domingo, 25 de setembro de 2011

É impressionante a cara de pau.

Leiam atentamente e vejam como esta quadrilha encara uma coisinha chamada ÉTICA e DINHEIRO PÚBLICO.

TCU não assusta ninguém
ETHEVALDO SIQUEIRA - Estado de S.Paulo

O Tribunal de Contas da União (TCU) está perdendo sua força. Especialmente depois que fechou os olhos às irregularidades e ao superfaturamento de R$ 121 milhões de uma licitação da Telebrás (pregão 02/2010). Embora o sobrepreço tenha sido comprovado pelos peritos da Terceira Secretaria de Obras do Tribunal (Secob-3), o relator do processo, ministro José Jorge, propôs à Telebrás que renegociasse os preços, para trazê-los aos níveis de mercado, mas alterando os preços de referência, para reduzir o superfaturamento.
O problema é que, mesmo depois de a Telebrás ter renegociado os valores dos contratos, ainda resta um sobrepreço de R$ 67 milhões na licitação. A entrada da Câmara dos Deputados nesse assunto significa que o tema deverá ganhar mais visibilidade. E, em breve, haverá novos capítulos dessa novela, com investigações do Ministério Público e da Polícia Federal.
Mais surpreendente foi a aprovação dessa solução heterodoxa e pouco republicana pelo plenário do TCU, em 25 de maio de 2011, mesmo depois das advertências feitas pelo procurador-chefe do Ministério Público junto àquele Tribunal, Lucas Furtado, que se manifestou de forma incisiva pela nulidade da licitação e dos contratos.
O assunto ganha novas dimensões ao ser debatido pela Câmara dos Deputados, a partir da audiência pública realizada na terça-feira última, na Comissão de Ciência, Tecnologia, Informática e Comunicações (CCTCI), por iniciativa do deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA). Na oportunidade, a Comissão ouviu, entre outras pessoas, o presidente da Telebrás, Caio Bonilha, o procurador do TCU, Lucas Furtado, e o empresário Petrônio Augusto, da Seteh Engenharia.
Ética? Que ética?
Como relatei em outras colunas, fui ouvir o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, de quem esperava atitude muito mais decisiva nessa área de combate à corrupção.

Enganei-me, leitor, e acabei ouvindo do ministro acusações contra o TCU e a informação espontânea de que havia visitado os ministros daquele tribunal para mostrar-lhes a relevância do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e pedir que aprovassem a licitação da Telebrás, cheia de irregularidades e superfaturada.
Quando perguntei a Paulo Bernardo se não lhe preocupava a questão ética ao apoiar uma licitação viciada, ele, irrefletidamente, explodiu:

"Quero que a ética vá para o inferno. Eu quero é trabalhar..."
Perguntei-lhe ainda se ele não temia a publicação literal dessa declaração.

"Publique, se quiser" - desafiou.
Só por isso, registro aqui o desabafo insensato.

É claro que o ministro Paulo Bernardo não foi responsável direto pela licitação da Telebrás, até porque não era ministro das Comunicações na época do pregão 02/2010. Mas, ao saber das graves irregularidades e do superfaturamento, o mínimo que dele se podia esperar era a anulação imediata da concorrência suspeita. Para que não se torne conivente com o malfeito, segundo a expressão da presidente Dilma.
Tudo é política.
No passado, o TCU criava obstáculos reais à corrupção. Hoje, com a politização crescente, se torna mais suave e manso. Outra escolha política foi a da deputada Ana Arraes (PSB-PE), que acaba de ser aprovada pela Câmara dos Deputados, para ser a nova ministra.

