quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Vergonha! Relatório petista da CPI do Cachoeira é mais um ato de perseguição à Imprensa e uma afronta ao Judiciário.



Folha Poder
CORONELEAKS
O deputado Odair Cunha (PT-MG) já admite alterar o relatório final da CPI do Cachoeira se não houver acordo sobre seu conteúdo. A leitura do texto foi adiada para amanhã (22) por pressão da oposição que não concorda com pontos do relatório. Cunha afirmou que vai abrir a discussão na próxima semana e que vai aguardar o plenário da CPI levantar os pontos de desavença. Segundo ele, mesmo que não concorde, se houver consenso, o relatório será alterado. O objetivo é que os partidos se exponham para defender a retirada de pedidos de indiciamento ou de investigação. "Não admito fazer acordo fora do plenário. Quem quiser tirar alguém vai ter que dizer", afirmou.
Segundo Cunha, a negociação é para evitar que o relatório seja rejeitado e a CPI termine sem conclusão. "Se eu tirar o instrumento de diálogo, o risco é rejeitar." Apenas o relator tem poderes para alterar o texto. Um dos pontos polêmicos que deve ser retirado do texto, na opinião do próprio relator, é o pedido de indiciamento do jornalista Policarpo Junior, da revista "Veja", que tinha o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, como fonte. "Fomos pegos de surpresa", afirmou o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que disse ser contrário ao indiciamento do jornalista.

A oposição também não aceita o pedido de investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. "Foi uma decisão minha incluir o Gurgel", afirmou o relator, rebatendo críticas de que o fez atendendo ao PT. O procurador foi responsável por defender no STF (Supremo Tribunal Federal) a condenação de petistas envolvidos com o esquema do mensalão. O relatório da CPI pediu o indiciamento alegando que ele prevaricou ao dar andamento às investigações de políticos com Cachoeira em 2012, quando o pedido foi de 2008. Gurgel sustenta que fez isso para não prejudicar outra investigação, aberta apenas em 2010, que desvendou uma quadrilha que seria operada por Cachoeira.
Os críticos do relatório dizem que as investigações não avançaram na CPI para justificar alguns pedidos de indiciamento e defendem mais prazo para a investigação. A comissão deixou de investigar 116 empresas e não identificou os beneficiários do dinheiro arrecadado pelo esquema. "Não podemos pegar esse cadáver e enterrá-lo. É um trabalho que não chegou a lugar nenhum", afirmou o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
Os tucanos não gostaram do pedido de indiciamento do governador Marconi Perillo (PSDB-GO), acusado no relatório de receber dinheiro do esquema supostamente operado por Cachoeira. "Esta CPI está se tornando uma balela. É um instrumento de perseguição", complementou o senador Pedro Taques (PDT-MT).
O deputado Protógenes (PSOL-SP) afirmou que a CPI se recusou a investigar empresas laranjas que receberam dinheiro do esquema por meio da empreiteira Delta, o que seria um avanço nas investigações da Polícia Federal. "Criminoso é quem ficou de fora. Sequer foi aprofundada a investigação do financiamento de campanhas políticas com dinheiro da corrupção." "O que se fez foi proteger, esconder. O deputado Odair está cumprindo uma missão que lhe foi dada. A missão de esconder relações terríveis", disse o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
Parlamentares do PT saíram em defesa do relator, o que provocou uma "saia justa". Ao defender o relatório, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), deixou a impressão nos colegas de que conhecia o teor do relatório com antecedência. "Parece que foi vossa excelência quem escreveu o relatório", disse o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG). "Eu vi na imprensa", respondeu Teixeira. O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), deixou a sala dando lugar para que o vice-presidente Paulo Teixeira conduzisse a reunião.

