PAZ AMOR E VIDA NA TERRA
" De tanto ver triunfar as nulidades,
De tanto ver crescer as injustiças,
De tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus, o homem chega
a desanimar-se da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
[Ruy Barbosa]
Ministro
do STF disse que eles discutiram ampliação da biometria para 2018.
Gilmar Mendes participará do julgamento de Temer se a Câmara autorizar
prosseguimento da denúncia.
presidente
Michel Temer e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
ministro Gilmar Mendes, voltaram a se reunir fora da agenda oficial do
Palácio do Planalto.
A informação foi divulgada pelo site Antagonista e confirmada pela TV Globo.
Gilmar Mendes disse que eles discutiram a ampliação da biometria para as eleições de 2018.
O
relator da denúncia contra Michel Temer na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) da Câmara será o deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ). Não é o
nome dos sonhos do presidente da República, disse um operador político
do governo. Mas poderia ser pior, ele acrescentou, referindo-se aos
oposicionistas que reivindicavam a função. Zveiter injetou uma dose
extra de imprevisibilidade num processo que Temer imaginava estar sob seu controle.
No
plano original de Temer, o relator seria Jones Martins (PMDB-RS) ou,
alternativamente, Alceu Moreira (PMDB-RS). Mas o presidente da CCJ,
Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), decidiu atravessar Zveiter
no caminho do seu correligionário. Fez isso, segundo a interpretação do
Planalto, porque ambiciona o governo de Minas Gerais. E não quer passar
à opinião pública do seu Estado a impressão de que é mero vassalo de um
presidente cuja popularidade, já rente ao chão, é de 7%.
O
Planalto tentou domar Pacheco oferecendo-lhe a possibilidade de nomear o
presidente da estatal Furnas, que ele havia reivindicado junto com a
bancada mineira. Mas a oferta saiu pela culatra. E restou ao governo
celebrar o fato de não ter sido nomeado um relator declaradamente
favorável à tese de que a Câmara deve, sim, aprovar a continuidade do
processo, liberando o Supremo Tribunal Federal para decidir se Temer
deve ou não ser convertido em réu numa ação penal por corrupção.
Havia
à disposição do presidente da CCJ vários nomes que o Planalto
considerava duros de roer. Entre eles Betinho Gomes (PSDB-PE) e Tadeu
Alencar (PSDB-PE). Nesse contexto, Sérgio Zveiter foi considerado pelo
governo, por assim dizer, um mal menor. Espera-se que, sendo advogado,
ex-presidente da seccional da OAB no Rio de Janeiro, o relator se
sensibilize com os argumentos da defesa a ser entregue nesta
quarta-feira pelo advogado de Temer, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira.
Para
não correr riscos, Temer e seus ministros suam a camisa para conquistar
votos na Câmara. Nesta terça-feira, conforme já comentado aqui, o presidente atendeu deputados em ritmo de fast food.
Serve verbas e cargos num bandejão constrangedor. Tenta reunir forças
para, no limite, derrotar um eventual voto indesejável do relator
Zveiter. Como não conseguiu realizar o sonho do relator ideal, Temer
tenta evitar a realização do seu pesadelo.
Agência espacial americana prepara missão
com objetivo de proteger planeta de um possível impacto; primeiro alvo
será asteroide Didymos, que passará a 11 milhões de km de distância
daqui em 2022.
A Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, prepara uma ambiciosa missão: desviar um asteroide que passará perto da Terra.
O alvo é um asteroide chamado Didymos ("gêmeo" em grego), que conta com
um sistema binário, ou seja, dois corpos: o Didymos A tem
aproximadamente 780 metros de comprimento, e o Didymos B, um corpo menor
que o envolve, tem uns 160 metros.
A previsão é de que esse asteroide passe relativamente perto da Terra, a
cerca de 11 milhões de quilômetros de distância, em outubro de 2022 e
depois em 2024.
É aí que a Nasa quer colocar em prática a primeira missão para
demonstrar uma técnica de deflexão, isto é, de desvio do asteroide para
proteger o planeta.