Não sei se a deputada foi escolhida por ser mulher, por ser filha de Miguel Arraes ou por ser mãe de Eduardo Campos. O ideal seria que, antes de tudo, a ministra tivesse um currículo brilhante e adequado para o cargo. A grande decepção do cidadão no Brasil de hoje é a prevalência do interesse político sobre todos os demais critérios na escolha de ministros.
No caso de Ana Arraes, o que mais me preocupa são suas declarações, ao antecipar que não aceita a paralisação de obras, embora afirme estar disposta a combater a corrupção. A deputada nos dá a impressão de estar mais preocupada com o ritmo das obras do que com a defesa do erário público.
Temos mostrado reiteradas vezes as raízes e o crescimento da impunidade no País. É claro que o problema é muito mais vasto, pois, com a politização crescente, o TCU vai perdendo sua eficácia. O loteamento político do Tribunal, no entanto, já vem de muito antes de Ana Arraes. A escolha do ministro José Jorge, por exemplo, em 2009, teve apoio muito mais amplo do que o da base governista PT-PMDB, pois ele havia sido ex-deputado federal e ex-senador pelo DEM-PE, além de candidato a vice-presidente da República na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), nas eleições de 2006.
Desencanto.
Diante da baixa credibilidade de nossas instituições, em todos os níveis da administração pública, o cidadão brasileiro razoavelmente informado está cada dia mais desencantado. A meu ver, nesse processo, as duas piores descrenças decorrem não apenas do enfraquecimento do TCU, mas, em especial, de decisões decepcionantes do Judiciário, como a anistia ao terrorista italiano Battisti e as anulações de provas contundentes de corrupção colhidas pela Polícia Federal nas operações Boi Barrica, Satiagraha, Navalha, Mãos Limpas e Pandora.

E é bom não esquecermos da contribuição mais recente da Câmara dos Deputados, na absolvição da deputada Jaqueline Roriz, por 266 votos a 166, em votação secreta.
Como se sente, leitor, diante desse teatro de horrores? 
DO COM GENTE DECENTE

José Sarney é alvo de críticas no Rock in Rio

Uma semana após ter o filho, Fernando Sarney, beneficiado por decisão judicial em processo que apura corrupção, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi alvo de críticas no maior evento musical do ano no Brasil,
o Rock in Rio
DENISE MADUEÑO Agência Estado

 A banda Capital Inicial dedicou a música "Que País É Esse" especialmente a Sarney durante críticas a "oligarquias que parecem ainda governar o Brasil" e a políticos.  

"(Oligarquias) que conseguem deixar os grandes jornais brasileiros censurados durante dois anos, como O Estado de S. Paulo, cara. Coisas inacreditáveis", disse o cantor da banda, Dinho Ouro Preto, ao anunciar a música. 
"Essa aqui é para o Congresso brasileiro, essa aqui, especial para José Sarney", nominou o cantor, perante um público estimado em 100 mil pessoas. 
A música "Que País É Esse?" foi composta por Renato Russo na década de 70, quando o País ainda vivia sob ditadura militar. Na época, Renato Russo tinha sua primeira banda de rock em Brasília, Aborto Elétrico, precursora do Legião Urbana. 
Com versos simples, a música se tornou um hit de protesto e de indignação. "Nas favelas, no Senado/Sujeira pra todo lado/Ninguém respeita a Constituição/Mas todos acreditam no futuro da nação/Que país é esse?/Que país é esse?/Que país é esse?", diz a letra. 
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), na semana passada, anulou as provas da investigação da Polícia Federal, conhecida por Operação Boi Barrica, por ter considerado ilegais as interceptações telefônicas feitas, com autorização judicial, durante a operação. A decisão do STJ deixa a apuração da PF praticamente na estaca zero. As escutas e informações colhidas sobre movimentação financeira levaram a PF a abrir cinco inquéritos e apontar indícios de tráfico de influência no governo federal, formação de quadrilha, desvio e lavagem de dinheiro. Fernando Sarney chegou a ser indiciado. As revelações sobre a operação feitas pelo Estado em 2009 levaram a Justiça a decretar censura ao jornal. O desembargador Dácio Vieira, que mantém relações sociais com o senador José Sarney, proibiu o jornal de veicular reportagens da investigação da PF. No sábado do show, a censura completou 785 dias. 25 de setembro de 2011 
DO BLOG RESIST.DEMOCRATICA

AINDA DÁ TEMPO...

