sábado, 20 de dezembro de 2014

ATITUDE EXEMPLAR: CORÉIA DO SUL DISSOLVE PARTIDO POLÍTICO SEMELHANTE AO PT POR SER INCOMPATÍVEL COM A DEMOCRACIA.

O deputado Lee Seok-ki, do Partido Progressista Unificado (PPU), agora proscrito: a versão do PT sul-coreano.
O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul ordenou nesta sexta-feira a dissolução do terceiro partido político do país, pois vários membros estão presos por conspirar para o regime norte-coreano, em decisão sem precedentes na história democrática do país. A mais alta instância judicial sul-coreana aceitou, por oito votos a favor e um contra, o pedido do governo sul-coreano para desmantelar completamente o Partido Progressista Unificado (PPU), grupo político de esquerda criado em 2011 e que conta com cinco cadeiras na Assembleia Nacional (o Parlamento do país).
Esta é a primeira vez que um partido político é proibido desde a criação do país asiático e da adoção de sua Constituição, em 1948. A histórica decisão judicial anunciada pelo presidente do Tribunal Constitucional, Park Han-cheol, transmitida ao vivo pela televisão, significa que o partido perderá suas cadeiras, terá todos os ativos congelados e deverá renunciar às subvenções do Estado. 
O magistrado explicou que os princípios e as atividades do PPU violam a “ordem democrática básica” da Coreia do Sul, cuja Lei de Segurança Nacional, vigente há mais de seis décadas, persegue qualquer atividade considerada a favor da Coreia do Norte. “O PPU, com um programa oculto para adotar o comunismo da Coreia do Norte, organizou reuniões para discutir uma rebelião”, afirmou o presidente do Tribunal Constitucional, enquanto o partido afetado protestou duramente contra a decisão.
A esquerda acusou em comunicado o governo da conservadora Park Geun-hye de “retornar à ditadura” ao “romper o acordo democrático que garante o direito de expressão de todas as partes e de respeito mútuo entre elas”. Com o apoio do Conselho de Ministros, Park aprovou no final do ano passado o pedido para ilegalizar o PPU depois que o deputado Lee Seok-ki e outros membros do partido foram acusados de conspirar a favor do regime comunista da vizinha Coreia do Norte.
Lee Seok-ki foi condenado em 2014 a nove anos de prisão por ter criado uma organização secreta com cerca de 130 membros com suspeita de vínculos com a Coreia do Norte, e seu caso está na Suprema Corte depois de entrar com um recurso contra a sentença. O PPU, que defendeu a inocência do deputado, garante ser vítima de uma “caça às bruxas” liderada pelo governo de Park. A Lei de Segurança Nacional, promulgada em 1948, proíbe toda ação que sirva para “preparar, conspirar, fazer propaganda ou instigar uma rebelião contra o Estado” e a Constituição nacional determina que o governo pode pedir a dissolução de um partido político que viola a “ordem básica democrática”. Do site da revista Veja
MEU COMENTÁRIO: Não deixa de ser exemplar esse caso. São atitudes como essa que garantem a democracia verdadeira, regime que é atacado de todos os lados pelos comunistas. 
Já imaginaram a tranquilidade que seria para o Brasil o banimento definitivo e irrevogável de todo e qualquer partido de viés comunista, como PT e seus satélites, como PSTU, PCB, PCdoB, PSOL e assemelhados?
E ainda há que encha a boca para afirmar que o comunismo acabou, embora as siglas desses partidos incluem explicitamente que são comunistas ou socialistas, o que dá no mesmo, e alguns têm a foice e o martelo do antigo comunismo soviético em suas bandeiras.