"O risco de impacto do asteroide é real, pergunte aos dinossauros", diz à
BBC Mundo
(serviço em espanhol da BBC) Jean Luc Margot, professor de astronomia
da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). "Diferente de
outros perigos naturais como furacões, erupções vulcânicas, terremotos,
etc, os impactos dos asteroides podem ser evitados com a tecnologia
atual."
Como será a missão?
No momento, a Nasa trabalha no design do Teste de Redirecionamento do Asteroide Duplo (DART, na sigla em inglês).
"O DART será a primeira missão da Nasa para colocar na prática o que é
conhecido como técnica de pêndulo cinético - bater no asteroide para
mudar sua órbita - a fim de defender a Terra de um possível impacto
futuro", explica Lindley Johnson, especialista em defesa planetária da
Nasa em Washington.
E, para testar esse novo projeto, que ainda se encontra em uma fase
preliminar, os cientistas da agência espacial acreditam que o Didymos é a
melhor oportunidade.
"Um asteroide binário é o laboratório natural perfeito para esse
teste", diz Tom Statler, cientista do programa do DART, em comunicado da
Nasa. "O fato de o Didymos B estar em órbita ao redor do Didymos A faz
com que seja mais fácil ver os resultados do impacto e garante que o
experimento não mude a órbita da ambos ao redor do Sol."
Para o professor Margot, a escolha desse asteroide é boa porque ele é
relativamente acessível para aeronaves espaciais e é possível medir as
mudanças com imagens de radar.
Mais rápido que uma bala
Segundo a Nasa, o DART atingirá o Didymos B, o asteroide menor, "a uma
velocidade de 6 km por segundo, nove vezes mais rápido que uma bala".
Com esse teste, os cientistas poderão avaliar a mudança resultante na
órbita de Didymos B ao redor de Didymos A. Isso permitirá determinar as
capacidades do impacto cinético como uma estratégia de mitigação de
asteroides.
"O DART é um passo crítico para demonstrar que podemos proteger nosso
planeta de um impacto futuro de asteroides", diz Andy Cheng, do
Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins em Laurel,
Maryland (EUA), que também participa do projeto.
Segundo o professor Margot, a iniciativa está dentro das capacidades
tecnológicas dos Estados Unidos, mas pode enfrentar o risco de cortes
orçamentários.
"Se os responsáveis pelo orçamento não apoiarem o projeto, poderão ser
considerados culpados pela perda de vidas e bens em caso de um impacto
grande de um asteroide", opina Margot.
BBC BRASIL.com
A
necessidade de deter na Câmara a denúncia que o acusa de corrupto levou
Michel Temer a escancarar o paradoxo do seu governo. O presidente se
propõe a reformar as bases econômicas do país. Para fazer isso, precisa
manter-se no cargo. E decidiu lutar pela sobrevivência cultivando os
vícios que potencializam as negociatas e os trambiques com verbas
públicas. Temer recebe políticos em ritmo de lanchonete fast food. Serve cargos e verbas num bandejão que dá à sua gestão a aparência melancólica de uma central de escândalos.
Nesta
terça-feira, dia em que começa a caminhar na Câmara a denúncia da
Procuradoria-Geral da República, Temer enfileirou em sua agenda 21 audiências
com parlamentares. Desse total, 16 são deputados, seis dos quais
integram a Comissão de Constituição e Justiça. Ali, o Planalto travará
sua primeira batalha para tentar asfixiar a denúncia contra Temer,
sonegando ao Supremo Tribunal Federal a oportunidade de avaliar se há
elementos para a abertura de uma ação penal que afastaria o presidente
do cargo por pelo menos seis meses.
Numa evidência de que o
governo reformista passou a existir apenas no gogó, Temer havia
inaugurado a semana com uma audiência que simboliza a perda definitiva
do recato. Na mesma segunda-feira em que a Polícia Federal prendeu o
ex-ministro Geddel Vieira Lima, o presidente recebeu reservadamente no
Planalto o ex-deputado Valdemar Costa Neto, um mensaleiro que controla o
PR como se fosse um feudo cartorial. Ele estava acompanhado do ministro
Maurício Quintella Lessa, que gerencia os negócios da pasta dos
Transportes em nome do PR.