Mensagem aos brasileiros que ora estão aproveitando as delícias do "Rock in Rio"

Sei que na sua maioria todos estão vivenciando a situação vexatória de corrupção e roubalheira no Brasil, em órgãos públicos municipais, estaduais e federais e há poucos dias tivemos caminhadas e protestos em diversas capitais, onde se tem algumas programadas para o próximo mês e assim iremos avançando pacificamente em nossos protestos. Sugiro então aos brasileiros que durante esses dias estarão se deliciando no festival de Rock, que levem cartazes e exponham durante o show, assim as câmeras de TVs nacionais e internacionais, fotógrafos e repórteres poderão levar a nossa indignação pelo Brasil afora.
Mostrem o que a violência da corrupção vem fazendo a todos nós sem dó nem piedade, mostrem que as UPPs  do Cabral e do PT são uma fraude pra atrair turistas não só pra o " Rock in Rio", mas visando também a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
CHEGA DE CORRUPÇÃO!
NÃO DÁ MAIS PRA SUPORTAR!
FORA CAMBADAS DE LADÕES!!!
SueliGuerra
DO BLOG LILICARABINA

Paralamas e Titãs no Rock in Rio 2011 "A gente quer o fim da corrupção neste país.


Dia 12 de Outubro tem mais.

Ações anticorrupção investem no poder de mobilização pela internet
Paula Filizola - Especial para o Correio


nasruasMuitos dos atuais integrantes da "Geração Y" eram novos e não devem se lembrar do movimento dos caras pintadas, que há 19 anos reuniu milhares de jovens brasileiros em passeatas a favor do impeachment do então presidente, Fernando Collor de Mello. Embalados pela grande rede, a internet, eles cresceram e assumiram o comando de novas manifestações contra a corrupção e pelas causas sociais, que têm acontecido com frequência no país. O retorno dos movimentos populares, no entanto, ganhou novas características com o uso das redes sociais. "Todo mundo hoje pode ser uma estação de mídia. Esses movimentos vão ter um crescimento exponencial, com cada vez mais pessoas tendo voz. O brasileiro está aprendendo a ter essa voz", avalia a professora de Comunicação Social da PUC-SP e autora do livro A força da mídia social, Polyanna Ferrari.
Um exemplo do poder de mobilização foi visto no começo deste mês. Iniciado pela internet, o Movimento Contra a Corrupção levou aproximadamente 25 mil pessoas à Esplanada para apoiar a "faxina" da presidente Dilma Rousseff e protestar contra a absolvição da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) no Congresso. Segundo o cientista político e diretor do Instituto FSB, Leonardo Barreto, a população percebeu que pode influenciar o sistema político e isso é um estímulo a mais para ir às ruas. Apesar de ter um grupo de coordenadores por trás da organização desses eventos, as manifestações são apartidárias e a maioria não conta com a ajuda de entidades, diferença básica dos históricos movimentos das Diretas Já e dos caras pintadas.
Um estudo divulgado em junho deste ano pela empresa Box1824 aponta que 59% dos jovens brasileiros não têm preferência por partidos políticos. Muitos afirmam não se sentirem representados da forma como deveriam pelo poder público. "Eu acredito que o jovem hoje é muito consciente sobre política e bastante ativo também", ponderou o analista de sistemas Giderclay Zeballos, um dos organizadores do Movimento Contra a Corrupção. Participante ativo desde os tempos do colégio, o funcionário público André Dutra testemunhou as passeatas de 1992 nos ombros da mãe. Agora, pede a saída de quem considera corrupto. "O papel social do jovem é ser revolucionário e servir de locomotiva para carregar a outra parcela da população para as melhorias que desejamos", avaliou ele, que recentemente começou uma campanha de fiscalização e denúncia, através de fotos, para cobrar melhorias do governo do DF.
Impulso
O uso das redes sociais, como o Facebook e o Twitter, é o grande motor dessas manifestações. Dados da pesquisa da Box1824 apontam que 71% dos jovens concordam que usar a internet para mobilizar pessoas em torno de uma causa é uma maneira eficaz de fazer política. A internet é uma ferramenta poderosa, pois permite relações mais horizontais, onde todos têm voz. "O nosso movimento é virtual e podia ou não ir para as ruas. Tínhamos 35 mil adesões no Facebook e conseguimos levar cinco mil pessoas de qualidade para as ruas. Isso é muito positivo", comentou Eudes Santos, um dos organizadores do movimento carioca Todos Juntos Contra a Corrupção.

Devido à heterogeneidade do ambiente on-line, muitas vezes é difícil transformar o clamor das redes sociais em ações concretas, planejadas e organizadas nas ruas. Sendo assim, em uma marcha existem diversas causas sendo defendidas. Os organizadores costumam definir as principais reivindicações, mas, na hora, aparecem pessoas protestando contra o governo, os baixos salários, a corrupção, entre outras "pedidas". Os "caroneiros", no entanto, raramente têm vez.

