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Coronel
Telhada, vereador e deputado estadual eleito em SP e o deputado Jair
Bolsonaro: duas lideranças conservadoras em ascensão que passam a ser
atacadas pelo jornalismo de aluguel, os esbirros de Lula que controlam
as redações da grande imprensa nacional. |
O
texto que transcrevo após este comentário parece ser da Folha de S.
Paulo, mas não é. Podem ficar espantados, mas é do site da revista Veja. Assina a matéria a repórter Mariana
Zylberkan. O mote da reportagem é espinafrar o Coronel Telhada, da
Polícia Militar de São Paulo, agora reformado (aposentado) que
atualmente é vereador e deputado estadual eleito, um campeão de votos.
Telhada é utilizado como exemplo, mas na verdade o alvo de sua
desconstrução são todos aqueles que já estão fartos de toda essa
esculhambação que começou desde o dia em que o Lula foi transformando em
presidente do Brasil.
Na
página de abertura do site da revista Veja, rende manchete a matéria
sobre Telhada, com o seguinte título: “Redes sociais turbinam eleitorado
da direita brucutu”. Clicando-se no link abre a matéria quando o título
tem outro viés: “Coronel Telhada e a direita boa de voto”. É difícil
imaginar que ambos os títulos sejam do mesmo editor. Mas vá lá. Deve ser
mesmo. São os plantões de final de semana.
Nota-se
pelo andar da carruagem que os alegres rapazes e raparigas da grande
mídia nacional continuam a alimentar a velha ojeriza à “direita”. E não
só os jovens jornalistas, mas muitos velhos de guerra das redações. E
isso expressa um nível de boçalidade avassalador do pensamento político
brasileiro. Haja vista, por exemplo, à recente exumação da ossada de
Jango Goulart, em busca de provas de que fora assassinado, aliás uma
característica da idiotia latino-americana, useira e vezeira em promover
exumações em busca de um suposto passado de glórias que foi destruído
pelos maldosos “direitistas”. O finado coronel Hugo Chávez, exumou em
meio a uma cerimônia mais macabra do que fúnebre, os restos de Bolívar e
erguendo um mausoléu em honra ao herói. Ao mesmo tempo a máquina de
propaganda comunista construiu uma narrativa colocando o “pajarito” de
Nicolás Maduro em pé de igualdade a Bolívar, lado a lado.
E
nessa fantástica ficção o defunto Bolívar seria um ativista comunista
e, por isso mesmo, o herói da pátria. Entretanto, o baú do passado
latino-americano é vazio não só de mártires e heróis, mas sobretudo de
ideias inteligentes. No século XXI repete-se a velha e surrada história
de que o atraso do continente se deve à espoliação primeiro do império
inglês e, depois, dos norte-americanos.
E
a narrativa esquerdista é a mesma, permanece constante, sendo o
paradigma dominante da historiografia oficial que orienta os livros
didáticos de história. O “império” ou os “impérios”, constituem a
“direita” que impede o continente de romper a puberdade política e
econômica. Impõem-se assim, por meio dos veículos de comunicação, uma
superioridade moral da esquerda que induz os incautos a imaginar que um
mundo de paz, harmonia, abundância e prosperidade ainda não aconteceu
porque a verdadeira revolução socialista não foi aplicada.
Não é à toa que até mesmo a revista Veja,
o que resta de jornalismo razoável, sucumba à patrulha permamente da
revolução cultural e qualifique o Coronel Telhada de representante da
“direita brucutu”. A mídia, meus caros, tem um poder excepcional e já
iniciou uma campanha sem trégua contra os poucos políticos que ousam
insurgir-se contra a vagabundagem reinante, à insegurança, ao deboche, à
imoralidade, às imposturas de toda ordem e à devassidão que corrói o
tecido social e destrói da família. Nesse ambiente dito “progressista”
tudo é permitido, menos a ação política de viés conservador que tem como
lideranças expressivas o Coronel Telhada e o deputado Jair Bolsonaro,
cujas reputações que já vinham sendo destruídas pela peste do PT, agora
ganharam o reforço de alguns jornalistas que integram o último bastião
do jornalismo honesto.
