sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Laranja de diretor da Petrobras recebeu R$17 milhões de 16 fornecedoras da estatal

Provas obtidas por ÉPOCA revelam uma longa – e inédita – lista de empresas suspeitas de pagar propina a Paulo Roberto Costa: empreiteiras, empresa de lixo, empresa de tecnologia, empresa de equipamentos e distribuidoras de combustível

DIEGO ESCOSTEGUY, COM MARCELO ROCHA, MURILO RAMOS E LEANDRO LOYOLA DA REVISTA ÉPOCA

DELTA E PETROBRAS Paulo Roberto Costa em 2008, quando era diretor da Petrobras.  Ele pode ser  a ponte entre dois esquemas (Foto: Eduardo Naddar/AGIF/Folhapress)
As provas da nova fase da operação Lava-Jato, deflagrada nesta sexta-feira (22) pela Polícia Federal e por uma força-tarefa do Ministério Público Federal, são devastadoras para o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e para as empreiteiras acusadas de pagar propina a ele. ÉPOCA obteve acesso exclusivo à íntegra dos documentos (confira trechos abaixo do material produzido pelo MPF). São relatórios da Receita Federal e do MPF. Neles, os investigadores devassam o sigilo fiscal das empresas de Paulo Roberto, de seus familiares e de laranjas associados a eles. Dos documentos, desfia-se uma teia de 18 empresas de “consultoria”, todas ligadas a Paulo Roberto. Elas receberam R$ 17,3 milhões de 13 empreiteiras – quatro delas ainda não haviam aparecido como suspeitas de integrar o esquema. Não são somente empreiteiras. Agora, surgem também entre as suspeitas uma empresa de lixo, outra de tecnologia e uma terceira de equipamentos, além de distribuidoras de combustível. Todas essas empresas ganharam contratos com a Petrobras até 2012, quando Paulo Roberto ainda era diretor da estatal.
Até agora, sabia-se que Paulo Roberto recebera R$ 7,5 milhões de quase duas dezenas de empreiteiras – além de guardar, ao menos, US$ 23 milhões em contas secretas na Suíça. Havia, ainda, as demais contas dele em paraísos fiscais e o dinheiro repassado pelo doleiro Alberto Youssef. Agora, o esquema parece não ter fim. Quanto mais a investigação avança, mais camadas aparecem – empresas de fachada, empreiteiras, laranjas e dinheiro sujo. Para obter ainda mais provas sobre o esquema de Paulo Roberto, os procuradores da força-tarefa pediram à Justiça Federal a busca por documentos em endereços ligados a ele. A PF cumpriu os mandados de busca e apreensão desta sexta-feira (22), no Rio de Janeiro. Vasculharam-se casas e escritórios das filhas e dos genros de Paulo Roberto. Os policiais também apreenderam documentos com o homem considerado o principal laranja dele: Marcelo Barboza Daniel. A operação de hoje tinha um objetivo secundário: fazer Paulo Roberto falar. Deu certo. Ele avisou que pretende contar o que sabe. Uma possível delação premiada deverá demorar, porém. As autoridades precisam se convencer de que Paulo Roberto entregará mesmo tudo o que sabe. E a Justiça terá de homologar o acordo.
Os procuradores da força-tarefa são contundentes.  “Há fortes indícios de que Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef atuaram em conjunto para beneficiar empresas, incluindo empreiteiras, em prejuízo da Petrobras, recebendo propina para tanto. A propina não era recebida diretamente, mas mediante empresas interpostas”, escrevem eles. “Identificaram-se outras empresas e pessoa física, contras as quais há indícios de que participaram do esquema de desvio e lavagem de bens oriundos da Petrobras e de outros bens públicos.”
Ministério Público Federal - Força Tarefa (Foto: reprodução)