Há quem sonhe com um golpe



Notícia
O Estado de S.Paulo
O absoluto desrespeito institucional que significa classificar a Suprema Corte do País como tribunal de exceção por causa do julgamento do mensalão é despropósito que beira o golpismo. Mais absurdo ainda é verificar que essa tentativa de golpear uma das instituições fundamentais do sistema democrático é explicitamente estimulada pelo partido que há mais de uma década exerce - inclusive pelos meios ora judicialmente condenados - a hegemonia política no plano federal: o PT.
Na véspera da comemoração do Dia da República, o diretório nacional do PT divulgou nota oficial em que define sua posição a respeito do julgamento pelo STF, ainda em andamento, da Ação Penal 470, no qual já foram condenados por crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha os então dirigentes do partido, de direito e de fato, que urdiram e executaram a trama criminosa da compra de apoio parlamentar dos principais líderes dos "300 picaretas" que dominam o Congresso Nacional, segundo memorável julgamento feito por Luiz Inácio Lula da Silva em 1993 - quando ainda estava muito longe do Palácio do Planalto.
O argumento central da nota oficial petista é de que o STF fez um "julgamento político" com a intenção deliberada de "criminalizar o PT": "Trata-se de uma interpretação da lei moldada unicamente para atender à conveniência de condenar pessoas específicas e, indiretamente, atingir o partido a que estão vinculadas". Ou seja, os ministros do Supremo, que, em ampla maioria foram nomeados pelos governos do PT, estariam conspirando para acabar com o partido a quem devem as togas que envergam. Para tanto, não se constrangem, segundo a nota, em desrespeitar "garantias constitucionais" e instalar "um clima de insegurança jurídica"; de lançar mão de "uma teoria nascida na Alemanha nazista" (a teoria do domínio do fato); de adotar a "noção de presunção de culpa em vez de inocência".
Além disso, alegam os petistas, os ministros "confirmaram condenações anunciadas, anteciparam votos à imprensa, pronunciaram-se fora dos autos e, por fim, imiscuíram-se em áreas reservadas ao Legislativo e ao Executivo, ferindo assim a independência entre os poderes". Em outras palavras: os ministros do STF estão tendo um comportamento condenável.
Ao divulgar a nota à imprensa, o iracundo presidente do PT, Rui Falcão, reforçou todos os argumentos contidos no documento, mas, pressionado a opinar se não há nada de positivo que se possa extrair do julgamento do mensalão, meteu os pés pelas mãos e contradiz-se ao apelar para o mantra petista segundo o qual este é hoje um país em tudo muito melhor do que antes: "As instituições estão funcionando legalmente". Não há registro de que algum impertinente tenha perguntado: "Inclusive o STF?".
Para todos os efeitos, a liderança petista dá a entender que a nota de 14 de novembro encerra o assunto. É indisfarçável a intenção de preservar o partido do prolongamento de uma polêmica que o faz sangrar em público. Mas os termos da nota e a intenção dissimulada dos dirigentes petistas - além dos apelos dos próprios condenados - estimulam as alas radicais do partido e das organizações sociais que o apoiam a atuar com a "mão do gato", mobilizando-se em "defesa do PT".
Exemplo claro é a atitude do esquerdista radical Markus Sokol, integrante do diretório nacional do PT, para quem existe "insatisfação na base do partido" e por isso se impõe a realização de atos públicos para "manifestar repúdio" ao julgamento do STF. E afirma, escancarando intenções golpistas: "Para além do apenamento, há uma agressão ao PT. Se ficar sem resposta, outras organizações que incomodam a elite dominante não poderão se sentir garantidas".
Por sua vez, a "Consulta Popular", organização que alega reunir representantes de 17 Estados, ao final de uma reunião plenária de três dias conclamou à luta "pela revogação das condenações e das penas ilegalmente impostas".
Não fica claro no documento, diante do princípio da independência e autonomia dos poderes, a quem caberá a responsabilidade de "revogar" as condenações e as penas.
Talvez um Ato Institucional?