Não se esqueçam:

DIA 12 DE OUTUBRO TEM MAIS.
ENTRE NA PÁGINA DO FACEBOOK DO MOVIMENTO NASRUAS PARA ORIENTAÇÕES.

DO COM GENTE DECENTE

Para o Sarney: direto da platéia no Rock in Rio:

Dinho Ouro Preto mandou bem num recado para as classes políticas e citou o desprezível Senador Sarney na execução da música "Que País é esse?".
A plateia gritava "Ei! Sarney! Vai ......"
Veja no video

DO CARA NOVA NO CONGRESSO

Dois clãs, duas máfias.

Antigamente se usava, com muita frequência o termo CORONELISMO para definir a atuação de políticos dentro de Estados e Municípios.
Era a excrecência da política nacional.
Com o passar do tempo, o termo deixou de ser usado com a mesma frequência de antes.
O termo caiu no esquecimento, mas o Coronelismo continua vivo.
Antes ela era da tal direita.
Hoje está tisnado pelo vermelho-progressista.
3 exemplos daquele coronelismo antigo, perduram hoje no Brasil.

Collor em Alagoas.
Sarney no Maranhão.
Os Gomes no Ceará.

O coronelismo do caçador de Marajás, afinal caçada como um deles, tem perdido considerável força.
O miserável clã Sarney, ainda não entrou em seu ocaso.
Já o coronelismo dos Gomes, parece ganhar sobrevida com a primorosa ajuda da SOC.Uma denúncia, porém, pode por no lixo, as pretensões da máfia cearense.
A denúncia foi publicada aqui.
 Porém, o Ministério Público do Ceará, resolveu entrar no caso e vai investigar a PROMUS, que é uma salada mista de familiares e ex-patrões dos Gomes.
Coisa grande que envolve os empréstimos consignados do funcionalismo público do Ceará. E também a ABC que opera com o cartão único dos servidores.
Coisa de mais outros milhões de reais.No meio do rolo, os Gomes e o senhor Arnaldo Pinto que, além de ex-patrão de Cid, é também o homem que manda em suas campanhas.
Se levada à sério, será o fim da máfia do carangueijo.

DO COM GENTE DECENTE  

Com a palavra a PF. A mesma que vive reclamando.

Gilmar contra a PF
Ministro do STF fica irritado com manobras que policiais estariam fazendo para beneficiar o senador Gim Argello. O político é suspeito de desviar recursos públicos, e o tribunal exige mais empenho na investigação.

