segunda-feira, 23 de julho de 2018

Bolsonaro: Janaina Paschoal tende a recusar vice



Bolsonaro: Janaina Paschoal tende a recusar viceJair Bolsonaro acredita que vai ter de buscar um Plano D para seu vice na chapa presidencial. Depois de não conseguir acertar com Magno Malta (PR-ES) e o general Augusto Heleno (PRP), o pré-candidato à Presidência enxerga grandes chances de que a advogada Janaina Paschoal (PSL) não aceite o convite para ingressar na chapa presidencial.
Bolsonaro acredita que Janaina decidirá pela candidatura a deputada estadual por São Paulo. “A minha opinião é que, por questão familiar, ela deve ser candidata a deputada estadual, que sempre foi a primeira opção dela”, disse Bolsonaro a VEJA na noite desta segunda-feira.
Ainda assim, o deputado minimiza a situação de isolamento até aqui. “A gente vai ficar com quatro vices. Todo mundo que já foi cogitado ser vice nosso continua do nosso lado”, afirmou ele.
Apesar de Bolsonaro dizer que a família seria a principal razão para Janaina recusar o convite, a postura da advogada tem causado mal-estar entre apoiadores mais puristas de Bolsonaro. Eles desaprovaram o convite a Janaina, dentre outras coisas, porque ela não adere totalmente ao ideário do candidato (a advogada é contra a redução da maioridade penal, por exemplo). O discurso dela na convenção, cujo tom foi de reprimenda ao “pensamento único”, não contribuiu para aumentar a simpatia dela no grupo pró-Bolsonaro.
Influente na campanha de Bolsonaro e nome popular em movimentos conservadores, o filósofo Olavo de Carvalho disse nesta segunda-feira que Janaina não pode ser vice “nem de clube de futebol”.  Para Olavo, Janaina “vendeu (ou deu de graça) o movimento popular de 2015 aos tucanos” e agora “quer fazer o mesmo com a candidatura Bolsonaro”.
Janaina foi coautora do pedido de impeachment que derrubou Dilma Rousseff em 2015, ao lado do jurista (e ex-petista) Hélio Bicudo.
Em entrevista à rádio Jovem Pan na manhã desta segunda, Janaina demonstrou incômodo com o que considera o risco do pensamento único na campanha do deputado. “Eu percebi muito assim: ‘Olha, ou você concorda comigo ou vai embora, ou concorda comigo ou vota em outro’. Isso aí é perigoso”, disse ela, em referência aos discursos que ouviu na convenção do partido neste domingo. “Eu não vou entrar num ambiente em que esse pensamento seja dominante”, complementou.
À Jovem Pan, ela admitiu que a família pesa na decisão, mas ressaltou que a liberdade de ideias é essencial. Janaina e Bolsonaro se encontraram pela primeira vez neste domingo. As conversas dela com o partido se deram por meio de Gustavo Bebianno, presidente da legenda.
Alternativas 
Se a resposta de Janaína for negativa, Bolsonaro ao menos terá duas opções imediatas: o presidente licenciado do PSL, o empresário e ex-deputado Luciano Bivar, e o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), presidente do diretório mineiro do partido. Pelo menos no caso do deputado, a resposta afirmativa é garantida: nesta segunda, Antônio disse a VEJA que já foi consultado por Bolsonaro e respondeu que aceitaria o convite.

Alckmin resolve com Paulinho, mas decepciona Cristiane


Cada vez mais claro que Alckmin terá que agradar gregos e troianos para manter suas alianças. Após apagar incêndio com Paulinho da Força (SD) que não gostou de postagem nas redes sociais do pré-candidato sobre o fim do imposto sindical, surge outro burburinho, deste vez do outro lado da questão. A deputada Cristiane Brasil (PTB) reclamou da postura do ex-governador em postagem em seu Twitter. “O Alckmin decepcionou ao acenar com possível volta do imposto sindical”, escreveu.

