segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Grupo de empresários organiza passeata em favor de Aécio

Manifestações devem ocorrer em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte no próximo dia 16; movimento começou apartidário, mas, agora, apoia o candidato tucano

Ana Clara Costa
O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, durante comício de campanha nesta segunda-feira (13), em Curitiba, Paraná
Aécio Neves: grupo apoia o candidato mas afirma não ter vínculo partidário (Rodolfo Buhrer/Reuters)
Um grupo de empresários se organiza nas redes sociais para realizar passeatas em favor do candidato tucano Aécio Neves, no próximo dia 16, na capital paulista, em Belo Horizonte e em Brasília. O movimento, intitulado 'Vem pra rua', numa clara alusão às manifestações de junho de 2013, convoca os indignados com o atual governo a protestar em favor de melhorias nos serviços públicos e contra a corrupção. Encabeçado pelo executivo Colin Butterfield, o grupo decidiu apoiar o tucano por acreditar que ele "é o candidato da mudança". As passeatas estão sendo organizadas por meio das redes sociais e contam com apoio de grupos de alunos do Insper, em São Paulo.
Eduardo Knapp/FolhapressColin Butterfield
Colin Butterfield, um dos organizadores
A iniciativa começou apartidária no início de setembro com o nome de 'Basta'. Os organizadores convocaram os indignados para a passeata, que não conseguiu reunir uma centena de adeptos na avenida Paulista. "Queríamos que viralizasse e resultasse numa manifestação clamando por um país mais ético, mais correto e com mais respeito ao cidadão. Mas não deu certo", afirma Butterfield. Em sua reedição, os empresários convocaram outros grupos de indignados nas redes sociais e renomearam o movimento. Decidiram associá-lo à imagem de Aécio, mas afirmam não ter qualquer ligação com o PSDB. "É um movimento claramente de oposição, e o Aécio, hoje, personifica esse sentimento. Mas não tem nada a ver com o partido, tanto que entre os organizadores e apoiadores, há aqueles que apoiavam a Marina", afirma o empresário.
Butterfield esclareceu que não há empresas por trás do movimento e que o grupo atua para viabilizar uma manifestação também em Recife, diante do apoio da família Campos e do governador eleito, Paulo Câmara, à candidatura do tucano. "Ficamos consternados discutindo o status quo e nunca fazemos nada. Agora, decidimos agir", afirma. DA VEJA

Aécio dispara em Minas Gerais sobre Dilma


Pesquisa  Sensus/Istoé feita no estado de Minas Gerais e divulgada nesta segunda-feira (13) aponta os seguintes percentuais de intenção de votos válidos na corrida presidencial:
Aécio Neves  (PSDB) – 65%
Dilma (PT) – 35%

Foram ouvidos 4.678 eleitores nos dias 10, 11, 12 de Outubro de 2014. 
Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. 
A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número DF-00182/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01445/2014.
DO JORNALDOESTADO

Ibope, votos válidos: Aécio tem 69%, e Dilma, 31% no DF


13/10/2014 19h39 - Atualizado em 13/10/2014 19h39

Instituto ouviu 2.002 eleitores no DF entre os dias 10 e 12 de outubro.
Margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Do G1 DF
Pesquisa Ibope realizada no Distrito Federal e divulgada nesta segunda-feira (13) mostra o candidato Aécio Neves (PSDB) na liderança da disputa à Presidência da República na capital, com 69% das intenções de votos válidos. A candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), aparece com 31%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Confira os dados do levantamento Ibope de intenções de votos válidos, segundo a pesquisa estimulada, em que os nomes dos candidatos são apresentados ao entrevistado:
Aécio Neves (PSDB) – 69%
Dilma Rousseff (PT) – 31%

Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.
Votos totais
Se forem incluídos os votos brancos e nulos e dos eleitores que se declaram indecisos, os votos totais da pesquisa estimulada são:

Aécio Neves (PSDB) – 63%
Dilma Rousseff (PT) – 28%
Brancos/nulos – 5%
Não sabe/não respondeu – 4%
Dados da pesquisa
A pesquisa foi encomendada pela Rede Globo. Foram ouvidos 2.002 eleitores em todo o Distrito Federal entre os dias 1º e 4 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.
A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número DF-00072/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01015/2014.

