quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Datafolha para presidente, votos válidos: Bolsonaro, 58%; Haddad, 42%

Nos votos totais, Jair Bolsonaro, do PSL, tem 49%, e Haddad, 36%. Pesquisa é a primeira do instituto no segundo turno das eleições.

Por G1


O Datafolha divulgou nesta quarta-feira (10) o resultado da primeira pesquisa do instituto sobre o segundo turno da eleição presidencial. O levantamento foi realizado nesta quarta, dia 10, e tem margem de erro de 2 pontos, para mais ou para menos.
Nos votos válidos, os resultados foram os seguintes:
Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.
Nos votos totais, os resultados foram os seguintes:
  • Jair Bolsonaro (PSL): 49%
  • Fernando Haddad (PT): 36%
  • Em branco/nulo/nenhum: 8%
  • Não sabe: 6%

Apoio dos candidatos

O Datafolha também levantou a opinião dos entrevistados sobre o apoio dos presidenciáveis que disputaram o primeiro turno.
Marina Silva
O instituto perguntou: "O apoio de Marina Silva a um candidato a presidente no segundo turno da eleição deste ano...?”:
  • Poderia levar você a escolher esse candidato: 11%
  • Faria você não votar nesse candidato: 11%
  • Seria indiferente: 72%
  • Não sabe: 6%
O Datafolha também perguntou: “Na sua opinião qual dos dois candidatos Marina Silva deveria apoiar no segundo turno”?
  • Fernando Haddad (PT): 43%
  • Jair Bolsonaro (PSL)% 38%
Ciro Gomes
O instituto perguntou: “O apoio de Ciro Gomes a um candidato a presidente no segundo turno da eleição deste ano...?”:
  • Poderia levar você a escolher esse candidato: 21%
  • Faria você não votar nesse candidato: 11%
  • Seria indiferente: 63%
  • Não sabe: 4%
O Datafolha também perguntou: “Na sua opinião qual dos dois candidatos Ciro Gomes deveria apoiar no segundo turno?”:
  • Fernando Haddad (PT): 46%
  • Jair Bolsonaro (PSL): 40%
Geraldo Alckmin
O instituto perguntou: “O apoio de Geraldo Alckmin a um candidato a presidente no segundo turno da eleição deste ano...?”:
  • Poderia levar você a escolher esse candidato: 14%
  • Faria você não votar nesse candidato; 13%
  • Seria indiferente: 69%
  • Não sabe: 4%
O Datafolha também perguntou: “Na sua opinião qual dos dois candidatos Geraldo Alckmin deveria apoiar no segundo turno:”?
  • Jair Bolsonaro (PSL): 46%
  • Fernando Haddad (PT): 37%
  • Nenhum: 9%
  • Não sabe: 7%

Momento de decisão do voto

O instituto perguntou: “Em que momento você decidiu seu voto para (CITE O CARGO) pelo menos um mês antes da eleição, 15 dias antes da eleição, uma semana antes da eleição, na véspera da eleição ou no próprio dia da eleição?”.
As respostas foram:
Presidente
  • Pelo menos um mês antes: 63%
  • 15 dias antes: 10%
  • Uma semana antes: 8%
  • Na véspera: 6%
  • No dia da eleição: 12%

Sobre a pesquisa

  • Margem de erro: 2 pontos percentuais para mais ou para menos
  • Entrevistados: 3.235 eleitores em 227 municípios
  • Quando a pesquisa foi feita: 10 de outubro
  • Registro no TSE: BR-00214/2018
  • Nível de confiança: 95%
  • Contratantes da pesquisa: TV Globo e "Folha de S.Paulo"
  • O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para menos.

Marconi Perillo é preso pela PF na operação que apura pagamento de R$ 12 milhões em propina pela Odebrecht

Ele prestava depoimento quando teve prisão decretada. Segundo advogado dele, o político recebeu o mandado quando estava iniciando o seu depoimento.