Não
será surpresa se o Coronel Telhada e o deputado Jair Bolsonaro acabem
fuzilados num “paredón”, quando o Foro de São Paulo tiver concluído a
última etapa da conversão do Brasil numa República Bolivariana do tipo
cubano-venezuelano.
Entretanto,
nada disso causa surpresa para este modesto escriba. Exerço o
jornalismo há mais de 40 anos. Modéstia à parte conheço o metier.
Redações de jornais, revistas e televisões sempre foram valhacoutos, com
as exceções de sempre, de vagabundos, pervertidos, imorais,
maconheiros, vadios, diletantes e, sobretudo oportunistas e mentirosos.
As exceções existem, é claro e os leitores sabem quais são. Afinal, a
sociedade humana persiste pela insistência dos altruístas.
Aparentemente, parece que o mundo é dominado pela lógica da sacanagem.
Entretanto é o altruísmo que faz o mundo existir. Tanto é que o planeta
já possui uma população estimada em mais de 7 bilhões. Logo, logo este
número pulará para a casa de mais de 8 bilhões de terráqueos.
Quem
segura a onda, gostem ou não gostem, são pessoas como o Coronel Telhada
e o deputado Jair Bolsonaro. Portanto, não desistam, não se amedrontem,
não se submetam ao patrulhamento da grande mídia. Mais um pouquinho os
veículos da grande imprensa não terão mais leitores nem
tele-expectadores. Nem que ofereçam de graça os seus serviços. A
internet está aí e veio para ficar. Não dependemos mais de meia dúzia de
delirantes que pretendem ditar o que é certo e o que é errado
valendo-se da deletéria visão do pensamento politicamente correto e as
suas engenharias sociais. E tem mais: as redes sociais podem ser o locus
anárquico para um monte de besteiras, mas foram as redes os veículos de
comunicação que mudaram drasticamente o perfil do eleitorado brasileiro
e já colocaram nas ruas milhares de pessoas afinadas com os postulados
conservadores. É a primeira vez, em mais de meio século, que isso
acontece no Brasil e deixa desconcertados políticos e, sobretudo,
jornalistas que continuam com um pé, ou os dois, fincados nos albores do
século XX.
Para análise de vocês transcrevo a reportagem do site de Veja:
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Coronel
Telhada em ação em São Paulo, prende suspeito de assalto: uma cena que
os alegres rapazes e raparigas da grande imprensa não gostam de ver. Mas
o povo adora! |
No
último dia 26 de outubro, tão logo soube que presidente Dilma Rousseff
(PT) estava reeleita, o vereador paulistano Paulo Adriano Lopes Telhada,
coronel aposentado da Rota, sigla para Rondas Ostensivas Tobias de
Aguiar, a tropa de elite da Polícia Militar, correu para despejar sua
frustração no Facebook: “Sul e o Sudeste deveriam iniciar o processo de
independência de um país que prefere esmola do que o trabalho, preferem a
desordem em vez da ordem, preferem o voto de cabresto do que a
liberdade”. Em 24 horas, seu perfil na rede social ganhou mais de 25 000
novos adeptos – hoje, ele tem 221 000 seguidores. Filiado ao PSDB,
Telhada é um dos expoentes de um grupo de políticos campeões de votos
nas eleições deste ano erguendo bandeiras conservadoras.
No último pleito,
Telhada foi o segundo deputado estadual mais bem votado para Assembleia
Legislativa de São Paulo, com 254 000 votos. O coronel é um legítimo
exemplo do neoconservadorismo brucutu – formado por políticos que às
vezes perdem a razão, mas não deixam de dar seu recado. No plano
nacional, o fenômeno de votos se repetiu com a eleição de
políticos alinhados à direita, muitos ligados à bancada evangélica,
como o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), que recebeu 398.087 votos, e
o capitão da reserva Jair Bolsonaro (PP-RJ), o
terceiro deputado federal mais votado do país, com 464.572 votos. E se é
verdade que a linha dura agrada a uma significativa parcela da
sociedade que andava órfã, também é fato que a verve incendiária tem um
custo. A fala pós-urnas de Telhada foi duramente criticada, inclusive
por integrantes do seu partido, que o consideram à direita das
diretrizes programáticas do tucanato. “Aquilo foi um balão de ensaio e
acabei tomando um tiro pela culatra. Eu queria apenas fazer um debate
sobre a emancipação política de São Paulo. Na vida política, é preciso
se policiar porque qualquer coisa que se faz inocentemente paga-se um
sapo terrível”, diz.
