sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Temer fala de Previdência sem medo do ridículo

Um presidente chamado Temer —assim, sem o acento circunflexo no primeiro ‘e’, como se fosse sinônimo de ter medo— sofre do mesmo problema de uma mulher chamada Vitória. A qualquer momento os acontecimentos podem desmentir o nome. Recém saído de sua mais recente internação hospitalar, Temer falou sobre a reforma da Previdência sem temer o ridículo.
Ao dar posse ao novo ministro Carlos Marun (Coordenação Política), Temer disse não ter “a menor dúvida” de que a reforma previdenciária será aprovada. Acha que a aprovação virá porque o governo tem o apoio dos presidentes da Câmara e do Senado. É apoiado também pelos líderes governistas. Conta até mesmo com “a compreensão oculta'' dos líderes da oposição.
Não é só. Segundo Temer, a reforma é avalizada por ''boa parte da população''. Na sua avaliação, os parlamentares que ainda resistem às mudanças vão perceber a posição favorável do eleitorado no período de recesso parlamentar. E voltarão a Brasília em fevereiro, às vésperas do Carnaval, “muito mais animados” com a perspectiva de dizer “sim” à emenda que mexe com as regras da Previdência.
Tomado pelas palavras, Temer parece acreditar que o problema da Previdência não é com ele, mas com os presidentes das Casas legislativas, com os líderes, com os parlamentares e, no limite, com a própria sociedade. Lorota. É com ele mesmo. Quem vendeu a alma para enterrar duas denúncias criminais na Câmara foi Temer.
Depois de gastar toda sua munição fisiológica para arrematar os votos que mantiveram sua cabeça sobre o pescoço, Temer converteu-se numa espécie de contador de padaria. Precisa dos votos de 308 deputados para prevalecer no plenário da Câmara, enviando a emenda da Previdência para o Senado. E tudo o que tem a dizer é o seguinte:
“Vai ficar para fevereiro? Ótimo! Para fevereiro vocês sabem por quê? Porque nós contamos votos. Enquanto não tivermos os 308 votos, não vamos constranger nenhum deputado. Nem nós queremos nem o Rodrigo [Maia] quer nem o Eunício quer. Ninguém quer isso.”
Em fevereiro, quando os deputados governistas voltarem dos seus Estados ainda mais constrangidos pela proximidade com a impopularidade radioativa do presidente, Temer talvez diga: “Vai ficar para abril, para setembro ou para as calendas? Ótimo. O importante é que eu não tenho a menor dúvida de que a reforma da Previdência será aprovada.”
O Brasil seria um país extraordinário se, de repente, por uma dádiva dos céus, baixasse no Palácio do Planalto um surto de rídículo capaz de impedir Temer de desmentir o próprio nome. Temer faria um enorme bem a si mesmo se voltasse a temer o ridículo.
Josias de Souza