A pessoa física chama-se Marcelo Barboza. Amigo e, segundo o MPF, laranja de Paulo Roberto, Barboza é sócio de três empresas de consultoria que receberam dinheiro das empreiteiras. Numa delas, divide o comando com Humberto Mesquita, um dos genros de Paulo Roberto. Mesquita ajudava na contabilidade e na distribuição do dinheiro recebido das fornecedoras da Petrobras. Barboza era aliado de Mesquita. Suas empresas representam um novo núcleo de investigação das ramificações financeiras do esquema de Paulo Roberto na Petrobras.
Entre 2010 e 2013, Barboza obteve “espantoso crescimento patrimonial”, dizem os procuradores. Em 2012, após receber milhões das empreiteiras, "doou" R$ 1 milhão a Mesquita. Também "emprestou" R$ 1,9 milhão a Paulo Roberto, segundo a investigação. Uma análise dos auditores da Receita deixa evidente o caminho do dinheiro. Ele saía das empreiteiras que fechavam contrato com a Petrobras, era repassado às empresas de consultoria de Barboza e, em seguida, encaminhado a Paulo Roberto. É o mesmo expediente usado nos demais núcleos da organização criminosa. Um deles era controlado pelo doleiro Youssef; o outro, por familiares de Paulo Roberto. “Suspeita-se que tais supostos negócios jurídicos de ‘empréstimo’ e ‘doação’, de todo não usuais, serviram na verdade para justificar a transferência de valores recebidos pelas pessoas jurídicas de Marcelo Barboza Daniel de construtoras e empresas do setor petroquímico, valores que consistiriam no pagamento de propina para Paulo Roberto Costa na facilitação ou condição para a realização de contratos com a Petrobras.”
As quatro empreiteiras que ainda não haviam sido envolvidas no esquema são a Tomé Engenharia, a Barbosa Mello, a Construtami e o Consórcio Confidere-Racional. O dinheiro era pago às empresas de Barboza. Uma delas, a BAS Consultoria, teve como única fonte de renda, em 2011 e 2012, os pagamentos da empreiteira Alusa. Foram R$ 5,7 milhões. Em 2013, quando Paulo Roberto já não estava mais no cargo, a empresa de Barboza nada recebeu. A Alusa, ao lado de empresas parceiras, vencera duas licitações grandiosas na área de Paulo Roberto. Uma, de R$ 671,7 milhões, na refinaria de Abreu e Lima, em 2010. Outra, no valor de R$ 235 milhões, na refinaria Comperj, em 2011. Auditores da Petrobras encontraram irregularidades no contrato da Alusa na Abreu e Lima. Procurada, a Alusa não se manifestou.
A lista de empresas e valores ocupa numerosas páginas dos relatórios. A Pragmática Consultoria, de Mesquita e Barboza, teve como fonte de renda contratos com a Petrobras (conforme revelou ÉPOCA) e a construtora Estre Ambiental.  A Pragmática recebeu R$ 3 milhões da Estre. A Estre, é claro, também tem contratos com a Petrobras. Outra empresa de Barboza, a MR Pragmática, recebeu dinheiro da Cavo, da Estre Ambiental e da Alusa. A Cavo é uma empresa de lixo. Tinha contrato com a Petrobras, para tratar resíduos. Pagou R$ 331 mil à MR Pragmática, em 2011. A Verssales, mais um dos canais de pagamento de Barboza, recebeu dinheiro da Tomé Engenharia, da Construtami e da Barbosa Mello. A empresa de tecnologia B2BR, que tem um grande contrato com a Petrobras, também pagou. Assim como a Ipeoleo, uma distribuidora de combustível.
>> As revelações do arquivo secreto de Paulo Roberto Costa
A B & X Consultoria, empresa de Barboza com Arianna Bachmann, uma das filhas de Paulo Roberto, recebeu R$ 243 mil da Confidere, empreiteira que ajudou a construir a nova sede da BR Distribuidora. Arianna, por meio da empresa Bachmann Representações, recebeu, entre 2010 e 2012, R$ 204 mil do Estaleiro Atlântico Sul, um consórcio entre Camargo Corrêa e Queiroz Galvão. A Bachmann Representações não tem nenhum empregado.  “Parece extraordinário, realmente, que as principais fontes pagadoras de empresas vinculadas a parentes de Paulo Roberto sejam fornecedores da Petrobras, recebendo desta polposos (sic) pagamentos”, dizem os procuradores. Assim como o laranja Barboza, o genro Mesquita teve um “vertiginoso acréscimo patrimonial” quando Paulo Roberto comandava a Diretoria de Abastecimento da Petrobras.
>> Os lucrativos negócios da filha do ex-diretor da Petrobras
O Consórcio Confidere-Racional não respondeu às perguntas enviadas por ÉPOCA sobre os pagamentos feitos à B & X Consultoria. Enviou apenas uma nota, em que afirma: “O consórcio informa que não recebeu e não tem qualquer informação oficial a respeito do caso. Reitera, no entanto, que sempre atuou de acordo com a lei e dentro das melhores práticas de transparência e governança”.  O grupo Estre Ambiental afirma, por meio de nota, que suas empresas contrataram a consultoria Pragmática em 2010 e 2011 para fazer o “redesenho de processos, integração de sistemas de gestão e automatização de balanças com objetivo de aprimorar o controle de recebimento de resíduos sólidos em seus aterros sanitários”. Procuradas, as empresas Tomé Engenharia e a Construtora Barbosa Mello não se manifestaram. O Estaleiro Atlântico Sul não respondeu às ligações. As demais empresas não foram localizadas.

