domingo, 6 de dezembro de 2015

Aliados preparam ofensiva para levar PMDB ao comando do país

Dilma diz confiar em Temer para enfrentar o processo de impeachment

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A presidente Dilma Rousseff com o vice Michel Temer - André Coelho/7-9-2015 / Arquivo O Globo
BRASÍLIA E RECIFE - A saída do ministro Eliseu Padilha do governo na última sexta-feira foi vista pela ala pró-impeachment do PMDB como a senha para que se iniciem abertamente os trabalhos para garantir o vice-presidente Michel Temer no comando do país. Nas horas que se sucederam à notícia do pedido de demissão, a frase mais proferida pelos peemedebistas resume o espírito da saída: “Padilha é o Temer”. Mas o abismo criado entre os palácios da Alvorada — residência oficial da presidente Dilma Rousseff — e do Jaburu — a de Temer — vem sendo cavado há meses. Padilha é apenas o último dos aliados mais íntimos do vice-presidente a se distanciar do governo. Os outros há muito já se movimentavam pela abertura do processo de impeachment. Em Recife, onde esteve ontem, Dilma disse contar com a “confiança” de Temer para enfrentar o processo de impeachment no Congresso:
— Eu espero integral confiança do Michel Temer e tenho certeza que ele a dará. Ao longo desse tempo, eu desenvolvi a minha relação com ele e conheço o Temer como pessoa, como político e como grande constitucionalista.
Enquanto a presidente discursava no Recife, Temer se encontrava com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em almoço organizado pelo empresário Jorge Chammas, do Moinho São Jorge. Amanhã, os dois estarão juntos novamente, em evento público no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Segundo aliados, Temer e o tucano conversaram brevemente. Na última quarta-feira, horas antes do anúncio da decisão de Eduardo Cunha de acatar o pedido de impeachment, Temer recebeu senadores do PSDB e do DEM. Os tucanos já discutem com setores do PMDB um eventual governo de transição.
Em Belo Horizonte, durante um congresso do PDT, o ex-ministro da Integração Nacional no primeiro governo Lula, Ciro Gomes, acusou Temer de estar à frente do movimento pelo impeachment de Dilma.
— Eu acuso o senhor Michel Temer de ser o capitão do golpe — disse Ciro, acrescentando que o impeachment é um “remédio grave”.
A estratégia do grupo peemedebista pró-impeachment é manter Temer na retaguarda, enquanto eles ocupam a linha de frente.
— Temer não precisa se mover agora. Tem que deixar as ondas baterem nas pedras para ver a espuma que fará, como as ruas vão se manifestar, como as forças no Congresso vão se aglutinar. Ele foi menosprezado pelo PT o tempo inteiro, e agora vem o senhor Jaques Wagner querendo ganhar no grito para cima dele. Ele não vai aceitar constrangimento de ninguém — disse o ex-deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), um dos integrantes do núcleo político de Temer.
Perguntado se Temer vai segurar o grupo para não trabalhar pelo impeachment, Geddel respondeu:
— Ele não tem condições de segurar o grupo. Tem só que ficar na dele.
PADILHA CUIDARÁ DO MAPEAMENTO DE VOTOS
A ala pró-Temer diz que Padilha, expert em planilha e controle de votos desde a Constituinte, começa a trabalhar a partir de amanhã no gabinete da presidência do PMDB, que fica na Câmara dos Deputados.
Outro membro atuante do grupo do vice-presidente é o ex-governador e ex-ministro Moreira Franco, autor do “Plano Temer”, apelido que ele mesmo deu ao programa de governo elaborado pelo PMDB no mês passado, contendo medidas opostas às adotadas por Dilma. O documento, escrito após consultas a vários economistas próximos ao partido, foi interpretado como um programa de transição a ser adotado após a saída da presidente e, ao mesmo tempo, como um sinal para o mercado financeiro e o setor produtivo.
Ao ser apresentado aos peemedebistas, em um congresso da Fundação Ulysses Guimarães, presidido por Moreira, o vice-presidente da República foi recebido com um coro de “Temer, veste a faixa já”. Na base do partido, o sentimento há muito tempo é pela ruptura.
— O impeachment está posto e certamente será uma grande contribuição para que possamos recuperar 2015, um ano que se perdeu na queda de braço entre a presidente Dilma e Eduardo Cunha, e de retomarmos o esforço de criar condições para que possamos sair da maior crise econômica da História — afirmou Moreira.