Dia desses um colega jornalista do Diário Catarinense me entrevistou sobre o fato de que recentemente foi descoberta numa cidade de Santa Catarina um piscina em casa particular que tinha no fundo o desenho da suástica, emblema do nazismo. Como há alguns anos publiquei um pequeno livro intitulado "Nazismo em Santa Catarina" sobre o fato que nos tempos de Hitler florescera em Santa Catarina e em praticamente em todo o Sul do Brasil, um movimento nazista. Na época, marcada pela Segunda Grande Guerra, o antigo DOPS, Departamento de Ordem Política e Social desmantelou para sempre o nazismo em Santa Catarina e em todo o Sul do país, durante o governo Vargas.
Pois bem. O colega jornalista queria saber se existiria ou era possível existir na atualidade algum tipo de organização nazista atuando em Santa Catarina.
A minha resposta foi negativa. Todavia observei que a imprensa que se escandaliza com simpatizantes do nazismo e suásticas desenhadas em piscinas fecha os olhos e trata como normal que partidos políticos como o PT e seus satélites defendam o comunismo e desfraldem bandeiras comunistas além de promoverem pichações evocando o comunismo e destacando o deletério emblema da foice e do martelo.
Afirmei, então, que o problema do Brasil não é o nazismo, mas o comunismo, até porque ambos são similares no que tange ao exercício do poder. São ideologias totalitárias que ocupam os extremos à direita e à esquerda do espectro político. Evidentemente, a matéria com a minha entrevista parece que não foi publicada.
Retomando o caso da Coréia do Sul, se tem aí um fato de extrema importância no que concerne à defesa intransigente da democracia. Não é à toa que a Coreia do Sul esteja incluída no rol dos países 
mais avançados mundo, enquanto seu vizinho comunista, a Coréia do Norte, sustentado pela China, poderia ser considerado como bizarro se não fosse uma ditadura cruel e assassina como são todas as ditaduras comunistas.
O que ocorreu agora na Coréia do Sul com o banimento definitivo de um partido de viés comunista por certo ganhará apenas alguma nota de rodapé nos veículos da grande mídia, embora seja um fato auspicioso que deveria servir de exemplo para o mundo democrático, mormente quando Barack Obama passa a mão na cabeça dos irmãos Castro, em cujos currículos pesa o fato de manterem de pé a mais antiga ditadura comunista do mundo erguida sobre um turbilhão de cadáveres que tombaram no "paredón", como ficou conhecido o local de execução por fuzilamento de todos que se opuseram ao golpe comunista que destruiu aquilo que foi nos anos 50 do século passado, um dos países mais desenvolvidos do Caribe e do hemisfério Sul. Sim, Cuba foi um país de primeiro mundo que os comunistas transformaram numa grande favela.
DO ALUIZIOAMORIM

Tomara que caia


Quem, em sã consciência, pode apostar que um grupo que se enraizou no Estado brasileiro para saqueá-lo fará tudo diferente agora?
Guilherme Fiuza
O Globo
Ao ser diplomada no TSE para o novo mandato, Dilma Rousseff propôs um pacto nacional contra a corrupção. Quase na mesma hora, a Controladoria-Geral da União afirmava que a compra da Refinaria de Pasadena não foi um mau negócio, foi má-fé. Dilma presidia o Conselho de Administração da Petrobras, responsável pela aprovação da negociata. A dúvida é se os critérios para a compra da refinaria e para o pacto anticorrupção serão os mesmos.
O Brasil precisa saber urgentemente qual será o papel do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, no pacto nacional contra a corrupção. Nas investigações da Polícia Federal, Vaccari é acusado de beneficiário do esquema do petrolão, e de injetar propinas na campanha de Dilma — essa mesma que foi reeleita e diplomada declarando guerra à corrupção. As faxinas da presidente deixariam o FBI de cabelo em pé.
Os EUA, aliás, já foram apresentados às entranhas do governo popular, com a chegada do escândalo da Petrobras à Justiça americana. O problema é que lá não tem um Lewandowski ou um Dias Toffoli para tranquilizar os companheiros na última instância. Também não tem um ministro da Justiça servindo de garoto de recados do marqueteiro petista. Como incluir os americanos, holandeses e suíços lesados pelo petrolão no pacto contra a corrupção? Será que o apoio deles custa mais do que os da UNE e do MST?
