terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Conheça os principais pré-candidatos à Presidência já declarados

Pelo menos 14 políticos já anunciaram a intenção de disputar a Presidência da República na eleição deste ano; saiba quais.

Por G1, Brasília

A eleição é em outubro e o registro oficial dos candidatos é só em agosto. Mas a movimentação de políticos e partidos já é forte em torno de nomes para disputar a sucessão do presidente Michel Temer. Além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo menos 13 políticos já formam uma lista de pré-candidatos declarados à Presidência da República. Além deles, há casos de políticos que se colocaram à dispisição dos partidos, mas ainda não viraram pré-candidatos.

PRÉ-CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA

Veja os nomes (em ordem alfabética): 
Álvaro Dias (Podemos) (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado/Arquivo)
Álvaro Dias (Podemos) (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado/Arquivo)

Alvaro Dias (Podemos)

Alvaro Dias cumpre o quarto mandato de senador (três consecutivos desde 1999 e um de 1983 a 1987). Entre 1987 e 1991, foi governador do Paraná. Começou a carreira política no PMDB. Depois passou por PST e PP, até se filiar ao PSDB, em 1994. Em 2001, foi expulso do PSDB, por agir contra orientações do partido, mas retornou em 2003 e voltou a sair em janeiro de 2016, para entrar no PV. Anunciou a pré-candidatura à Presidência da República em novembro, durante evento do Podemos no Rio de Janeiro.
Arthur Virgílio (PSDB) (Foto: Pedro França/Agência Senado/Arquivo)
Arthur Virgílio (PSDB) (Foto: Pedro França/Agência Senado/Arquivo)

Arthur Virgílio e Geraldo Alckmin (PSDB)

O atual prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, se elegeu deputado federal pela primeira vez em 1982 pelo PMDB. Em 1988, no PSB, foi eleito prefeito de Manaus. Um ano após a eleição, migrou para o PSDB, partido que ajudou a fundar. Voltou à Câmara dos Deputados, eleito em 1994 e reeleito em 1998. Ocupou o posto de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência no governo Fernando Henrique Cardoso. Em 2002, se elegeu senador. Voltou a ser prefeito de Manaus, eleito em 2012 e reeleito em 2016. Em outubro de 2017, enviou carta ao PSDB anunciando a intenção de disputar com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a indicação para ser o candidato do partido a presidente da República.

Geraldo Alckmin (PSDB) (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil/Arquivo)

Médico de formação, Geraldo Alckmin começou a carreira pública em Pindamonhangaba, onde se elegeu vereador em 1973. Depois, foi prefeito da cidade e deputado estadual e federal por São Paulo. Em 1986, se elegeu deputado constituinte federal. Em 1988, deixou o PMDB, partido que integrava até então, para fundar o PSDB. Em 2001, assumiu o governo de São Paulo após a morte do então governador Mário Covas. Se reelegeu em 2002. Em 2006, disputou a Presidência e perdeu para o então presidente Lula. Em 2010, elegeu-se novamente para o governo de São Paulo, reeleito em 2014. Em dezembro de 2017, foi eleito presidente nacional do PSDB e anunciou a pré-candidatura para o Arthur Virgílio propõe que a escolha do nome do PSDB seja por prévia, o que não está decidido.
Ciro Gomes (PDT) (Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil/Arquivo)

Ciro Gomes (PDT)

Atual vice-presidente do PDT, Ciro Gomes foi ministro da Fazenda entre setembro de 1994 e janeiro de 1995, período do final do governo de Itamar Franco e início do de Fernando Henrique Cardoso. Foi também ministro da Integração Nacional, entre janeiro de 2003 e março de 2006, no primeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Disputou a Presidência duas vezes (1998 e 2002, derrotado em ambas). Foi governador do Ceará, prefeito de Fortaleza e deputado estadual e federal pelo Ceará. Já se filiou a sete partidos (PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB, PROS e PDT),
Cristovam Buarque (PPS) (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado/Arquivo)

Cristovam Buarque (PPS)

Cristovam Buarque é ex-governador do Distrito Federal (1995 a 1999) e ex-ministro da Educação (2003-2004, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva). Exerce o segundo mandato de senador. É formado em engenharia mecânica, tem mestrado em ciências econômicas e doutorado em economia e desenvolvimento. Também já foi reitor da Universidade de Brasília (UnB), entre 1985 e 1989. Antes de entrar no PPS, foi filiado ao PT e ao PDT. 
 José Maria Eymael (PSDC) (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado/Arquivo)