Geddel sempre resistiu à manutenção da aliança com o PT no governo Dilma. Aliado de Aécio Neves em 2014, ele circula em Brasília entre o Palácio do Jaburu e o gabinete do irmão, o deputado Lúcio Vieira Lima. Não por coincidência, Lúcio é um dos 22 deputados peemedebistas que trabalham abertamente pelo afastamento da presidente. Nesse grupo está também o deputado Osmar Terra (RS) — que, tão logo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu andamento à ação contra Dilma, foi ao Jaburu conversar com a cúpula partidária.
— Geddel é o nosso Estado Islâmico, o homem-bomba do partido — resumiu um peemedebista da cúpula ao GLOBO sobre a atuação do baiano quando o assunto é impeachment.
Fora do núcleo mais próximo de Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) defende abertamente o impeachment desde o início do ano. Com presença menos frequente nas reuniões quase diárias que ocorreram nas últimas semanas à noite no Palácio do Jaburu, o peemedebista se reaproximou. Nos bastidores, Jucá atua entre políticos, empresários e representantes do mercado financeiro na defesa de que só com uma mudança de ares seria possível recuperar a economia do país.
Em meio à crise política, interlocutores da presidente sondaram uma possível volta de Jucá à liderança, ao que o peemedebista ironizou a aliados:
— O Titanic está afundando, e querem me dar um camarote? Tô fora.
Apesar de afastado do núcleo do vice, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, teve o papel decisivo de abrir o processo do impeachment. No partido, é considerado um “outsider” por peemedebistas históricos. Provocou atritos com diversas raposas do PMDB, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), com quem mantém relação protocolar.
Dizem ainda que ele “forçou” proximidade com Temer, mas que o vice sempre manteve uma “distância de segurança”. Na quarta-feira, minutos antes de dar entrevista coletiva anunciando que acolheria o pedido de impeachment, Cunha telefonou a Temer. Segundo relatos, o vice-presidente nada fez para impedi-lo.
Na oposição ao grupo pró-impeachment, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), trabalha para manter o apoio do partido a Dilma. Picciani articula a ocupação pela bancada do PMDB na Câmara das pastas que venham a ser deixadas pelo grupo de Temer, o que reforçaria a base de sustentação de Dilma na Casa.
— Se as ruas se engajarem, o senhor Picciani não vai segurar o impeachment. Já vimos esse filme antes — atacou Geddel.
Já Moreira evitou a referência direta:
— O voto para decidir o impeachment será aberto e evidentemente fruto de uma avaliação pessoal de cada parlamentar. E a população vai avaliar o voto de cada um.
A presidente Dilma disse que como não conversou com Padilha, não considera a saída do peemedebista definitiva:
— Eu me esforcei bastante para manter na reforma ministerial o ministro Padilha no governo. Por quê? Porque achava, e acho ainda, que o ministro Padilha está fazendo um trabalho muito importante. Eu não recebi nenhuma comunicação do ministro Padilha e eu ainda conto com a permanência do ministro no governo.
QUEM SÃO:
Moreira Franco - Manteve uma postura governista até ser demitido pela presidente Dilma na virada do primeiro para o segundo mandato. Foi o coordenador do programa de governo divulgado pelo PMDB no mês passado, contendo medidas opostas às adotadas por Dilma. O documento foi interpretado como um programa de transição a ser utilizado após a saída da presidente por um possível impeachment.
Eliseu Padilha - Um dos mais fiéis aliados de Temer, deixou o governo na sexta-feira. Ele mantém planilhas sobre a fidelidade dos partidos da base aliada nas votações e, quando atuou na articulação política, mapeou e ajudou a nomear os ocupantes dos cargos que cada partido tem em Brasília e nos estados. Segundo peemedebistas, a partir de amanhã ele começa a trabalhar com esses dados na sede do partido.
Geddel Vieira Lima - Ministro da Integração Nacional durante o governo do ex-presidente Lula, afastou-se do PT em 2010. Apesar de ter assumido uma vice-presidência da Caixa no primeiro mandato de Dilma, a pedido de Temer, ele sempre resistiu à manutenção da aliança com o PT. Ano passado, aliou-se a Aécio Neves (PSDB-MG) e tornou-se um dos mais duros críticos da presidente.
Romero Jucá - Ex-líder do governo Lula e do primeiro mandato de Dilma Rousseff, externou seu rompimento com o governo no ano passado e apoiou Aécio Neves à Presidência da República. Nos últimos meses, no entanto, reaproximou-se de Temer e passou a frequentar o Palácio do Jaburu, residência oficial do vice. Defende que só com uma mudança de presidente seria possível a economia voltar a crescer. DO G1