Izabelle Torres - IstoÉ Independente

Gilmar-PFO ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, está enfurecido com a Polícia Federal. No início do ano, chegou a suas mãos uma denúncia do Ministério Público Federal segundo a qual manobras estariam sendo feitas por agentes da PF para adiar o desfecho de uma investigação contra o senador Gim Argello (PTB-DF). O parlamentar é investigado por ter supostamente desviado recursos públicos, por meio de licitações, quando era vice-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, entre 2003 e 2004. Ao ler o processo, do qual se tornou relator no STF, Mendes não só endossou os argumentos do MP, como ficou abismado ao tomar conhecimento de que procedimentos básicos e preliminares demoravam demais a serem realizados pela PF porque testemunhas não eram localizadas e autoridades indiciadas recebiam tratamento privilegiado, além do previsto em lei.
O inquérito contra o senador está na Corregedoria da Polícia Federal, em Brasília. Além de Argello, o processo lista como indiciado o deputado distrital Benicio Tavares (PMDB), que presidia a Câmara Legislativa à época. Em ofício encaminhado ao corregedor Valdinho Caetano, ao qual ISTOÉ teve acesso, Mendes deixa clara toda a sua irritação. Pede "mais empenho" à Polícia Federal "na realização de diligências" determinadas pelo STF e diz que "nada justifica o equívoco" da PF ao oficiar Gim solicitando-lhe "marcação de data e hora para inquirições". Ou seja, para os policiais o próprio senador poderia escolher onde e quando gostaria de ser ouvido. Segundo o ministro, a possibilidade de o senador definir a melhor oportunidade para seu depoimento não se justifica, pois Argello já constava como indiciado e caberia a um delegado definir os critérios para ouvi-lo. Para Mendes, o privilégio de escolher as datas das oitivas limita-se a processos em que a autoridade é testemunha.
Nos bastidores, as falhas nos procedimentos e a morosidade na condução das primeiras etapas das investigações são apontadas como certeza de que o processo, aberto em 2005, não vai dar em nada. E culpados pelo suposto desvio de R$ 2 milhões dos cofres públicos serão beneficiados com a prescrição do crime em 2013. Até hoje, nem sequer a fase de depoimentos de testemunhas e acusados foi concluída. Essa seria, segundo o MP e Mendes, uma das demonstrações de favorecimento aos indiciados. O senador Gim Argello, por exemplo, só foi ouvido em maio: três meses depois da chegada do processo na corregedoria da PF. Procurado, Argello disse que somente no dia 1º de março recebeu um ofício assinado pelo delegado Marcos Paulo Pimentel pedindo que ele comparecesse para depor. "A mim não interessa a prescrição. Sou inocente e quero a sentença do Tribunal atestando isso", diz o senador.
Gim-DilmaO parecer de Mendes ressalta também que houve demora injustificada para que a PF ouvisse Ivo Borges de Lima, braço direito de Argello por anos e atual diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Lima já foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal por envolvimento em fraudes em licitações na Câmara Legislativa, onde trabalhou como secretário-executivo. O MP pede que o diretor devolva cerca de R$ 1 milhão aos cofres públicos. O caso também está longe de um desfecho antes da prescrição, que ocorre no próximo ano.
A lentidão do processo, que investiga o senador do PTB e outras figuras públicas do DF, deixou à mostra as divergências entre diferentes órgãos encarregados por investigar e punir corruptos. Enquanto a Procuradoria-Geral da República reclama da lentidão da Polícia Federal e critica o que considera falta de empenho – argumentos que contam com a concordância do ministro Gilmar Mendes –, os policiais se defendem da culpa da iminente prescrição dos crimes. Na última semana, outro episódio ilustrou bem o conflito entre uma das instâncias do Judiciário e a PF. O STJ anulou, alegando falha processual, o processo sobre a Operação Boi Barrica, que investigou o filho do senador José Sarney, no Maranhão. Ao anular a quebra de sigilo bancário e fiscal do empresário Fernando Sarney na Operação Boi Barrica, o STJ desprezou parecer do Ministério Público e decisões do Tribunal Regional Federal e da Justiça de primeira instância. O lamentável jogo de empurra – tanto no caso envolvendo o filho de Sarney quanto no de Gim – é sempre um mau prenúncio de que os processos, de fato, caminham para a prescrição e muita gente graúda sairá ilesa.
 A Polícia Federal, através de sua Associação, reclamou, recentemente, da anulação de processos pela justiça, como a que pegou o clã Sarney com a boca, as mãos, os pés e os bolsos em nossa grana.
Aqui, é a própria PF que usa a barriga para proteger safados.
A Associação não vai emitir nenhuma nota à respeito?