“Poxa, eu e colegas do próprio PSDB, como o relator Rogério Marinho, lutamos bravamente para erradicar os sindicatos pelegos da vida dos brasileiros! Estou sendo perseguida até hoje! Típica operação Bola Fora”, reclamou Cristiane.

Do Marcelo: Governo de coalizão é um modelo falido


Os candidatos ao Planalto insistem em manter vivo o fracasso modelo de governo do presidencialismo de coalizão, trocando cargos por votos no Congresso. E é incrível que repitam o erro.
Esse jeito de governar não trouxe progresso ao País e levou à ruína política seus defensores. Ao tentar administrar essa prática, Lula precisou apelar para o Mensalão, Dilma Rousseff sofreu impeachment e Michel Temer, depois de ver vários ministros sendo presos ou investigados, deixará o Planalto com uma rejeição gigantesca. /Marcelo de Moraes

Alckmin igual a Temer?


Além de precisar explicar o que prometeu para que o Centrão decidisse lhe apoiar, Geraldo Alckmin terá de se livrar de outra casca de banana na campanha.
Seus adversários farão de tudo para associá-lo ao governo de Michel Temer, que hoje tem gigantesca rejeição. /M.M.

Medina dirige programas de Bolsonaro


O publicitário Roberto Medina, criador do Rock in Rio, foi quem dirigiu os vídeos do presidenciável Jair Bolsonaro para o programa eleitoral e para as redes sociais, na semana passada, no Rio de Janeiro.  Numa das cenas, JB chega a verter uma lágrima quando fala de sua mulher e da filha.
Segundo o jornalista Lauro Jardim, do Globo, porém, Medina não deverá participar da campanha de Bolsonaro. / J.F. BR18 ESTADÃO

Economia faz de Meirelles um favorito ao fiasco

Josias de Souza

A exemplo do Banco Central e do Ministério da Fazenda, que derrubaram a previsão de crescimento da economia em 2018 para 1,6%, o FMI revisou para baixo sua estimativa para o PIB brasileiro: de 2,3% caiu para 1,8%.
Potencializado pelo desemprego, o pessimismo transforma o governo de Michel Temer em lixo tóxico. E faz do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles um candidato favorito a sair da disputa presidencial de 2018 como um grande fiasco.
Quem olha para os números da economia fica tentado a enxergar Meirelles como uma espécie de passageiro do Expresso Oriente. Se ele amanhã aparecesse apunhalado na sua cabine, as suspeitas recairiam sobre os caciques do seu partido, sobretudo Renan Calheiros.
O diabo é que, pelo andar dos vagões, o ex-ministro de Temer corre o risco de chegar vivo à convenção do MDB, sua Istambul metafórica. Nessa hipótese, Meirelles descerá do trem como candidato oficial. E será trucidado nas urnas. Nem Agatha Christie imaginaria um final tão melancólico.