Eymael (PSDC)

José Maria Eymael disputou quatro vezes a Presidência da República (1998, 2006, 2010 e 2014, derrotado em todas). Deputado federal constituinte, Eymael exerceu dois mandatos na Câmara (entre 1987 e 1995). Em 2012, disputou a Prefeitura de São Paulo, ficando em 11º lugar, com 5,3 mil votos. Eymael está no PSDC desde 1962 (à época PDC). Ficou conhecido pelo jingle "Ey, Ey, Eymael, um democrata cristão", lançado em 1985 quando se candidatou a prefeito de São Paulo pela primeira vez. É o atual presidente do PSDC. 
 Fernando Collor (PTC) (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado/Arquivo)

Fernando Collor (PTC)

Fernando Collor de Mello cumpre o segundo mandato consecutivo como senador por Alagoas. Ele se elegeu em 2006 e se reelegeu em 2014. Foi prefeito de Maceió (1979-1982), deputado federal (1982-1986) e governador de Alagoas (1987-1989). Em 1989, foi o primeiro presidente da República eleito pelo voto direto após a ditadura militar. Permaneceu no cargo até 1992, quando sofreu um processo de impeachment. Collor anunciou a pré-candidatura em 19 de janeiro deste ano em discurso em Arapiraca (AL).
 Jair Bolsonaro (PSC) (Foto: Nilson Bastian/Câmara dos Deputados/Arquivo)

Jair Bolsonaro (PSL)

Jair Bolsonaro é militar da reserva e cumpre o sétimo mandato consecutivo como deputado federal. Em 5 de janeiro, anunciou filiação ao PSL e pré-candidatura a presidente pelo partido, nona legenda à qual se filiou. É réu em ação penal no Supremo Tribunal Federal por suposta prática de apologia ao crime de estupro e por injúria. Em 2014, ele afirmou que não estuprava a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela "não merece". Em razão do episódio, o Supremo Tribunal Federal abriu em 2016 ação penal contra o deputado. A defesa argumentou que ele tem imunidade parlamentar e não incentivou outras pessoas a estuprar. 
 João Amoêdo (Novo) (Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo/Arquivo)

João Amoêdo (Novo)

João Amoêdo fez carreira como executivo de empresas. Formado em Engenharia Civil e Administração, teve a maior parte da atuação profissional em instituições financeiras. Em 2011, passou a integrar o Conselho de Administração da construtora João Fortes. Também em 2011, participou da fundação no Partido Novo. É um dos idealizadores da sigla, que presidiu até julho de 2017, quando deixou a função para anunciar pré-candidatura à Presidência da República.
 Levy Fidelix (PRTB) (Foto: Fábio Tito/G1)

Levy Fidelix (PRTB)

Formado em jornalismo, Levy Fidelix foi candidato a presidente da República em três eleições (1994, 2010 e 2014), mas nunca chegou ao segundo turno. Trabalhou na campanha de Fernando Collor à Presidência em 1989 e, desde então, também disputou eleições para deputado federal por São Paulo, vereador e prefeito, mas jamais se elegeu. Em 2014, prometeu que, se eleito presidente, acabaria com os impostos sobre remédios. Em 26 novembro de 2017, lançou pré-candidatura para disputar a Presidência pela quarta vez.
 Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (Foto: Mauro Pimentel/AFP/Arquivo)

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

O metalúrgico e ex-sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva pretende se candidatar à Presidência pela sexta vez. Fundador do PT em 1980, foi o primeiro presidente do partido. Em 1986, se elegeu deputado federal constituinte por São Paulo. Presidente da República por dois mandatos consecutivos (2003-2006 e 2007-2010), conseguiu eleger como sucessora a ex-ministra Dilma Rousseff, que se reelegeu em 2014 e governou até 2016, quando sofreu impeachment. Em julho do ano passado, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro (crimes que ele nega ter praticado), Lula foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro. 
 Manuela D'Ávila (PC do B) (Foto: Marcelo Bertani/Agência ALRS/Arquivo)

Manuela D'Ávila (PC do B)