Dilma e a Polícia Federal

Editorial
O Estado de S.Paulo

Para tentar impedir que o escândalo do mensalão e as denúncias de corrupção contra o governo respinguem sobre sua campanha pela reeleição, a presidente Dilma Rousseff vem alegando que concedeu à Polícia Federal (PF) total liberdade para investigar as denúncias de corrupção na Petrobras, inclusive orientando-a a instaurar inquéritos criminais e a adotar medidas para acabar com o uso de caixa 2 pelos partidos políticos e esquemas de lavagem de dinheiro para financiar campanhas eleitorais.
O argumento foi usado por ela em um dos últimos debates entre os presidenciáveis. "Eu dei autonomia à PF para prender o senhor Paulo Roberto e os doleiros todos", afirmou na ocasião. O mesmo argumento também foi repetido nos programas do PT durante o horário eleitoral, que deram a entender ter sido Dilma a primeira inquilina do Palácio do Planalto a ter colocado a PF a serviço do combate à corrupção e dos ilícitos cometidos em empresas estatais.
A propaganda do PT é enganosa e a fala de Dilma carece de consistência técnico-jurídica, deixando claro o quanto ela desconhece a Constituição que há quatro anos jurou cumprir. Em palestra para cerca de 200 estudantes e professores de direito de uma universidade de Brasília, quando discorreu por mais de uma hora sobre reforma política, financiamento de campanha eleitoral, compra de votos, corrupção e fortalecimento do regime democrático, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa enfatizou esse ponto.
"Não é a presidente da República que manda prender. Ela tem, no máximo, poderes para não interferir na atuação do órgão", disse Joaquim Barbosa, confessando-se "surpreso" com o desconhecimento generalizado de direito constitucional por parte dos políticos - inclusive Dilma.
Essa foi uma crítica sutil às afirmações não só da presidente da República, mas também a recentes declarações do vice-presidente, Michel Temer, e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Eles haviam protestado contra a vistoria, por agentes da PF, de um avião da campanha do senador Edison Lobão Filho, candidato ao governo do Maranhão e filho do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, acusando a corporação de ter sido "instrumentalizada para atingir candidaturas legitimamente constituídas".
Na ocasião, Dilma - que hoje elogia as ações da PF - criticou a corporação. "Qualquer órgão integrado por pessoas pode cometer um erro. Mas autonomia não significa autonomia para cometer coisas incorretas. Uma das coisas que a gente tem que garantir, principalmente em processos eleitorais, é que órgãos governamentais não sejam usados em proveito de um ou outro candidato", afirmou Dilma, com sua maneira tortuosa de se expressar, e de certo modo endossando a tese de que a ação de busca e apreensão executada pela PF teria tido o objetivo de "constranger" e "intimidar" políticos peemedebistas maranhenses.
Na realidade, como afirma o ex-ministro Joaquim Barbosa, a Polícia Federal é um órgão de Estado e não precisa de qualquer autorização presidencial para exercer suas atribuições funcionais.
Pela Constituição, ela tem competência para promover investigações independentes, mesmo quando os investigados sejam políticos da base do governo ou mesmo integrantes da administração direta e indireta.
Em outras palavras, a autonomia da Polícia Federal não é administrativa nem financeira. É uma autonomia funcional. E se seus delegados e agentes deixarem de agir, em casos de denúncias de algum ilícito, incorrem em crime de responsabilidade.
Por isso, quando a presidente da República alegou no debate entre os presidenciáveis que estimulou a PF a investigar as denúncias de corrupção na Petrobrás, "o que não acontecia nos governos anteriores", ela contrariou a verdade.
Seu comitê eleitoral ainda tentou refutar as críticas de Barbosa, distribuindo uma nota em que alega que as palavras de Dilma acerca dos "atos de atuação legal da PF" estariam sofrendo "interpretações maliciosas e inverídicas". Maliciosa é, mais uma vez, a insistência da assessoria de Dilma em desmentir as bobagens que ela fala
13 Outubro 2014 -DO R.DEMOCRATICA

O programa cheio de ódio do PT. Ou: desconstruindo uma mentira no detalhe sobre o ensino técnico