Bolsonaro já procura sua quarta opção para vice

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Em palestra no Clube da Aeronautica, no Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro declarou nesta segunda-feira que reabriu a negociação para a escolha do número dois de sua chapa presidencial. O evento foi transmitido ao vivo pela internet. Bolsonaro conjugou os verbos no passado ao se referir ao convite que fizera à advogada Janaína Paschoal para ser sua vice.
“Apareceu a oportunidade de conversar com a senhora Janaína Paschoal”, declarou Bolsonaro. “Pela primeira vez, eu conversei pessoalmente com ela no dia de ontem, assim mesmo por alguns minutos. Bem, se ela veio à convenção [do PSL, neste domingo] é porque existia algum interesse. Logicamente, também existia da minha parte. […] Ela fez o seu pronunciamento. A imprensa publicou realmente o que aconteceu. E ela alega que tem um ou outro acerto para resolver, entre eles a questão familiar. Ela tem dois filhos. E tem que pesar isso, entre outras coisas.”
Bolsonaro prosseguiu: “Na pior das hipóteses, ela vai seguir o caminho dela como candidata a deputada estadual em São Paulo. No mais, continuamos conversando. Mas também abrimos espaço para que outras pessoas conversassem conosco.”
Janaína era a terceira alternativa de Bolsonaro. Antes, o presidenciável do PSL tentara atrair para sua chapa o senador Magno Malto, do PR. Mas ele preferiu disputar a reeleição ao Senado pelo Espírito Santo. E Valdemar Costa Neto, dono do PR, decidiu entregar o tempo de propaganda do seu partido para o presidenciável tucano Geraldo Alckmin.
Na sequência, Bolsonaro anunciou que seu vice seria um general da reserva. Convidou o general Augusto Heleno, ex-chefe da missão de paz da ONU no Haiti e ex-comandante militar da Amazônia. Entretanto, o PRP, partido do general, se negou a participar de uma coligação encabeçada por Bolsonaro. Daí o convite a Janaína.
Ao discursar na convenção em que a candidatura de Bolsonaro foi aclamada pelo PSL, a advogada, coautora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, soou demasiadamente conciliadora para os ouvidos dos apologistas de Bolsonaro, habituados com timbres extremos. A quase ex-futura companheira de chapa de Bolsonaro pregou moderação e entendimento.
''Não se ganha a eleição com pensamento único. E não se governa uma nação com pensamento único'', disse Janaína, antes de realçar a necessidade de pensar na governabilidade de uma eventual Presidência de Bolsonaro. Para ela, o radicalismo pode levar os seguidores de Bolsonaro a repetir o PT ao contrário.
Josias de Souza

Bolsonaro já procura sua quarta opção para vice

Na palestra que deu no Clube da Aeronáutica, Jair Bolsonaro declarou ter reaberto a negociação para a escolha do número dois de sua chapa presidencial.
O presidenciável, como observou Josias de Souza no UOL, conjugou os verbos no passado ao se referir ao convite a Janaína Paschoal.
“Apareceu a oportunidade de conversar com a senhora Janaína Paschoal. Pela primeira vez, eu conversei pessoalmente com ela no dia de ontem, assim mesmo por alguns minutos. Bem, se ela veio à convenção é porque existia algum interesse. Logicamente, também existia da minha parte”, declarou o deputado.
“Ela fez o seu pronunciamento. A imprensa publicou realmente o que aconteceu. E ela alega que tem um ou outro acerto para resolver, entre eles a questão familiar. Ela tem dois filhos. E tem que pesar isso, entre outras coisas.”
“Na pior das hipóteses, ela vai seguir o caminho dela como candidata a deputada estadual em São Paulo. No mais, continuamos conversando. Mas também abrimos espaço para que outras pessoas conversassem conosco”, concluiu Bolsonaro.
Se Janaína não der certo, terá sido a terceira tentativa frustrada do presidenciável de preencher a vaga de vice –Magno Malta e o general Augusto Heleno foram as duas primeiras.

Toffoli vai mexer no “Minha cela, meu Palanque”?