Jornalista, Manuela D’Ávila iniciou a carreira política no movimento estudantil. Foi vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 2003. Em 2004, se elegeu vereadora em Porto Alegre. Dois anos depois, em 2006, foi eleita deputada federal, reeleita em 2010. Desde 2015, é deputada estadual no Rio Grande do Sul. A pré-candidatura à Presidência da República foi anunciada em 5 de novembro de 2017 pelo PC do B.
 Marina Silva (Rede) (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil/Arquivo)

Marina Silva (Rede)

Marina Silva foi deputada estadual no Acre (1991-1994) e senadora pelo mesmo estado por dois mandatos (1995 a 2010). Ela se licenciou do Senado de 2003 a 2008, quando ocupou o cargo de ministra do Meio Ambiente no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Filiada ao PT desde 1986, deixou a legenda em 2009 para se filiar ao PV, partido pelo qual concorreu à Presidência em 2010, mas não conseguiu chegar ao segundo turno. Em 2014, se candidatou novamente, desta vez pelo PSB. À época, era vice na chapa encabeçada por Eduardo Campos, mas assumiu a candidatura após a morte dele em um acidente aéreo. Ficou em terceiro lugar. Anunciou pré-candidatura à Presidência em 2 de dezembro de 2017 durante encontro do partido Rede, do qual é fundadora. 

Valéria Monteiro (PMN) (Foto: Reprodução/Facebook)
Valéria Monteiro (PMN) (Foto: Reprodução/Facebook)

Valéria Monteiro (PMN)

Jornalista e ex-apresentadora do Jornal Nacional e do Fantástico nos anos 1990, Valéria Monteiro se filiou ao PMN em 12 de janeiro, em ato na Câmara Municipal de São Paulo. É dona de uma produtora. Em setembro, quando ainda não estava filiada a partido político, anunciou que pretendia disputar a Presidência da República. 

POSSÍVEIS PRÉ-CANDIDATOS

Veja nomes (em ordem alfabética) de políticos que se colocaram à disposição para uma pré-candidatura à Presidencia ou que foram apontados pelo partido como possíveis postulantes: 

Aldo Rebelo e Beto Albuquerque (PSB)

Aldo Rebelo foi deputado federal por seis mandatos consecutivos (1991 a 2015) e presidiu a Câmara entre 2005 e 2007. De 2004 a 2005, foi ministro das Relações Institucionais no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na gestão Dilma Rousseff, comandou os ministérios do Esporte, da Ciência e Tecnologia e da Defesa. Ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), foi filiado por 40 anos ao PCdoB, partido que deixou em 2017 para se filiar ao PSB. Em 8 de janeiro, enviou carta ao presidente do PSB, Carlos Siqueira, na qual pôs o nome à disposição do partido para disputar a Presidência.
Segundo o presidente do PSB, depois que Aldo Rebelo se ofereceu como pré-candidato, o ex-deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) também manifestou interesse em concorrer ao Planalto. Procurado pelo G1, Beto Albuquerque confirmou que se ofereceu para ser o nome do partido à Presidência. Ele afirmou que não há "antagonismo" com Aldo Rebelo, mas defendeu que o candidato do PSB "seja um nome de militância, com história no partido". Albuquerque é advogado, filiado ao PSB desde 1986. Foi deputado estadual no Rio Grande do Sul duas vezes (1991-1994 e 1995-1998) e deputado federal por quatro mandatos consecutivos (de 1998 a 2014). Em 2014, integrou, como vice, a chapa encabeçada por Marina Silva, então candidata a presidente pelo PSB. O presidente do PSB diz que definirá o pré-candidato em março.

Henrique Meirelles (PSD)

Henrique Meirelles fez carreira como executivo da área financeira, com atuação internacional. Foi presidente do Bank of Boston no Brasil entre 1984 e 1996, quando foi escolhido para presidente mundial da companhia. Em 2002, se elegeu deputado federal pelo PSDB de Goiás. Em 2003, assumiu a presidência do Banco Central, escolhido pelo então recém-eleito presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Comandou o BC até 2010, quando terminou o governo Lula. Voltou a integrar o governo em 2016, dessa vez como ministro da Fazenda, convidado por Michel Temer, que assumiu após o afastamento e posterior impeachment de Dilma Rousseff. Meirelles tem participado frequentemente de eventos em igrejas, entidades e associações, mas já disse que só decidirá em abril se pretende lançar pré-candidatura a presidente. 