A imprensa em ritmo de barbárie 1:2:3 e 4 Agora alguns “jornalistas” decidiram ser o Dops do PT

Profissionais que jamais quiseram saber quem financia os grupos pró-PT resolveram ser a polícia política do partido e perseguir movimentos pró-impeachment

Por: Reinaldo Azevedo
A imprensa brasileira, há exceções aqui e ali, vive um dos piores momentos de sua história. E não estou me referindo a uma peculiaridade deste período, em que formas novas de financiamento estão surgindo, e outras, tradicionais, estão definhando. Até porque velhos vícios podem perfeitamente bem se adaptar a plataformas modernas. Eu estou me referindo mesmo é à qualidade da mão de obra e ao adernamento ideológico.
Uma pauta começou a frequentar as redações, muitas delas “independentes com um táxi” (Millôr) ou como uma igreja fundamentalista. Que pauta é essa? “Quem financia o Movimento Brasil Livre? Quem financia o Vem Pra Rua? Quem financia os movimentos pró-impeachment? Será que eles têm CNPJ?”
É claro que é uma pauta legítima. É claro que é uma curiosidade legítima. É claro que se pode fazer uma reportagem legítima. Mas o que deslegitima pauta, curiosidade e reportagem? A sem-vergonhice, a má-fé e o trabalho de encomenda. Explico.
Por que esses mesmos repórteres, tomados dessa curiosidade à boca do impeachment, nunca se interessaram em saber quem financia o Movimento Passe Livre? Por que nunca se interessaram em saber quem financia o MST? Por que nunca se interessaram em saber quem financia o MTST? Por que não se dedicaram à tarefa de investigar quem financia a ocupação de quase 200 escolas no Estado de São Paulo — ou os recursos para alimentar esses aparelhos surgem por geração espontânea?
Qual é o CNPJ do MTST?
Qual é o CNPJ do MST?
Quanto dinheiro público já foi repassado, direta ou indiretamente, à entidade — ou que nome tenha — do senhor Guilherme Boulos? E à igreja pagã de João Pedro Stedile?
É evidente que não estou estabelecendo paralelos e semelhanças entre os dois movimentos pró-impeachment que citei e esses agrupamentos de esquerda. Estes vivem pendurados nas tetas públicas; aqueles não. Estes atuam promovendo a desordem e impedindo o bom andamento de políticas públicas. Os grupos que lutam pelo impeachment se financiam na luta, na batalha mesmo, sem tetas oficiais, e são procuradores da ordem democrática.
Os jornalistas dedicados a essa tarefa resolveram atuar como polícia política do petismo, tentando encontrar alguma suposta irregularidade ou alguma estranheza nesses movimentos para tentar desmoralizar a luta pelo impeachment.
Sim, senhores, a esmagadora maioria dos jornalistas acha absolutamente normal que MST e MTST, mesmo sem constituir pessoa jurídica, sejam gestores de milhões em verbas públicas nas ruas respectivas áreas de atuação, privatizando um naco do Orçamento em benefício de seus associados e apaniguados. Por incrível que pareça, isso não lhes parece um roubo.
Pior: parte dos recursos públicos garante, inclusive, a mobilização desses setores em defesa do mandato de Dilma. Vale dizer: os que saem por aí vomitando que o impeachment é golpe o fazem em benefício do governo, com dinheiro público. Os grupos que lutam pela saída de Dilma têm de viver de doações — e é claro que não devem mesmo receber capilé oficial. Era só o que faltava. Mas também não deveriam recebê-lo os demais, aqueles do nariz marrom.
Não! Infelizmente não é curiosidade genuína que pauta esses dos quais falo. Ao contrário: estão apenas cumprindo uma tarefa que lhes dita ou uma orientação partidária ou a má consciência tisnada pela ideologia.