MINISTÉRIO PÚBLICO DENUNCIA TACLA DURÁN POR LAVAGEM DE DINHEIRO

15/12/2017 21h05
O Ministério Público Federal apresentou nesta sexta-feira (15) nova denúncia contra Rodrigo Tacla Durán, ex-advogado da Odebrecht. Ele é acusado de ter lavado dinheiro de propina proveniente de corrupção na Petrobras.
Segundo a denúncia, o ex-gerente da estatal Simão Tuma recebeu vantagens indevidas para viabilizar a contratação pela Petrobras do consórcio Pipe Rack, formado pela Odebrecht, Mendes Júnior e UTC Engenharia, para a realização de obras no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
Também foram denunciados por corrupção e lavagem de dinheiro Tuma e funcionários das empresas do consórcio. O ex-gerente foi denunciado, ainda, por organização criminosa, ao lado de Renato Rodrigues, ex-diretor da Odebrecht.
Tuma teria repassado ao consórcio informações sigilosas durante a fase licitatória e atuado para que o Pipe Rack fosse classificado em primeiro lugar na licitação, fechando contrato no valor inicial de R$ 1,87 bilhões. Em troca, teria recebido R$ 18 milhões, ou cerca de 1% do montante.
Para isso, Tacla Durán teria atuado na lavagem do dinheiro por meio de seu escritório de advocacia.
"Após repassados valores pelas empreiteiras a Rodrigo Tacla Durán, incumbia-lhe, mediante o pagamento e/ou a retenção de percentual do valor movimentado, possibilitar que valores em espécie fossem fornecidos aos representantes de importantes grupos empresariais (...) em território brasileiro, e/ou disponibilizar montantes em contas situadas no exterior cujos beneficiários finais eram, em regra, agentes públicos ou políticos", afirma a denúncia.
Segundo a Procuradoria, o escritório de Durán firmava contratos fictícios com as empreiteiras contratadas pela Petrobras, possibilitando a entrega de dinheiro em espécie via "caixa 2".
De acordo com a denúncia, Durán emitiu notas falsas no valor bruto de R$ 25,5 milhões.
Foram identificadas, segundo o Ministério Público, 35 operações de crédito/depósitos fracionados de Durán para Tuma, no valor total de R$ 294.200. Para não alertar as instituições bancárias, os valores dos depósitos ficavam, muitas vezes, abaixo de R$ 10 mil.
Tacla Durán é réu em outra ação, na qual também é acusado de lavagem de dinheiro em favor de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras. Vivendo na Espanha, ele é considerado foragido da Justiça.
LULA
O juiz Sergio Moro vem negando pedidos da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que Tacla Durán seja ouvido como testemunha no processo que trata da compra de terreno para o Instituto Lula por parte da Odebrecht.
Moro afirmou que, embora existam indícios de que Durán atuasse para o setor de propina da empreiteira, não há elemento que indique seu envolvimento no objeto da ação penal.
Além disso, Moro desqualificou a palavra do advogado. "A palavra de pessoa envolvida, em cognição sumária, em graves crimes e desacompanhada de quaisquer provas de corroboração não é digna de crédito."
Nesta sexta, a defesa de Lula pediu que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região reveja o posicionamento de Moro sobre a questão.
ACUSAÇÕES
Tacla Durán vem fazendo uma série de acusações contra o Ministério Público.
Em videoconferência na CPI da JBS, o advogado disse que tem em mãos uma perícia que mostra que os sistemas internos da Odebrecht foram adulterados antes de serem entregues à Procuradoria.
Assim, alguns documentos utilizados pela Procuradoria-Geral da República na denúncia contra o presidente Michel Temer seriam falsos.
Conforme noticiou a Folha em agosto, Durán também acusa o advogado trabalhista Carlos Zucolotto, amigo e padrinho de casamento do juiz Sergio Moro, de intermediar negociações paralelas dele com a força-tarefa da Lava Jato.

Advogada feminista admite ter oferecido dinheiro para mulheres acusarem Trump de assédio sexual


Uma proeminente advogada da Califórnia tentou fazer com que várias mulheres viessem a publico – nos meses finais da campanha presidencial – para denunciar supostos assédios sexuais cometidos por Donald Trump.

Os depoimentos das clientes foram relatados em documentos contratuais, e-mails e mensagens de texto, todas revisadas pela equipe jornalística do The Hill.
Os esforços da advogada Lisa Bloom – especialista no direito das mulheres – para atacar o candidato Trump incluíam a venda de histórias das supostas vítimas para programas de televisão, pagamento de hipotecas e garantia de benefícios financeiros generosos. Algumas clientes disseram afirmaram que as ofertas alcançavam os 750.000 mil dólares.
Lisa Bloom, que ficou famosa por defender dezenas de mulheres em importantes casos de assédio, representou quatro mulheres considerando fazer acusações contra o Trump no ano passado. Duas desistiram e duas vieram a público.
Em uma declaração oficial, Bloom reconheceu envolvimento com grupos políticos que garantiram doações financeiras para as mulheres que fizeram ou consideraram fazer acusações contra o Donald Trump:
Os doadores chegaram à minha empresa diretamente para ajudar algumas das mulheres que eu representei.
Se alguém tinha dúvidas de que a esquerda norte-americana está utilizando denúncias de assédio sexual como arma política, agora não tem mais.DO RENOVA

Polícia encontra ambulância usada para pagar dívida durante operação no Piauí

Veículo estava em fazenda e seria parte de uma dívida. Operação da Polícia Civil do Piauí realizou 91 prisões, assim como apreensões de carros e armas.


Policiais civis do Piauí encontraram na tarde desta quinta-feira (14) uma ambulância da prefeitura de uma cidade em uma fazenda na zona rural de outro município. Segundo os policiais a ambulância teria sido deixada como resultado de uma dívida. A apreensão foi resultado da Operação PC 27, que no Piauí resultou em 91 prisões, 86 por mandado e 7 apreensões de adolescentes.
A ambulância do município de Bertolínia estava em uma propriedade rural na zona rural de Landri Sales. “A delegacia de Guadalupe recebeu a denúncia de que existiria uma ambulância que pertenceria ao município de Bertolínia. Os delegados de Uruçuí e Bertolínia foram acionados e abordaram o filho do proprietário que lá estava”, afirmou o gerente de polícia do interior, Delegado Ewerton Ferrer, confirmando o abandono do veículo.
Ewerton Férrer contou que a ambulância teria sido abandonada por causa de uma dívida. “Ele foi ouvido para esclarecer a origem. O que temos até o momento é que seria uma conta que haveria e isso vai ser verificado ao longo do inquérito que vai correr pela delegacia de Bertolínia”, relatou o gerente de polícia do interior acrescentando que o proprietário da fazenda ainda não foi localizado.
Além das 91 prisões também foram apreendidas 14 armas e cinco veículos ao longo da quinta-feira.DO G1