Paulo Rabello de Castro (PSC)

Paulo Rabello de Castro é economista. Foi presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e é o atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em outubro de 2017, filiou-se ao PSC. Segundo a assessoria do partido, é o único nome em análise para uma eventual candidatura própria. Ele, porém, ainda não anunciou se disputará a Presidência, mas tem aparecido em propagandas do partido na TV e participado de eventos do PSC. Em novembro do ano passado, ao ser questionado sobre o assunto, não descartou a possibilidade de concorrer. É apontado pelo PSC como o nome do partido. O G1 procurou Rabello novamente nesta terça (23), mas não o localizou.

PSOL

O partido informou que lançará um nome à Presidência, mas ainda não tem pré-candidato definido. Segundo a assessoria do partido, essa definição será feita em março.

Rodrigo Maia (DEM)

Atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia está no quinto mandato consecutivo como deputado federal. Assumiu a presidência da Câmara no ano passado, depois que o então presidente, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), renunciou ao cargo (depois teve o mandato cassado). Em 2017, Rodrigo Maia presidiu o DEM, partido que ajudou a fundar. É filho de Cesar Maia, ex-prefeito do Rio de Janeiro, e casado com Patricia Vasconcelos, enteada de Moreira Franco, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. Maia também não anunciou pré-candidatura, mas é o principal nome cogitado no partido ao qual é filiado, o DEM.

Multidão protesta contra Lula diante do Sheraton Porto Alegre


A foto ao lado é da manifestação de protesto contra a presença de Lula e da nomenklatura do PT no luxuoso Sheraton, Porto Alegre.

Uma multidão de manifestantes convocados pelo Vem Pra Rua, MBL e Banda ÇLoka Liberal, ocupou totalmente as ruas diante do luxuoso Hotel Sheraton, esta noite, em Porto Alegre, para protestar contra a presença de Lula e da nomenklatura do PT, inclusive seus caros advogados, que resolveram ocupar um andar inteiro do prédio, que fica grudado no shopping Moinhos de Vento.

Os manifestantes permaneceram uma hora diante do hotel fortemente policiado.

Aos gritos de "Lula na cadeia !", foi entoado o Hino Nacional e o Hino Riograndense, além de palavras de ordem contra a corrupção e a impunidade.

Os manifestantes começaram a se reunir no Parcão, imediações do Sheraton, as 18h, pedindo buzinaço aos carros que passavam pela avenida Goethe.

Todos prometem voltar ao local nesta quarta-feira, depois do julgamento no TRF4. DO P.BRAGA

“Toda convicção (no Lula inocente) é uma prisão”


terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A petelândia anda tão apreensiva e descrente que o comissário Gilberto Carvalho já teria dito que “dois a um pela condenação de Lula já seria uma vitória”. O risco concreto é que o Grande Líder tome uma goleada de três a zero no julgamento marcado para esta quarta-feira, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre. $talinácio tem certeza da derrota. Seu alívio é que não será preso após o julgamento.
A Academia de Cinema de Hollywood indica nesta terça-feira os nomes dos filmes indicados para o Oscar 2018. Infelizmente, nossa novela sem fim da Lava Jato, que daria um belo filme policial combinado com terror, não vai concorrer. Se entrasse na disputa, o blockbuster tupiniquim teria de conceder a estátua de efeitos especiais para o personagem $talinácio e seus defensores. O perigo é o Serginho Cabral roubar a premiação – pela brilhante atuação com o thriller das algemas.
Os advogados de Lula parecem atores de filmes norte-americanos. Eles ingressaram com um recurso a cada três dias na Justiça Federal, sendo 11 apenas para afastar o juiz Sérgio Moro e os membros da Força Tarefa do Ministério Público Federal. Desde setembro de 2016, quando Lula virou um ilustre réu, seus advogados já entraram com 159 petições na primeira e segunda instâncias. Ainda bem que eles trabalham de graça para seu ídolo. Imagina o custo de tanta medida judicial, se fosse cobrada do pobre companheiro...
O principal objetivo é anular o julgamento da sentença que condenou Lula a nove anos e meio de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Já que a vitória é improvável, resta aos adoradores de Lula torcerem por sua derrota mínima. A aposta é nos próximos recursos, com Lula encenando o papel de presidenciável até não dar mais. Até a véspera da eleição, todos sabem que Lula está mais para “presidiável”. Afinal, “toda convicção (na inocência dele) é uma prisão” – para roubarmos uma frase famosa do imortal livre pensador G. K. Chesterton.
O sistema de poder é cruel. Lula já foi araruta. Agora é... (sem rima chula, por favor)... mingau... Farinha pouca, melhor punir o Lula primeiro... O personagem é absolutamente descartável no “fla-flu” eleitoreiro de 2018. Dificilmente, conseguirá concorrer ao Palácio do Planalto. Se insistir, já sabe que tem tudo para acabar condenado (mais vezes) e, finalmente, preso. Será que o “parceirão” Sérginho Cabral não gostaria de tê-lo como companheiro de cárcere em Curitiba?
O lendário Negão da Chatuba choraminga que não consegue um dinheirinho de sobra sequer para passar o carnaval na Praia das Pedrinhas, na aprazível região de São Gonçalo. Já o companheiro $talinácio, mesmo condenado, terá direito a um passeio na África. Viaja na sexta-feira, provavelmente no jatinho particular de algum “amigo”. Com certeza, não será uma “Fuga para Derrota” (plagiando aquele velho filme que teve o Rei Pelé como astro principal).
Adis Abeba espera por Lula, há mais de um ano, Ele deve ficar dias 26 e 27 de janeiro na Etiópia. O Instituto Lula promove uma autohomenagem ao seu fundador. O evento tem apoio da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). A entidade é presidida por seu amigo José Graziano. Lula não viajará a Porto Alegre para o esperado julgamento. Permanecerá em São Bernardo do Campo, preparando o tour africano. Ele merece...
Quem não pode curtir o Fórum Econômico Mundial – encontro globalitário em Davos, nos Alpes suíços – deve se contentar com a puxação de saco em Adis Abeba. Lula, que sempre investiu muito no continente africano, só tem a ganhar indo e voltando de lá. O “onesto” Lula é corajoso demais para uma fuga barata. Retornará, renovado, para seguir encenando seu papel principal de “gente inocente”.
Seus adversários só não podem insistir em um impecável e imperdoável erro estratégico: dar mais importância a Lula do que ele realmente tem. O julgamento dele no TRF-4 (o primeiro de muitos previsíveis recursos pós-condenatórios) não é um “fato histórico” da dimensão que, ingenuamente, muito estão dando. Tal erro de avaliação e leitura conjuntural só enche a bola murchíssima de Lula – descartado pelo “sistema” globalitário que controla Bruzundanga.
O Alerta Total já antecipou que os queridinhos da vez são Geraldo Alckmin e Henrique Meirelles. Se aparecer outro fantoche melhor que eles, será o ungido para fingir que nos governa a partir de 2019. Teremos muitas emoções até o momento derradeiro, porque a politicagem está radicalmente judicializada. Muito candidato será fritado e incinerado este ano.
Por enquanto, a maioria do povo está mais focada em saber quem vencerá o BBB18 – que começou ontem... Este ano também tem Copa do Mundo na Rússia... Agora, a turma vai se distrair com o pré-carnaval em torno da folia no TRF-4. Se Lula, por milagre, terminar inocentado, com certeza, o mundo não acaba. Se perder, o mesmo acontece. No Brasil, tudo é “normal”... Depois de tanto esbulho, a petelândia apenas fará barulho... E PT saudações...
Lula não é o Poderoso-Chefão. Outros iguais a ele – ou mais perigosos – continuam impunes. A corrupção sistêmica tupiniquim apenas está descartando uma pecinha da máquina... Lula deveria se conformar com a própria insignificância e esperar pelo juízo final – cada vez mais próximo.
O clima é de caganeira... Por isso, toda convicção de Lula é uma prisão...

Notícia boa...

È que o Ministério da Educação vai comprar um kit para aulas de robótica nas escolas públicas.

Até agora, o Brasil só aprendeu a "roubótica"...

Não é à toa que a Polícia Federal deflagrou mais um desdobramento da Lava Jato: a Operação Mãos à Obra...