Por Paula Resende, e Vanessa Martins, G1 GO
O ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) foi preso nesta quarta-feira (10) enquanto prestava depoimento à Polícia Federal em operação que investiga pagamento de propinas em campanhas eleitorais, em Goiânia. O advogado dele, Antônio Carlos Almeida, conhecido como Kakay, confirmou a informação ao G1 e declarou estar "perplexo".
O ex-governador tinha depoimento marcado para as 15h, mas teria chegado duas horas mais cedo e entrado pelos fundos para evitar os jornalistas. Segundo a defesa de Perillo, ele "recebeu o decreto de prisão quando estava iniciando o seu depoimento [...] e optou por manter o depoimento por ser o principal interessado no esclarecimento dos fatos".
A assessoria de comunicação da PF informou ao G1 que Perillo continuava em oitiva às 16h30. A corporação não disse se o mandado é de prisão preventiva ou temporária.
O político é considerado suspeito de receber R$ 12 milhões em propina de empreiteiras para os pleitos eleitorais em 2010 e 2014. A operação ocorreu em decorrência de delações da Odebrecht na Operação Lava Jato.
Kakay afirmou que "não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto do ex-governador Marconi Perillo, principalmente pelas mencionadas decisões anteriores que já afastaram a necessidade de prisão neste momento". Veja a nota na íntegra ao fim da reportagem.Marconi Perillo imagem de arquivo do dia 9 de fevereiro de 2018 — Foto: Reprodução
A data do depoimento foi marcada após a defesa de Marconi pedir à Polícia Federal que o político fosse ouvido após as eleições. Perillo disputava o cargo de senador, mas recebeu apenas 416.613 votos e não foi eleito.

Investigação

Cinco pessoas foram presas quando a Operação Cash Delivery foi deflagrada, no dia 28 de setembro, e cumpriu mandados em endereços ligados a Marconi Perillo. Foram presos Jayme Rincón, o filho dele, Rodrigo Godoi Rincón, Márcio Garcia de Moura – policial militar e motorista de Rincón –, o empresário Carlos Alberto Pacheco Júnior e o advogado Pablo Rogério de Oliveira.
Até a manhã de sábado (6), apenas Márcio Garcia seguia preso. O G1 tenta contato com a Polícia Militar para verificar se ele segue preso.
Jayme Rincón, que é ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) e foi coordenador financeiro de campanha eleitoral em 2010, disse em depoimento à PF que “recursos” para campanhas eleitorais de candidatos aliados foram entregues pela Odebrecht a seus motoristas no apartamento que tem em São Paulo.
Na ocasião ele também disse que esses valores eram “destinados, em sua maioria, para campanhas de candidatos aliados” e que “parte dos valores era oficializado com ajuda de empresas parceiras” – o que pode configurar lavagem de dinheiro, de acordo com a PF. Jayme disse ainda que “todo o montante destino à campanha de Marconi Perilllo foi legalizado”.
Ele foi solto dias depois de prestar depoimento. 
 Jayme Rincón sorri ao ser solto, na sede da Polícia Federal, em Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Escutas da Polícia Federal presentes no inquérito que culminou na Operação Cash Delivery, obtidos pela TV anhanguera, mostram um diálogo que, segundo a corporação, revela a entrega de R$ 1,2 milhão em propina da Odebrecht para campanhas de Perillo em 2010 e 2014.
Outro documento, também obtido pela TV Anhanguera, mostra que o empresário Carlos Alberto Pacheco Júnior, preso na mesma operação, confirmou à Polícia Federal que prestou serviços a uma empresa onde, segundo as investigações, foram entregues R$ 1,8 milhão da Odebrecht. Na ocasião, ele também disse nunca ter recebido nenhuma quantia ilícita da empreiteira.
No inquérito consta que Marconi, ao solicitar os valores para suas campanhas, se mostrava favorável às demandas da Odebrecht em Goiás, como, por exemplo, na construção do VLT, que não saiu do papel, além de obras de esgoto no Entorno do Distrito Federal.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Perillo, quando ainda era senador e depois como governador, pediu e recebeu propina para favorecer a Odebrecht em contratos e obras. Os valores, segundo as investigações, foram de R$ 2 milhões em 2010 e R$ 10 milhões em 2014.