Feliciano
é dos principais alvos da patrulha de partidos e ativistas de esquerda,
especialistas em guerrilha nas redes sociais. Suas declarações
controversas pregaram-lhe a pecha de homofóbico e racista.
O último a monopolizar os holofotes foi Bolsonaro, que acabou
notabilizado por defender a causa certa da forma errada: ao criticar a
parcialidade do relatório final da Comissão da Verdade, fez um ataque grotesco à deputada Maria do Rosário (PT-RS), que integra a tropa de choque governista.
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Telhada vestiu a camisa do Brasil e discursou durante manifestação anti-PT em SP |
Coronel
Telhada não esconde as dificuldades que ainda sente no papel de
político. Os últimos dois anos como vereador, seu primeiro cargo
eletivo, têm lhe exigido bastante. Falante, ele percebeu que, uma vez
eleito, suas palavras se espalham na internet como rastilho de pólvora –
nenhuma outra declaração é tão ilustrativa quando a de que "bandido bom
é bandido morto". “Eu não sou moralista, sou o maior porra louca que
você pode pensar. Eu gosto das coisas certas, eu adoro rock n’ roll,
adoro brincar, conversar, falar besteira, mas eu sou milico, tenho uma
formação militar, se me der uma ordem, eu vou cumprir.”
O
rótulo de intolerante foi reforçado há cerca de dois anos, quando foi
acusado por um repórter do jornal Folha de S. Paulo de tê-lo ameaçado de
morte após publicar uma reportagem crítica às postagens do coronel no
Facebook. Na rede social, o coronel usa o termo “vagabundo” para se
referir a criminosos. Incomodado, Telhada usou sua página na rede social
para atacar o repórter, o que causou uma reação agressiva de seus
seguidores. Embora rechace a fama de mau, Telhada conta resignado que
ela o acompanhou durante a carreira policial. “Sou mal visto na polícia
porque eu sou um cara que mata bandido, que faz bico. Não sou bem visto,
não sou da elite, mas isso mudou depois que eu virei político. Toda vez
que eu quis voltar para a Rota eu ouvi um sonoro 'não' e que eu sou
perigoso para a Polícia Militar.”
Telhada
passou a ser figura carimbada no noticiário policial no fim dos anos
1990, quando comandava o 7º Batalhão da Polícia Militar de São Paulo.
Localizado no Centro da capital paulista, o batalhão era responsável por
áreas críticas da cidade, como a Cracolândia. Foi uma das operações que
comandou para retirar usuários de drogas do local que o alçou à fama; a
ação foi transmitida ao vivo na TV pelo apresentador José Luiz Datena,
na TV Record. A exposição o ajudou a conseguir mais bicos nas horas de
folga, como os 15 anos que cuidou da segurança particular do
apresentador Gugu Liberato. O fã-clube só cresceu ao longo dos anos.
Admiradores enviam cartas diariamente para o seu gabinete na Câmara
– uma delas, recebida na última semana, o alertava para a possibilidade
de ser envenenado por inimigos. “O mal entra pela boca, ou seja, tenha
cuidado com o que vai comer. Só coma o que todos estiverem comendo”,
escreveu o admirador.
Apesar
de ter achado graça no alerta, Telhada leva a sério as ameaças reais e
recorrentes feitas pelo crime organizado. Na última sexta-feira, ele
recebeu alerta do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) do Ministério Público de que um membro da facção
Primeiro Comando da Capital (PCC) prometeu matá-lo de dentro da
Penitenciária do Tremembé, no interior de São Paulo. Para se proteger,
ele anda armado. “Matar um Telhada é prêmio para o crime organizado”,
afirma.
A
popularidade conquistada ao longo do anos só ficou evidente para ele
quando assumiu o comando da Rota, em maio de 2009. Na ocasião, Telhada
seguiu o protocolo e fez uma grande festa para se apresentar à tropa. O
evento lotou o quartel localizado na Luz, no Centro de São Paulo, de
pessoas que queriam conhecer o coronel. “Aí eu tive a noção da minha
fama. O meu filho passa pela mesma coisa agora como tenente da Rota. Em
toda festa da Rota, eu não consigo sair do lugar, são duas três horas
tirando foto, dando autógrafo. O pessoal leva os livros para eu
autografar”, diz. Rafael Henrique Telhada, de 28 anos, foi promovido
recentemente a tenente da Rota.