DO R.DEMOCRATICA

A PANTOMIMA VERGONHOSA DA CPI DO CACHOEIRA


Por Mara Montezuma Assaf
1) Se Cachoeira usou o dinheiro ganho na prática da contravenção para comprar políticos , fraudar licitações e até influir em decisões tomadas no Senado via Demóstenes Torres, em que o seu crime é menor do que o de Marcos Valério para merecer uma pena tão leve a ponto de já ganhar as ruas? Ambos financiaram esquemas de corrupção , mas com o agravante de
Cachoeira que usou dinheiro sujo...do crime!
2) Como pode Cachoeira receber uma pena de apenas cinco anos em regime semiaberto se de sua boca nada saiu que ajudasse a esclarecer crimes cometidos? Aliás, creio que foi exatamente isso que o libertou. Cachoeira ficou preso nove meses gestando seu plano até que pariu sua garantia de liberdade: por isso entrou mudo e saiu calado .O seu mutismo só beneficiou os grandes corruptos que montaram esta CPI fajuta cuja única finalidade foi a de quebrar as pernas de inimigos políticos do ex-presidente Lula.
3) A Construtora Delta... Seu ex-diretor Fernando Cavendish e seu amigo do peito governador Sérgio Cabral, por sua vez, amigo do peito de Lula e Dilma... Saíram impunes do imbroglio assim, sem maiores explicações para o povo?
O povo, ora o povo...
QUE SE EXPLODA!
DO R.DEMOCRATICA

CPI da Vergonha – Petista redige um lixo moral e político para fazer a vontade de Lula e Dirceu e resolve atacar Gurgel e a VEJA



Lula, a exemplo de outros chefões de organizações similares que infelicitam a sociedade, deu o “salve”: “Vai lá e pega a oposição, o Gurgel e o Policarpo”