Operação Cash Delivery

Na denúncia, Marconi Perillo é citado como líder do esquema. Jayme Rincón é apontado como braço-direito do ex-governador, responsável pela entrega do dinheiro solicitado pelo político. O filho de Jayme, Rodrigo Rincón, teria colaborado diretamente com o recebimento do dinheiro, tendo sido beneficiário de parte dos pagamentos.
Além disso, os policiais militares Sergio Rodrigues de Souza (falecido) e Márcio Garcia de Moura teriam transportado o dinheiro conforme pedidos de Marconi, assim como Pablo Rogério de Oliveira e Carlos Alberto Pacheco Junior.
Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão. A ação ocorreu em cinco cidades – Goiânia (GO), Pirenópolis (GO), Aruanã (GO), Campinas (SP) e São Paulo (SP). Foram apreendidos R$ 80 mil na casa de Jayme Rincón. Outros R$ 940.260, na casa do motorista dele.
De acordo com as investigações, a propina era entregue em dinheiro em espécie e transportada em malas e mochilas. O MPF apontou que houve ao menos 21 entregas do dinheiro irregular em 2014 feitas a mando da Odebrecht para favorecer Perillo.

Veja o que dizem os citados

  • Marconi Perillo
A Defesa de Marconi Perillo, perplexa, vem registrar a completa indignação com o decreto de prisão na data de hoje. O Tribunal Regional da Primeira Região ja concedeu 2 liminares para determinar a liberdade de duas outras pessoas presas nessa mesma operação, através de decisões de 2 ilustres Desembargadores. O novo decreto de prisão é praticamente um “copia e cola” de outra decisão de prisão já revogada por determinação do TRF 1. Não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto do ex Governador Marconi Perillo, principalmente pelas mencionadas decisões anteriores que já afastaram a necessidade de prisão neste momento. Na visão da defesa, esta nova prisão constitui uma forma de descumprimento indireto dos fundamentos das decisões de liberdade concedidas a outros investigados. A Defesa acredita no Poder Judiciário e reitera que uma prisão por fatos supostamente ocorridos em 2010 e 2014, na palavra isolada dos delatores, afronta pacífica jurisprudência do Supremo, que não admite prisão por fatos que não tenham comtemporaneidade. Marconi Perillo recebeu o decreto de prisão quando estava iniciando o seu depoimento no departamento de Polícia Federal e optou por manter o depoimento por ser o principal interessado no esclarecimento dos fatos.
Kakay
  • Odebrecht
A empresa informou, por meio de nota, que “continua colaborando com a Justiça e reafirma o seu compromisso de atuar com ética, integridade e transparência”.
  • Jayme Rincón
A Defesa do Jayme Rincón, constituída especialmente para o HC, desde o início da deflagração da Operação Cash Delivery, sustenta que a operação tem cunho eleitoreiro. A prova disto é que uma delação já há muito conhecida, a da Odebrecht, que aponta pagamentos de caixa dois nas campanhas de 2010 e 2014, foi o fundamento das prisões. É evidente a falta de contemporaneidade que possa justificar uma medida tão grave como a supressão da Liberdade. Ninguém está acima da lei e a Defesa não tem nenhuma preocupação com a investigação. Mas o uso abusivo da prisão em um momento pré-eleitoral é extremamente grave e tende a desestabilizar o necessário equilíbrio nas eleições. A decisão do TRF começa a resgatar a verdade e a devolver ao eleitor de Goiás a autonomia para decidir o seu destino. Desde o início a Defesa afirmou que a prisão era injusta, extemporânea e ilegal. A espetacularização do processo penal não serve para o estado democrático de direito.
Kakay
  • Márcio Garcia de Moura
Nem o policial militar Márcio Garcia de Moura nem o advogado dele quiseram comentar o assunto durante a audiência de custódia.
Em nota, a assessoria de comunicação social da Polícia Militar informou que "todas as providências legais serão adotadas em decorrência da operação desencadeada pela Polícia Federal no tocante ao possível envolvimento e prisão de um integrante da Polícia Militar".
  • Pablo Rogério de Oliveira
A defesa do ex-policial militar e advogado Pablo Rogério de Oliveira disse que também não tem conhecimento dos autos, mas pedirá a liberdade provisória do investigado. “Ele tem todos os requisitos para responder em liberdade, não causa prejuízo ao processo. Tem também a questão da lei eleitoral, que protege eleitores e candidatos”, afirmou o advogado José Coelho de Oliveira.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Goiás disse que foi informada da prisão.
"A Ordem tem por regra acompanhar toda ocorrência envolvendo seus inscritos por meio de sua Comissão de Direitos e Prerrogativas. Antes de tudo, para assegurar o respeito às suas prerrogativas profissionais. Depois, para certificar-se de que será punido em caso de comprovação de culpa, observando sempre o devido processo legal, contraditório e amplo direito de defesa, garantias que assistem a todo cidadão, não apenas aos advogados".
  • Carlos Alberto Pacheco Júnior
O empresário negou, durante audiência de custódia, envolvimento com o esquema.