Além de Temer, também os ministros
palacianos se desdobram para atender parlamentares. Moreira Franco
(Secretaria-Geral da Presidência) recebeu uma comitiva de 16 deputados e
três senadores catarinenses. Foram pedir a liberação de verbas para
rodovias no Estado. Entre os visitantes, quatro são membros da Comissão
de Constituição e Justiça.
Outro ministro, Antonio Imbassahy, um
tucano que substituiu Geddel na coordenação política do governo, além de
acompanhar Temer em algumas conversas, recebeu a sós mais quatro
deputados.
Alega-se que o Planalto não ultrapassa as fronteiras da
negociação republicana. Mas esse lero-lero vem sendo reiterado desde a
primeira missa. E o brasileiro assiste a um espetáculo de depravação
moral que só piora o catecismo. Renovam-se a cada governo as alianças
espúrias. A tolerância com os maus hábitos levou à corrupção endêmica
que operações como a Lava Jato desvendam. E Temer parece não ter
aprendido a clara lição de que a velha tática já não funciona.
Num
instante em que Michel Temer vende a alma para enterrar na Câmara a
denúncia em que a Procuradoria-Geral da República o acusa de corrupção, a
Polícia Federal prendeu mais um integrante do grupo do presidente:
Geddel Vieira Lima. Ele reforça o time de políticos que costumavam
frequentar os jantares do Palácio do Juburu e passaram a comer as
questinhas servidas na cadeia.
Antes de Geddel, foram em cana
Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves. Investigado por suspeita de
corrupção, Geddel foi preso por tentar atrapalhar o trabalho dos
investigadores. Ele estaria pressionando o doleiro Lúcio Funaro, dono de
segredos insondáveis sobre a roubalheira do PMDB, para não virar um
delator. Ironicamente, o Planalto agora teme que o próprio Geddel,
ex-ministro de Lula e Temer, ex-vice-presidente da Caixa Econômica sob
Dilma Rousseff, passe a flertar com a hipótese da delação.
Michel
Temer se esforça para convencer o país de que a denúncia que o retrata
como um corrupto não passa de uma peça de “ficção” do procurador-geral
da República, Rodrigo Janot. Simultaneamente, os integrantes do staff político do presidente passam por um acelerado processo de apodrecimento. Quem não está preso é porque tem foro privilegiado.
Com
tanta sujeita ao redor, fica cada vez mais difícil para o presidente
demonstar que sua biografia continua limpinha. Não há mais espaço para
otimismo. Os pessimistas já não conseguem enxergar luz no final do
túnel. Os muito pessimistas perceberam que roubaram o túnel.
O
governo de Michel Temer está na berlinda há 48 dias, desde que veio à
tona o escândalo da JBS. Nesse período, ministros e aliados do
presidente no Congresso repetem que só um fato novo poderia encurtar-lhe
o mandato. Produziram-se tantos fatos novos que ficou difícil
contá-los. O penúltimo foi a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima. O
próximo deve ser a formalização do acordo de delação premiada em que o
doleiro Lúcio Funaro vai aprofundar as acusações contra Temer e todo o
seu staff político.
A profusão de fatos novos —os de ontem
somando-se aos de hoje, a estes misturando-se às previsões sobre os que
estão por vir— provoca uma gradativa erosão no conglomerado governista,
debilitando a supremacia legislativa do governo. Em público, Temer
declara-se “animadíssimo”.
Em privado, seus auxiliares contam votos. E concluem que a situação do
governo já não é tão confortável na Câmara, que decidirá se autoriza ou
não o Supremo Tribunal Federal a se debruçar sobre a denúncia que pode
converter Temer em réu.
Como Temer não consegue fornecer
explicações convincentes, a única consequência da onda de fatos novos
é produzir outros fatos, e outros, e outros mais, até resultar em algo
que começa a ganhar a aparência de um mar de acusações irrespondidas —um
imenso lençol freático de suspeitas sobre o qual bóia, inerme, um
governo incapaz de esboçar reação à altura.