Fachin nega recursos em inquérito do quadrilhão do PMDB na Câmara

Desmembramento
Defesas agravaram contra desmembramento. Julgamento será retomado na terça, 19.
quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
O ministro Edson Fachin votou, nesta quinta-feira, 14, por negar todos os recursos interpostos contra desmembramento dos inquéritos 4.327 e 4.483, de que é relator, relacionados ao chamado quadrilhão do PMDB na Câmara.
O primeiro inquérito investiga o que foi chamado de quadrilhão do PMDB na Câmara, suposta organização criminosa composta por membros do partido com articulação na Casa Legislativa. Já o segundo volta-se à apuração de obstrução das investigações relacionadas ao delito da quadrilha.
Até o momento, apenas o relator votou. O julgamento será retomado na próxima terça-feira, 19.
Estava em julgamento uma série de agravos que se insurgem contra decisão de Fachin que determinou o desmembramento dos autos de codenunciados sem foro privilegiado que foram denunciados juntamente com o presidente Michel Temer, entre eles Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Joesley Batista, Ricardo Saud, Rodrigo Rocha Loures e André Esteves.
O desmembramento ocorreu após a Câmara negar autorização para processar criminalmente o presidente Michel Temer e ministros de Estado. Como o inquérito envolvia os denunciados não detentores de foro por prerrogativa de função, o relator determinou a remessa dos autos à Justiça Federal de 1º grau para prosseguimento.
Os diversos pedidos das defesas incluem, em síntese, que seja reconsiderado o desmembramento do feito: pede-se a suspensão do curso da denúncia, sendo estendida a decisão da Câmara sobre Temer aos codenunciados; a exclusão de nomes na remessa dos autos ao 1º grau; e que o processo permaneça no Supremo, visto que a denúncia foi apresentada de forma conjunta com detentores do foro.
Para o ministro Fachin, no entanto, as pretensões não merecem ser acolhidas. Ele rechaçou, ponto a ponto, os pedidos das defesas, porquanto, para ele, está demonstrada a viabilidade do desmembramento. Se mantido o desmembramento, o trecho da denúncia que se refere à organização criminosa será encaminhado à 13ª vara Federal de Curitiba, pois tem relação com a Lava Jato. Em relação à obstrução de Justiça, o caso fica na 1ª instância do DF, já que os crimes teriam sido cometidos na capital.
O ministro observou que a negativa de autorização por parte da Câmara impede o processamento da denúncia exclusivamente em relação ao presidente e ministros de Estado, sendo esta uma decisão de natureza política, a qual não impede a continuidade quanto aos demais denunciados. O relator lembrou que, ao oferecer a denúncia conjunta, a PGR requereu o desmembramento em relação aos não detentores de foro. Assim, votou pelo não provimento dos agravos de Cunha e Geddel, no ponto em que pretendiam a extensão.
Ele também afirmou que, quanto ao argumento e Saud e Joesley de que suas prisões preventivas na AC 4.352 estariam atreladas a supostas omissões em seus respectivos acordos de colaboração premiada, Fachin afirmou estar nítido que as medidas restritivas residem, em verdade, nos fortes indícios de participação da organização criminosa investigada no inquérito 4327 e outros, “com concreto risco de reiteração delitiva”.
O julgamento foi suspenso e será retomado em sessão extraordinária da próxima terça-feira, 19, às 9h.
  • Processos: Inq. 4.327 e Inq. 4.483
Confira a íntegra do votoDO MIGALHAS

POR QUE A GRANDE MÍDIA TRANSFORMOU JAIR BOLSONARO NO JUDAS DA POLÍTICA BRASILEIRA? ENTENDA O QUE ESTÁ POR TRÁS DESSA JOGADA.

sexta-feira, dezembro 15, 2017

 