segunda-feira, 23 de julho de 2018

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Alguém acredita no Ciro Gomes “Paz e Amor”? Será que o irmão dele, Cid Gomes, fará o milagre de mantê-lo calmo e sob falso controle durante a nervosa campanha presidencial de 2018? Será que os petistas vão aceitar Ciro, do PDT, como a alternativa de voto a Lula preso e inelegível? Respostas negativas para as três perguntas são as mais corretas possíveis. Ciro tem o carimbo da esquerda retrograda e radicalóide.
Geraldo Alckmin é outro perdido. Cotado para vice do tucano, o empresário Josué Gomes da Silva, pode dar para trás. Ele cometeu o “sincericídio” de bravatear com a senadora petista Gleisi Hoffmann que “só aceitaria ser vice do Presidente Lula”... Não pode, Josué... A Lei da Ficha Limpa não permite Lula candidato... Sobrou, então, o Geraldo...
Acontece que o filho do falecido José de Alencar faz docinho... Avisou aos tucanos que antes quer saber dos detalhes dos acordos com o Centrão, para definir se topa ser o vice... Josué do PR comandado pelo Valdemar Costa Neto... Aquele condenado e já perdoado no Mensalão que chegou a negociar com o Bolsonaro, para se vender mais caro ao PSDB... Com um articulador destes, Geraldo nem precisa de inimigo...
“Muda Brasil de verdade” é o slogan do Jair Bolsonaro. O candidato do PSL segue o estilo “mito solitário”, isolado politicamente, sem marketeiro, sem tempo de televisão e ainda sem vice... Dia 5 de agosto terá... É melhor já ir se acostumando com a estratégia (intuitiva) do “Mito”. Ele optou por uma campanha sem dinheiro. Prefere viajar em avião de carreira, em vez dos jatinhos dos “amigos”. Crê fielmente que não precisa da chatíssima propaganda eleitoral obrigatória... Aposta que usará as redes sociais da internet melhor que os adversários. Se vencer,ele será oHerói. Se perder, o único culpado é ele...
Ontem, na convenção partidária que oficializou a candidatura presidencial de Bolsonaro, torcedores do PSL reclamaram que a advogada Janaína Paschoal pareceria estar em uma formatura de faculdade... O discurso dela foi frio, para baixo, sem definição da vontade de cumprir a nada fácil missão de ser vice do Bolsonaro. Criticaram que a Janaína Paschoal mais parecia a Professora Helena, da novela Carrossel, nos discursos da convenção nacional do PSL. Muitos indagaram onde estava a Janaína de verdade, combativa, crítica ferrenha do Judiciário e dos demais poderes...
Pelo menos a campanha promete nos fazer rir. Henrique Meirelles já está dando um show. Acabará conhecido como o Homem do Trilhão. Descobriu (só agora?) que o transporte ferroviário tinha de ser a prioridade do Brasil. Assim, o candidato do MDB só fala de trem. O problema é que nem o desgastado governo do partido quer embarcar na candidatura Meirelles – outra que não decola... Claro, não é avião... E Meirelles não é o Barão de Mauá...   
Única novidade boa da campanha é o Paulo Rabello de Castro. O candidato do PSC (ex-partido do Bolsonaro) elaborou um plano de 20 metas – bem factíveis de serem implantadas. O professor conseguiu fugir do lugar comum. Ainda não aparece com expressão nas enquetes e pesquisas. No entanto, nas entrevistas e debates tende a um surpreendente desempenho. Fofocas indicam que o Alckmin já está querendo copiar algumas idéias dele...

Reveja o artigo de domingo: Vai ter seu voto roubado? Ou vai vendê-lo?

Releia o artigo de sábado: Eleitorado vai se vingar do Centrão?

   

Os 53 políticos investigados na Lava Jato que perderão foro privilegiado se não se reelegerem..


Lista inclui presidente Michel Temer, três governadores, 12

 Temer poderá perder foro privilegiado a depender de seu destino político
Temer poderá perder foro privilegiado a depender de seu destino político - AFP
João Fellet
São Paulo
Cinquenta e três políticos com foro privilegiado que estão sendo investigados ou foram denunciados na Operação Lava Jato correm o risco de ter seus casos enviados à primeira instância caso não consigam se reeleger em outubro.
A BBC Brasil listou os políticos que estão na mira da força-tarefa, mas que, por terem foro privilegiado, respondem em cortes superiores, onde o andamento dos processos costuma ser mais lento. Boa parte do grupo deverá tentar a reeleição, o que garantiria a manutenção do foro privilegiado.
A lista inclui o presidente Michel Temer, três governadores, 12 senadores e 37 deputados federais.
Não estão na lista políticos citados em delações da Lava Jato, mas que tiveram os processos arquivados ou desvinculados da operação, nos casos em que a Justiça avaliou que as denúncias não tinham relação com o desvio de recursos da Petrobras.
Caso os políticos não se reelejam e percam o foro, seus casos podem ser enviados a juízos de primeira instância, entre as quais a 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, onde atua o juiz Sergio Moro, responsável por grande parte das condenações na Lava Jato.
Os casos de personagens sem foro privilegiado estão indo a julgamento mais rápido –políticos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) já tiveram, inclusive, suas condenações confirmadas em segunda instância.
Eles poderão recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao próprio STF, mas, de acordo com o atual entendimento dos ministros do Supremo, a confirmação da sentença na segunda instância já é suficiente para que o condenado seja preso. Foi por isso que Lula, por exemplo, acabou preso neste mês.
Por enquanto, nenhum caso da Lava Jato foi julgado pelo STF, que tem uma longa fila de processos para julgar. Defensores do foro afirmam, porém, que ter o caso analisado diretamente pela mais alta corte do país acaba não sendo necessariamente um privilégio, já que, uma vez condenado, o réu só pode recorrer dentro da própria corte.