Os primeiros fatos
novos já vão ficando velhos: o áudio com o diálogo vadio do presidente, a
delação dos executivos da JBS, a filmagem da mala com propina de R$ 500
mil, as explicações desastrosas de Temer, a prisão de Rodrigo Rocha
‘Homem da Mala’ Loures, a descoberta de que o presidente viajara no
jatinho de Joesley ‘Bandido Notório’ Batista, a prisão de Henrique
Eduardo Alves, o relatório em que a Polícia Federal conclui que Temer
meteu-se mesmo num enredo criminoso, a conversão do presidente de
investigado em denunciado por corrupção passiva junto ao Supremo
Tribunal Federal…
De repente, quando o Planalto ainda festejava a
transferência de Rocha Loures da carceragem brasiliense da PF para uma
cana domiciliar, sobreveio a ordem de prisão contra Geddel. Suprema
ironia: o ex-coordenador político de Temer virou ‘fato novo’ graças aos
seus esforços para evitar o surgimento de outros dois ‘fatos novos’
radioativos. Geddel mexia-se nos subterrâneos para impedir as delações
do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e do operador Lúcio Funaro
—este último já com a língua em movimento.
A novidade orna com o
fato novo original, que está na gênese da encrenca que ameaça o mandato
do substituto constitucional de Dilma Rousseff. Na conversa gravada que
manteve com Temer no escurinho do Jaburu, o delator Joesley Batista
relatou ao presidente os seus esforço$ para preservar o silêncio de
Cunha e Funaro. A certa altura, declarou que conquistara um bom
relacionamento com Cunha. E Temer recitou para o gravador do visitante a
frase que o perseguirá pelo resto da vida: “Tem que manter isso, viu?”
Depois
de idas e vindas, Temer confirmou nesta segunda-feira que participará
da reunião do G-20, na Alemanha. Voará na quinta-feira. Não são
negligenciáveis as chances de encontrar revelações do doleiro Funaro
penduradas nas manchetes quando retornar ao Brasil, no sábado. A essa
altura, o governo já não descarta nem a hipótese de ser abalroado por
uma delacão de Cunha. Ou de Rocha Loures. Ou do próprio Geddel.
Os
deputados governistas observam a conjuntura de esguelha. E com um pé
atrás. Sabem que, se ajudarem a enterrar a denúncia que trata de
corrupção passiva, logo terão de deter a segunda flechada do
procurador-geral da República, que alvejará o presidente com a denúncia
sobre obstrução de Justiça. Que será seguida pela flecha da formação de
organização criminosa. Os parlamentares começam a se questionar sobre a
conveniência de arcar com o custo político de socorrer um presidente
hemorrágico, com escassos 7% de popularidade.
Decisão afeta em cheio operadores que abasteciam o partido
O juiz Sergio Moro decretou,
na noite da última segunda (3), a quebra do sigilo bancário e o
sequestro de dinheiro dos operadores Jorge e Bruno Luz.
No total, a medida atinge dez contas bancárias, todas elas
localizadas em paraísos fiscais. Moro quer ainda que sejam detalhadas
todas as movimentações dos últimos cinco anos.
“Jorge Antônio da Silva Luz e Bruno Gonçalvez Luz teriam, em
pelo menos cinco episódios intermediado o pagamento de vantagem
indevida a agentes públicos, incluindo dois Diretores e dois gerentes da
Petrobras, em valores vultosos e
utilizando expedientes sofisticados de ocultação e dissimulação”, diz Sergio Moro.
Pai e filho, Jorge e Bruno Luz foram denunciados no dia 31 de março. São acusados de atuarem para parlamentares, sobretudo do PMDB, e diretores da Petrobras no pagamento de propina em contratos de compra e operação de navios-sonda no exterior.DO RADAR
Michel Temer é rejeitado por nove em cada dez pessoas em Alagoas
Temer derreteu em poucos meses
Que Michel Temer não é muito bem quisto pela população não é novidade para ninguém. Mas a mesma pesquisa que revelou que os alagoanos querem que Renan Calheiros faça oposição ao presidente, encomendada pelo diretória estadual do PMDB, mostra que Temer é rejeitado por 92% da população.
O interessante mesmo é a velocidade com a
qual a imagem do presidente se desgastou por lá. Na última pesquisa, há
três meses, ele era rejeitado por 72% e 20% o desconhecia. Agora, essa
parcela que não tinha opinado migrou para a rejeição. DO RADAR