Praticamente se ignorou o fato de que os promotores das invasões são movimentos e militantes escancaradamente políticos

Por: Reinaldo Azevedo
Chega a ser escandaloso o que se viu na cobertura das invasões de escolas no Estado de São Paulo, promovidas pelo PT, pelo MTST, pelo Movimento Passe Livre, por frações do PCdoB e por esquerdistas menos cotados — com uma participação, sim, diminuta de estudantes de verdade, usados como massa de manobra de profissionais da política e da arruaça.
O plano de reestruturação das escolas é, nos limites dados, bom e necessário. Para começo de conversa, não há teoria pedagógica no mundo que não recomende que estudantes sejam separados por faixas etárias. Trata-se até de uma questão de segurança para os mais jovens, para as crianças.
O fato de a Secretaria de Educação ter se comunicado mal e ter tentado executar a reestruturação sem ouvir adequadamente os atores envolvidos não anula o fato de que os grupelhos de esquerda resolveram criar uma “causa” — com, mais do que o apoio, a militância mesmo de jornalistas.
Recomendo que leiam reportagens do Estadão deste domingo a respeito. Há muito eu não via um caso tão exemplar de militância disfarçada de jornalismo. Um dos títulos é este, sobre o estabelecimento que fez a primeira invasão: “A escola que fez 93 ficarem abertas”. Pois é… Ocorre que nem o fechamento é verdadeiro. Os prédios continuarão dedicados à área.
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O texto trata em tom encomiástico a decisão dos alunos de cobrir a imagem de Fernão Dias Paes com um saco preto porque o bandeirante era “matador de índio”. Um dos alunos teria sugerido, então, que se adotasse o nome da rua em que fica a escola: Pedroso de Moraes. Foram ao Google e concluíram que também ele era “matador de índio”.
É tudo de uma boçalidade espantosa, a começar do fato de que, bem…, índios também eram matadores de índios… O Estadão fornece um endereço na internet para ler a rotina das escolas ocupadas, como se fossem ninhais de novos Voltaires…
Não medi, mas, se fosse fazer a minutagem da GloboNews, por exemplo, desconfio que a invasão, chamada de “ocupação”, das escolas superou em muito o tempo dedicado ao impeachment. Aliás, parece que, em boa parte da imprensa, muito especialmente emissoras de TV, com uma exceção aqui e ali, o que se está a fazer é a lógica da compensação: “Estão vendo? Também batemos em tucanos!!!”.
Até parece que não está em curso uma ação criminosa contra a educação, contra a qualidade, contra a racionalidade, contra a racionalização de custos.
Dizia-me, neste sábado à noite, uma amiga que acompanha a questão há muito tempo: “Quer saber? Parece não ter jeito. No geral, os governos não dão bola para educação pública. Quando alguém tenta implementar uma medida que está correta, ainda que não seja ‘a’ solução, aí as esquerdas impedem qualquer mudança, pautadas ou por corporativismo ou pelo jogo mais rasteiro para confrontar adversários. E os pobre que se danem!”.
É claro que ela tem inteira razão. Uma das ativas defensores da ocupação foi a senhora Maria Isabel Noronha, presidente da Apeoesp, entidade que, sob o comando do PT, sabotou todas as tentativas honestas de melhorar a educação no Estado.
Notem que praticamente se ignorou o fato de que os promotores das invasões são movimentos e militantes escancaradamente políticos, muitos deles na faixa dos 30 anos — com frequência, acima. E se omitiram de leitores, internautas e telespectadores essa evidência.