Não sei, não… Se o PT perder a eleição, a gente tem motivos para temer duas coisas: suicídio coletivo, o que é sempre uma coisa horripilante, ou estimulo à desordem. Por que escrevo isso? Nunca vi, já observei aqui, o partido tão desarvorado. O PT está na defensiva e, parece, perdendo a guerra de comunicação. Está mais difícil emplacar mentiras antigas e novas. As respectivas propagandas eleitorais deste domingo deram provas disso. O tucano Aécio Neves aproveitou seu tempo para agradecer o apoio de Marina: “Quero agradecer aqui hoje o apoio de Marina Silva à nossa candidatura e falar para você que, em troca do seu apoio, Marina não pediu cargos, não pediu ministérios (…). Marina pediu para que levássemos adiante propostas que temos em comum, como a escola em tempo integral, a sustentabilidade e o fim da reeleição para presidente. É esse o Brasil que nós queremos, onde pessoas com ideias em comum deixam as diferenças de lado e se unem para fazer um Brasil melhor para você. Marina, seja bem-vinda”.
Foram ao ar também as cenas da adesão da família de Eduardo Campos ao candidato tucano. Um trecho da carta de Renata, a viúva, foi lido pelo filho João, herdeiro político do clã: “O Brasil pede mudanças. O governo que está aí tornou-se incapaz de realizá-las… Aécio, acredito na sua capacidade de diálogo e gestão”, diz o jovem.
A propaganda de Dilma enveredou por outro caminho: a maior parte do tempo foi empregada para tentar desconstruir Aécio, seguindo os passos do que a legenda fez com Marina. Não foi só o tucano que apanhou; a imprensa também. Disse a presidente: “O fato é que o Brasil mudou. Todos os indicadores sociais e econômicos do País melhoraram. Mudamos a vida de quem mais precisava: as crianças, os mais pobres, os trabalhadores que viviam sob ameaça do desemprego e da recessão. Por mais que o meu adversário, com apoio de certa imprensa, tente vender uma imagem distorcida do Brasil, a verdade é que estamos enfrentando e superando enormes desafios”.
Apoio de “certa imprensa”??? Quem conta com uma “certa imprensa” a seu favor é Dilma — na verdade, trata-se de coisa parecida com jornalismo, mas que é só assessoria remunerada por estatais. A tarefa desses falsos jornalistas é falar bem de petistas, atacar oposicionistas e difamar profissionais independentes.
E lá foi o PT tentar convencer a população de que, antes de o partido chegar ao poder, só havia trevas por aqui. Num dado momento, o programa de Dilma sustenta: “Nos governos tucanos, uma lei limitou a criação de escolas técnicas”. É uma mentira que começou a ser veiculada em 2006. O parágrafo 5º da Lei 9.649 estabelecia apenas que as escolas técnicas deveriam ser criadas pela União em pareceria com estados e municípios.
Façam uma pesquisa. No governo FHC, foi instituído o Programa de Expansão da Educação Profissional (Proep), com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Além de criar novas escolas técnicas estaduais e comunitárias, houve recursos para modernizar as federais já existentes. As matrículas nesses estabelecimentos cresceram 41% nos dois últimos anos do governo FHC. Eu estou apenas lidando com fatos. Mais. O horário eleitoral do PT diz que as gestões petistas criaram “422 escolas técnicas”, e o site “Muda Mais”, aquele de Franklin Martins, afirma ser isso o triplo do que se fez em cem anos no Brasil.
Pois é… Sabem quantas escolas técnicas geridas com dinheiro do estado existem só em São Paulo? 217 ETCs e 63 FATECs. Reitero: eu estou falando apenas de São Paulo. Há mais: como provou em 2010 Paulo Renato Souza, que fora ministro da Educação de FHC, entre 1998 e 2002, o governo tucano aprovou 336 projetos de escolas técnicas: 136 para o segmento estadual, 135 para o comunitário e 65 para as escolas técnicas federais. A partir de janeiro de 2003, primeiro mês do governo Lula, o Proep foi interrompido. Em 2004, o Ministério da Educação devolveu ao BID US$ 94 milhões não utilizados! Um crime!
Às vésperas da eleição de 2006, sem ter nada a oferecer na área, o governo petista retomou 32 projetos do Proep (de um total de 232 interrompidos), federalizou-os e saiu cantando vitória.
Isso que estou a afirmar aqui são apenas dados factuais. Os candidatos têm o direito de vender o seu peixe, e os os leitores, o direito de saber a verdade. Atacar e se defender politicamente é do jogo. Mas mentir é falta grave.
Por Reinaldo Azevedo-Rev Veja