ENTRE O STJ E O STF

O presidente da República, o vice-presidente, deputados federais, senadores e ministros só podem ser julgados pela última instância, o STF, e não por cortes inferiores enquanto estiverem nos cargos. Governadores respondem na segunda corte mais alta, o STJ.
A lista elaborada pela BBC Brasil não contempla quatro governadores envolvidos na operação que já perderam o foro ao renunciar para concorrer a outros cargos em outubro: Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Beto Richa (PSDB-PR), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Raimundo Colombo (PSD-SC). Todos negam ilegalidades.
No caso do ex-governador paulista, seu caso foi retirado do escopo da Lava Jato e enviado para o Tribunal Regional Eleitoral do estado, enquanto os demais aguardam uma definição. Condenações por crimes eleitorais costumam gerar penas menores que as da Justiça convencional.
Prefeitos, governadores e presidente da República que queiram concorrer a cargos diferentes dos que ocupam devem renunciar até seis meses antes da eleição. É o caso de Alckmin, que pretende se candidatar à Presidência, e de Richa, Perillo e Colombo, que devem concorrer ao Senado.
Juiz Sergio Moro
Casos de investigados na Lava Jato hoje com foro privilegiado poderão ser encaminhados à primeira instância - podendo ser julgados, por exemplo, pelo juiz Sergio Moro - AFP
A legislação também requer que renunciem até seis meses da eleição candidatos que sejam servidores ou tenham cargos de confiança em órgãos públicos, como ministros e secretários.
Três ministros do governo Michel Temer investigados na Lava Jato não renunciaram a tempo de se candidatar em outubro e só não perderão o foro privilegiado caso continuem em cargos de confiança no próximo governo: Eliseu Padilha (MDB-RS), da Casa Civil, Gilberto Kassab (PSD-SP), da Ciência e Comunicações, e Moreira Franco (MDB -RJ), da Secretaria-Geral da Presidência.
Confira a lista dos políticos envolvidos na operação que podem perder o foro privilegiado se não se elegerem em outubro:

PRESIDENTE

Michel Temer (MDB-SP)

GOVERNADORES

Renan Filho (MDB-AL)
Robinson Faria (PSD-RN)
Fernando Pimentel (PT-MG)

SENADORES

Aécio Neves (PSDB-MG)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Edison Lobão (MDB-MA)
Eunício Oliveira (MDB-CE)
Garibaldi Alves Filho (MDB-RN)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
Ivo Cassol (PP-RO)
José Agripino Maia (DEM-RN)
Renan Calheiros (MDB-AL)
Romero Jucá (MDB-RR)
Valdir Raupp (MDB-RO)