LUIZA ERUNDINA AFIRMA QUE MARINA SILVA DESORGANIZA E DESEDUCA A SOCIEDADE



Luiza Erundina, como todos os socialistas, comunistas, esquerdistas de um modo geral, vira a casaca de uma hora para outra. Neste vídeo que circula intensamente pelas redes sociais Erundina, recém nomeada agora como coordenadora da campanha da Marina Silva, explica nessa entrevista concedida no ano passado, que a tese de Marina Silva, que é contra a política, não se sustenta. Neste caso, Erundina tem toda a razão.
Mas de forma surpreendente, agora Luiza Erundina é a chefe da campanha da Marina Silva. De repente passa por cima de suas próprias palavras e mais adiante não será de estranhar se disser que nunca disse isso. Comunistas afirmam uma coisa e negam depois. Dizem que não sabiam de nada. Lembram que Lula, quando explodiu o mensalão disse que o PT tinha que pedir desculpas para o povo brasileiro.
Pouco tempo depois, negava a existência do mensalão, como tem negado até hoje com aquela cara de pau que lhe é peculiar.
Pelo que tudo indica, a Marina Silva fará a mesma coisa que Lula, ou pior! Já imaginaram a Marina Silva presidente do Brasil, acompanhada dos "sonháticos"?, leia-se black-blocs, capilés fora do eixo, passe livre, MST etc... todos acomodados dentro do Palácio do Planalto, e utilizando o aparato construído para a execução do Decreto 8.243, baixado pela Dilma, que liquida com o Congresso Nacional e institui os "sovietes" à moda leninista? Será um ajuntamento de psicopatas e desqualificados em geral ditando as políticas públicas substituindo o Poder Legislativo.
Segundo consta, Marina Silva, como não poderia deixar de ser, apoia integralmente o Decreto 8.243.
DO ALUÍZIOAMORIM

Paulo Roberto Costa, o homem-bomba de Pasadena e de outros negócios da Petrobras, topa a delação premiada

Depoimento na CPI de compadres
Paulo Roberto, nos tempos em que ainda sorria
Diante das informações que recebeu de que o homem-bomba Paulo Roberto Costa aderiu à delação premiada, seu advogado, Nélio Machado, está deixando a causa. Diz Nélio Machado:
- Não trabalho com o instituto da delação premiada.
Pelas informações recebidas por Machado, Costa, incentivado pela mulher, Marici, que há tempos vinha se desentendendo com o advogado justamente por causa da delação premiada, topou abrir a boca. E a partir de agora tem como advogada, a criminalista paulista Beatriz Catta Pretta.
Paulo Roberto está neste momento depondo na Polícia Federal de Curitiba. Sai de baixo. Recentemente, Paulo Roberto, ameaçou, em conversa com um interlocutor:
- Se eu falar, não vai ter eleição. (leia mais aqui ).
Até ontem, apesar da insistência da mulher, Paulo Roberto se negava a fazer a delação. A nova etapa da Operação Lava Jato, realizada hoje no Rio de Janeiro, o fez mudar de ideia.
Por Lauro Jardim

VEJAM QUE BARBARIDADE: Por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), governo Dilma já transferiu para Cuba mais de um bilhão de reais pelo Mais Médicos