Releia a segunda edição de ontem: Mensagem a Parente: Petrobrás recebe carta de desagravo a denunciante de crimes societários

Ira do PT tem um quê de Lacerda e de quarteis

Marcado para esta quarta-feira, o julgamento de Lula na segunda instância do Judiciário deixou os petistas fora de si. Com isso, foi possível enxergar melhor o que eles têm por dentro. A ebulição que toma conta da alma do PT leva o partido a soar à moda do velho Carlos Lacerda. Pior: a pretexto de defender Lula, o petismo recua aos tempos em que os rumos da política eram ditados pelas vozes dos quarteis.
Os apologistas de Lula sustentam que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região não pode condenar Lula por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Se condenar, não pode prender. Se quiser prender, “vai ter que matar gente”, chegou a dizer a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, ela própria acusada de corrupção no Supremo Tribunal Federal.
O timbre inflamado confunde-se com um fenômeno antigo da história brasileira: a vocação para o desrespeito à legalidade. Por exemplo: na campanha presidencial de 1955, em que saiu vitorioso Juscelino Kubitschek, o rival Carlos Lacerda dizia coisas assim: “O senhor Juscelino não será eleito presidente. Se for, não tomará posse. Se tomar posse, não governará.”
Convencidos de que os magistrados de segundo grau confirmarão a condenação que Sergio Moro pendurou no pescoço de Lula, o PT e seus aliados promovem um cerco ao TRF-4. Tenta-se pressionar os três desembargadores que cuidam do processo para evitar pelo menos uma decisão unânime —algo que abriria brecha para um recurso capaz de retardar a prisão e prolongar a campanha presidencial do réu.
Língua em riste, Lula ataca abertamente o presidente do tribunal sediado em Porto Alegre, o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores. Acusa-o de ser parcial, pois cometeu o atrevimento de elogiar a sentença de Moro.
É como se o réu petista e seus aliados buscassem inspiração no marechal Floriano Peixoto que, em tempos ainda mais remotos, submetido à notícia de que o Supremo Tribunal Federal poderia conceder habeas corpus aos líderes de uma malograda Revolta da Armada, declarou: “E quem dará depois habeas corpus aos ministros do Supremo?”
Na contramão da Polícia Federal, da Receita Federal, do Ministério Público Federal e do juiz da Lava Jato, o PT alega que não há provas de que a cobertura do Guarujá foi presenteada a Lula pela OAS. Mais do que isso: a exemplo do que sucedeu no mensalão, reitera-se que Lula não sabia que as empreiteiras plantavam bananeira dentro dos cofres de estatais como a Petrobras. Na fase mais sangrenta da ditadura militar, o general Emílio Médici também dizia desconhecer a tortura que grassava nos porões do regime.
O TRF-4 pode condenar ou absolver Lula. Seja qual for o veredicto, o fato de um ex-presidente estar sentado no banco dos réus, respondendo a um processo por corrupção, usufruindo de todas as garantias que a lei lhe assegura, desfrutando do sacrossanto direito de defesa, confortado por aliados que exercem livremente o direito à manifestação… tudo isso é muito alvissareiro.
Ao tentar transformar um avanço civilizatório numa hipotética afronta à democracia, o PT recua no tempo para descer ao verbete da enciclopédia na incômoda companhia de líderes políticos desequilibrados e militares abilolados.
Josias de Souza

Sob Temer, fisiologismo ganha forma patológica






Josias de Souza
Há 15 dias, quando saí em férias, Michel Temer desperdiçava o seu tempo tentando acomodar a filha do ex-presidiário Roberto Jefferson (PTB) na chefia do Ministério do Trabalho. De volta do meu descanso, percebo que o presidente da República continua dedicando seus melhores esforços à obsessão de empossar Cristiane Brasil, uma deputada condenada judicialmente por não assinar a carteira de trabalho do seu motorista. O penúltimo entrave à posse da filha de Jefferson foi uma liminar expedida pela presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.
A coisa virou novela. Mas o ministro Carlos Marun, o trator que cuida da coordenação política do Planalto, disse que “novelas sempre têm final feliz.” Faltou definir felicidade. Se a felicidade tiver que aparecer para os mais de 12 milhões de desempregados, não se atreverá a aparecer em outra forma que não seja a de uma carteira de trabalho com a assinatura que Cristiane Brasil sonegou ao seu motorista.
Auxiliares de Temer dizem que ele insiste em Cristiane Brasil porque não admite que juízes aviltem sua prerrogativa de nomear quem bem entender para a Esplanada dos Ministérios. Até abril, Temer terá de trocar mais de uma dúzia de ministros. Imagine o que está por vir. Um presidente pode conviver com gente como Roberto Jefferson por obrigação. Qualquer um entenderia isso. Mas ir atrás do Jefferson, cortejar o Jefferson, condicionar a viabilidade do seu governo à conveniência familiar do Jefferson… É demais! Sob Temer, o fisiologismo vai ganhando uma aparência patológica.

