Em
palestra no Clube da Aeronautica, no Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro
declarou nesta segunda-feira que reabriu a negociação para a escolha do
número dois de sua chapa presidencial. O evento foi transmitido ao vivo
pela internet. Bolsonaro conjugou os verbos no passado ao se referir ao
convite que fizera à advogada Janaína Paschoal para ser sua vice.
“Apareceu a oportunidade de conversar com a senhora Janaína Paschoal”, declarou Bolsonaro. “Pela primeira vez, eu conversei pessoalmente com ela no dia de ontem, assim mesmo por alguns minutos. Bem, se ela veio à convenção [do PSL, neste domingo] é porque existia algum interesse. Logicamente, também existia da minha parte. […] Ela fez o seu pronunciamento. A imprensa publicou realmente o que aconteceu. E ela alega que tem um ou outro acerto para resolver, entre eles a questão familiar. Ela tem dois filhos. E tem que pesar isso, entre outras coisas.”
Bolsonaro prosseguiu: “Na pior das hipóteses, ela vai seguir o caminho dela como candidata a deputada estadual em São Paulo. No mais, continuamos conversando. Mas também abrimos espaço para que outras pessoas conversassem conosco.”
Janaína era a terceira alternativa de Bolsonaro. Antes, o presidenciável do PSL tentara atrair para sua chapa o senador Magno Malto, do PR. Mas ele preferiu disputar a reeleição ao Senado pelo Espírito Santo. E Valdemar Costa Neto, dono do PR, decidiu entregar o tempo de propaganda do seu partido para o presidenciável tucano Geraldo Alckmin.
Na sequência, Bolsonaro anunciou que seu vice seria um general da reserva. Convidou o general Augusto Heleno, ex-chefe da missão de paz da ONU no Haiti e ex-comandante militar da Amazônia. Entretanto, o PRP, partido do general, se negou a participar de uma coligação encabeçada por Bolsonaro. Daí o convite a Janaína.
Ao discursar na convenção em que a candidatura de Bolsonaro foi aclamada pelo PSL, a advogada, coautora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, soou demasiadamente conciliadora para os ouvidos dos apologistas de Bolsonaro, habituados com timbres extremos. A quase ex-futura companheira de chapa de Bolsonaro pregou moderação e entendimento.
''Não se ganha a eleição com pensamento único. E não se governa uma nação com pensamento único'', disse Janaína, antes de realçar a necessidade de pensar na governabilidade de uma eventual Presidência de Bolsonaro. Para ela, o radicalismo pode levar os seguidores de Bolsonaro a repetir o PT ao contrário.
“Apareceu a oportunidade de conversar com a senhora Janaína Paschoal”, declarou Bolsonaro. “Pela primeira vez, eu conversei pessoalmente com ela no dia de ontem, assim mesmo por alguns minutos. Bem, se ela veio à convenção [do PSL, neste domingo] é porque existia algum interesse. Logicamente, também existia da minha parte. […] Ela fez o seu pronunciamento. A imprensa publicou realmente o que aconteceu. E ela alega que tem um ou outro acerto para resolver, entre eles a questão familiar. Ela tem dois filhos. E tem que pesar isso, entre outras coisas.”
Bolsonaro prosseguiu: “Na pior das hipóteses, ela vai seguir o caminho dela como candidata a deputada estadual em São Paulo. No mais, continuamos conversando. Mas também abrimos espaço para que outras pessoas conversassem conosco.”
Janaína era a terceira alternativa de Bolsonaro. Antes, o presidenciável do PSL tentara atrair para sua chapa o senador Magno Malto, do PR. Mas ele preferiu disputar a reeleição ao Senado pelo Espírito Santo. E Valdemar Costa Neto, dono do PR, decidiu entregar o tempo de propaganda do seu partido para o presidenciável tucano Geraldo Alckmin.
Na sequência, Bolsonaro anunciou que seu vice seria um general da reserva. Convidou o general Augusto Heleno, ex-chefe da missão de paz da ONU no Haiti e ex-comandante militar da Amazônia. Entretanto, o PRP, partido do general, se negou a participar de uma coligação encabeçada por Bolsonaro. Daí o convite a Janaína.
Ao discursar na convenção em que a candidatura de Bolsonaro foi aclamada pelo PSL, a advogada, coautora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, soou demasiadamente conciliadora para os ouvidos dos apologistas de Bolsonaro, habituados com timbres extremos. A quase ex-futura companheira de chapa de Bolsonaro pregou moderação e entendimento.
''Não se ganha a eleição com pensamento único. E não se governa uma nação com pensamento único'', disse Janaína, antes de realçar a necessidade de pensar na governabilidade de uma eventual Presidência de Bolsonaro. Para ela, o radicalismo pode levar os seguidores de Bolsonaro a repetir o PT ao contrário.
Josias de Souza
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