SALÁRIO INCOMPLETO — Médicos cubanos são recebidos em Porto Alegre, em abril passado (Foto: Claiton Dornelles/CBR)
SALÁRIO INCOMPLETO — Médicos cubanos são recebidos em Porto Alegre, em abril passado (Foto: Claiton Dornelles/CBR)
OPAS, QUE NEGÓCIO É ESSE?
A relação da organização de saúde com o governo brasileiro vai além da transferência de recursos para Cuba
Reportagem de Leonardo Coutinho publicada em edição impressa de VEJA
Há um ano, em agosto de 2013, chegavam ao Brasil os primeiros cubanos que vieram dar corpo ao Mais Médicos, do Ministério da Saúde. Antes mesmo que os 400 profissionais enviados por Cuba desembarcassem, já estava claro que o programa tinha uma finalidade eleitoreira – aumentar o número de consultas em regiões pobres sem muita preocupação com a qualidade e sem resolver os problemas estruturais da saúde pública nacional – e outra ideológica – auxiliar financeiramente um regime ditatorial decadente.
O balanço desses doze meses mostra que a transferência de dinheiro do contribuinte brasileiro para os cofres de Raúl Castro foi de nada menos que 1,16 bilhão de reais, já descontados os cerca de 75 milhões de reais que a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) recebeu por intermediar o negócio e os 260 milhões de reais que o governo cubano efetivamente repassou aos seus médicos em atuação no Brasil.
Os médicos só recebem 30% do que deveriam: o resto fica com a ditadura cubana
Isso porque, do salário de 10 400 reais mensais a que oficialmente os profissionais do Mais Médicos de qualquer nacionalidade têm direito, os cubanos recebem apenas 30%. O restante é confiscado por seu governo. Atualmente, há 11 400 médicos de Cuba no Brasil participando do programa e, portanto, sendo submetidos a essa situação discriminatória.
O Ministério da Saúde já negocia para aumentar esse número e, consequentemente, injetar ainda mais dinheiro na combalida ditadura comunista.
Sob qualquer ótica, o lucro líquido que Raúl Castro tem com a exploração da mão de obra barata enviada ao Brasil é portentoso. A quantia de 1,16 bilhão de reais equivale a quase um terço do total investido pelo governo brasileiro na ampliação, reforma e construção de hospitais, postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em 2013.
Para Cuba, obviamente, o valor é ainda mais impactante, pois supera em cinco vezes toda a receita anual de exportações da ilha para o Brasil. Recentemente, a cubana Maritza Rivaflecha Castellano foi bastante direta ao avaliar a importância do dinheiro brasileiro para a sobrevivência do regime no site do jornal oficial Granma: “Os trabalhadores de saúde, na atual batalha econômica do nosso povo, exercem papel de protagonistas no aporte de numerosas entradas de recursos em nossa economia”.
Médicos são controlados e espionados
Maritza faz parte do grupo de 28 “coordenadores” que estão espalhados pelo Brasil e que, com um salário mensal de 25 000 reais, têm a função de controlar e espionar os médicos cubanos para evitar que eles fujam, engravidem ou violem qualquer outro item da cartilha de conduta recebida antes de partirem da ilha. Em outros períodos históricos, dava-se a quem exercia essa função o nome de “capataz”.
É de perguntar por que a Opas, uma entidade vinculada à Organização Mundial de Saúde (OMS), da ONU, se coaduna com essas relações de trabalho imorais, para dizer o mínimo.
(Arte: VEJA)
CLIQUEM NA ILUSTRAÇÃO PARA AMPLIÁ-LA (Arte: VEJA)

Há pelo menos duas explicações para isso. Primeiro, porque o quadro de altos funcionários da Opas é dominado por gente alinhada ideologicamente com Cuba ou diretamente indicada pelo regime castrista.
Esse é o caso do chefe da entidade no Brasil, o cubano Joaquín Molina, um dos arquitetos do programa Mais Médicos, junto com o ex-ministro Alexandre Padilha, hoje candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo PT. » Clique para continuar lendo e deixe seu comentário
DO RSETTI-REVISTA VEJA

NÃO CONFIO EM MARINA NEM PARA CUIDAR DO MEU JARDIM"