POR QUE JAIR MESSIAS BOLSONARO SERÁ O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DO BRASIL?

quarta-feira, outubro 10, 2018


O O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu na noite de segunda-feira a apuração dos votos do primeiro turno das eleições de 2018. Com 100% das urnas contabilizadas, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) teve 49.276.897 (46,03%) dos votos válidos, e Fernando Haddad ( PT) obteve 31.341.997 (29,28%). A diferença entre os dois candidatos que vão para o segundo turno foi de 17.934.900 votos. (Dados publicados pelo site do jornal O Globo).
Como se vê o cacife de Jair Bolsonaro, com quase 18 milhões de votos a mais do que seu oponente, torna-se praticamente imbatível no segundo turno. Esse total de votos deverá aumentar consideravelmente dado ao fato de que encerrado o primeiro turno diversas lideranças políticas muito fortes já avisaram que irão apoiar Bolsonaro neste segundo turno.
Note-se que Jair Bolsonaro esteve muito próximo de liquidar a fatura no primeiro turno. E o ânimo dos eleitores em favor de Bolsonaro não esmaeceu.
Levando-se em consideração o fato de que o atentado a faca sofrido por Bolsonaro o afastou completamente da campanha eleitoral na reta final, sua performance nas urnas no primeiro turno foi mais do que excelente. Na verdade um recorde histórico. 
Acresce a isto o fato de que Bolsonaro não dispôs de máquina partidária sendo o PSL, o partido que o acolheu, desconhecido da maioria dos eleitores. 
A comunicação de Bolsonaro com os eleitores deu-se pelas redes sociais e no corpo-a-corpo em cenas jamais vistas na história das campanhas eleitorais presidenciais no Brasil. O Presidenciável era carregado nos ombros dos eleitores, cenas estas escamoteadas e/ou minimizadas pela grande mídia toda ela devotada a turbinar os oponentes de Bolsonaro.
Aliás, ficou evidente que a denominada mainstream media não tem mais, de maneira nenhuma, o poder de influência que desfrutou antes da internet, sobretudo após o avanço das redes sociais, blogs e sites independentes. A ex-toda-poderosa televisão minguou e perdeu milhares de telespectadores, assim como os tradicionais veículos em papel como revistas e jornais de capilaridade nacional. Aliás, muitos desses veículos de mídia poderão desaparecer em futuro muito próximo. Tentarão se mudar para a internet porém terão de alterar drasticamente sua linha editorial desgarrando-se do establishment.
O que apontei até aqui é o pano de fundo do palco eleitoral presidencial. E não há nenhum fato importante até o momento com força capaz de reverter a poderosa ascensão de Jair Bolsonaro que já entrou para história política brasileira como um extraordinário fenômeno eleitoral.
E isto aconteceu porque Bolsonaro encarnou o desejo da maioria absoluta da população brasileira de se libertar dos grilhões que a sufocam e ameaçam com a tentativa de transformar o Brasil numa República Comunista de viés cubano-venezuelano.
E praticamente a totalidade dos brasileiros percebeu a manobra. Demorou mais de uma década para que isso acontecesse. E todos os indicadores, todas as circunstâncias, todos os fatos e, sobretudo o comportamento do eleitorado sinalizado no primeiro turno, convergem para consagrar Jair Messias Bolsonaro como Presidente da Republica neste segundo turno eleitoral. DO A.AMORIM