O Cunha meteu o revólver na cinta e saiu atirando
Por Reinaldo Azevedo
O deputado Odair Cunha (PT-MG) demonstra que, no petismo, quem sai aos seus sempre degenera. Ele até tentou, ao longo da CPI do Cachoeira, afetar um certo ar de seriedade, emprestando à missão o ar grave do homem de estado, preocupado com a moralidade pública e coisa e tal. Mas não resistiu e sucumbiu não propriamente à pressão, mas àquela que é a sua natureza. O deputado deve apresentar hoje o relatório da CPI da Vergonha. E é da vergonha” por quê?
Embora ele tenha decidido redigir um capítulo sobre a construtora Delta e peça o indiciamento do empresário Fernando Cavendish, todo mundo sabe que a empresa, hoje a segunda que mais recebe recursos federais, não foi investigada.
Ao contrário: quando o imbróglio apareceu, os petistas bateram em retirada. Citar a Delta e pedir o indiciamento de Cavendish é só uma das vezes em que esta triste figura – que já havia tentado uma firula para livrar a cara dos mensaleiros – recorre a uma falsa virtude para referendar o vício.
No capítulo final da CPI, o senhor Odair Cunha resolveu acertar os alvos que haviam sido inicialmente definidos por Lula: oposicionistas, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e a imprensa independente – representada, no caso, pelo jornalista Policarpo Júnior, da VEJA.
Sim, senhores! Odair Cunha, vejam que homem destemido!, sugere ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que investigue Gurgel e pede o indiciamento de Policarpo, um dos redatores-chefes da revista. Ao todo, o relator propõe o indiciamento de 46 pessoas.
Entre elas, estão ainda o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, e o prefeito de Palmas, o petista Raul Filho. Livrou, no entanto, a cara do graúdo Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal (PT).
O prefeito de Palmas é só mais uma homenagem da virtude ao vício. Pretende seduzir um trouxa ou outra com sua pretensa isenção: “Olhem, ele pediu o indiciamento até de um petista…”.
Cunha só não se envergonha do seu texto porque, nas plagas onde transita, não se cuida de coisas dessa natureza. Está cumprindo uma missão e tem a esperança de ser ungido o candidato do partido ao governo de Minas Gerais, nas mesmas águas da chamada “renovação”.
Ninguém ascende ou ambiciona ascender a posição tão importante se não prestar os devidos serviços à máquina de lavar e de sujar reputações em que se transformou o petismo. Se chegou a parecer, alguma vez, que Cunha tinha alguma independência e aspirava a um grão de seriedade, esse relatório desfaz completamente essa equivocada impressão.
Nada disso! Ele fez um texto que pode ser definido como uma tentativa de vingança de mensaleiros.
Não! Eu nunca esperei outra coisa. Isso não quer dizer que certas passagens não desafiem o estômago dos decentes. Ao longo de várias páginas, Cunha expõe a sua estupenda ignorância sobre a natureza do jornalismo e a relação de um profissional com as suas fontes e ainda se atreve a dar lições de moral, aproveitando para atacar toda a … “mídia”. “Mídia”, vocês sabem, é como aquela corja de bandidos, financiada por estatais, se refere à imprensa que ousa fazer o seu trabalho.
Tenta nos ensinar o mestre Odair Cunha:
“Não se pode confundir a exigência do exercício da responsabilidade ética com cerceio à liberdade de informar. Aliás, é oportuno dizer que, em nossos dias, existe uma profunda cisão entre a mensagem divulgada cotidianamente pela mídia, através dos diferentes meios de informação, e os valores éticos que a sociedade e a civilização ocidental alegam cultivar.”
É por isso que o PT está empenhado, mais uma vez, em “controlar a mídia”: para que ela se adapte àquilo que o partido diz ser a vontade do povo.
Nesse mundo ideal, os petistas são sempre inocentes, mesmo quando culpados, e seus adversários são sempre culpados, mesmo quando inocentes.
A cara de pau deste senhor é de tal sorte que uma reportagem de VEJA que causou profundo descontentamento na quadrilha de Cachoeira – aquela que evidencia que José Dirceu é que abriu as portas do governo federal para a Delta – é apresentada como parte de um suposto conluio entre o jornalista da revista e Cachoeira… Chega a ser asqueroso!
Ora, os diálogos transcritos pelo próprio Cunha evidenciam o óbvio: VEJA escreve o que apura, doa a quem doer.
O relator, no entanto, cita o caso apenas para ter mais uma oportunidade de defender … Dirceu! Sempre ele!
Raciocínio criminoso
A sanha de Cunha contra Policapo Júnior e a VEJA é de tal sorte que a série de reportagens sobre a roubalheira no Ministério dos Transportes, que resultou em mais de 20 demissões – FEITAS PELA PRESIDENTE DILMA, NÃO PELA REVISTA –, também é apresentada como mera armação de Cachoeira. Vocês entenderam direito: as reportagens que denunciaram um covil de ladrões são atacadas pelo petista.
Por quê?
Porque, entre as fontes, havia, sim, gente que transitava no mundo Cachoeira. E daí? Será que bandidos nunca têm informações relevantes? E as freiras?
Tenham paciência!
Cunha admite que as reportagens publicadas por VEJA fizeram um bem à sociedade, mas isso não o comove. Um petista, né? Leiam:
“Não estamos a discutir aqui os ganhos que a sociedade e o Erário tiveram com a possível descoberta de fraudes que seriam perpetradas na mencionada licitação.
O que estamos a ponderar é a relação que mantinha um dos jornalistas mais respeitados no País com os integrantes de uma organização mafiosa e a dedicação com que os interesses destes eram atendidos pela pessoa de Policarpo e sua equipe.”
O próprio relatório evidencia o contrário: a quadrilha frequentemente ficava furiosa com as reportagens publicadas pela revista – muito especialmente aquela que demonstrou que Dirceu abriu as portas do governo federal para Cavendish.
Um lixo
Lixo! Eis a palavra que define com mais propriedade o que produziu o deputado Odair Cunha, aquele que comandou a conspirata para que a Delta não fosse investigada. Trata-se apenas de uma tentativa de acerto de contas com “os inimigos de sempre”.
O deputado petista deve estar contente. Fraudou a verdade, mas ganhou pontos junto à hierarquia petista. Lula, a exemplo de outros chefões de organizações similares que infelicitam a sociedade, deu o “salve”: “Vai lá e pega a oposição, o Gurgel e o Policarpo”. O Cunha meteu o revólver na cinta e saiu atirando.
Trata-se apenas de mais um trabalho de intimidação da imprensa. Que vai dar errado, a exemplo de outros.
PS – Ah, sim: Cunha é um dos autores de um trabalho ridículo, que procurava demonstrar que não havia relação entre o voto dos mensaleiros e o dinheiro que recebiam da quadrilha chefiada por José Dirceu.
Fingiu não ter entendido que o crime já estava dado com o recebimento do dinheiro, como demonstrou o Supremo.
Não tem jeito! Ele tem uma natureza…