Vamos aguardar.
DO COM GENTE DECENTE

Um mergulho na prostituição de luxo do Congresso

do poder
04 de Agosto de 2011 às 17:54
Rafania Almeida – Políticos gostam de holofotes, de aparecer. Nem sempre. Também atuam por trás das cortinas, no escuro, debaixo dos lençóis. Em casas noturnas, flats, apartamentos funcionais e até no local de trabalho. Pagando por isso, claro. Como fazem homens em geral, independentemente da atividade profissional, dirão. E especialmente quando têm dinheiro e poder. Por que deputados e senadores seriam diferentes?
O problema é que o negócio da prostituição corre solto nos prédios do Congresso Nacional. Em corredores, gabinetes e às vezes no plenário, garotas insinuantes se oferecem, são agenciadas por cafetões de terno e gravata e cortejadas aberta ou discretamente por algumas de Suas Excelências. Não há liturgia do poder que resista.
O mais grave é que algumas são pagas com o dinheiro público, contratadas por parlamentares para "trabalhar" em seus gabinetes. Mas nos gabinetes não trabalham, naturalmente. Passam todos os dias pelo Congresso só para bater o ponto e receber horas extras. As tarefas que executam são fora do expediente.
A meiaum passou três semanas no Congresso conversando e observando. Garotas de programa só para VIPs abriram suas "caixas de pandora" e revelaram como trabalham. Contaram preferências de políticos que conheceram nos dias de sessões e nas noites de prazer. Agenciadores também falaram sobre suas atividades e tentaram recrutar a repórter.
Jovens que acabaram de chegar à maioridade têm rendimento mensal de dar inveja a marajás. Algumas garotas são bilíngues, moram em bairros nobres, têm o corpo aperfeiçoado por dispendiosas cirurgias estéticas e roupas de grife, geralmente presentes de clientes. "Se os políticos fizerem greve, as putas de Brasília quebram as pernas", afirma uma delas.
Cabelos negros, compridos e olhos marcados pela maquiagem exagerada. A beleza não é de chamar a atenção. Por isso ela usa as roupas justas, muito apertadas na região da paixão nacional, em cores fortes. Quase todos têm histórias dela para contar.
Seu trabalho é coletar assinaturas de deputados em projetos de lei. Há muitas meninas fazendo isso nos corredores da Câmara. Ela faz há dez anos, mas não se limita às assinaturas. Não faz cerimônia. Chama muitos parlamentares pelo primeiro nome, com intimidade.
Distancia-se para conversar com um deputado, a jornalista espera. Volta e é clara: "Você precisa ser simpática. Sorria. O deputado gostou de você. Vou arrumar uma 'matéria' com ele para você".
Ela estava se recusando a dar entrevista e não queria falar nem quanto ganha ("menos de R$ 3 mil", cedeu). Só aceitou conversar quando o deputado lhe perguntou quem era a moça com quem falava. "Ele mandou dizer que é da bancada evangélica e é solteiro", cochichou. "Não seja boba! Ele te traz pra cá, para o gabinete dele." Quando o deputado evangélico e solteiro volta, faz questão de apresentá-lo. Ressalta os olhos claros do homem de 46 anos, 20 a mais que a jornalista, e seu alto poder aquisitivo. Salienta que era ela a responsável pela apresentação, enquanto ele conferia o "produto".
Ele foi embora e ela repetia que mandaria a jornalista ao gabinete dele, garantindo que poderia "contar" com ela. Foi quando se sentiu à vontade para revelar que um deputado pagou sua faculdade de Direito, mas ela desistiu na metade. "Fazer Direito para quê? Ficar enfiada em uma salinha? Eu amo colher assinaturas. Amo os parlamentares. Quero fazer isso pelo resto da minha vida." E contou que comprou um apartamento de R$ 200 mil no Guará, valor que não cabe nos R$ 3 mil que diz receber.
Um homem observou a movimentação e aproximou-se: "Ela ganha muito mais por fora. Já saiu com deputados. Mas está mais para agenciadora do que agenciada. Se quiser, te consigo uma vaga aqui e você vai parar rapidinho em um gabinete". Fez a mesma recomendação que a moça da roupa de cores fortes. "É só ser mais simpática e fazer o que pedem. Pode ser amante, mas não precisa ser fixa."
Um bom desempenho poderia render à jornalista até R$ 10 mil por mês, segundo o rapaz.

ISTO É O SEU PAÍS
DO BLOG GRAÇA NO PAIS DAS MARAVILHAS

Quero mudar para aquele Brasil da propaganda da "mão grande" da Dilma.

Uma coisa é a propaganda do Brasil da "mão grande" da Dilma, a outra é a realidade dos números. Segundo o Jornal O Globo, a cem dias de acabar o primeiro ano de gestão da presidente Dilma Rousseff, promessas de campanha e alguns compromissos assumidos no programa de governo não saíram do papel ou estão bem distantes de atingir as metas fixadas para 2011. Destacados entre os principais compromissos da presidente, o programa Minha Casa Minha Vida, a construção de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e de Unidades Básicas de Saúde (UBS), de quadras esportivas e de postos de polícia comunitária têm recursos disponíveis no Orçamento da União, mas a liberação até setembro não chega a 10% do aprovado. 
 
O programa de construção de creches, outra promessa destacada na campanha eleitoral, teve um desempenho um pouco melhor, com 21% dos recursos liberados. Uma das estrelas do PAC e também da campanha presidencial, o programa Minha Casa Minha Vida recebeu o primeiro golpe em março, com o corte de R$ 5,1 bilhões na dotação inicial de R$ 12,6 bilhões prevista no Orçamento. A justificativa da equipe econômica foi que a segunda fase do programa dependia de aprovação do Congresso, o que só aconteceu em junho. Veja abaixo o quadro das obras da Dilma, publicado pelo O Globo. Clique na imagem para ampliar.