O vídeo acima dá uma ideia da recepção de seus apoiadores. Repetiu-se em Manaus o que tem ocorrido em todas as cidades onde Bolsonaro aparece. Há sempre uma multidão animada cercando o presidenciável, ainda que continue a ser alvo de ataques e fake news produzidas pela grande mídia.
Por isso Jair Bolsonaro dialoga com seus eleitores diretamente pelas redes sociais. Só em sua página oficial no Facebook, Bolsonaro deverá registrar nos próximos dias 5 milhões de seguidores.
Apenas a postagem do vídeo reproduzido acima que está editado em na página do presidenciável no Facebook, tinha até o início desta madrugada 181 mil vizualizações, 29 mil curtidas e 2.104 comentários.
Quem conhece e utiliza o Facebook, tida como a rede social de maior capilaridade do planeta, sabe que a performance de Bolsonaro é inaudita em termos nacionais. Ainda mais para um político, num momento em que a classe política brasileira nunca esteve tão desacreditada depois da descoberta do "petrolão" que desnudou uma teia de corrupção e roubalheiras jamais vista na face da Terra.
Isto também comprova um fato inéditoi: pela primeira vez na história a grande mídia, outrora toda poderosa, já divide a audiência com milhares de cidadãos que operam diretamente pelas redes sociais e se informam por meio dessas redes, sites e blogs independentes.
Isto não quer dizer que a dita mainstream media não seja mais formadora da opinião pública. Entretanto, à medida em que foi se alinhando à dita diversidade bundalelê sua credibilidade ficou seriamente abalada. A perda da credibilidade dos grandes meios de comunicação não é apenas apanágio da mídia nacional.
Trata-se de um fenômeno global que se aprofunda na mesma intensidade em que as empresas de comunicação e seus jornalistas aderem ao "globalismo" conceito novo que, grosso modo, designa todos os mega grupos empresariais globais aliado ao movimento comunista internacional diluído em diversas ramificações que vão desde o meio ambiente, passando pela dita "diversidade cultural", política de gênero dentre outras manifestações e modismos que tentam detonar a "cultura ocidental" por meio de uma "engenharia social", de uma constante "guerrilha cultural".
Numa leitura ainda que provisória do momento político brasileiro identifica-se um fenômeno político importante: Jair Bolsonaro lidera e/ou galvaniza sozinho a reação ao ataque globalista anti-ocidental, enquanto todos os outros postulantes presidenciais estão alinhados ao projeto globalista que no espectro político situa-se à esquerda.
Fenômeno semelhante pôde-se observar na recente eleição nos Estados Unidos quando Donald Trump lutou sozinho contra o establilshment, que é globalista desde de criancinha. Sua vitória evidencia um fato: aumenta em todo o Ocidente uma poderosa reação a essa diabólica tentativa de destruição da cultura ocidental.
Muito superficialmente é o que está acontecendo em todo o Ocidente, embora isto jamais seja aventado pela grande mídia, justamente pelo fato de que os mega veículos de comunicação e seus jornalistas são os principais operadores deste esquema. Não é para menos que todos os demais presidenciáveis são sempre bem recebidos e adulados de alguma forma pela mainstream media, de forma a isolar Bolsonaro como um judas a ser malhado com todo o vigor. Igualzinho ao que aconteceu com Donald Trump.

Marun é rendição de Temer à lógica do centrão



Josias de Souza



A chegada de Carlos Marun à pasta da articulação política do governo é marcada por percalços. Já foi adiada um par de vezes. E teve de ser protelada novamente por conta da internação hospitalar de Michel Temer. É como se os céus enviassem recados ao presidente, oferecendo-lhe sucessivas oportunidades para rever a escolha de Marun.
Mal comparando, Temer está na posição do padre da anedota, que teve a igreja invadida por uma enchente. Um fiel, um funcionário da defesa civil e um bombeiro tentaram convencer o padre a abandonar a igreja. “Deus está comigo, nada me acontecerá”, respondeu o padre três vezes, antes de morrer afogado. No céu, ele perguntou a Deus: “Por que me abandonaste, Senhor”. E o Todo-Poderoso: “Ora, padre, mandei três emissários. E você não deu ouvidos!”
Alheio aos avisos do Além, Temer mantém a escolha de Marun. A principal credencial do personagem é a truculência na defesa dos amigos denunciados criminalmente. Foi assim com Eduardo Cunha e com o próprio Temer. Marun tem vocação para o confronto, não para a articulação . Ele chegou à pasta da articulação política num instante em que o núcleo central da base congressual de Temer passou a ser o centrão. Daí a opção do presidente. As principais características do centrão são os movimentos pesados e a lama. Um ambiente assim não é compatível com almas leves. Pede tratores e maruns.
O problema é que Temer já está com a água pelo nariz.

Eureka!

Josias de Souza

– Charge do Cazo, via Comércio do Jahu.