(Dener Giovanini - Estadão)
Em 2003, ainda no começo do governo do presidente Lula eu, que ainda não era jornalista, dei uma entrevista para o Estadão na qual afirmava categoricamente: “não confio na Marina Silva nem para cuidar do meu jardim”, CLIQUE AQUI para conferir. Confirmei minhas palavras no discurso que proferi na ONU ao receber de Kofi Annan o prêmio das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Os petistas se arrepiaram, reclamaram e me criticaram. Não deu outra: se arrependeram. Em 2010, quando o Partido Verde aceitou a bancar a candidatura de Marina para presidência da República, novamente eu avisei em diversas oportunidades, que eles estavam dando um tiro no próprio pé. Fui criticado e esculhambado por algumas lideranças do PV. Não deu outra: eles também se arrependeram.
Quando Eduardo Campos oficializou a candidatura de Marina Silva como vice em sua chapa eu não perdi a oportunidade. Novamente afirmei em entrevistas e artigos que o PSB iria se arrepender. E, mais uma vez, não deu outra: Marina, além de não transferir votos, ainda criou uma série de dificuldades políticas para Eduardo, levando seu nome a patinar entre 10% do eleitorado. Não fosse sua trágica morte, ele sairia da eleição muito menor que entrou. E grande parte da culpa teria o sobrenome Silva.
Seria eu um implicante sem razão contra Marina Silva ou será que Deus me concedeu o dom da adivinhação? Nem uma coisa, nem outra. Sou apenas um pragmático, que não dá asas a paixões avassaladoras de momento e nem me deixo levar pelas emoções de ocasião. E assim penso que deva ser cada brasileiro que tenha consciência sobre a sua responsabilidade de decidir o destino do país.
Marina Silva foi ministra de Lula por oito anos e “abandonou” o governo quando percebeu que seu ego se apequenava diante do crescimento da influência da então também ministra Dilma Rousseff. O Planalto estava pequeno demais para as duas. Também deixou o Partido Verde ao perceber que a legenda não se dobraria tão fácil a sua sede de poder. Eduardo Campos sentiu o amargo sabor de Marina ao ver alianças importantes escorrerem por entre seus dedos. Marina atrapalhou, e muito, sua candidatura. Isso é um fato que nem o mais bobo líder do PSB pode negar.
Marina está fadada a trair
O grande ego é o pai da traição. Quem se sente um predestinado e prioriza o culto a personalidade tem medo da discordância, da crítica. É esse medo que gera uma neutralidade perigosa e falsa. E a neutralidade é a mãe da traição. Seres humanos com grandes egos quase sempre se posicionam entre o conforto de “lavar as mãos” e o silêncio covarde de suas convicções.
Marina Silva é assim. Simples assim.
Nas últimas Eleições presidenciais Marina ficou NEUTRA. Alguém se lembra?
Ao contrário do que desejavam seus milhões de eleitores – que ansiavam por uma indicação, uma orientação ou um caminho – Marina calou-se. Não apoiou Dilma e nem Serra. Com medo de decidir, declarou-se neutra. E ajudou a eleger Dilma.
Claro, não se espera de um político uma sinceridade absoluta, mas pelo menos transparência em algumas das suas convicções básicas. Isso Marina não faz. E quem não o faz assume o destino da traição. Vejamos:
a) Se eleita, Marina Silva irá mudar o atual Código Florestal?
SIM (trairá o agronegócio)
NÃO (trairá os ambientalistas)
b) Se eleita, Marina Silva irá abandonar os investimentos no Pré-sal e passará a investir em fontes alternativas para a matriz energética?
SIM (trairá a Petrobrás e seus parceiros)
NÃO (trairá os ambientalistas)
c) Se eleita, Marina Silva irá interromper a construção de Belo Monte?
SIM (trairá os empresários)
NÃO (trairá os ambientalistas)
d) Se eleita, Marina Silva irá apoiar o casamento gay?
SIM (trairá os evangélicos)
NÃO (trairá os movimentos sociais)
e) Se eleita, Marina Silva será contra a pesquisa de células tronco?
SIM (trairá os pesquisadores e a academia)
NÃO (trairá os evangélicos)
f) Se não for ao segundo turno, Marina repetirá sua posição de 2010?
SIM (trairá a oposição)
NÃO (trairá a si mesma)
Essas são apenas algumas perguntas que Marina Silva não responderá. Ou o fará por meio de respostas dúbias e escamoteadoras, bem ao seu estilo. No final, ninguém saberá realmente o que ela pensa. Sob pressão, ela jogará a responsabilidade para a platéia e sacará de seu xale sagrado a carta mágica: FAREMOS UM PLEBISCITO! Esse é o estilo Marina de ser. E esse é o tipo de comando que pode levar o Brasil ao encontro de um cenário de incertezas e retrocessos. O que ela fala – ou melhor – o que ela não fala hoje, será cobrado no Congresso Nacional caso venha a se eleger. Como Marina negociará com a bancada ruralista? Com a bancada religiosa?
Você, caro leitor, vai arriscar?
Eu não. Se não me bastassem os fatos, tive a oportunidade de olhar profundamente os olhos de Marina e de segurar em suas mãos. E não gostei do que vi. E não tenho medo de críticas. E tenho orgulho das minhas convicções.
(.)
Dener Giovanini é um ambientalista reconhecido internacionalmente. Em 2003, por sua atuação na defesa da biodiversidade, recebeu da ONU o mais importante e prestigiado prêmio ambiental do planeta: o Unep-Sasakawa. Anteriormente, apenas um outro brasileiro havia recebido essa distinção das Nações Unidas: Chico Mendes. No Brasil, Dener Giovanini foi condecorado com a honraria máxima do Poder Legislativo, a Medalha de Honra do Congresso Nacional. Dentre as inúmeras homenagens e reconhecimentos recebidos, também se destacam: Título de Cidadão Paulistano , Prêmio Verde das Américas e a Comenda da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro .
http://blogs.estadao.com.br/dener-giovanini/as-traicoes-de-marina-bem-que-avisei/
As traições de Marina. Bem que avisei!
blogs.estadao.com.br