Copa 2014? Vai dar m...!

Não há mais nenhuma dúvida de que a Copa 2014 será um fracasso total. Além de custar algumas vezes mais, nada estará pronto. Feriados prolongados potencializarão os prejuízos e o caos será instalado. Como diz o ditado, vai dar m...! Vejam abaixo, matéria da Folha de São Paulo.

Quase quatro anos após o Brasil ser escolhido como sede da Copa de 2014, o governo perdeu o controle do andamento das obras ligadas ao evento e pôs em risco o legado de infraestrutura que ele poderia deixar para o país. Divulgado há 11 dias, o balanço mais recente do governo sobre os projetos da Copa já está desatualizado. Prazos indicados no documento não batem com informações das cidades-sede, e outros soam irreais diante dos problemas que as obras têm enfrentado. Autoridades que acompanham os preparativos para a Copa já falam em organizar os dias de jogos com a estrutura hoje disponível, sem contar com as novas obras.

A promessa do governo de entregar nove estádios no final de 2012 também já caiu por terra, com novos atrasos. No capítulo transportes, há problemas como o do monotrilho do eixo norte/leste de Manaus. Além de sofrer questionamentos da CGU (Controladoria-Geral da União), a obra pode estourar o prazo. A previsão do governo do Amazonas é de início das obras em novembro de 2011 e conclusão em maio de 2014, dois meses antes da Copa. O governo reconheceu que pode não concluí-la a tempo. "Obras grandes como essa sempre podem estourar o prazo. Mas [se o prazo for estourado] será concluído mesmo depois", afirmou o coordenador para Copa 2014 de Manaus, Miguel Capobiango.

Em Recife, o secretário estadual da Copa, Ricardo Leitão, prevê o começo da execução de quatro projetos para o início de 2012. O governo federal, para novembro. O discurso das cidades-sede é o de que a maioria das obras não são imprescindíveis para a realização dos jogos. "Se houver dificuldade, focamos só na obra do acesso ao estádio", disse Leitão. Representantes das seis cidades ouvidas pela Folha admitiram que podem trabalhar com feriados em dias de jogos para atenuar problemas. "Podemos criar um ponto facultativo para os funcionários públicos que trabalham naquela região do Beira-Rio", contou o secretário de mobilidade urbana de Porto Alegre, Vanderlei Cappellari.

São Paulo fala em feriado na abertura da Copa. E em reduzir o fluxo de pessoas em metrô e trem para não atrapalhar o público dos jogos. Nos aeroportos, o Brasil já perdeu a chance de deixar um legado, de acordo com os especialistas. "Agora estamos correndo atrás da demanda", afirmou o professor Elton Fernandes, da Coppe/UFRJ. Dos 13 terminais da Copa, 7 devem ter a capacidade ampliada com instalações provisórias, os puxadinhos. "Eles têm um custo muito inferior e dão conta do recado", diz Jaime Parreira, diretor de engenharia da Infraero.

Não falta dinheiro federal. Até agora, são R$ 6,5 bilhões para aeroportos, R$ 8 bilhões para mobilidade urbana e R$ 400 milhões por estádio. Ainda assim, das 49 obras de mobilidade urbana da Copa, só 9 começaram. Oito dos 13 aeroportos iniciaram reformas. E pelo menos cinco estádios vão estourar o prazo inicial fixado pela Fifa. A situação gera incômodo na entidade. "Estamos preocupados com qualquer atraso, por qualquer razão", afirmou o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, por meio de sua assessoria.

Por contrato, a Fifa pode tirar a Copa do Brasil na ausência de melhorias no sistema de transporte. O histórico da entidade sugere que é improvável que isso ocorra, mas o discurso dos dirigentes da Fifa certamente mudou. Em 2007, relatório da Fifa concluiu que a infraestrutura do país era adequada e só viu problemas em Cuiabá e Natal. Quatro anos depois, a infraestrutura disponível para os jogos na maioria das cidades-sede é a mesma.
DO BLOG DO CEL