DEPUTADOS FEDERAIS

Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)*
Alfredo Nascimento (PR-AM)
Anibal Ferreira Gomes (MDB-CE)
Andres Sanchez (PT-SP)
Arlindo Chinaglia (PT-SP)
Arthur Maia (PPS-BA)
Beto Mansur (PRB-SP)
Cacá Leão (PP-BA)
Carlos Zarattini (PT-SP)
Celso Russomanno (PRB-SP)
Dimas Fabiano Toledo (PP-MG)
Fábio Faria (PSD-RN)
Felipe Maia (DEM-RN)
Heráclito Fortes (PSB-PI)
Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
José Carlos Aleluia (DEM-BA)
José Mentor (PT-SP)
José Otávio Germano (PP-RS)
Lázaro Botelho Martins (PP-TO)
Lúcio Vieira Lima (MDB-BA)
Luiz Fernando Faria (PP-MG)
Luiz Sergio (PT-RJ)
Marco Maia (PT-RS)
Maria do Rosário (PT-RS)
Mário Negromonte Jr. (PP-BA)*
Milton Monti (PR-SP)
Missionário José Olímpio (DEM-SP)
Ônyx Lorenzoni (DEM-RJ)
Roberto Balestra (PP-GO)*
Rodrigo Garcia (DEM-SP)
Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Sandes Júnior (PP-GO)
Vander Loubet (PT-MS)
Vicentinho (PT-SP)
Yeda Crusius (PSDB-RS)
Waldir Maranhão (PSDB-MA)*
Walter Alves (MDB-RN)
*A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o arquivamento das investigações sobre os deputados, mas o pleito ainda não foi analisado pelo STF.
BBC

Alckmin cede e já defende ‘contribuição sindical’

Josias de Souza

Ao encostar seu projeto político no centrão, Geraldo Alckmin não obteve apenas o direito de ocupar o latifúndio do grupo no horário eleitoral. Conquistou também o privilégio de escolher seu próprio caminho para a desmoralização. Neste domingo, o presidenciável tucano comprometeu-se em apoiar a criação de uma “contribuição sindical negocial”, eufemismo para a volta da mordida que carreava um dia de suor dos trabalhadores para as arcas sindicais.
O apoio de Alckmin à mamata desfez um mal-estar entre o candidato e o deputado Paulinho da Força. Cacique do Solidariedade, um dos partidos do centrão, Paulinho ameaçara bandear-se para o lado de Ciro Gomes (PDT). Chantageado, Alckmin abaixou o bico. Virou pó uma nota veiculada no seu Twitter na quinta-feira. Nela, lia-se que o candidato tucano não apoiaria nenhum plano para “trazer de volta a contribuição sindical.”
Paulinho foi ao encontro de Alckmin acompanhado de companheiros da Força Sindical. Registrou o resultado da conversa no Facebook: “…Detalhamos a nossa proposta relativa à contribuição para negociação coletiva. Propusemos que ela seja aprovada em assembleias de trabalhadores com pelo menos 20% da categoria, e descontada de todos os beneficiados pelo acordo.” (leia o post de Paulinho no rodapé)
O truque da contribuição aprovada em assembleias de fancaria já vem sendo utilizado por vários sindicatos desde que a reforma trabalhista extinguiu a taxa sindical compulsória. O que Paulinho deseja é legalizar a recriação da mamata, inibindo as contestações judiciais.
Se o deputado e seus companheiros prevalecerem, assembleias de 20% (quem vai auditar a lista de presença?) avalizarão a tunga de um dia de labuta de 100% dos trabalhadores com carteira assinada, mesmo os não filiados a nenhum sindicato. Em 2017, esse butim somou algo como R$ 3 bilhões. “Fico feliz em dizer que esta proposta foi aceita”, escreveu Paulinho após conversar com Alckmin.
Ficou entendido que, para manter a aliança com o centrão (PR, PP, DEM, Solidariedade e PRB), Alckmin pode ser a favor de tudo e contra qualquer outra coisa. No ano passado, o candidato estimulara a bancada tucana no Congresso a aprovar a reforma trabalhista que deu cabo do imposto sindical. Agora, sob chantagem, o mesmo Alckmin promete ajudar na recriação do óbolo sindical.
Alckmin talvez não tenha se dado conta, mas coerência política é como virgindade. Perdeu, perdida está. Não tem segundo turno.
Boa tarde, amigos. Como sabem sigo lutando pelos direitos dos trabalhadores. Esta tarde, em reunião com o ex-governador e pré-candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin, e alguns dirigentes sindicais, detalhamos a nossa proposta relativa à contribuição para negociação coletiva. Propusemos que ela seja aprovada em assembleias de trabalhadores com pelo menos 20% da categoria, e descontada de todos os beneficiados pelo acordo. Fico feliz em dizer que esta proposta foi...
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