Como
comandante e coronel, era comum Telhada receber cartas de mulheres
apaixonadas que ele sempre fez questão de mostrar à esposa, sua primeira
namorada, com quem é casado desde 1985. “Eu tinha um bigodão na época,
tipo Pancho Vila, coisa de tenente da Rota.”
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Coronel Telhada e seu filho Rafael Telhada, tenente da Rota
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Aposentado
da polícia desde 2011, Telhada mantém as obrigações como militar em
dia. Pratica exercícios físicos regularmente, “porque tem uma tendência
enorme de engordar”, e entra em ação quando presencia algum crime. Foi
assim que chamou a atenção dos colegas parlamentares há algumas semanas
quando voltou para a Câmara Municipal após o almoço com a camisa suja de
sangue: minutos antes, ele lutou e prendeu um menor que tentava roubar o
celular. “Qualquer cidadão pode dar voz de prisão a alguém, mas um
militar tem esse dever. Eu amo ser policial, largaria tudo que estou
fazendo para voltar a ser policial. Quase pirei quando me aposentei.”
Segundo
Telhada, é justamente a mente treinada a reagir de forma prática que
atrapalha sua adaptação como parlamentar. “O trabalho como vereador é
mais burocrático, diferente do policial. No quartel, se me falam ‘vamos
lá prender aquele cara’, eu vou. Se ele atirar, eu atiro de volta. Se
ele morrer, dane-se. Como militar, sou muito simples.”
O jogo
de cintura, porém, tem sido requisitado mais vezes nos últimos meses
desde que ganhou força o movimento nas redes sociais pelo impeachment da
presidente Dilma. Telhada conta que é rotineiramente convocado a
liderar uma intervenção militar para retirar a petista do poder – o que
ele diz ser totalmente contra. “Isso é um absurdo, se quisermos mudar o
presidente, vamos mudar no voto. Se fizermos essa ilegalidade, o
primeiro sangue que vão derramar será o nosso, dos militares. Eu vou
perder meu filho. É meu neném que vai morrer, você acha que eu quero
isso? Cansei de carregar alça de caixão. Eu não quero que ninguém morra
pela liberdade do país.”
O
coronel bom de voto até chegou a participar de uma manifestação
recentemente na Avenida Paulista na qual subiu num carro de som para
pedir a prisão dos envolvidos no megaesquema de corrupção que sangrou
a Petrobras. “Eu odeio manifestação. Mas me chamaram e eu fui lá, subi
no caminhão, foi legal, todo mundo bateu palmas, mas é difícil. Fico
incomodado em fechar uma avenida, o cidadão quer ir para casa e eu fico
lá travando o trânsito.”
A
metralhadora verbal não poupa nem seu partido, o PSDB, o qual acusa de
não levá-lo muito a sério. Como deputado estadual, Telhada não será mais
um vereador de oposição, mas um integrante da ampla base parlamentar do
governador Geraldo Alckmin. “Nesses vinte anos que o PSDB está no
governo paulista, a segurança pública só degringolou. A valorização do
pessoal é uma porcaria, precisamos rever isso urgentemente. Minha função
na Assembleia Legislativa vai ser mudar a visão do PSDB em relação à
Polícia Militar”, diz o coronel, que assume estudar propostas para
integrar outros partidos, como o ainda embrionário Partido Militar
Brasileiro.
Cauteloso
ao falar de seu futuro na política, coronel Telhada diz que manterá o
foco em seu mandato como deputado estadual, mas assume que almeja voos
mais altos – precisamente, uma cadeira no Senado. “Eu queria ter poder
de mando, colocar essa cidade em ordem, queria ter uma varinha de condão
para fazer isso. Senador eu acho um cargo legal, poder representar São
Paulo em Brasília”, diz. Se depender dos admiradores nas redes sociais,
votos não faltarão para chegar lá. Do site da revista Veja
DO ALUIZIOAMORIM