A modena política brasileira tem sete maravilhas: 1) o bordão “eu não sabia”; 2) a propina declarada no TSE como doação oficial; 3) políticos com códigos de barras; 4) partidos com fins lucrativos; 5) governo que aplica o programa econômico do adversário; 6) presidente que não preside; 7) Renan Calheiros que faz cara de nojo para o debate sobre ocupação de cargos.
Personificação da sétima maravilha política do país, Renan disse nesta terça-feira meia dúzia de palavras sobre a novela da substituição do ministro do Turismo. Ocupa o cargo Vinicius Lages, afilhado político do senador. Reivindica a posição o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves.
Apertado por repórteres, o presidente do Senado declarou: “Estou defendendo a redução de ministérios, a redução de cargos em comissão, a reforma do Estado. Como é que eu posso agora dizer quem vai ficar no ministério ou quem vai sair? Não me cabe abonar a assinatura de ninguém”.
Renan acrescentou: “Acho que o simples fato de discutir esse assunto apequena a questão do ponto de vista do Congresso Nacional. O Congresso é uma instituição respeitável. Não tem muito sentido colocar o presidente do Senado Federal na discussão de quem vai ser ministro, quem não vai ser ministro, quem vai ocupar cargo A, cargo B, cargo C. Eu não quero participar desse debate.”
É mesmo uma maravilha a nova pose de Renan. Sobretudo quando comparada com a pose anterior, que não via problemas em sustentar por 12 anos, patrioticamente, a permanência do apadrinhado Sérgio Machado na presidência da Transpetro, subsidiária da Petrobras agora alvejada pela Operação Lava Jato. Decerto o novo Renan já telefonou para Dilma autorizando-a a mandar seu chapa para o olho da rua e a fazer o que bem entender com a pasta do Turismo —inclusive extinguir. DO JOSIASDESOUZA
Personificação da sétima maravilha política do país, Renan disse nesta terça-feira meia dúzia de palavras sobre a novela da substituição do ministro do Turismo. Ocupa o cargo Vinicius Lages, afilhado político do senador. Reivindica a posição o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves.
Apertado por repórteres, o presidente do Senado declarou: “Estou defendendo a redução de ministérios, a redução de cargos em comissão, a reforma do Estado. Como é que eu posso agora dizer quem vai ficar no ministério ou quem vai sair? Não me cabe abonar a assinatura de ninguém”.
Renan acrescentou: “Acho que o simples fato de discutir esse assunto apequena a questão do ponto de vista do Congresso Nacional. O Congresso é uma instituição respeitável. Não tem muito sentido colocar o presidente do Senado Federal na discussão de quem vai ser ministro, quem não vai ser ministro, quem vai ocupar cargo A, cargo B, cargo C. Eu não quero participar desse debate.”
É mesmo uma maravilha a nova pose de Renan. Sobretudo quando comparada com a pose anterior, que não via problemas em sustentar por 12 anos, patrioticamente, a permanência do apadrinhado Sérgio Machado na presidência da Transpetro, subsidiária da Petrobras agora alvejada pela Operação Lava Jato. Decerto o novo Renan já telefonou para Dilma autorizando-a a mandar seu chapa para o olho da rua e a fazer o que bem entender com a pasta do Turismo —inclusive extinguir. DO JOSIASDESOUZA