Ex-secretário de Obras Alexandre Pinto volta a ser preso pela Lava Jato no Rio

Ex-subsecretário e doleiro também foram presos no Rio; agentes cumpriram em SP outros 2 mandados de prisão. Investigação é sobre propina em obra do BRT TransBrasil

Por Leslie Leitão, Bruno Albernaz e Diego Sarza, TV Globo, G1 e GloboNews
O ex-secretário de Obras da Prefeitura do Rio Alexandre Pinto voltou a ser preso nesta terça-feira (23) a pedido da força-tarefa da Operação Lava Jato. Ele já havia sido detido em agosto, durante a operação Rio 40 Graus, que deu origem à ação desta terça, batizada de Mãos à Obra. Em novembro, no entanto, Pinto foi libertado.
Além dos secretários, outras quatro pessoas foram presas nesta terça. Um alvo de mandado de prisão não foi encontrado.
Presos preventivamente, no Rio:
  • Alexandre Pinto, ex-secretário de Obras
  • Vagner de Castro Pereira, ex-subsecretário municipal de Obras e presidente da Comissão de Licitações da secretaria
  • Juan Luís Bertran Bittlonch, doleiro
Presos temporariamente, em SP:
  • Rui Alves Margarido
  • Eder Parreira Vilela
O G1 ainda não conseguiu contato com a defesa dos presos.
A investigação é sobre um esquema de propinas envolvendo obras do BRT TransBrasil. O sistema de transporte rápido que ainda é construído no Rio tem custo previsto de R$ 1,4 bilhão. Segundo os investigadores, o esquema era comandado por Alexandre Pinto.
Também estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, expedidos pela juíza substituta da 7ª Vara Criminal Federal, Caroline Vieira Figueiredo – o juiz Marcelo Bretas está de férias.
Agentes da PF chegaram por volta das 6h no prédio da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos, no Estácio. Pouco antes das 7h30, deixaram o local levando documentos.
Viaturas da PF na porta da casa de Alexandre Pinto, na Taquara (Foto: Reprodução/TV Globo)
Viaturas da PF na porta da casa de Alexandre Pinto, na Taquara (Foto: Reprodução/TV Globo)
PF na porta do prédio da Secretaria Municipal de Conservação (Foto: Bruno Albernaz/G1)
PF na porta do prédio da Secretaria Municipal de Conservação (Foto: Bruno Albernaz/G1)

Prisão em agosto

Pinto já havia sido preso no dia 3 de agosto do ano passado, no mesmo condomínio de luxo onde mora na Taquara, na Zona Oeste do Rio. Na época, foi um dos dez alvos da operação Rio 40 Graus. De acordo com o Ministério Público Federal, o grupo era suspeito de receber R$ 35,5 milhões em propina de obras públicas. O pedido de prisão teve como base a delação da empreiteira Carioca Engenharia.
Segundo os delatores, a propina era cobrada nas obras do corredor de ônibus Transcarioca e nas obras de drenagem de córregos da Bacia de Jacarepaguá. De acordo com o MPF, Alexandre é suspeito de cobrar 1% do valor das obras e chegou a receber dinheiro no canteiro de obras. Uma pessoa do Ministério das Cidades também recebia 1%, já que as ações eram realizadas com recursos de Brasília.
Alexandre exigiu mais de R$ 7,5 milhões, segundo o MPF. De acordo com o primeiro pedido de prisão, os familiares do ex-secretário compraram imóveis e carros para lavar o dinheiro.
Em depoimento logo após ser preso, ele negou participação no esquema de fraudes e recusou a oferta de um acordo de colaboração premiada.
O ex-prefeito Eduardo Paes se pronunciou na época da primeira prisão afirmando que Alexandre Pinto era um servidor de carreira da Prefeitura do Rio e que a escolha dele para a Secretaria Municipal de Obras não teve nenhuma relação política. Ele afirmou ainda que, caso as acusações fossem comprovadas, seria “uma grande decepção”.
No dia 13 de setembro, Alexandre e outras dez pessoas viraram réus na operação Lava Jato após o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, aceitar denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. O ex-secretário de Paes foi solto em novembro. 

Prisão de Alexandre PInto em agosto (Foto: Cristina Boeckel/G1)
Prisão de Alexandre PInto em agosto (Foto: Cristina Boeckel/G1)