O fato de a Secretaria de Educação ter conduzido muito mal a questão não dá ao jornalismo o direito de tratar ações criminosas de militantes de extrema esquerda, que estão impondo a sua agenda a estudantes pobres, como se fossem um ato de resistência democrática.

Por: Reinaldo Azevedo
A obstrução de vias públicas, na esteira da invasão das escolas, deu ensejo a que a imprensa também exercitasse o ódio brutal, irracional e ignorante que tem da Polícia Militar.
No mundo inteiro, policiais, quando desafiados, não reagem com flores. Aliás, a nossa PM aguenta desaforos dos militantes de esquerda impensáveis em ditaduras como EUA, França, Alemanha, Suíça… Como? Esses países são democracias? Ah, eu me enganei.
Os extremistas de esquerda que comandam as invasões das escolas dizem que lá continuarão: agora cobram a revogação do decreto da reestruturação e, como é mesmo?, a apuração e punição dos “excessos policiais”.
Quais?
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O bloqueio, por exemplo, da Avenida Nove de Julho, que abriga um dos mais importantes corredores de ônibus da cidade, durou cinco horas. Ao longo desse tempo, a PM negociou com os “estudantes”. Estes fizeram uma assembleia com os seus 30 ou 40 gatos-pingados e decidiram que a obstrução continuaria, sem data para acabar.
Bem, a PM fez o óbvio. Não é que uma das líderes da ação, cheia de indignação cívica, desceu a língua porque, ora vejam, os policiais os tiraram de lá na marra? Mais um vez, a seleção de imagens em algumas TVs, feita para demonizar a polícia, acho, mostrava o comportamento inadequado de um homem ou outro como se fosse retrato fiel da ação da PM. E é claro que isso é uma mentira. E como sei?
Não sei quantas foram as intervenções da PM — muitas. Felizmente, não se tem notícia de feridos, numa evidência clara, inequívoca, inquestionável mesmo, de que os policiais, na esmagadora maioria dos casos, usaram apenas força necessária.
Reitero: o fato de a Secretaria de Educação ter conduzido muito mal a questão não dá ao jornalismo o direito de tratar ações criminosas de militantes de extrema esquerda, que estão impondo a sua agenda a estudantes pobres, como se fosse um ato de resistência democrática.

A mentira é conveniente às esquerdas porque não pode haver esquerda onde triunfa a verdade. É simples assim. E não pode haver imprensa onde triunfa a mentira

Por: Reinaldo Azevedo
Finalmente, a imprensa deixa de cumprir a sua função quando omite dos leitores que esses grupos que lideram a invasão das escolas são os mesmos que se mobilizaram em 2012 pela eleição de Fernando Haddad.
O circo já está sendo armado. Antes, no entanto, da tarefa eleitoral, logo eles serão convocados a sair também “em defesa do mandato de Dilma” e “contra o golpe”.
Não por acaso, um dos esteios dessa ação é a Apeoesp, da notória Bebel, que nunca teve receio de fazer campanha eleitoral descarada em favor de candidatos do PT. Aliás, ela mesma já foi candidata a vereadora pelo partido em Águas de São Pedro. Obteve 100 votos. Apoiar a invasão de escolas é mais fácil.
Ah, sim: tudo se fez tendo como pretexto o “fechamento das escolas”. Não haverá fechamento nenhum. Mas a mentira é conveniente às esquerdas porque não pode haver esquerda onde triunfa a verdade. É simples assim.
E não pode haver imprensa onde triunfa a mentira.