito agora. O fato é que, à mobilização, seguiram-se processos administrativos, punições etc. Todo mundo acabou anistiado em 2011.
É disso que fala Ideli em 2009 a lideranças de policiais militares ligadas à Anaspra (Associação Nacional de Entidades Representativas de Praças Militares Estaduais). À esquerda do vídeo, vocês vêem ninguém menos do que Marco Prisco, o líder da greve na Bahia. Ora, em 2009, Ideli estava à vontade para se comportar como vivandeira porque o governador do Estado era Luiz Henrique (PMDB), hoje senador. Embora formalmente integre um partido da base, ele pertence ao grupo dos peemedebistas independentes.
Notem como a fabulosa promete que vai mobilizar o Ministério da Justiça — cujo titular era o ínclito Tarso Genro, que hoje enfrenta a mobilização da PM gaúcha. Chamo a atenção de vocês para a fala de Ideli a partir dos 42 segundos. Ela relata que o “Cel Eliésio” — refere-se ao então comandante-geral da PM em Santa Catarina, Eliésio Rodrigues — havia concedido uma entrevista à CBN. Transcrevo suas palavras:
“Estava o coronel Eliésio dando entrevista e falando, falando, falando… Eu até comentei, fiquei positivamente impressionada porque o Mário Motta [jornalista que fazia a entrevista] foi muito pra cima dele, cobrando: ‘Muito bem, tem hierarquia, tem disciplina, mas como é que reivindica sem afrontar… Como é que pede? Se não cumpre a lei, reclama como? Coloca como? Ele se espremeu bastante. Mas o ideal seria alguém de vocês estar lá falando, né? Não apenas o jornalista estar fazendo as cobranças (…).
Repararam, né? Ideli trata o coronel com certo menoscabo—- “falando, falando, falando” — e acha divertido ver o comandante da PM sendo apertado pelo jornalista. Mas Ideli quer é que os próprios militares cheguem à imprensa. Para ela, valores como disciplina  e hierarquia podem ficar em segundo plano diante de “reivindicações”. Ela avança.
“Eu acho muito importante a gente colocar, ter alguns eventos que possa (sic) permitir que a posição de vocês também venha a público, que eles não fiquem falando sozinhos. Acho que vocês estão corretíssimos de fazer movimentos buscando apoio popular, fazer abaixo-assinados”
Ideli não está contente, como se vê. Ela quer mobilização popular. E lembra a vantagem de que gozam profissionais da saúde, da educação e da segurança no que respeita a mobilizações:
“E nós, né?, temos esta vantagem. Quer dizer, estes três setores estão, segurança e educação ainda mais do que a saúde, a gente está muito espalhado. A gente tem como fazer isso em vários locais ao mesmo tempo, em vários municípios. Então eu acho muito importante vocês estarem dando conta mesmo desta coisa aí de puxar a opinião pública a favor de vocês.”
Encerro
Este é o PT. Dois anos depois, a presidente Dilma Rousseff, que fez Ideli sua ministra, viria a se dizer “horrorizada” com os eventos da Bahia. Diante da crise, a hoje ministra sumiu do mapa, não quis dar as caras, desapareceu. O negócio dela, agora, são as “relações institucionais”, né? Das não-institucionais, como insuflar os quartéis, ela cuidava quando senadora e pré-candidata do PT ao governo do Estado.
Aí dizem algumas almas simples: “Acho que você é muito severo com o PT”. Não! Sou apenas justo. Até porque a severidade supõe uma aposta na mudança de conduta daquele que é alvo da reprimenda. E tentar corrigir um petista não é uma tarefa fácil nem difícil. É apenas uma tarefa inútil.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Petista aborta tudo o que incomoda: fetos, fatos, fotos, gente ou entrevista

É isto! Nada escapa: feto, fato, foto, gente ou entrevista. Se a coisa incomoda, basta eliminar da história, certo? Agora, com o perdão da metáfora — porque não quero banalizar o assunto —, como bons esquerdistas, os petistas decidiram fazer um aborto na história e eliminar a entrevista de Eleonora Menicucci, nova ministra das Mulheres, dos arquivos da Universidade Federal de Santa Catarina.
Felizmente, nesse caso, aquilo que é eliminado pode renascer. A integra da entrevista está agora no Google.Docs. Daqui a pouco, eles dão um jeitinho de tirar de lá também. Sabem como são influentes, né? Tudo bem. Logo estará no arquivo do próprio blog.
Não vão recontar a história como bem entendem, não! No que me disser respeito, a história será contada segundo os fatos.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Pimentel é considerado ‘fugitivo’ no Senado, diz líder do DEM


Sem quorum, comissão do Senado não aprecia convites a ministros
Demóstenes Torres ironizou

Reunião dos Partidos de Oposição para entrar com representação contra os Ministro José Pimentel do Desenvolvimento e Industria e Comércio e da Fazenda Guido Mantega
Foto: O Globo / Aílton de Freitas
Adriana Vasconcelos
Cristiane Jungblut
BRASÍLIA - Sem quorum, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado não apreciou nesta terça-feira dois requerimentos do líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), para que os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) participassem de audiências públicas na Casa.
Na segunda-feira à noite, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República
decidiu investigar os ganhos do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.
Dias quer que Mantega explique as denúncias que o levaram a demitir o ex-presidente da Casa da Moeda Luiz Felipe Denuncci.
Já Pimentel terá de explicar, caso o convite seja aprovado, os R$ 2 milhões recebidos por consultorias prestadas depois que deixou a prefeitura de Belo Horizonte (MG), até sua posse na equipe da presidente Dilma Rousseff.

Diante da decisão da Comissão de Ética Pública de analisar a representação da oposição questionando a conduta de Pimentel, o líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), ironizou a resistência da base governista em aprovar o convite para que o ministro também preste esclarecimentos no Congresso Nacional:
- No Senado, o ministro é considerado um fugitivo. Sugiro que como Cesare Battisti (ex-ativista político acusado de assassinato que ganhou refúgio político no Brasil) peça refúgio no Palácio do Planalto.
Para Demóstenes, a decisão da Comissão de Ética Pública é positiva, embora "tardia", já que os ganhos de Pimentel como consultor foram revelados há pouco mais de dois meses pelo GLOBO.
- Precisamos ver se não é para dar ênfase à "inocência" do ministro - acrescentou o líder do DEM

DO R.DEMOCRATICA