sábado, 8 de novembro de 2014

"Carta ao Leitor: Nossa vitória nas eleições"

Veja On-line deu um salto de audiência na campanha eleitoral. O fenômeno foi motivado pela cobertura imediata, inteligente e intensiva dos fatos pelos jornalistas do site, por sua análise pelos convidados de TVEJA, a televisão de VEJA na internet, e pelo serviço Memória Cívica, que dá aos eleitores a possibilidade de fazer marcação individual sobre os deputados federais e senadores que elegeram.
Os repórteres do site fizeram a cobertura diária das três principais candidaturas e viajaram pelo Brasil para ão perder de vista os presidenciáveis e acompanhar as disputas estaduais. Veja On-line superou em outubro a marca de 21 milhões de unique visitors, medição de audiência que aponta o número de pessoas que nos visitaram pela internet. A opinião lúcida e decidida de nosso grupo de colunistas deu consciência e vigor à cobertura.
A audiência dos colunistas é medida por outro método, computando-se cada visita às páginas, mesmo que uma mesma pessoa volte ali diversas vezes. Reinaldo Azevedo, o mais influente colunista da Internet brasileira, teve 15 milhões de visitas em outubro, destacando-se em um time que tem Lauro Jardim, redator-chefe de Veja e editor do Radar on-line, que chegou a 7 milhões, Augusto Nunes, 5 milhões, e Ricardo Setti, 4 milhões.
O que torna esse fenômeno ainda mais significativo é o fato de que cada um dos colunistas atrai um público próprio, com uma sobreposição mínima. Juntos, eles oferecem um painel completo com notícias exclusivas, análises, críticas e a interação mediada das mensagens dos leitores.
Ancorada pela jornalista Joice Hasselmann, TVEJA nas Eleições teve uma grade fixa com entrevistas, comentários e debates, encerrando o período de eleições com 6,4 milhões de visitas, marca altamente significativa para uma área do site que fez sua estreia há pouco mais de dois meses.
Em 2015, Veja vai continuar inovando e surpreendendo seus leitores em sua versão digital na Internet, nos tablets e nos smartphones. Vale a pena acompanhar.
Fonte: "Veja On-Line" - DO DEMAIS

Falta ouvir Deus no caso do juiz Todo-Poderoso

Josias de Souza
Condenada a pagar indenização de R$ 5 mil ao juiz João Carlos de Souza Corrêa, a agente do Detran Luciana Silva Tamburini precisa recorrer ao STF. Há no processo um erro celestial. A sentença que manteve a condenação em segunda instância, no Tribunal de Justiça do Rio, anota: “Ao apregoar que o demandado era 'juiz, mas não Deus', a agente de trânsito zombou do cargo por ele ocupado, bem como do que a função representa na sociedade.''
Citado nominalmente, Deus tem de ser convidado a depor. Nada mais adequado que Ele fale perante o Supremo. Para esclarecer que não é o juiz João Carlos de Souza Corrêa e para que não fique nenhuma dúvida quanto ao seu envolvimento no caso. Tem uma reputação a zelar. E não pode permitir que um juiz se passe por Deus para alegar que está acima da lei e não deve nada a ninguém, muito menos explicações.
O STF não costuma realizar oitivas. No caso do mensalão, por exemplo, Joaquim Barbosa delegou a tarefa a juízes de primeiro grau. Mas nenhum dos 11 ministos da Suprema Corte haverá de se opor ao depoimento do Todo-Poderoso. Que, obviamente, seria dispensado de prestar juramento. “Neste plenário pode haver pecadores, mas não tenho notícia da existência de ateus entre nós”, diria o Ricardo Lewandowiski. “Ninguém duvidará da Sua celestial palavra.”
Antes de começar o interrogatório sobre o caso de trânsito, Gilmar Mendes pediria a palavra para esclarecer a grande dúvida nacional: “É verdade que o Lula não sabia das coisas que o Dirceu e sua turma faziam sob suas barbas?” E Deus, conservando o mistério: “Eu existo, mas não sou full time. Estou em toda parte, mas terceirizei a política ao demônio. Sugiro que intimem o Tinhoso.”
Lewandowiski pediria aos seus pares que se ativessem à pauta. Sobre a blitz do Rio, Deus reiteraria: “Embora seja onipresente, já não tenho tempo de estar em toda parte. Se tivesse uma brecha na agenda, não dirigiria sem carteira. Se dirigisse, não ousaria sair às ruas num carro sem placa. Se ousasse, não invocaria minha condição de Juiz Supremo do Universo para constranger uma agente de trânsito cumpridora dos seus deveres. Se invocasse, ficaria envergonhado quando a agente retrucasse: ‘Você é Deus, mas não está acima da lei’.”
Um dos ministros perguntaria ao Depoente: “Tendo tantos afazeres mais relevantes —do conflito entre os palestinos e judeus à conversão da Dilma em ex-Dilma— por que desperdiçou seu precioso tempo depondo como testemunha num reles litígio de trânsito?'' Cofiando sua imensa barba nevada, Deus responderia: “Se Eu permitisse a propagação da tese segundo a qual, nesse mundo desgraçado, uma agente de trânsito cumpridora das leis pode ser atropelada pela arrogância de um juiz, Deus não mereceria existir.”

Jornalista foi votar e alguém votou como se fosse ela



Do professor Walter Del Picchia, professor titular aposentado da Escola Politécnica da USP, e um dos militantes do voto seguro no Brasil, bem antes de alguns tucanos saírem do ninho pedindo auditoria do resultado eleitoral:
“Seria cômico se não fosse trágico. Faz 18 anos que o Fórum do voto-eletrônico, entidade não partidária (www.votoseguro.org), vem advertindo que nossas urnas são sujeitas a falhas e/ou fraudes e o eleitor não tem como saber se seu voto foi corretamente computado; que elas são as mais atrasadas do mundo, pois seus resultados não podem ser auditados (nos dez países onde se realizam eleições eletrônicas, há impressão paralela do voto, para conferência estatística). Há anos, preveni inúmeros deputados e até um secretário tucano. Em Brasília, nas ‘cerimônias eleitorais’, só o PDT compareceu este ano. Ou os partidos sabem que nossa urna não oferece segurança, e neste caso são coniventes, ou não sabem, e são incompetentes, por acreditarem na propaganda do TSE. Que bom que o PSDB acordou! Agora é tempo de colaborar no aperfeiçoamento de nossas urnas, para tornarmos os resultados confiáveis. A Democracia - DO JORGERORIZ