Uma das ascensões políticas mais impressionantes nos últimos anos foi a do ex-deputado André Vargas. Virou secretário de comunicação do PT e chegou a falar grosso com o STF no julgamento do mensalão — cuja transmissão televisiva ele queria embargar. Depois provocou Joaquim Barbosa publicamente, fazendo a seu lado o gesto do punho cerrado dos mensaleiros. André Vargas chegou à vice-presidência da Câmara dos Deputados, nada menos. Aos inocentes que não entendiam aquela ascensão meteórica, veio, enfim, a explicação: Vargas era comparsa do doleiro Alberto Youssef, o operador do petrolão.
Essa singela crônica de sucesso mostra que hoje, no Brasil, não há nada mais claro e seguro do que a lógica de funcionamento do PT. A qualquer tempo e lugar que você queira compreendê-la, o caminho é simples: siga o dinheiro.
Seguindo o dinheiro (farto) do doleiro, a polícia chegou a uma quadrilha instalada na diretoria da Petrobras sob o governo popular. Tinha o Paulinho do Lula, tinha o Duque do Dirceu, tinha o tesoureiro da Dilma, tinha bilhões e bilhões de reais irrigando a base de apoio do império petista. Um ou outro brasileiro mal-humorado se lembrou do mensalão e resmungou: mais um caso de corrupção no governo do PT. Acusação totalmente equivocada.
O mensalão e o petrolão não são casos de corrupção. Pertencem a um sistema de corrupção, montado sob a bandeira da justiça social e da bondade. Vamos repetir para os que seguiram o dinheiro e se perderam no caminho: trata-se de um sistema de corrupção. E as investigações já mostraram que esse sistema esteve ligado diretamente ao Palácio do Planalto nos últimos dez anos. Um deputado de oposição disse que o maior medo do PT não era perder a eleição presidencial, mas que depois Dilma fizesse a delação premiada.
E lá vai o Brasil para mais quatro anos dessa festa. Quem tem autoridade para acreditar que o método será abandonado? Quem em sã consciência pode apostar que um grupo político que se enraizou no Estado brasileiro para saqueá-lo irá fazer tudo diferente agora? Responda, prezado leitor: quem são as pessoas nesse governo ou nesse partido capazes de liderar uma guinada virtuosa? Lula? Dilma? Vaccari? Mercadante? Pimentel? Cardozo? Carvalho? Dirceu? Delúbio?
Mesmo depois de passada toda a propaganda suja da eleição, mesmo depois de exposta a destruição da maior empresa brasileira pelos que juravam amá-la, Dilma não recuou. Foi para cima do Congresso e rasgou a Lei de Responsabilidade Fiscal. Obrigou o parlamento a legalizar o golpe do governo popular contra a política de superávit — que é um dos pilares da estabilidade monetária. O que falta fazer?
Que passe de mágica devolverá a credibilidade a um governo desmoralizado no país e no exterior? Quem vai querer investir aqui com esse bando de parasitas mudando as regras ao sabor das suas conveniências fisiológicas? Quem tem coragem de afirmar (com alguma dignidade) que os próximos quatro anos poderão reerguer esse Brasil em processo de argentinização?
Num sistema parlamentarista razoável, a extensão do escândalo na Petrobras já teria derrubado o governo. Os acordos de delação premiada já indicaram que Dilma e Lula sabiam de tudo. Se o Brasil quiser (e o gigante abrir pelo menos um dos olhos), essa investigação chegará onde tem que chegar. Esse é o único pacto possível contra a corrupção.
Em 1992, quando Collor estava balançando, já por um fio, Bussunda resolveu dar a sua contribuição e apareceu diante do Palácio do Planalto vestindo um tomara-que-caia — “em homenagem ao presidente”. É isso que falta?
Guilherme Fiuza é jornalista 20.12.2014 - DO R.DEMOCRÁTICA